What you did in the Dark

By slytcruz

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"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Fifteen: Yule.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Five: Court
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-One: My Blood
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.4: Long time no see
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.11: Second Task
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

2.19: Preview

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By slytcruz

"Amor não te faz passar por tudo, mas te ajuda quando necessário, porque se não, não seria amor, e sim necessidade"

Julho de 1995

Faltava uma semana e meia para o aniversário de Harry e, consequentemente, à sua primeira sessão do Wizengamot, que seria no dia seguinte. Todo herdeiro precisava ter quinze anos para sua magia permitir a sua passagem pela câmara, então seria naquele momento que ele faria sua primeira aparição politica no mundo bruxo. Por esse motivo, eles teriam uma reunião com seus aliados naquela tarde.

Era a primeira vez que todos se veriam depois do funeral de Terry. Harry se sentia apreensivo, ansioso, mesmo sabendo que ninguém ali o culpava; nem os Lordes e Ladys, nem os seus amigos, que ele encontraria na sequência.

O luto já era mais fácil para eles. Havia momentos de tristeza, é claro, quando olhavam para a ravina onde aconteceu o funeral do corvino, ou até mesmo quando os cabelos loiros de Draco, maiores pela falta de corte, balançavam de um jeito diferente -- Harry se lembrava de Fleur muitas vezes, um halo loiro ao seu redor, seus olhos vidrados olhando para o além, sua expressão de tranquilidade. Não era fácil, mas estava ficando cada vez mais suportável, e os pesadelos sobre aquela noite vinham com menos frequência, sempre quando ele não tomava uma poção para dormir.

Tudo parecia complicado, mas era muito simples ao mesmo tempo. Eles não podiam ficar se martirizando por muito tempo, afinal. Havia uma guerra, vidas a serem poupadas e uma a ser destruída.

Porém, como somente Harry sabia, no final, só seriam eles dois: Harry e Dumbledore, com armas iguais, num campo de memórias dolorosas e segredos profundos, como aquele que ele guardava.

Ele tinha tentado, não se engane, mas as palavras pareciam entalar em sua garganta assim que ele tentava pronuncia-las. Seu peito parecia pesado e ele não conseguia respirar. Quando eles souberam que ele era uma Horcrux, Harry tinha tentado falar, mas, assim que sua boca se abriu, ele travou, o pânico o dominando novamente, e achou vergonhoso ter liberado magia acidental o suficiente para empurrar todos, menos Draco, para uma distancia segura dele, e só ter conseguido solta-los quando o loiro o acalmou.

Harry tentou escrever uma vez, também, mas parecia errado algo tão horrível e doloroso ser meras palavras em papel e tinta. Seus dedos tremeram, se negando, e ele só desistiu quando Tom tirou a pena dos seus dedos, parecendo frustrado, mas não o pressionando. O moreno ficou agradecido pela compreensão, porém sua raiva da situação era maior, e ele se trancou na sala de treinamento até Moony ter que arrasta-lo a força para comer.

Naquele momento, todavia, ele tentava evitar que seus pensamentos o dominassem. Estava sentado na sala de reuniões de Timotheé, na companhia do Lorde, Lady Bones, Lady Longbottom, Neville, Sirius e Moony, somente esperando a chegada dos demais. Draco também estava ali, bem ao seu lado, mais por seu interesse em política do que para ser seu apoio emocional nessa tortura -- ele admirava o loiro ainda mais cada vez que ele era muito astuto e cirúrgico na questão politica, vendo coisas que ele mesmo não era capaz e acreditava que nunca seria. Um dia, quando se casassem, faria dele o Lorde Black e viveria livre para sempre.

Foram mais alguns minutos até que todos estivessem ali. Dos seus amigos, Neville, Cedric, Susan, Hannah, Daphne e Théo eram os que estavam com eles. O resto se encontraria mais tarde, na área externa, onde relaxariam tomando um sol e banho de piscina até seus dedos engelharem. Lady Longbottom se levantou.

- Bem, como eu acredito que todos saibam, no dia primeiro de agosto alguns dos nossos jovens farão parte da sua primeira reunião do Wizengamot. Entretanto, devido aos recentes acontecimentos, decidimos que o melhor a se fazer é nos planejarmos corretamente para que nada aconteça fora do previsto e, caso ocorra, estejamos todos prontos para agir.

Todos assentiram levemente. Augusta continuou.

- Acredito que a primeira aparição publica de Sirius desde a sua inocência possa fazer algo para tirar os holofotes de Harry, mas não muito. Eu estarei lá como sua representante, é claro, e falarei em seu nome, desde que ainda não pode assumir o seu papel como Lorde até ser avaliado e liberado pelos goblins e por um medibruxo.

"Além disso, as mudanças que gostaríamos que fossem propostas nessa reunião terão que ser adiadas unicamente pela segurança de Harry. Foi decidido que era mais prudente que ele não estivesse presente quando elas fossem propostas, mesmo que seu nome e contribuição sejam destacados. Os projetos de lei com relação aos direitos das criaturas mágicas e da proteção de nascidos trouxas serão apresentados na reunião de outubro."

- Hermione e eu terminamos a nossa pesquisa - Harry disse, estendendo vários pergaminhos para o Lorde Greengrass, que o analisou com o Lorde Nott. - Isso deve dar uma base firme para a sua defesa.

- É muito bom - elogiou Amadeus, folheando-o cuidadosamente.

- Você e a Srta. Granger fizeram tudo sozinhos?

- Severus nos ajudou, assim como Tom - o moreno respondeu Richard, que sorriu para ele.

- Vocês são espertos demais.

- Continuando - interrompeu Augusta, atraindo a atenção para si novamente. - No dia primeiro, eu, Harry e Sirius iremos juntos à corte. Devido ao alto fluxo de repórteres, gostaria que Timotheé e Amadeus pudessem nos ajudar, assim como Amélia, se possível -- sei que você geralmente fica presa em dia de reunião.

- Vou tentar auxilia-los - prometeu a Lady Bones. - Qualquer coisa, podem passar pelo flu no meu escritório. É mais perto, de qualquer forma.

- Ótima ideia - Lady Longbottom bateu palmas. - Agora, sobre os projetos vigentes...

Harry deixou sua mente voar para longe das discussões atuais, sabendo que eles estavam combinando votos e pensando como mudar a direção de algumas leis prestes a serem aprovadas e que eram muito radicais e contra os seus propósitos. O moreno pensava na piscina do lado de fora, e como deveria estar muito agradável com o sol que ele podia ver entrando pelas janelas, quando foi cutucado pelo namorado.

- Vamos, Harry. Estão nos esperando lá fora.

O Potter pegou a mão de Draco, seguindo-o na direção do jardim depois de se cumprimentar todos os adultos, que fariam a sua própria reunião na sala de jantar, sem adolescentes por perto. Chegando do lado de fora, Harry sentiu a sensação da euforia de rever seus amigos domina-lo.

Mione estava sentada junto a Luna, Ginny, Pansy, Blaise e Astória. Viktor e Aaron os observavam de outra espreguiçadeira, abraçados e no seu próprio mundo. Todos eles se levantaram quando o grande grupo se aproximou, correndo para se abraçarem depois de algumas semanas distantes.

Harry cumprimentou todos com muita saudade, mas Ginny especialmente, já que sua mãe tinha começado a prende-la em casa com frequência, o que a impedia de visita-los. A solução que eles tinham encontrado quando eram pequenos não funcionava mais, desde que Tom tinha pegado o vira-tempo emprestado para poder ter mais tempo para botar as coisas em ordem antes da volta às aulas em setembro. Nenhum deles reclamou, mas sentiam falta da companhia da ruiva.

Eles sentaram em um grande círculo, tentando ignorar o buraco que sabiam que existia no grupo. Inconscientemente, lugares vagos destinados a Fleur e Terry foram deixados, o que pesava ainda mais o clima, mas eles continuaram conversando, contando sobre o que estavam fazendo no verão, os acontecimentos que não podiam dizer em cartas. Harry achou um pouco engraçado o choque dos seus amigos quando descobriram sobre a existência de uma profecia, e riu ainda mais quando, de repente, Blaise empurrou Neville na piscina, o que resultou em uma guerra de água em que ninguém saiu ileso.

O moreno estava tentando ficar escondido em um canto, evitando os loucos que eram seus amigos, quando sentiu uma mão rodeando a sua cintura, e um corpo mais quente colar nas suas costas. Ele sorriu, sabendo quem era.

- Um galeão pelos seus pensamentos.

- Estou tentando ficar fora da mira de Ginny e Blaise. Eles são loucos.

Draco riu contra o seu pescoço, o que enviou uma corrente elétrica que arrepiou os pelos do seu corpo. Harry se virou, prendendo-o contra a parede da piscina.

- Você veio com um objetivo em mente, senhor Malfoy? - ele perguntou, se inclinando para que as pontas dos seus narizes se encostassem. Draco fechou os olhos com um suspiro.

- Já que todos estão distraídos...

Harry não precisou de muito mais. Em um segundo, seus lábios estavam colados e ele pressionava o seu namorado contra a parede, colando seus corpos separados somente pelas blusas molhadas, mas que ainda os permitia o contato dos seus corpos quentes com o calor do verão. Suas línguas se enroscaram em uma dança sensual e deliciosa que nunca deixava de ser maravilhosa. Draco enroscou seus dedos nos cachos do moreno e eles se perderam em seu próprio mundo.

Numa casa cheia de pessoas extremamente amorosas e carinhosas como a sua família, Harry realmente não tinha a privacidade que as vezes desejava ter com o namorado. Quando tinha suas crises, das vezes que elas aconteceram, ele não tinha problema em demonstrar muito a sua afeição em publico; normalmente, porém, não era assim.

Segurar sua mão, ou um leve beijo de despedida ainda era confortável para o Potter, mas ele se sentia constantemente observado em casa, como se a qualquer momento um de seus pais ou seu padrinho fossem brotar do chão, vendo-os em um beijo profundo, o que não era uma imagem que ele necessariamente queria que eles tivessem de si. Mesmo crescido, ele ainda gostava de ser mimado como uma criança.

Harry tinha percebido, alguns dias depois de voltarem de Hogwarts, que seus dias não seriam como na escola, quando ele podia beijar Draco escondido em alguma passagem secreta ou atrás das armaduras nas masmorras, ou na privacidade do seu quarto. Não podia fazer o que fazia naquele momento com tanta liberdade, apertando as suas coxas, prensando seus corpos com força, quase a ponto de virarem um só. E o pior não era nem não poder ficar com seu namorado -- era que isso deixava Draco extremamente frustrado.

Conseguia perceber, naquele exato momento, o quanto Draco sentia falta. Como ele atacava a sua boca, se afastando por poucos segundos para respirar, antes de voltar a beija-lo com volúpia. Uma mordida puxando o seu lábio inferior mandou faíscas por todo o seu corpo, incendiando as suas veias, e Harry pegou o loiro pelas coxas, envolvendo-as no seu quadril e pressionando-o ainda mais contra a parede da piscina. Eles se afastaram por um momento, ofegantes, e o moreno olhou bem para aquele que ele considerava a pessoa mais linda do mundo.

Harry quis pular para trás em surpresa, mas só fez agarrar a pele branca com mais força, fazendo Draco soltar um suspiro e fechar os olhos negros que o encaravam um segundo atrás.

Negros.

O moreno podia dizer que conhecia muitas coisas por causa da sua memória eidética, mas nada ele conhecia tão bem quanto os olhos de Draco.

Eles eram cinzas, podendo variar de acordo com o seu humor. Normalmente, eles ficavam em uma cor tão clara que se assemelhava ao gelo. Quando Draco se irritava, seu olhar escurecia, suas sobrancelhas franziam, e todo o conjunto de suas feições faziam até Harry recuar, sabendo muito bem do que o seu loiro era capaz. Quando eles se beijavam como estavam se beijando naquele momento, suas pupilas pequenas dilatavam, deixando um anel claro ao redor -- o cinza ainda existia. Quando Harry o olhou naqueles poucos segundos, entretanto, o que ele viu não era o olhar que ele conhecia. Era pura escuridão, e alguma coisa que ele não conhecia. Seus olhos pareciam quentes, muito quentes, como se fogo literalmente queimasse dentro deles, embora Harry não visse nenhum traço de chamas.

Por um segundo, mesmo não querendo, ele temeu.

Até sentir o cheiro de rosas e menta no ar.

Quando seu nariz captou a essência fraca que nunca mais tinha sentido, todos os seus pelo se arrepiaram, e seu coração já acelerado ameaçou sair pela boca. Tinha certeza que fora o único a sentir ali, por causa do seu olfato apurado, e não sabia exatamente como reagir.

Draco tinha os braços ao redor do seu pescoço, se aproximando novamente, quando sentiram água sendo jogada nos seus rostos. Ambos se viraram rapidamente, vendo Pansy sorrir debochadamente enquanto a luta parecia se acalmar ao seu redor. Harry bufou, sentindo seu namorado enrijecer.

- Qual a necessidade? - o moreno perguntou, sentindo uma pitada de raiva da amiga. Ele não sabia o que fazer com o veela aparecendo em Draco, e não sabia como prosseguir com um veela bravo aparecendo.

- Bem, vocês estavam fazendo o seu showzinho e ignoraram os pobres mortais que não tem um namorado ou namorada. É muito injusto, sabia?

- Você é uma filha da puta, sabia? - retrucou Draco, suas bochechas enrubescendo, e Harry percebeu que ele precisaria leva-lo para algum lugar.

- Não precisa disso. Vamos pra um outro lugar, o que acha?

- Não! Ela nos atrapalhou, de novo, e...

- Draquinho, esse é um momento entre amigos - disse Pansy, com um sorriso apaziguador no rosto. - Só queria que vocês viessem se divertir conosco.

- Por que você não pega a diversão e enfia no seu...

- Já deu, não é, querido? - Harry o interrompeu rapidamente, se desvencilhando de Draco e puxando-o pela mão até as escadas. Todos ficaram em silencio, sem entender nada, até que Blaise tentou se aproximar levemente e interromper o seu caminho.

Draco olhou para o garoto com tanto fogo nos olhos que Harry achou que ele pudesse cair duro naquele mesmo momento. Quando Blaise abriu a boca, porém, uma voz o interrompeu rapidamente.

- Não! - Aaron quase gritou, nadando rapidamente até o Zabini. - Cale a boca.

- O que...

- Sinto muito, Draco. Vamos deixar você e o seu companheiro saírem sem problemas.

Seu loiro pareceu relaxar, e Harry sorriu agradecido para o homem, que apenas assentiu, entendendo a situação.

O moreno conjurou duas toalhas para eles se enrolarem assim que saíram da piscina. Quando estavam um pouco secos, Harry se virou para Hannah.

- Tem algum lugar privado pra conversarmos aqui embaixo? Eu também não queria cruzar com os adultos.

- Entre pela porta lateral, bem ali. Passando pela cozinha, você entra à direita em um corredor. A primeira porta é um quarto de hospedes.

- Obrigado, não pretendo demorar - ele agradeceu, logo puxando Draco pela mão para seguir o caminho indicado.

Harry não prestou muita atenção nos detalhes enquanto passava, se apressando em direção ao quarto. Quando eles o encontraram, fez Draco entrar primeiro antes de o seguir e trancar a porta. Não sabia se o loiro estava ciente do que estava acontecendo -- nem ele sabia direito, realmente --, mas tinha a pretensão de conversar, sabendo muito bem que a frustração poderia voltar com mais força quando eles voltassem para casa, e não queria nada explodindo perto de Teddy se pudesse evitar.

Draco se jogou pesadamente na cama, seu rosto expressando confusão enquanto ele encarava o teto como se pudesse perfura-lo com o olhar. Um suspiro trêmulo saiu dos seus lábios quando Harry se acomodou ao seu lado, colocando uma mão reconfortante na sua coxa.

- Eu estou com medo.

- Do que?

- De tudo isso. Eu perdi o controle de mim mesmo, Harry, eu percebo isso agora. Eu xinguei Pansy, quase avancei em Blaise. Tinha uma vozinha na minha cabeça dizendo que eles estavam tentando se aproximar de você, e eu não podia deixar aquilo acontecer. Não podia deixar Pansy estragar o nosso momento, nem Blaise chegar muito perto de você. Era como se eu fosse uma marionete de algo que eu não consigo controlar.

- São os seus instintos - disse o moreno suavemente, deitando ao lado de Draco e passando os dedos pelos seus cabelos com suavidade, recebendo um murmúrio fraquinho em resposta. - Talvez eles estejam começando a aflorar, não sei, mas não é culpa sua. Você ainda é novo nisso, está aprendendo a controlar que nem Dora aprendeu a controlar sua metamorfomagia.

- Mas isso não a fazia atacar pessoas que ela gosta.

- Não, mas a fez passar muita vergonha criando bicos de pato aleatoriamente.

Draco deu uma risada fraca com isso, se inclinando na direção do toque do namorado até encostar a cabeça no peito do moreno. Seu sorriso sumiu em alguns segundos.

- Você sentiu meu cheiro - Harry assentiu. - Estava tentando me trazer pra um lugar seguro, não era?

- Eu sempre vou protege-lo, Dray - o moreno o segurou pelo queixo, levantando-o o suficiente para que pudessem se olhar nos olhos, suspirando aliviado ao ver o cinza começar a retornar para o seu olhar. - Você é meu melhor amigo, namorado, companheiro, confidente, tem o melhor beijo do mundo, o abraço mais gostoso, um cafuné que me derruba, entre muitas outras coisas. O que eu puder impedir de atingi-lo, eu farei, seja desviar feitiços ou fugir em uma situação dessas - Harry respirou fundo, sabendo que essas palavras eram algo a mais, mas que precisava afirmar isso para o seu loiro. - Eu te amo, e sempre o protegerei.

Os olhos cinzas voltaram a sua cor normal rapidamente, se enchendo de lágrimas tão rapidamente que Harry não conseguiu impedi-las de cair.

- O que foi? Eu disse algo errado? - perguntou, preocupado, mas o loiro negou enfaticamente, subindo no colo de Harry e prendendo-o em um abraço forte.

- Não, eu só... não estou acostumado a ouvir isso.

- É melhor se acostumar então, porque eu sempre quis ser um namorado bem clichê, com vários "eu te amo" e apelidos fofos.

Draco soltou uma gargalhada, se afastando do abraço e Harry pode vê-lo feliz, o que deixou seu coração leve. Seus olhos brilhavam com lágrimas, mas não havia mais dor, somente felicidade e amor, que ele sabia serem direcionados a ele, o que fazia seu ego inflar um pouquinho por faze-lo feliz. Draco era ainda mais lindo sorrindo.

Então, de repente, ele ficou sério, se abaixando novamente e deixando um selinho nos seus lábios ansiosos, se afastando o suficiente para sussurrar:

- Eu te amo, Harry, com todo o meu coração. Eu sou o cara mais sortudo do mundo por tê-lo como companheiro.

- E eu sou o mais sortudo por poder passar a minha vida toda com você, amor da minha vida.

Harry não aguentou segurar a risada com a careta que o outro fez, mesmo que seus olhos tivessem voltado a brilhar com lágrimas não derramadas.

- Eu não achei que você estivesse falando sério sobre os apelidos.

- É claro que eu estou! Eu sou muito criativo, preciso descontar em alguma coisa.

- Pode, pelo menos, fazer quando só estivermos nós dois?

- E qual seria a graça?

Harry gargalhou com o choramingo de Draco que, em retaliação, o atacou com cócegas. O moreno se contorcia, tentando desviar dos dedos finos cutucando as suas costelas, até que se viu com os lábios presos em um beijo afobado e molhado, quase desesperado e cheio de sentimento que ele não demorou a retribuir.

Eles se afastaram por um segundo, somente se encarando, ofegantes, quando Harry disse:

- Sabe, antes eu tinha estranhado, mas olhando melhor agora... esses olhos são realmente sexy.

Draco franziu o cenho, sem entender, então o moreno conjurou um espelho. Quando se olhou, o loiro soltou um gritinho assustado, olhando para longe.

- Ai meu Deus.

- São lindos.

- São pretos.

- São um tom lindo de preto - Draco bufou.

- Você é maluco, Potter.

- Maluco por você.

Harry impediu Draco de xinga-lo com mais um beijo, invertendo suas posições e ficando sobre o loiro, descendo os beijos pela sua bochecha, maxilar e pescoço. Sentiu as mãos de Draco nos seus cabelos, onde ele gostava de deixa-las, empurrando-o contra o ponto que o deixava mole na cama macia, sentindo a eletricidade correr por todo o seu corpo.

- Hazz... - sussurrou Draco, respirando mais pesadamente, as diferentes sensações tomando conta do seu corpo, sabendo que ele deveria aproveitar aquele momento de privacidade. Por isso, ele direcionou suas mãos tremulas para os botões da blusa do maior, desfazendo-os o mais rapidamente que conseguiu, empurrando-a sobre os ombros levemente marcados pelas cicatrizes.

Harry sorriu, se afastando para deixar que a camisa caísse na cama, se arrastando, grudenta de água, pelos seus braços. Draco passou os olhos pelo torso do moreno, as írises negras fazendo borboletas lutarem na barriga de Harry, que avançou rapidamente, prendendo o loiro em outro beijo faminto.

Era mais necessitado do que qualquer beijo que eles já tinham dado. Seu tempo não era grande e sua vontade era enorme. Harry tinha muitos pensamentos sobre o que queria fazer, e não conseguia se decidir o que seria melhor naquele momento, por isso, Draco tomou a dianteira, virando-os novamente e sentando no colo do moreno.

Harry sentiu as borboletas com ainda mais força, junto a choques que iam a ponta das suas orelhas até o dedão do pé. Ele jogou a cabeça para trás, os olhos fechados, lutando contra o prazer que rapidamente tomava conta do seu corpo. Eles tinham que ser rápidos, mas ele ainda queria que fosse lento -- queria aproveitar cada segundo.

Draco era um deus, ele tinha decidido. Não tinha como alguém fazer aquilo e continuar lindo até suado, gemendo baixinho, vez ou outra atacando o pescoço do namorado com beijos e mordidas, revezando entre ali e a boca alheia. Harry se via perdido nos seus lábios, nos seus movimentos, na sua paixão enlouquecedora, suas mãos investigando o corpo do loiro como se quisesse lembrar de como era tocá-lo por inteiro, seu nariz fungando o cheiro de rosas e menta que o chamavam quase como um grito.

A sensação do prazer aumentando era quase torturante e dolorosa. Ambos ofegavam, sentindo seu baixo ventre se contrair antes de se verem estáticos, pontos brancos flutuando na sua visão, seus dedos apertando onde eles seguravam um no outro, os dedos do pé se contraindo. Draco arqueou as costas, sem parar seus movimentos, prolongando a sensação para os dois. Harry já sentia que ia ficar roxo a procura de ar quando o loiro parou, caindo mole contra ele, trêmulo assim como o moreno estava.

- Caralho - Draco murmurou, seus lábios roçando na pele bronzeada de Harry, deixando um beijo no seu ombro.

- Docinho, essa foi uma das melhores coisas que já fizemos.

O loiro arqueou a sobrancelha para o apelido, mas não disse nada.

- Qual foi a melhor, então?

- Nos apaixonarmos.

[...]

- Tudo bem? - Pansy perguntou, preocupada, assim que eles voltaram para a área da piscina.

Seus amigos estavam sentados em uma rodinha, alguns ainda na água enquanto outros se secavam, atacando várias comidas que os elfos domésticos provavelmente tinham levado. Ambos os garotos sorriram para a menina, que torcia as mãos com nervosismo.

- Está tudo bem, Pansy. Foi só um susto.

- Sinto muito por tê-lo provocado - ela abaixou a cabeça levemente acanhada. A coisa que mais odiava no mundo era machucar os seus amigos, e era o que tinha feito com Draco quando os molhou.

- Eu que deveria me desculpar por como falei com você - disse o loiro, se aproximando de Pansy e puxando-a para um abraço, que ela retribuiu imediatamente. Aaron pigarreou, chamando a atenção de Harry.

- Mas estão bem agora, certo?

- Sim, e obrigado por ter nos socorrido.

O mais velho somente deu de ombros, sorrindo quando Viktor lhe deu um beijo na bochecha. Todos estavam sentados quando o búlgaro pediu atenção.

- Eu e Aaron queríamos dizer isso somente quando todos estivessem juntos e sem água jogada para todos os lado - todos deram uma risadinha com isso, suas roupas molhadas uma lembrança do caos que tinha acontecido há uma hora -, mas vamos voltar para a Bulgária.

Fez-se um silencio doloroso. Depois das recentes perdas, eles não queriam ver mais ninguém ir embora, mesmo sabendo que, naquele ano, Cedric deixaria Hogwarts.

- Viktor não pode se abster por muito mais tempo do time da Bulgária por causa do campeonato europeu. Os treinos já começaram, mas ele ganhou uma licença estendida devido ao que aconteceu na final - disse Aaron, um sorriso triste no seu rosto.

- E quanto a você? - perguntou Susan.

- Bem, eu vou para onde Viktor for. Não sei o que quero fazer, realmente, mas acho que um mestrado em feitiços e estudo aprofundado das artes das trevas podem ser caminhos úteis para o futuro.

Todos estremeceram com a sutil lembrança da guerra que se espreitava.

Hermione se levantou, indo até ele e dando-lhes um grande abraço.

- Espero que vocês sejam muito felizes com o seu futuro - sua voz estava levemente embargada.

- Não chore - pediu Krum, passando os dedos na bochecha da menina -, nunca nos despediríamos de vocês. Vamos visitar quando der, e, quando as coisas ficarem feias, estaremos lutando ao seu lado.

O grupo ficou um pouco emotivo depois disso, tendo que lidar com mais ausências depois da perda recente. Eles aproveitaram o resto do dia com conversas mais leves e divertidas, tentando restaurar os pedaços quebrados que sobraram do seu último ano letivo. Quando escureceu, cada um foi para a sua casa, e Harry sentiu seu coração apertar por não saber quando veria seus dois búlgaros favoritos novamente.

Quando chegou em casa, o moreno não foi para o quarto, como de costume. Ao invés disso, pegou Draco pela mão e o puxou até a sala de poções de Severus, onde ele tinha passado o dia enfurnado fazendo uma poção que Tom tinha pedido. Ele bateu na porta, recebendo um fraco "entre" como resposta, e adentrou o cômodo, vendo seu tio curvado sobre um grande caldeirão, parecendo contente. Seu sorriso se alargou ao vê-los.

- Como foi o dia?

- Foi bom - respondeu Draco, se aproximando do padrinho para abraçá-lo, sentindo-se seguro no único abraço parental que ele receberia por muito tempo. - Na verdade, queríamos conversar com você...

Severus os fez se sentarem em cadeiras na frente de uma mesa, como se estivessem no seu escritório em Hogwarts, e os dois meninos coraram enquanto explicavam que estavam se beijando e, de repente, os olhos do loiro ficaram pretos. O homem sorria maliciosamente, achando graça da vergonha do casal, mas ficou contemplativo, se levantando e indo até a grande prateleira que se encontrava no cômodo.

- Vocês sabem como as coisas são diferentes para veela machos, certo? - ambos assentiram. - Bem, como foram poucos casos na história, não há muita documentação, mas, pelo que eu percebo da sua herança e as poucas características que você expressou, eu acredito que isso seja a prévia de uma espécie de cio.

- Que nem dos cachorros? - Draco guinchou, querendo se trancar em um lugar bem escondido e não sair nunca mais.

- É mais como o dos humanos, na verdade - disse o homem, com uma risada. - Não leve isso na ofensiva, mas imagine como se fosse o período fértil das mulheres. Tem um período do mês que elas estão ovulando, o que significa que são mais férteis e, com o objetivo da reprodução, seus corpos liberam mais testosterona para dar mais chance à fecundação. Como veela são raros, seu instinto é procriação e eles evoluíram para isso, aumentando a produção de gametas reprodutores em certos períodos, favorecendo o crescimento da espécie.

- Mas eu sou um homem - choramingou Draco - e eu me relaciono com outro homem. Não há procriação.

- Você devia falar isso para os seus genes, não para mim - o loiro bufou. - Entenda, Draco, que tem certas coisas que não conseguimos controlar quando se trata de instinto. Assista Sirius tentar não correr atrás de um graveto no parque e você vai entender.

- Mas isso vai acontecer... agora? - Harry perguntou, coçando a cabeça.

- Não - assegurou Severus, aliviando ambos os garotos. - Não se preocupem. Se não aconteceu quando Draco fez quinze, vocês devem ter mais um ano, ou até, com sorte, dois. Só deverão estar atentos nos seus próximos aniversários, Draco, já que é quando há o maturamento mágico e, por consequência, ativação de certas características da sua criatura.

Harry e Draco se olharam numa mistura de alivio e desespero, sabendo que tinham um ano para se prepararem e, ao mesmo tempo, só tinham um ano para se prepararem.

- Relaxem - aconselhou Severus, olhando-os com carinho. - Vocês estão entrando na idade de fazer esse tipo de coisa, então só deixem rolar, sem pressão, no seu tempo, e qualquer coisa peçam ajuda -- eu sempre estou por perto, não é?

Os dois assentiram, sem saber exatamente para onde olharem. Severus decidiu brincar com eles.

- E, só para a informação de vocês, não é nem um pouco ruim quando...

Harry tampou seus ouvidos desesperadamente, começando a cantarolar alguma coisa enquanto Draco fugia para fora da sala, ambos o abandonando lá, dando a maior gargalhada que ele já deu em muito tempo.

Ah, para ser adolescente novamente.

Oie! Tudo bem?


Espero que tenham gostado do capítulo, que foi mais uma contextualização do que vai acontecer na fic na questão política e da guerra, mas também pra mostrar o relacionamento do Harry e do Draco. Eu imaginei que fosse ser curto, mas foram quase cinco mil palavras kkkkkkk

Agora um assunto sério: me perdoem pela demora a postar, mas eu realmente to tendo dificuldade de conciliar as coisas que eu gosto de fazer, e o meu tempo, com os meus estudos. Nesse meio tempo eu peguei dengue, o que me derrubou, me impediu de fazer minhas provas, então eu tô tendo que estudar muito pra segunda chamada, tive muitos simulados e ainda estudar pro Enem no final do ano. Vida de terceirão não é fácil e eu espero que me entendam.

Além disso, imagino que eu vá dar muito menos atenção pra história, pelo menos até eu entrar de férias, que é quando eu vou tirar meu tempo sabático de descanso, então não se desesperem se eu não postar nada até julho. Eu não vou fazer um trabalho porco, então compreendam, por favor. 

É isso. Espero muuuito que tenham gostado. O que eu escrevi do Harry e Draco foi um pouco de um desafio, já que eu estou me aventurando um pouquinho mais na escrita (tenho quase 17, falta um mês e pouquinho e eu faço essas coisas, então tenho licença poética pra escrever -- crianças, não deviam estar lendo nem escrevendo, ok?). Me digam se ficou bom ou péssimo e eu deveria parar kkkkkkk

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Até o próximo, 

~Bia+

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