O Experimento do Deus

By ThaiDragomir

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Um experimento levou o senhor das moscas a conhecer a verdadeira essência de um ser, seria esse o fim de sua... More

Capítulo 1 - A Veela
Capítulo 2 - Melancolia do deus
Capítulo 3- Conflito de decisões
Capítulo 4 - A Verdade
Capítulo 5 - O nascer de um sentimento
Capítulo 6 - Você é perfeito
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - A dor da rejeição
Capítulo 9 - Cidade do Pecado
Capítulo 10- Ciúmes
Capítulo 11- Sintonia
Capítulo 12 - Lembranças que mais doem
Capítulo 13 - Descobrindo o amor
Capítulo 14- Neblina
Capítulo 15 - A decisão
Capítulo 16 - Quebrando barreiras
Capítulo 17 - Entrega Sublime
Capítulo 18 - Ritual Humano
Capítulo 19 - Desejo intenso
Capítulo 20 - A caminhada
Capítulo 21- Cidade dos anjos
Capítulo 22- História dos Anjos
Capítulo 23 - Passado Sombrio
Capítulo 24- Amor é a cura
Capítulo 25- Enfrentando seus demônios
Capítulo 26 - Coração puro
Capítulo 28- Encontro com Satã
Capítulo 29- Poder total
Capítulo 30- Fogo eterno
Capítulo 31- Cuidando de você
Capítulo 32- Amando-a como se deve
Capítulo 33- Casa comigo?
Capítulo 34- Meu amor por você
Capítulo 35- Vou lutar por você
Capítulo 36- Eternidade ao seu lado

Capítulo 27- Coração cheio de amor

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By ThaiDragomir

Esse capítulo tem 3577 palavras.

Boa leitura ❤

O sentimento de proteção aumentou em seu coração, mais do que nunca precisava proteger, seu amado e seu filho!

Lembrou-se da conversa que teve com Lúcifer após concluir o primeiro teste.

"— Diga ao Belzebub que ele foi um irmão para mim, que ele tire toda a culpa de seu coração, pois ele não tem culpa de nada e que ele seja feliz com você — Lúcifer fala abraçando-a carinhosamente.

— Tome cuidado, pois está grávida e é muito recente pelo que pude perceber por isso não notou ainda, mas a aura do Belzebub está por toda parte em sua volta — o anjo sussurra em seu ouvido fazendo-a assustar-se com que ele dissera.

— O quê? — perguntou com os olhos arregalados.

— Cuide bem dele — anjo fala sorrindo piscando maroto em sua direção."

As mãos foram automaticamente em direção ao seu ventre, tocou com carinho sentindo um amor sem igual, um ser estava crescendo ali, um bebê fruto do seu amor com Belzebub.

— Ele vai pirar quando souber de você! — resmunga sorrindo em meio as lágrimas imaginando a reação do deus.

❈✡

Andava inquieto de um lado para outro sem tirar os olhos porta onde Aine atravessara, horas já passaram e nada dela aparecer, seu coração estava inquieto pensando no que poderia estar acontecendo.

— Fique calmo que logo ela estará aqui — Ansel comenta sorrindo em sua direção.

— Não consigo! Esse teste a fará sofrer? — pergunta agoniado ao pai que sorri terno em sua direção.

Não conseguia parar de pensar no que ela poderia estar enfrentando, não a queria ferida de nenhuma forma!

— Não sei, pois, ele difere para cada um, mas o principal é enfrentar os cinco venenos — Ansel conta fazendo-o arregalar os olhos.

— Cinco venenos? — parou abruptamente olhando serio em direção ao seu pai.

— Orgulho, raiva, ignorância, inveja e apego — Ansel fala assustando-o mais.

O ar em sua volta o sufocou, pois, isso significava que ela teria que enfrentar seus próprios medos!

— Por que não disse isso antes?! Vou buscá-la agora! — rosna furioso ao pensar em sua Aine sofrendo.

Não poderia deixar isso ocorrer, não quando ele não conseguia prever o que aconteceria!

— Você não poderá entrar ali, mesmo que tente, será barrado por uma força que desconhece, confie nela — Ansel fala suavemente tentando acalmá-lo.

Que de fode-se tudo, poderia morrer, mas a traria em segurança!

— Eu derrubo este lugar, mas eu trago minha mulher de volta! — grunhi com os olhos em chamas.

Quando encaminhou-se para a mesma direção que ela sumira a viu aparecendo com os olhos em lágrimas, seu coração apertou ao vê-la daquela forma.

— O que aconteceu? Está ferida? — pergunta em pânico para ela que o olha intensamente negando com um doce sorriso em sua face.

Não pode deixar de sorrir ao ver a preocupação do deus consigo, ao olhar para Ansel ao seu lado e seu olhar astuto percebeu que ele já sabia sobre a criança, uma dúvida cruzou a sua mente, será que deveria contar ao Bel?

Com tudo que aconteceria e com o risco de enfrentar Satã, sabia que Belzebub teria um treco e a forçaria a sair dali, no entanto, também não achava justo esconder dele isso.

— Ele deve saber de tudo — Ansel fala tirando-a de seus pensamentos.

Ele estava certo, não poderia esconder isso dele, respirando fundo ela assentiu olhando para o rosto confuso do deus.

— O que está acontecendo? — Belzebub perguntou olhando para ambos de forma desconfiada.

— Primeiro preciso contar sobre os testes, o primeiro deles foi enfrentar o orgulho e quem me ajudou com ele foi Lúcifer — fala sorrindo terna para o deus, seus olhos arregalaram-se tanto que parecia que saltariam de sua face a qualquer momento.

— Lúcifer? — Belzebub pergunta num fio de voz fazendo-a assentir.

Então narrou toda a história de como seu orgulho a cegou para ver o que acontecia com ela no mundo das fadas, contou como teve que enfrentar seu orgulho negando algo que ela julgava merecer e como descobriu a verdade sobre sua família, o deus ao ouvir isso arfou fazendo um pequeno medo crescer em seu coração.

— Bel... você sabia? — perguntou num sussurro ao deus que fecha os olhos como se sentisse dor.

Seus olhos encheram-se de lágrimas, não poderia acreditar que ele sabia e não contara para ela!

— Belzebub, você sabia? — torna a perguntar com raiva em sua voz.

— Eu... suspeitava, principalmente depois do pânico e da raiva que a rainha ficou quando você retornou comigo — o deus falou num sussurro.

— Por que não me contou?! — pergunta frustrada vendo-o suspirar exasperado.

— Por que não queria que sofresse com algo sem ter certeza, por isso que eu... eu mandei investigar todo seu passado para saber o que realmente ocorreu na floresta onde as veelas viviam — Belzebub fala chocando-a.

— O quê?

— Meu amor, eu não poderia vê-la sofrendo por algo que poderiam ser apenas suspeitas, por isso não contei nada a você, eu ainda não tinha a confirmação disso, pois mandei minha ordem de demônios averiguarem a história e eles ainda não voltaram para contar-me o que aconteceu, pois, como pode ver as bruxas das trevas nunca deixam rastros — Belzebub fala segurando o seu rosto com extremo carinho.

Seu coração disparou com o cuidado que ele teve consigo, não poderia acreditar que ele fizera isso por conta dela!

— Bel! — suspira abraçando suavemente o deus que a acolhe com carinho entre seus braços.

Deixou-se chorar em seu peitoral, sendo abraçada com força em resposta, longos minutos passaram-se até que conseguisse se acalmar, afastando-se gentilmente tornou a contar sobre como superou o orgulho e como Lúcifer tinha ajudando-a.

— Ele mandou um recado para você — fala surpreendendo o deus.

— O quê? — O deus perguntou com um certo medo no olhar.

— Diga ao Belzebub que ele foi um irmão para mim, que ele tire toda a culpa de seu coração, pois ele não tem culpa de nada e que ele seja feliz com você — falou as mesmas palavras que o anjo.

O deus encheu os olhos de lágrimas sem poder conter-se chorou copiosamente, o abraçou com carinho deixando-o que toda a dor que ele sentia saísse de seu coração.

— E-ele me p-perdoou m-mesmo após t-tudo — o deus falou numa voz embargada rente ao seu ouvido.

— Ele não perdoou, pois, não tem nada que perdoar, a culpa não foi sua e ele sabe disso — falou seriamente segurando firme o rosto do deus para que ele olhasse em seus olhos.

Vendo o olhar aliviado do deus ao saber disso não pode deixar de abraçá-lo mais uma vez com todo amor que tinha. Quando percebeu que ele estava mais calmo decidiu continuar a narrar o que aconteceu.

— Depois foi a hora de livrar-me do sentimento da raiva e quem ajudou-me foi Azazel — fala sorrindo carinhosa para o deus.

— Azazel? — o deus pergunta num misto de surpresa e deboche.

— Sim e ele foi perfeito! — defendeu o anjo ocasionando em um singelo sorriso no rosto do deus.

Narrou tudo que teve que enfrentar, seus questionamentos para poder livrar-se da raiva e como isso apesar de a machucar deixou seu coração mais leve.

— Tenho um recado dele também! — fala risonha arrancando um leve sorriso do deus.

— Qual?

— Diga ao Belzebub que ele foi um dos meus melhores amigos e que eu tive sorte de o conhecer! — falou imitando a voz do anjo

O deus arregalou os olhos com que ouvira, parecia não estar acreditando que aquilo estava acontecendo.

— Eles não o culpam, pois, você não é o culpado! — resmunga fazendo o deus assustar-se.

— Como sabe o que estou pensando? — Belzebub pergunta com os olhos arregalados.

— Conheço você — responde piscando marota fazendo-o rir.

— Depois disso imagino que encontrou Samael? — ele pergunta sarcástico arrancando-lhe um singelo sorriso.

— Sim, ele ajudou-me com a ignorância.

— Isso é tão a cara dele! — Belzebub fala com um enorme sorriso.

Sorrindo em sua direção, narrou a meditação que fez com o anjo sobre o tema e como teve que enfrentá-lo para poder passar no teste. Olhando-o carinhosa, mudou o tom de voz para imitar a voz do anjo e transmitir seu recado.

— Diga ao Belzebub que me sinto honrado por ter o conhecido, se pudesse, faria tudo novamente, pois os momentos que passamos com nossos amigos foram os melhores de minha vida, não o culpo pelo que aconteceu e fico feliz em saber que finalmente ele vai conseguir ser feliz.

O deus ao escutar não pode deixar de sorrir em meio as lágrimas, era tão bom para seu coração saber que nenhum deles o culpava por conta do que aconteceu, mesmo que ele ainda sentisse culpa.

— Eles amam você, Bel — comenta com um enorme sorriso ao ver os olhos dele brilhando em meio as lágrimas.

— E-eu... é b-bom saber disso — o deus sussurra tentando controlar a voz.

Sorrindo terno ele pede para que ela continuasse a narrar seu teste.

— Depois disso tive que enfrentar a inveja — fala suavemente para o deus que cerra os olhos curioso em sua direção.

— E quem a ajudou?

— Lilith — fala simplesmente fazendo o deus arregalar os olhos, completamente surpreso.

— Lilith?! O quê? Mas como? — vendo o rosto aturdido dele não pode deixar de rir.

Com calma narrou tudo que evidenciou junto a deusa e cada palavra sentia o deus cada vez mais desconfortável, como se ele sentisse culpa pelo ciúme e inveja que tinha pela deusa.

— Bel, não precisa ficar assim, admito para você que tenho ciúmes dela, mas esse sentimento é passado, não posso ter inveja do que vocês tiveram — fala fazendo-o olhá-la surpreso.

Ao escutá-la, não podia deixar de se sentir desconfortável, sabia que deveria ter sido ruim para ela enfrentar Lilith, mas em seu coração jamais houve motivo para que se sentisse ameaçada por ela.

— Nunca teve motivos para ter ciúmes! Desde que a conheci nenhuma mulher ocupou a minha mente e muito menos o meu coração! — fala ocasionando em um lindo sorriso em seu rosto.

— Eu sei, agora eu sei — ela responde fazendo-o sorrir terno em sua direção.

— Ela mandou um recado para você — Aine fala o surpreendendo.

A curiosidade corroía seu ser, queria perguntar, mas tinha medo de magoá-la, não queria deixá-la com dúvidas a respeito dos seus sentimentos, seu amor era por Aine, tinha certeza disso.

— Tudo bem Bel, eu entendo os teus sentimentos por ela — Aine fala firmemente fazendo-o assentir lentamente com os olhos cerrados como se mesmo com a permissão da veela, ele fosse proibido de perguntar.

— Ela disse exatamente isso... a culpa não é dele e que eu fui muito feliz com ele, que ele seja muito feliz com você.

Arregalou os olhos ao ouvir o recado da deusa, seu coração parecia tão leve agora como se todo o peso do mundo finalmente saísse dali, saber que nenhum deles o culpava, que todos o amavam na mesma medida, ocasionou em uma certa paz em seu interior.

— Obrigada Aine, eu... eu precisava ouvir isso! Eu... gostei muito dela, a amei e a prova disso é que agora ela está... morta, mas nunca amei ninguém como amo você e preciso que tenha certeza disso — fala firme.

Não queria que ela tivesse nenhuma dúvida sobre seus sentimentos, ela abriu um lindo sorriso em meio as lágrimas fazendo-o sorrir junto a ela.

— Eu sei e sinto muito pelo ciúme bobo — Aine fala envergonhada arrancando-lhe um sorriso meigo.

— Não é bobo, eu entendo você — fala fazendo um terno carinho em sua bochecha.

— Depois foi a vez do apego — Aine fala olhando-o com atenção.

— E quem a ajudou? — pergunta olhando-a com curiosidade.

— Sua mãe — a fala dela deixou-o em choque.

— O quê? — pergunta com os olhos arregalados.

Então calmamente ela passa a narrar o que acontecerá, cada vez mais ficava aflito a medida que a veela narrava, a sua mãe só poderia estar louca se acreditava que permitiria que a sua mulher enfrentasse aquele maldito!

— Você não pode enfrentá-lo! — fala com os olhos arregalados de pavor.

Suspirou exasperada, se ele já estava protetor daquela maneira, imagine quando escutasse que seria pai, o deus iria pirar!

— Bel, sua mãe deu-me os poderes de anjo e com meus poderes de veela eu posso enfrentá-lo e eu vou! — fala fazendo o deus bufar exasperado.

A atitude irritou-a levemente, era forte o bastante para vencer aquela guerra, além disso, seria ela quem iria empunhar a espada, somente ela poderia tocá-la.

— Ela acreditou em mim, por que você não pode? — perguntou cerrando os olhos para o rosto angustiado dele.

— Não é questão de não acreditar! Eu não quero que... não posso te perder! — o deus resmunga com o rosto torturado ao pensar na possibilidade de perde-la.

— Bel... você não vai me perder! — fala meigamente para o deus que suspira exasperado com a sua teimosia, sorriu marota em sua direção, não iria desistir.

— E o que mais ela disse? — o deus resmunga a pergunta fazendo-a sorrir.

— Que ela sempre esteve com você, nunca o abandonou em momento algum, e que você é o maior amor da vida dela — responde sorrindo ao ver o olhar em choque do deus.

Ele não era acostumado com carinho e isso era um fato, no entanto, era bonito ver seu rosto vermelho ao perceber que ao contrário do que ele pensava, o deus era muito amado. Com isso apesar dela, querer sabia que não podia esconder dele que já sabia sobre a gravidez, compreendia que quando tudo isso passasse ele ficaria muito puto consigo por ter contado depois da batalha que teria que enfrentar.

— Bel... preciso contar outra coisa, uma coisa que Lúcifer contou-me e que todos eles confirmaram inclusive sua mãe — fala baixo atraindo a atenção do deus.

— O que é? — o deus pergunta olhando-a curiosamente.

— Eu... o Lúcifer disse que... eu... estou grávida — fala rapidamente.

— VOCÊ ESTÁ O QUÊ? — o deus grita a pergunta com os olhos arregalados.

— Estou grávida — fala vendo os olhos do deus girarem e seu corpo cair num baque no chão.

— BELZEBUB! — se desespera jogando-se aos pés do deus, assustada com seu desmaio.

O anjo que se mantinha quieto desde que entrou ali, colocou-se ao seu lado olhando malicioso para o filho.

— Parece que ganhei a aposta! — Ansel fala sorrindo fazendo-a olhar confusa em sua direção.

— Que aposta? — pergunta aturdida.

— Apostei com Electra que ele desmaiaria ao saber que seria pai, ela falou que ele faria um escanda-lo e parece que eu ganhei! — Ansel fala rindo.

— Vocês já sabiam? — pergunta assustada.

— Toda a criança que está para vir é preparada, nos vimos o espirito que está sendo preparado para nascer, então sim, nos sabemos — Ansel responde deixando-a aturdida.

Ok, poderia lidar com isso em outro momento, o que estava deixando-a preocupada era o corpo inerte do deus, sacudiu-o sem sucesso, de todas as reações que esperava dele, jamais pensou que ele fosse desmaiar.

— Belzebub pelo amor de todos os deuses, acorda! — resmunga chacoalhando o deus.

Ansel suspira tocando-o levemente, o deus pula num susto como se tivesse sido tocado por uma água gelada.

— Aine! Você... como você está... grávida? — o deus pergunta sentado com os olhos arregalados em sua direção.

Não aguentou e começou a rir junto ao anjo que olhava incrédulo para o filho, não conseguia acreditar que ele estava a beira de um colapso, a situação era engraçada apesar de ser num momento trágico, assim como Electra previu o deus estava pirando!

— Belzebub como se fica grávida?! — pergunta fazendo o deus arfar.

Num pulo ele levanta andando de um lado para outro, não poderia crer que isso estava acontecendo justo naquele momento, era ainda mais perigoso que antes, só de pensar na possibilidade de ambos ferir-se o ar a sua volta ficava pesado, não poderia crer que ele cometeu um descuido desse, pois se algo acontecesse com esse ser inocente, ele jamais iria perdoar-se.

Uma lembrança cruzou a mente do deus o assustando, quando a veela e Sarah conversaram sobre gravidez em sua frente.

"— Não pensei que as humanas fossem tão frágeis na gravidez — Aine fala pensativa.

— Talvez as veelas sejam mais fortes — Sarah fala piscando marota para a veela que arregala os olhos.

— Não sei dizer, não conheço nenhuma veela... — Aine desconversa desconfortável.

— Talvez o dia que você ficar gravida... — Sarah deixa no ar, a veela sente-se aturdida com a deixa da deusa."

Começou a respirar rapidamente como se estivesse passando mal, ela já estava grávida a tempos e não contou a ele!

A barriga não estava grande, mas isso não significava nada, nunca vira uma veela gravida, será que era diferente?

Ela não mudara nada desde aquele dia, ficava mais irritada, mas isso era o normal dela, ou pensava que era, céus, a quanto tempo ela estava com sintomas e não percebeu?!

— Bel, o que você- — Aine interrompe-se ao vê-lo fazendo as contas.

— Aine aquela vez que... que falou com Sarah sobre gravidez... você já sabia?! — perguntou com os olhos arregalados.

— Belzebub, deixa de ser idiota! — Aine começa a rir deixando-o assustado.

Não aguentou com a pergunta do deus e começou a rir, o desespero dele estava tão grande que ele esqueceu de um detalhe bem importante, ela não poderia estar grávida nessa época já que eles ainda não tinham transado.

— Mas faz sentido, vocês falaram de gravidez e eu lembro que você ficou desconfortável! — ele resmunga aumentando o seu riso.

— Belzebub... nos não tínhamos transado quando essa conversa aconteceu, então eu não poderia estar grávida! — não aguenta e começa a gargalhar sendo seguida por Ansel que não aguentou ouvindo tudo quieto.

O deus ficou com as orelhas vermelhas ao perceber estar pagando mico em frente ao pai e sua amada, mas como ele iria raciocinar corretamente sendo que nesse momento ele estava pirando?

— Quanto tempo então? — ele resmungou fazendo-a parar de rir e olhar terna em sua direção.

— Não sei, Lúcifer disse ser pouco tempo, então é recente, por isso não notei nada de diferente, mas ele disse que sua aura está por toda a parte — fala colocando as mãos no ventre com um terno sorriso no rosto.

O ar em sua volta ficou mais pesado quando o deus seguiu o olhar para o ventre da veela, olhando-a com atenção pode perceber que Lúcifer estava certo, sua aura estava toda ao redor dela, como ele não percebeu antes!

Então arregalou os olhos ao perceber, ele não notara, pois, a criança foi concebida no dia em que se descontrolou com Aine, após isso ela afastou-se dele, então pelas suas contas, ela não estava mais que três semanas de gravidez, aproximou-se dela com os olhos cheios de lágrimas não derramadas, ela era o mundo inteiro para ele e agora estava dando-lhe o melhor presente que ele poderia ganhar.

— Aine! — fala seu nome num murmuro enquanto cai de joelhos aos pés da veela.

Ela assusta-se momentaneamente ao vê-lo daquela maneira, mas quando viu seu olhar carinhoso para seu ventre não pode segurar as lágrimas, ao colocar as mãos ali, concentrou-se sentindo a pequena energia que aquele ser já emitia, jamais pensara na possibilidade de formar uma família, agora estava ali, com a sua mulher e seu filho, o centro de seu mundo.

— Eu... obrigada! — fala emocionado deixando um singelo beijo em sua barriga ainda plana, seu coração nunca esteve transbordando como estava agora, sentia um amor como nunca sentiu antes, era diferente que sentia por Aine, mas não menor, já amava incondicionalmente aquele ser que nem ao menos tinha uma aura própria ainda.

— Oh! Bel! — Aine abaixa-se para abraçá-lo carinhosamente.

Sentiu-se extremamente sortudo por tê-la ali, estava segurando seus bens mais preciosos, aquilo era tão estranho, soubera da existência dele a poucos minutos, mas ele tornara-se o centro de seu mundo, assim como a mãe dele, por isso sabia que não poderia deixá-los se ferir.

— Não posso deixar que lute contra ele! Tem que pensar no nosso filho agora! — fala rente ao seu ouvido fazendo-a suspirar exasperada, ela poderia teimar a vontade, mas não iria colocá-los em risco, a possibilidade de perdê-los o deixou sem ar, não poderia pedir para que ela lutasse contra ele!

— É por estar pensando nele que irei lutar, precisamos deixa-lo seguro — Aine retruca fazendo-o suspirar exasperado, tinha muito mais a perder do que jamais imaginou, não podia deixar ele fazer algum mal a Aine e seu filho!

O amor que sentira naquele momento era tão intenso que queimava todo seu corpo, precisava protegê-los a qualquer custo, sentiu-se sonolento de repente, os olhos foram fechando-se lentamente, sentia estar perdendo o controle de seu corpo, não isso não poderia acontecer com ele abraçado a ela, estava próximo demais dos grandes amores de sua vida e só de pensar em suas mãos sujas com seus sangues, sentia o chão tremer sob seus pés, ele precisava avisa-la!

— Aine... sai... perto! — fala com dificuldade afastando-se da veela que arregala os olhos ao vê-lo mudar.

Ao observar a fisionomia dele mudar totalmente, entendera que aquele ali em sua frente não era mais o seu Belzebub, deixou os seus poderes tomar conta de seu ser, com suas asas abertas, pega rapidamente a espada suspirando aliviada ao ver que conseguiu empunhá-la.

— Doce Aine, estive esperando pelo momento em que seu coração ficasse completamente saciado com amor, você não sabe o quanto preencheu o coração dele hoje, devo agradecê-la por isso — a voz de Belzebub sai rouca e completamente diferente, suspirou ao dar-se conta que ele não era mais seu amado e sim, Satã.

Ele esteve esperando pelo momento oportuno para tomar o corpo do Belzebub!

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