Broken Heart. • NARUSASU •

By willahlland

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Naruto e Sasuke não eram nada parecidos. Tinham personalidades opostas, jeitos opostos. Eles possuíam apenas... More

0.1 ✿⁠

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O sol escaldante daquele último sábado de verão, fazia os jovens respirarem fundo em êxtase. Ainda que tivessem que voltar às aulas alguns dias depois, aquele estava sendo um ótimo final de semana.

O mar estava bom para surfarem, não tinha ressaca, e as ondas estavam consideravelmente agradáveis para algo mais calmo.

Naruto encontrava-se em uma competição acirrada com Shikamaru, ambos tentando vencer naquela batalha de ondas. Na areia, o resto do grupo estava torcendo para algum dos dois, vez ou outra rindo da situação.

— Eu duvido que o Naruto consiga ganhar do Shikamaru. — Deidara, irmão gêmeo do loiro, falou sentando-se ao lado da irmã caçula.

— Se ele não vencer eu perco 20 dólares nessa aposta idiota. — A garota respondeu fazendo careta.

Depois de alguns minutos, eles finalmente tinham um vencedor, e, para o azar de Naruto, Shikamaru havia vencido.

O loiro foi motivo de zoação e de risadas por todos ali presentes, principalmente pelos seus irmãos.

— Na próxima você vence, filho. — Kushina comentou, aproximando-se dos adolescentes. Ela estava acompanhada do marido e dos outros amigos. — Você só precisa usar essa cabeça para pensar um pouco.

— Qual foi mãe, eu sou incrível, só tive um deslize.

— Não exagera, Naruto. — A ruiva soltou uma risada alta e ajeitou a prancha embaixo do braço. — Vou te mostrar como pega uma onda de verdade.

Todos ficaram admirando a mulher correr mar adentro. Kushina era uma verdadeira surfista, tinha inúmeros troféus em casa de recordes e competições ganhos.

Podia ter seguido a carreira se não tivesse engravidado dos gêmeos. Precisou largar o sonho para cuidar dos seus filhos. Pouco mais de 1 ano depois, entrou em uma depressão profunda, sentia-se cansada da vida de casada, dos filhos atormentando o seu juízo, e entrava constantemente em discussões com o marido.

Em uma noite, Kushina e Minato tiveram uma discussão longa, decidiram que o melhor a se fazer para os dois seria a separação. E assim foi feito.

Dois meses depois que estavam separados, ela conheceu um homem em um bar. Os dois trocaram algumas conversas e terminaram a noite na cama. Isso resultou em uma gravidez indesejada. Inicialmente o homem não aceitou a gravidez e jurou de pés juntos que o filho não era dele.

Largada e desesperada, sem saber o que fazer, cogitou na possibilidade de um aborto. Desistiu completamente da ideia depois de aceitar fazer uma consulta no médico, sendo acompanhada pela mãe. Sentiu um amor inexplicável pelo bebê em seu ventre quando escutou o coração bater pela primeira vez. Era surreal de incrível escutar tantas batidas em um serzinho pequeno.

Quando estava perto de completar 6 meses de gravidez, Minato e ela reataram o casamento e Kushina entrou com um pedido de teste de DNA para confirmar a paternidade do bebê. Ela não obrigaria o homem a ser presente na vida da filha, mas ele teria que fazer o mínimo que era pagar a pensão.

A briga no tribunal foi longa, mas o final não foi tão ruim quanto Kushina esperava. Fugaku aceitou as condições, e o fato de que sim, era sua filha.

Apesar disso, Minato acabou se fazendo mais presente na vida da enteada do que o próprio pai dela. A garota cresceu chamando-o de pai, enquanto o seu biológico a via poucas vezes no ano.

De uma coisa Kushina podia dizer que se orgulhava na vida; seus filhos. Seus três lindos e amados filhos. Todos sempre sorridentes e alegres.

— Ui, esse tombo deve ter doído. — Deidara soltou ao ver a onda engolir a ruiva quando ela se desequilibrou da prancha.

Izumi foi a primeira a levantar da onde estava sentada quando percebeu que a mulher não tinha voltado à superfície.

— MÃE! — Gritou em desespero e saiu correndo mar adentro. Foi seguida pelos irmãos, amigos e Minato.

Todos começaram a nadar para onde possivelmente ela havia caído, mas foram impedidos pelas ondas que quebravam em cima deles.

Izumi foi arrastada para fora depois de se afogar, e tossiu a água que entrou em seus pulmões. Shikamaru a segurou, impedindo-a que voltasse ao mar.

Minato avistou a prancha boiando e mergulhou em direção à ela. Encontrou o corpo da esposa submerso, a perna presa nos corais. Ele agarrou o corpo dela e voltou para a areia.

— Amor, respira. — Suplicou em meio às lágrimas, fazendo respiração boca a boca, enquanto tentava a massagem cardíaca. — RESPIRA! — O desespero aumentava de forma drástica. Nada do que fazia estava trazendo sua esposa de volta.

Hinata foi rápida em discar para a ambulância, mas era tarde demais.

Kushina Uzumaki estava morta.

✧✧✧

Uma semana depois.

A pequena casa dos Uzumaki parecia ainda menor após a perca da matriarca. O vazio e a frieza presentes no local faziam o interior de Naruto se arrepiar. Não tinha forças para lutar contra a dor e a depressão que o atingiram em cheio. O gosto amargo do álcool recém tomado não o deixava menos pior. Sentia-se exposto, sufocado, como se tivesse sido virado do avesso. E de fato havia sido. Sua mãe tinha sido tirada a força dele.

Naruto cambaleava pelo quarto, passando as mãos pelo rosto, local esse que estava encharcado pelas lágrimas.

A tempestade que caia do lado de fora fazia jus a tempestade existente dentro do garoto.

Porra de acidente. Porra de cidade. Porra de vida. — Repetia com raiva em cada novo gole que dava na vodca pura.

Naruto dizia a si mesmo que não importava o que sentia, a prioridade era deixar os irmãos bem. Mas como podia ajudá-los se não conseguia sequer passar uma noite sem chorar ou ficar embriagado?

Do quarto, podia escutar mais uma discussão do pai com a irmã caçula. Achou que o motivo seria por ela ter saído sem a permissão dele, ou por causa de bebidas alcoólicas, ou alguma droga ilícita. Mas o motivo da discussão deixou o loiro curioso.

Se arrastou com cuidado para o andar debaixo, tentando não tropeçar e cair de cara no chão. Pouco se importava em ser descoberto pelo pai, sua prioridade maior era saber o motivo da briga.

— Isso é absurdo. Totalmente absurdo. — Izumi repetia com raiva, cravando as unhas na própria pele. Naruto encarou os dois adultos, que também o encaravam.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntou indo em direção à irmã, a abraçando e impedindo que continuasse se machucando.

— Vou levá-la para morar comigo.

— Ficou maluco?! — Exasperou, colocando-se em frente a caçula, como se pudesse protegê-la deles. — Você não vai levar minha irmã para outro continente!

— Naruto isso não é assunto para você se meter. — Minato pediu em um suspiro cansado. — Ele é o pai dela.

— E você é o que, em? Você é mais pai que esse velho idiota!

— Olha como fala comigo, garoto! — Fugaku levou as costas das mãos até às têmporas dos olhos. Estava impaciente com aquela discussão toda e sabia que ninguém chegaria em um acordo amigável. — Perante a lei Izumi está sob a minha guarda.

— Foda-se essa lei. Para de querer bancar o paizão agora só porque acha que tem algum direito de posse sob a minha irmã. Nunca foi presente para ela e agora quer fingir que se preocupa?! — Naruto não sabia medir as próprias palavras em momentos de explosão. Mais tarde se arrependeria de falar tantas atrocidades.

— Naruto, já chega do seu show! Vai pro seu quarto! — Minato ordenou, elevando o tom de voz. Respirou fundo e voltou a atenção para o Uchiha. — Eu não acho que essa seja a melhor hora para decidirmos qualquer coisa. Melhor você voltar amanhã e nós tentarmos ter uma conversa e acharmos uma solução.

— Ela vai comigo.

— Não vejo motivos para você querer que ela vá. — Minato deu um passo à frente, cruzando os braços.

— Eu vejo muitos motivos. Quero conversar a sós com ela.

— Fugaku, se for sobre o incidente de mais cedo...

— Não se meta nisso, Minato. Ela ainda é minha filha e eu estou ordenando que ela vá embora comigo, pelo menos hoje. Amanhã eu trago ela de volta, não precisa se preocupar em uma possível fuga. Eu trabalho pelo certo. — Sabendo que resistir só traria mais brigas e discussões, Izumi decidiu encarar a realidade e sair detrás do irmão.

Naruto tentou segura-la, mas foi impedido pelo pai. Apenas deixou-a ir com Fugaku, se segurando para não ir atrás.

— Você não devia ter deixado! — Praticamente gritou para o pai.

— Eu sugiro que você vá tomar um banho e descansar. Você não sabe nem disfarçar que está bêbado. — O mais velho se retirou do cômodo, subindo as escadas.

Ele deu-se por derrotado e resolveu obedecer ao que o pai dizia. Tomou um banho e deitou para dormir, sabendo que seria uma tarefa impossível pelos milhares de pensamentos que assombravam sua cabeça.

As frestas de luz solar invadiram o quarto do Uzumaki, fazendo-o despertar do sono profundo que se encontrava. Não sabia em que momento da madrugada tinha conseguido cochilar, mas deu graças a Deus por estar alcoolizado e ter conseguido dormir.

Procurou pelo celular perdido na cama, checando se havia mensagens ou ligações importantes. Nada chamou sua atenção no aparelho.

Contudo, o que chamou a atenção do garoto, foi a cama do irmão que estava totalmente arrumada, do mesmo jeito de quando ele havia deixado noite anterior.

Mais tarde pensaria em perguntar ao irmão pode onde ele andava, mas, conhecendo-o, bem sabia que ele devia estar na casa de um de seus ficantes fixos.

Cada um dos irmãos aprendeu a amenizar a dor do luto de alguma forma. Nenhum deles seguiu um caminho saudável e educativo.

Sentiu a garganta se embolar com o vômito que estava prestes a sair. Correu até o banheiro, ajoelhou-se de frente para a privada e deixou o líquido sair. Não era nada mais do que o álcool acumulado.

Encarou-se no espelho depois de passar uma água no rosto. Suas olheiras estavam marcantes, os olhos inchados de chorar.

Balançou a cabeça, soltando um suspiro. Decidiu que iria tomar um banho e comeria alguma coisa, lembrara naquele momento que não tinha comido nada na noite passada.

Não encontrou uma alma viva presente naquela casa. A mesa do café estava posta, o que indicara que seu pai havia saído mais cedo para o trabalho; coisa que nem surpreendia-o mais. Minato passa mais tempo no trabalho ocupando a mente, do que em casa com as memórias sólidas da falecida esposa.

Não tinha muito o que fazer naquele dia, apenas esperar pelas notícias dos irmãos, e vegetar na cama.

Pelo menos era o que achava que ia fazer. O celular apitou em uma notificação que o fez sorrir de forma maliciosa.

Naruto não recusaria uma boa foda. Ainda mais quando precisava distrair a mente. 

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