Dancer; JM

By bngtwc_

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Anos após de ter tido seu sonho destruído por alguém, Park Jimin decide voltar a praticar dança e ganha uma b... More

avisos e elenco
capítulo um: DREAM
capitulo dois: LOST
capitulo três: TEACHER
capitulo quatro: TROUBLEMAKER
capítulo seis: MY FAVORITE DANCER

capítulo cinco: IN LIMIT

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By bngtwc_

MYOUI MINA

Um dos piores dias da minha vida foi quando o papai teve que ser internado num hospital psiquiátrico e o pior dia da minha vida foi quando eu soube que o papai morreu lá, minha mãe nunca me contou como que aconteceu e acho que até prefiro assim.

Nunca soube o que aconteceu para ele ser mandado para lá, ele nunca apresentou nenhum comportamento estranho, ele parecia sempre bem.

Bom, apesar de eu nunca saber o que aconteceu, eu cheguei a imaginar como aconteceu e me senti tão culpada por pensar uma atrocidades, mas não pude evitar.

Teve um dia em que eu simplesmente não conseguia respirar, eu ainda estava dormindo e eu sentia algo pressionar forte minha cabeça, eu não conseguia raciocinar, no momento eu nem sequer sabia quem eu era.

Quando eu reagi, avistei a presença da minha mãe ali.

— O que estava fazendo? - minha voz saiu falha por conta do choro — mãe, o que estava tentando fazer?

Ela se aproximou de mim com calma e sentou-se na minha cama, o que fez com que eu me afastasse dela na hora, ela sorriu para mim bebendo uma garrafa de soju. Eu estava muito assustada, mamãe nunca tinha feito isso antes, ela nunca esteve assim antes.

— Você errou o passo naquela dança, como se atreve? — perguntou — Em umaa droga de teste importante, está ficando louca, quer seguir o mesmo caminho do seu pai? Quero saber como se atreve a errar Myoui?

— N-não foi porque eu quis — falei assustada tentando me afastar dela ainda mais.

Ela apenas saiu do meu quarto e foi embora, sem mais e nem menos. Isso aconteceu antes de eu começar com as minhas aulas de dança, bem antes de conhecer o Jimin, eu tinha apenas 12 anos.

Mesmo com aquela idade me perguntei se o que aconteceu com meu pai chegasse a acontecer comigo também, então eu apenas quis ser a melhor de todas.

Não que o papai fosse burro, mas eu não podia bobear e acabar como ele, eu precisava ser a melhor para a mamãe. Sem erros, sem desistência, apenas fazer tudo que ela quer, para o meu bem.

E ela repetia sempre as mesmas palavras de antes para o meu bem, sei disso. Ela não queria me perder como perdeu o papai, mas se caso acontecesse, iria ser difícil negar a si mesma que seria a culpada.

Mas isso não aconteceu somente uma vez, para ser sincera aconteceu ontem. Eu não conseguia respirar, eu não conseguia reagir, mas daquela vez eu sei o que estava acontecendo, então apenas tentei chamar pelo nome dela, ver se ela sentia culpa e apenas parava de fazer o que estava fazendo.

Nunca clamei tanto pelo nome de minha mãe quanto fiz ontem e assim que ela finalmente me soltou, eu fugi e me tranquei no banheiro. Sentei no chão e abracei minhas pernas, recuperando o ar e tentando parar de chorar.

— MYOUI?! — ela bate na porta do banheiro com força — como se atreve a querer desistir, hein? Como tem coragem de pensar em abandonar tudo que te dei? Por que é tão ingrata? HEIN?

Ela ficou por um tempo em silêncio e continuou:
— Você está seguindo os passos do seu pai, só se assegure de acabar não morrendo na porra de um hospício igual o seu pai, ouviu bem? Nunca mais pense em desistir, é para o seu próprio bem.

Eu continuei no banheiro, até o dia amanhecer e eu ir para o meu trabalho. Talvez eu tenha sorte de não conseguir compartilhar nada com ninguém, imagina a loucura que iria ser explicar a alguém que eu tive que sair cedo da minha própria casa porque minha própria mãe a invadiu e tentou me asfixiar. Seria uma história e tanto, talvez até traria boas risadas.

O meu maior defeito é que desconto tudo que sinto trabalhando, e quem sofre são os meus alunos.

— Refaçam! — exclamo e eles obedecem, já cansados pois tirei o tempo de descanso deles.

— Professora, meu Deus eu não aguento mais — Park Jihyo diz jogando se no chão, logo mando a mesma se levantar, que faz isso com muita má vontade.

— Vocês precisam ser perfeitos, não quero ninguém me envergonhando na grande apresentação, entenderam? — todos assentem, eu realmente não aguento mais ver eles sofrerem tanto, preciso demonstrar resquícios da empatia que eu escondo — descanso de 15 minutos, é o tempo que vocês bebem água e vão ao banheiro.

Enquanto eles suspiram aliviados, eu me sento em uma cadeira que tem jogada pelos cantos. Todos, exatamente todos saem, menos Jimin, que continua treinando e se esforçando, ele está quase caindo de tanto cansaço, mas mesmo assim não para.

— Você devia descansar, não vou pegar leve —  aviso, ele me olha pelo reflexo do espelho por uns segundos, mas continua a treinar — você parece cansado, devia descansar.

— Desde de quando se importa? — ele pergunta continuando a treinar, apenas fico quieta, mas antes que saísse da sala, dou um sorriso disfarçado para ele, que felizmente não percebe.

Tenho que admitir para mim mesma que odeio ver ele tão cansado, mas que estou orgulhosa por ele estar tentando.
Eu tento ser legal com meus alunos, mas tem uma pessoa que sempre observa minhas aulas, talvez essa pessoa ache que eu não perceba, mas pelo vidro da porta sempre vejo sua expressão carrancuda me olhando como se estivesse esperando um simples sorriso sincero meu para ir correndo passar informações de que estou pegando muito leve com todos para a mamãe.

Antes de voltar para a sala de dança, por uma fração de segundos pensei ter visto a mamãe, talvez eu esteja apenas vendo assombrações, mas ficarei atenta.

Logo os alunos voltam a sala e eu peço para repetirem a coreografia que ensinei, estão com as energias renovadas após o descanso de 15 minutos, menos ele, até porque ele não descansou nem um único sequer minuto.

Me assusto ao ver Momo, Seulgi e Hoseok entrando na minha sala, cada um trazendo uma cadeira para sentar se. Questiono o porquê da repentina chegada deles e eles respondem que o nosso superior os pediu para assistir a minha aula.

Já imaginando quem está por trás disso, sou a única que não me assusto a repentina presença da minha mãe, de terno e gravata, usando óculos escuros.

Respiro fundo apenas para não perder o pouco de controle que me resta.

— Gosto de ter paz em minhas aulas, não gosto de ninguém me atrapalhando — digo sem manter contato visual, mamãe deve estar chocada com o que eu disse, mas sei que ela prefere manter sua postura de calma.

— Quê isso minha filha, vamos ficar quietinhos — ela diz forçando uma risada simpática, mas sei que por baixo daquele óculos escuro deve estar querendo me matar.

Apenas ignoro e mando meus alunos refazerem a dança. Eles provavelmente estavam mais nervosos que eu, então só sabiam errar, principalmente Tzuyu e Jimin. Peço para que somente eles dois repitam novamente.

— Park, pare de errar — digo sem manter contato visual, ele apenas suspira e tenta fazer de novo.

Não sei porque está errando tanto sendo que há minutos atrás ele era o que mais acertava.

— Não tem cabimento alguém como ele querer ser dançarino, ele apenas erra, acho que devia desistir dele — minha mãe diz e eu apenas concordo, ela me olha e eu retribuo o olhar, sei o que ela quer e não faço ideia do que fazer.

— Não acho que deva desistir, Jimin tem tanto potencial, ele é um dos melhores da classe, não desista dele — Tzuyu falou impulsivamente, encolhendo os ombros após ter a minha repreensão e a de Park.

— Acho que não devia se meter nas aulas dos outros, florzinha — minha mãe diz séria.

— Se é errado se meter nas aulas dos outros então você não é a pessoa que tenha moral para me repreender — a Chou diz, fazendo todos ficarem incrédulos, chamo a atenção dela mais uma vez e ela fica quieta.

A aula voltou ao normal, Seulgi era a que mais estava morrendo de tédio, ela prefere aulas alegres e cheias de energia. Quem não ficaria entediado?, viram os mesmos alunos repetirem a mesma dança várias vezes.

A aula estava indo bem até que Jimin apenas sentou-se no chão, cansado e praticamente passando mal, deixo que Taehyung vá até ele para ajudar - ló. É possível ouvir minha mãe resmungando horrores.

Até que ela apenas soltou:
— Park Jimin você está fora.

A olho em forma de repreensão e todo mundo, inconscientemente, faz o mesmo.

— Ele está fora, não é Sharon? — ela pergunta, é mais uma ameaça do que uma pergunta, porém isso não vem a questão, minha mãe já invadiu minha casa uma vez e pode muito bem invadir de novo.

Eu estou com medo dela.

— Park Jimin, você está fora — digo, fazendo todos reclamarem — SILÊNCIO!

— Mina, não pode fazer isso — Momo se levanta reclamando e eu tento me manter calma. Seulgi e Hoseok começam a reclamar também, e minha mãe, ela está sorrindo orgulhosa.

Jimin está quieto e paralisado.

— Tudo bem, então — Jimin disse conformado, indo à saída da sala, mas Jihyo o segura e o impede de ir.

— Não, ele não vai, você como professora tem que ensinar seus alunos até eles acertarem, o Ji é tão bom e você não pode desistir dele apenas porque essa jacaré dondoca pediu — Jihyo vocifera.

— Quem não aceita a saída dele, que saia junto — digo friamente, porém com o coração batendo forte — se ele não está sendo bom o suficiente, talvez ele não seja digno de estudar aqui.

Percebo olhares me julgando de todos os lados, menos o da mamãe. Olho para o garoto que está de cabeça baixa, respirando fundo e cerrando os punhos. Tzuyu também está se segurando e eu não faço ideia do que ela tenta fazer.

— Eu não sou digno de estudar aqui? — ele pergunta com desdém — pelo que eu saiba quando você veio para cá pelo concurso, não foi você que o ganhou. Eu desisti disso aqui e você nem se importou, porque você só ligava para ser a melhor.

— Você desistiu, não é mesmo? Por que está fazendo esse drama agora? — questiono tentando não me irritar.

— Você sabe o que sua mãe fez naquela época? — ele pergunta e eu paraliso, sem saber o que fazer, enquanto mamãe diz para que eu o expulse logo.

Sim, eu sei o que minha mãe fez, mas ela fez pelo meu bem, eu sei. Então eu apenas respondi que sim, eu sei o que minha mãe fez.

— Depois dela ter feito meus pais perderem o emprego, depois dela viver quebrando as janelas da minha casa, depois dela agredir minha mãe com a porra de um taco de beisebol, você apenas aceitou minha desistência e foi suja em suas atitudes — Jimin corre e pega a caixa de som que uso para minhas aulas, indo até mim — sua mãe me tirou duas das coisas mais importantes para mim, ela tirou minha vontade de realizar meu sonho e me tirou você, ela tirou a Minari que eu conhecia e amava de mim, eu sempre te dei voz, apoio e atenção, mas mesmo assim você foi desonesta comigo e eu te odeio por isso.

— Ji... — Jihyo tenta se aproximar, mas ele a manda o soltar.

— Você não é honesta, então você não é digna de estar aqui — ele cospe as palavras na minha cara e joga a caixinha de som no chão, a quebrando — eu estou na droga do meu limite, obrigado por estragar meu sonho, novamente, eu desisto de tudo isso.

Eu o vi passar pela porta chorando, enquanto o Kim e a Park iam atrás dele, Chou estava parada em minha frente com raiva.

— Ele não pode fazer isso, mas eu posso — sinto minha bochecha arder após sentir a mão da morena indo de encontro ao meu rosto, e ela também sai da sala.

Libero os alunos e peço para Momo, Seulgi e Hoseok saírem da minha sala. Fica apenas eu e minha mãe.

Mamãe se aproxima e repete as drogas das mesmas palavras, enquanto acaricia a minha cabeça e eu choro.

Eu não aguento mais sentir culpa e não poder fazer nada.

Eu estou no meu limite.

[ 🖇️ ]

sim, eu esqueci de atualizar e não, eu não aceito que você leia e não deixe o voto, bora deixa a estrelinha aeeeee visse???!!

beijinhooos ❤️

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