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Da princesa_trevas

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E se o casal Potter estivesse vivo? E se eles nunca tivessem morrido? Posição: 24/10/2021 - #4 em marymacdon... Altro

Acordei, eu acordei.
Procurando o azul do cΓ©u.
E atΓ© agora eu nΓ£o achei.
Eu me levantei, me levantei.
Olhei pela janela e vi esse tempo frio.
Que me fez lembra vocΓͺ.
E me fez lembrar.
De toda brincadeira de criança.
Que eu jΓ‘ vi vocΓͺ brincar.
VocΓͺ brincar.
E me fez sonhar.
Com o passado que brincΓ‘vamos na lama.
Sem se preocupar
Se preocupar.
Ou sΓ³ se preocupar
Pra nΓ£o chegar tΓ£o tarde em casa
E perder o jantar
E poder novamente
Dançar na chuva como for
Pintar o cΓ©u de outra cor
Fazer com que a semente vire flor
Eu sΓ³ quero poder, de novo e de novo

Descer o morro mais alto de todos

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Da princesa_trevas

Oi gent, ele/dele hj, por favor muitos comentários e estrlinhas <3


O céu escureceu de maneira rápida quando pisou os pés na cidade, não queria ter medo, mas tinha.  Sentindo o coração bater na garganta, Remus abriu os olhos. Aproximou-se sentindo que um peso comprimia-lhe  o peito, a mesma sensação que sempre tivera quando entrava ali, um dor que chegava em seu coração e seus pulmões. 

A lápide estava alguns ramos de flores que já não possuem mais cores. Era de mármore e isso facilitava a leitura, pois parecia brilhar no escuro. Remus não precisou se ajoelhar nem chegar muito perto para ler as palavras ali gravadas. 

James Potter, nascido 27 de março 1960, falecido 31 de outubro 1981

Lily Potter, nascida 30 de janeiro 1960, falecida 31 de outubro 1981

Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

Remus leu as palavras devagar, como se fosse ter uma única chance de entender seu significado, e leu as últimas em voz alta. Passou muito tempo nos últimos anos tentando entender frase, talvez agora, significa "viver além da morte". 

Entretanto, não estavam vivos, pensou Remus: James e Lily que conheci, morreram a muito, esse dois que agora correm com a tentativa de se ressuscitarem, são meras almas que já se foram. E as lágrimas vieram antes que ele pudesse conte-las, escaldantes e intensamente molhadas em sua bochecha, não havia nada ali que o fizesse conseguir esconde-las. Deixou-as cair, seus lábios contraídos, os olhos fixos no mármore de seus amigos, de seus melhores amigos, agora certamente deviam apenas ossos ou pó, sem saberem ou se importarem com o que acontecia no mundo neste momento, sem saberem que seu sacrifício salvara seu filho. E mais uma vez, Remus desejou ser James e Lily, não só porque viver nunca foi sua atividade favorita, mas Harry, Lily e James poderiam ter tido uma vida feliz. 

— Todos prontos? — perguntou James, e Remus saiu de seu transe. Sirius estava ao seu lado e o olhou com um sorriso. 

Remus quis gritar, quis dizer que não, queria pedir para pararem, para não fazerem isso. Mas nada saiu, não havia o que fazer. Harry estava abraçado em sua mãe, Dorcas e Marlene de mãos dadas, James com a varinha em punho. Marlene com a cabeça no ombro de Sirius, e Sirius com a mão passada em sua cintura:

— Sim — disseram os outros em uníssono. 

— Remus? — perguntou Lily, franzindo a testa e Remus viu todos olhando pra si. 

E fora um silêncio constrangedor.

— Eu quero falar uma coisa antes — interrompeu Marlene, timidamente. Lily a olhou com ternura, e fez um sinal com os olhos pra que ela falasse. — Remus... Me desculpa. 

— Que? — perguntou Remus com a maior cara de confusão que poderia fazer, e bom, todos estavam confusos. 

— A gente foi embora, todo mundo, te deixamos sozinhos lidando com mundo todo em cima de ti e voltamos como se nada nunca tivesse mudado. E isso é horrível, nós prometemos estar pra sempre juntos e maior dificuldade fomos embora... Desculpa de verdade ter ido. 

— É cara, desculpa mesmo — disse Dorcas.

— Desculpa, Remie — murmurou Mary. 

Remus não teve tempo para ter uma reação, porque James logo começou a falar:

— Desculpa não ter confiado em ti, e achar que você podia ser o traidor... 

— E por termos desconfiado de ti... — murmurou Lily. Harry arregalou os olhos, confuso. 

Sirius olhou para Remus, como quem fosse dizer algo, mas nada saiu. Remus começou a rir, passou a mão pelo rosto e soltou um suspiro irritado:

— Maldita hora que eu inventei de parar de fumar — resmungou tateando os bolsos da calça jeans. — Destrói essa merda logo. 

E com um último olhar geral, James quebrou a lápide em vários pedaços, e uma caixa de metal foi revelada aonde deviam se ter ossos e pó. Remus não fico tempo suficiente para descobrir o que tinha dentro, voltara correndo para a casa Potter. 


Remus observara Harry pegar o pomo pela décima vez, até mesmo o garoto já estava ficando entediada, mas Marlene, Dorcas, Sirius e James ainda travavam uma luta fiel por quem conseguia fazer mais gols antes do garoto pegar o pomo, mas duas das dez partidas Harry pegara o pomo segundos depois que se dera início:

— Vai seguir carreira, Harry? — perguntou Marlene, no jantar enquanto mordiscava o peixe, e os olhos de Harry pareceram se iluminar com a possível ideia. 

— Não sei... 

— Hazzly, se quiser podemos te matricular numa escolinha de Quadribol. 

— Isso existe? — perguntou o garoto exasperado, e James sorriu. 

— Não, mas eu construo uma pra você — disse sorrindo, e Harry riu. 

— Bom, hoje, oficialmente somos seres vivos... — começou Lily

— O novos Jesuses — disse James animadamente, Lily bateu nele. 

— Estamos vivos legalmente, falamos com mais de um repórter e foi bem estranho tudo, mas eu acredito que pela manhã o mundo já vai receber a notícia — explicou Lily, mal contendo a animação que crescia dentro de si —, e eu e o James vamos voltar pra vida, eu pretendo voltar a criar arte e o James quer estudar medicina... 

— Vamos ter Frank e Alice de volta? — perguntou Marlene sorrindo, animada. 

— E Sirius... Não é mais um criminoso! 

O queixo de Sirius foi ao chão, ele soltou um grito e saltou da cadeira, pulando foi distribuir mil beijos em Lily e James, como se isso fosse a coisa mais linda. Sirius começou a declamar uma porção de coisas sobre a liberdade, estava tão animado com a ideia de voltar a vida:

— Harry — apontou para o sobrinho —, vamos abrir uma escola de Quadribol! 

Harry gargalhava com a animação que permaneceu até altas horas, e ninguém percebeu quando Remus subiu ao porão. 

Os álbuns de fotografias eram maravilhosos, Remus quase conseguia rir enquanto os folheava, lembrando de cada história e deixando algumas lágrimas caírem, pegou o álbum de Sirius, já sabendo o que viria a seguir, e riu com o pensamento. Remus amava aquele homem. 

Remus tinha uma câmera Instax, aquelas que revelam a foto na hora e em estilo analógico, uma modernidade absurda para a época, Remus pediu tanto aos seus pais por uma, que depois de quase três anos, eles finalmente o presentearam com uma. E era simplesmente encantador. Todos os anos, a partir do terceiro, ele confeccionava um álbum anual com diversos momentos brilhantes do ano. O maior de todos fora no quinto ano, mas para Remus, o melhor é o do sexto. Seus dezesseis anos foram os melhores de sua vida, foram a muitas festas e se divertiram como verdadeiros adolescentes. 

O álbum do terceiro ano não continha muitas fotos, a primeira foto tirada com os amigos pela câmera, fotos em sessões de estudo, fotos de James com a taça de Quadribol, a comunal da grifinória na primeira festa que os Marotos participaram, o Mapa do Maroto completo - que rendeu uma foto bem distante e desfocada - e fotos de Natal. 

No quarto ano, Sirius também entrara para o time de Quadribol, e Lily, Marlene, Dorcas, Mary, Alice e Frank agora entraram efetivamente no grupo de amigos, uma porção de fotos em Hogsmeade e em piqueniques, e até uma vez que eles pularam no lago negro, o cartão de natal estava colado na parte que separava o mês de dezembro, já que neste Natal Remus foi passar com James, Sirius e Peter em Godric's Hollow e fizeram centenas de tortas para doar a caridade, e também tinha a páscoa, que Euphemia e Hope fizeram uma caça as ovos para os garotos.

No quinto ano, o álbum se enchera de fotos de um veado, um rato cinzento e um cachorro preto. e começaram a ter mais fotos individuais de cada coisa, Remus amava fotografar. Haviam um porção de fotos de James treinando e muitas dessas fotos, depois, foram copiadas e dadas para Euphemia guardar, Lily também estava em muitas páginas, pois ela criava as maiores e melhores artes que se podiam ver, muitas nas fotos ela confeccionava vestidos de flores, ou de jornais velhos e Mary desfilava com eles. James, Marlene e Dorcas no novo curso de Pomfrey para a Medibruxa. Também os encontros secretos de Alice com Frank quando eles ainda não queriam ser expostos. E o garoto que ganhou um álbum próprio pois ter mais fotos dele do que páginas em qualquer álbum do mundo, Sirius. 

Os sentimentos de Remus se afloraram muito no quinto ano, mas ele não podia correr o risco de perder a amizade de anos por um romance, então ele se contentava em apenas o observar e tirar fotos do mesmo, estava tudo bem... Até que Sirius encontrara essas fotos. 

Havia dezenas e fotos levemente sensuais no álbum de Sirius, algumas até mesmo provocativas, e muitas vezes ele estava bêbado ou chapado. 

No sexto ano ele fez um álbum de cada um, pois haviam mais fotos do que se poderiam enfiar em um único. E isso era brilhante:

— Lupin? 

— Sirius — murmurou Remus, e Sirius quase teve um surto ali mesmo —, vem aqui! 

Sirius deu alguns passos pelo porão e se sentou ao lado de Remus, observando os álbuns abertos e então pegou uma foto deles juntos, acendendo um cigarro:

— A gente era muito lindo — disse Sirius apreciando a foto, Remus riu. E Sirius pode se perder na risada dele. — Você ainda é... 

— Passou o tempo que você me deixa vermelho, Padfoot — e Sirius gargalhou. 

— Eu acho que eu ainda consigo, hein... 

Remus sorriu e arqueou as sobrancelhas em tom provocativo. 

— É mesmo? 

— Me deixa te levar pra um jantar e a gen... 

— Eu ainda não sai do luto — murmurou Remus —, e eu não sei quando eu vou sair... Eu não consigo olhar pra você, bem na minha frente e não pensa... "ele me deixou", e eu quero, eu quero mesmo... Ir jantar com você... Mas eu ainda não 'to pronto. 

E o Sirius apenas sorriu, e olhou tão profundamente naqueles olhos cor de mel:

— Eu estou tão feliz que você não me chamou pelo sobrenome que eu nem sei o que dizer... Moon, eu espero você... Por toda a eternidade! Porque eu passaria mais vinte anos em Azkaban se me dissessem que esse era o preço pra conseguir te abraçar por dois minutos.

As bochechas de Remus ficaram rosadas, e ele se virou para os álbuns na tentativa de não mostrar isso ao Sirius:

— Vai montar a escola de Quadribol mesmo? 

— Ah... Eu gosto de Quadribol, o Harry é muito bom nisso... Eu vejo vantagens! 

— E o emprego de modelo? 

Sirius sorriu.

— É divertido, mas eu não nasci pro mundo trouxa... Ficou apreciando as minhas fotos, Sr. Lupin?

— Aham, bati uma olhando pra elas — murmurou Remus. Sirius arregalou os olhos, vermelho dos pés a cabeça, e Remus quase caiu para trás rindo —, é piada!

Sirius esfregou o rosto tentando tirar os tons de rosa: 

— Então você parou de fumar? 

— A quase quatro dias — murmurou suspirando, frustrado. 

— Ah, o quinto dia é o pior, a crise dura quinze, mas você fuma a vinte anos então pode ser que dure mais... 

— Eu vou pedir encarecidamente que você mantenha sua boca fechada. 

— Você pode fechar a minha com a sua — disse Sirius em tom provocativo. 

Remus revirou os olhos e voltou a guardar os álbuns na caixa no canto da estante:

— O que houve?

— Hum?

— Pra você decidir isso...

— Ah... O Harry chegou na minha sala e lá estava um arsenal de fumaça... Antes de ir embora ele me perguntou coisas..., perguntou se o James fumava, perguntou  se eu gostava de viver... Me contou que também não gostava antes de Hogwarts e que estava aprendendo a gostar cada vez mais... E me disse "eu espero que você aprenda a gostar de viver, porque eu não quero perder você", e depois eu joguei todos os cigarros na privada...

Sirius mordeu os lábios, olhando para baixo. 

— Eu estou muito orgulhoso de você... Eu sei que é difícil. 

— Está tarde... Vamos dormir. 

— Ah... Sim, claro. 

Se levantaram juntos, desceram as escadas. Os quartos já estavam todos fechados e havia somente uma luz pelo corredor:

— Hey, Pads... 

— Sim, Moon?

— Eu esqueci o nome das constelações, você pode ensinar mais uma vez?


***

 Mas ninguém tinha tanto a fazer quanto Hermione. Mesmo sem Adivinhação, ela estava estudando mais matérias do que todos os outros. Em geral era a última a deixar a sala comunal à noite, a primeira a chegar na biblioteca na manhã seguinte; tinha olheiras iguais as de Lupin e parecia estar constantemente prestes a cair no choro. 

Rony assumira a responsabilidade pelo recurso de Bicuço. Quando não estava cuidando dos próprios deveres, estava examinando volumes grossíssimos com títulos do tipo O manual da psicologia do hipogrifo e Ave ou vilão? Um estudo sobre a brutalidade do hipogrifo. Ficou tão absorto que até se esqueceu de ser antipático com o Bichento.

Entrementes, Harry teve que encaixar os deveres entre os treinos diários de quadribol, para não falar das intermináveis discussões de táticas com Oliver. A partida Grifinória-Sonserina fora marcada para o primeiro sábado depois das férias da Páscoa. Sonserina liderava o campeonato por exatos duzentos pontos. Isto significava (conforme Oliver não parava de lembrara o seu time) que eles precisavam vencer a partida por um número de pontos superior a duzentos para ganhar a Taça. Significava, ainda, que a responsabilidade de vencer cabia em grande parte a Harry, porque capturar o pomo valia cento e cinquenta pontos. 

 — Por isso você deve capturar o pomo somente quando obtivermos uma vantagem de mais de cinquenta pontos — dizia Oliver a Harry constantemente. — Só se tivermos mais de cinquenta pontos, Harry, senão ganhamos a partida mas perdemos a taça. Você entendeu bem? Você só pode apanhar o pomo se tivermos... 

— JÁ SEI, OLIVER! — berrou Harry. 

Toda a Grifinória estava obcecada com a próxima partida. A casa não ganhava a Taça de Quadribol desde que o lendário Carlinhos Weasley (o segundo irmão mais velho de Rony) jogara como apanhador. Mas Harry duvidava se alguém no mundo, mesmo Olívio, queria essa vitória tanto quanto ele. A inimizade entre Harry e Malfoy atingira o auge. Malfoy ainda sofria com o incidente da pelota de lama em Hogsmeade e ficara ainda mais furioso que Harry tivesse conseguido escapar do castigo. Harry, por sua vez, não se esquecia da tentativa de Malfoy de sabotá-lo durante o jogo contra Corvinal, mas foi o caso de Bicuço que o deixou ainda mais decidido a vencer Malfoy diante da escola inteira. 

Nunca, n a lembrança de ninguém, uma partida se aproximara com uma atmosfera tão carregada. Quando as férias terminaram, a tensão entre os dois times e suas casas estava a ponto de explodir. Pequenas brigas irrompiam nos corredores, que culminaram em um incidente perverso, no qual um quartanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina acabaram na ala hospitalar, com alhos-porós brotando dos ouvidos. 

Harry, pessoalmente, estava passando um mau pedaço. Não podia ir e vir sem que os alunos da Sonserina esticassem as pernas tentando fazê-lo tropeçar; Crabbe e Goyle não paravam de aparecer onde quer que ele estivesse e se afastar desapontados quando o viam cercado de colegas. Oliver dera instruções para que Harry estivesse sempre acompanhado em todo lugar, para a eventualidade de algum aluno da Sonserina querer inutilizá-lo para o jogo. Toda a Grifinória assumiu o desafio com entusiasmo, tornando impossível Harry chegar às aulas na hora certa, porque andava rodeado por uma aglomeração de colegas barulhentos. Mas o garoto se preocupava mais com a segurança da Firebolt do que com a própria. Quando não estava voando, ele trancava a vassoura no malão e muitas vezes dava uma corrida à Torre da Grifinória, nos intervalos das aulas, para verificar se ela continuava lá. 


Todas as atividades normais na sala comunal foram abandonadas na vésperado jogo. Até Hermione pusera os livros de lado. 

— Não consigo estudar, não consigo me concentrar — comentou ela,nervosa. 

Havia uma grande algazarra. Fred e Jorge Weasley enfrentavam a pressãoagindo com mais barulho e exuberância que nunca. Olívio estava a umcanto debruçado sobre a maquete de um campo de quadribol, empurrandobonequinhos com a varinha e resmungando. Angelina, Alícia e Katie riamdas piadas de Fred e Jorge. Harry se sentara com Rony e Hermione afastadodo centro das atividades, procurando não pensar no dia seguinte, porquetoda vez que o fazia, tinha a terrível sensação de que alguma coisa enormeestava tentando voltar do seu estômago. 

— Você vai se sair bem — disse Hermione a ele, embora parecessedecididamente aterrorizada. 

— Você tem uma Firebolt! — animou-o Rony. 

— É... — respondeu Harry, o estômago se revirando. 

Foi um alívio quando Wood se levantou e gritou: 

— Time! Cama! 


Harry e o resto do time da Grifinória entraram no Salão Principal, no dia seguinte, sob uma tempestade de aplausos. O garoto não pôde deixar de dar um grande sorriso quando viu que as mesas da Corvinal e Lufa-Lufa os aplaudiam também. A mesa da Sonserina vaiou alto quando eles passaram. Harry reparou que Malfoy parecia mais pálido do que de costume.

Oliver passou o café da manhã inteiro insistindo para que o time comesse, sem, contudo, se servir de nada. Depois apressou-os a se dirigirem ao campo antes que os outros tivessem terminado, para terem uma ideia das condições de jogo. Quando saíram do Salão Principal, receberam novos aplausos.

— Boa sorte, Harry! — gritou Cho. Harry sentiu o rosto corar.

— OK... não tem vento... o sol está meio forte, o que pode prejudicar a visão, tomem cuidado... o chão está bem firme, bom, isso vai nos dar um bom impulso inicial...

Oliver andou pelo campo examinando tudo, com o time atrás. Finalmente, eles viram as portas do castelo se abrirem ao longe e o restante da escola se espalhar pelos gramados.

— Vestiário — disse Oliver tenso.

Ninguém falou enquanto se despiam e vestiam os uniformes vermelhos. Harry ficou imaginando se todos estariam se sentindo como ele: como se tivesse comido alguma coisa que se mexia demais dentro da barriga. Não parecia ter transcorrido mais que um segundo quando ele ouviu Oliver dizer:

— OK, pessoal, vamos...

O time entrou em campo sob uma onda gigantesca de aplausos. Três quartos da torcida usavam rosetas vermelhas, agitavam bandeiras vermelhas com o leão da Grifinória ou faixas com palavras de ordem: "PRA FRENTE GRIFINÓRIA!" e "A COPA É DOS LEÕES!". Atrás das balizas da Sonserina, porém, duzentos torcedores se cobriam de verde; a serpente prateada da casa refulgia em suas bandeiras e o Prof. Snape estava sentado na primeira fila, vestindo verde como os demais, exibindo um sorriso muito sinistro.

"E aí vem o time da Grifinória!", bradou Lino Jordan, que, como sempre, fazia a irradiação. "Potter, Bell, Johnson, Spinnet, Weasley, Weasley e Wood. Considerado por todos o melhor time que Hogwarts já viu em muitos anos..."

Os comentários de Lino foram abafados por uma onda de vaias da torcida da Sonserina.

"E aí vem o time da Sonserina, liderado pelo capitão Flint. Ele fez algumas alterações no esquema tático e parece ter preferido o peso à qualidade..."

Mais vaias da torcida da Sonserina. Harry, porém, achou que Lino tinha razão. Malfoy era, sem discussão, o menor jogador do time; todos os outros eram enormes.

— Capitães, apertem-se as mãos! — disse Madame Hooch.

Flint e Wood se aproximaram e se apertaram as mãos com força; davam a impressão de que estavam querendo quebrar os dedos um do outro.

— Montem nas vassouras! — disse Madame Hooch. — Três... dois... um...

O som do seu apito se perdeu no estrondo das torcidas na hora em que as catorze vassouras levantaram voo. Harry sentiu os cabelos voarem para longe da testa; seu nervosismo o abandonou na excitação do voo; olhou para os lados e viu Malfoy na sua esteira e aumentou a velocidade para ir à procura do pomo.

"E Grifinória com a posse da bola, Alícia Spinnet da Grifinória com a goles, voando direto para as balizas da Sonserina, em boa forma, Alícia! Arre, não — a goles foi interceptada por Warrington, Warrington da Sonserina partindo em velocidade pelo campo — PAM! — uma boa rebatida de um balaço por Jorge Weasley, Warrington deixa cair a goles, que é apanhada por... Johnson, Grifinória com a posse da bola outra vez, aí Angelina — bom desvio de Montague — se abaixa Angelina, aí vem um balaço! — ELA MARCA! DEZ A ZERO PARA GRIFINÓRIA!"

Angelina deu um soco no ar ao sobrevoar o extremo do campo; o mar vermelho nas arquibancadas berrou de felicidade...

— AI!

Angelina quase foi derrubada da vassoura por Marcos Flint ao colidir em cheio com ela.

— Desculpe! — disse Flint enquanto os torcedores lá embaixo vaiavam. — Desculpe, eu não vi a jogadora!

Não demorou muito, Fred Weasley atirou o bastão contra a cabeça de Flint, cujo nariz bateu com força no cabo da vassoura e começou a sangrar.

— Chega! — gritou Madame Hooch, mergulhando entre os dois. — Pênalti contra Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!

— Ah, nem vem! — berrou Fred, mas Madame Hooch apitou e Alícia se adiantou para cobrar o pênalti.

"Aí, Alícia!", gritou Lino no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas. "SIM, SENHORES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA GRIFINÓRIA!" 

Não demorou muito, Fred Weasley atirou o bastão contra a cabeça de Flint, cujo nariz bateu com força no cabo da vassoura e começou a sangrar.

— Chega! — gritou Madame Hooch, mergulhando entre os dois. — Pênalti contra Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!

— Ah, nem vem! — berrou Fred, mas Madame Hooch apitou e Alícia se adiantou para cobrar o pênalti.

"Aí, Alícia!", gritou Lino no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas. "SIM, SENHORES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA GRIFINÓRIA!"

Harry deu uma guinada na Firebolt para ver Flint, ainda sangrando à beça, voar para cobrar o pênalti contra Sonserina. Oliver sobrevoava as balizas da Grifinória, os maxilares contraídos.

"É claro que Wood é um esplêndido goleiro!", comentou Lino Jordan para os ouvintes enquanto Flint aguardava o apito de Madame Hooch. "Esplêndido! Difícil de vazar — muito difícil mesmo — SIM SENHORES! EU NÃO ACREDITO! ELE AGARROU A BOLA!"

Aliviado, Harry se afastou velozmente, espiando para todos os lados à procura do pomo, mas sem perder nenhuma palavra dos comentários de Lino. Era fundamental para ele manter Malfoy afastado do pomo até Grifinória atingir cinquenta pontos de vantagem...

"Grifinória com a posse, não, Sonserina com a posse — não! — Grifinória retoma a posse e é Katie Bell, Katie Bell da Grifinória com a goles, a jogadora corta o campo — FOI INTENCIONAL!"

Montague, um artilheiro da Sonserina, cortou a frente de Katie e em vez de agarrar a goles, agarrou a cabeça da jogadora. Katie deu uma cambalhota no ar, conseguiu continuar montada, mas deixou cair a goles.

O apito de Madame Hooch soou mais uma vez ao sobrevoar Montague e começar a gritar com ele. Um minuto depois, Katie tinha marcado mais um pênalti contra a defesa da Sonserina.

"TRINTA A ZERO! TOMA, SEU SUJO, SEU COVARDE..."

— Jordan, se você não consegue irradiar imparcialmente...

— Estou irradiando o que acontece, professora!

Harry sentiu um grande tremor de excitação. Acabara de ver o pomo — refulgia ao pé de uma das balizas da Grifinória —, mas ele não devia apanhá-lo por ora e se Malfoy o visse... Fingindo uma expressão de súbita concentração, Harry deu meia-volta na Firebolt e correu em direção ao campo da Sonserina — a manobra funcionou. Malfoy saiu a toda velocidade atrás dele, pensando evidentemente que Harry vira o pomo lá...

CHISPA.

Um dos balaços passou voando pela orelha direita de Harry, arremessado pelo gigantesco batedor da Sonserina, Derrick. Então, novamente...

CHISPA.

O segundo balaço roçou pelo cotovelo de Harry. O outro batedor, Bole, vinha se aproximando.

Harry teve um vislumbre fugaz de Bole e Derrick voando em sua direção, com os bastões erguidos... Virou a Firebolt para o alto no último segundo e os dois batedores colidiram com um baque de provocar náuseas.

"Ha, haaa!", bradou Lino Jordan quando os batedores da Sonserina se separaram, levando as mãos à cabeça.

"Mau jeito, rapazes! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Firebolt! E Grifinória fica com a posse da bola mais uma vez, quando Johnson toma a goles — Flint emparelhado com ela — mete o dedo no olho dele, Angelina! — foi só uma brincadeira, professora, só uma brincadeira — ah não — Flint toma a bola, Flint voa para as balizas da Grifinória, agora é com você Wood, agarra...!"

Mas Flint marcou; houve uma erupção de vivas do lado da Sonserina e Lino xingou tanto que a Profa Minerva McGonagall tentou arrancar o megafone mágico das mãos dele.

— Desculpe, professora, desculpe! Não vai acontecer de novo! "Então, Grifinória está à frente, trinta a dez, e Grifinória tem a posse..."

O jogo estava deteriorando no mais sujo de que Harry já participara. Enraivecidos porque Grifinória tomara a dianteira desde o início, os adversários estavam rapidamente recorrendo a todos os meios para roubar a goles. Bole atingiu Alícia com o bastão e tentou alegar que pensara que era um balaço. Jorge Weasley foi à forra dando uma cotovelada na cara de Bole. Madame Hooch puniu os dois times e Wood fez mais uma defesa espetacular, elevando o placar para quarenta a dez para a Grifinória.

O pomo tornara a desaparecer. Malfoy continuou a acompanhar Harry de perto quando o garoto sobrevoou o campo, procurando, agora, o pomo — quando Grifinória estiver cinquenta pontos à frente...

Katie marcou. Cinquenta a dez. Fred e Jorge Weasley mergulharam cercando a garota, os bastões erguidos, caso os jogadores da Sonserina pensassem em se vingar. Bole e Derrick aproveitaram a ausência de Fred e Jorge para arremessar os dois balaços em Wood; eles o atingiram no estômago, um após o outro, e o goleiro virou de cabeça para baixo no ar, agarrando-se à vassoura, completamente sem ar.

Madame Hooch ficou fora de si. 

— Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja na área do gol! — gritou ela para Bole e Derrick. — Pênalti a favor da Grifinória!

E Angelina marcou. Sessenta a dez. Instantes depois, Fred Weasley arremessou um balaço contra Warrington, derrubando a goles de suas mãos; Alícia apanhou a bola e enterrou-a no gol da Sonserina — setenta a dez.

A torcida da Grifinória lá embaixo estava rouca de tanto gritar — a casa passara sessenta pontos à frente e se Harry apanhasse o pomo naquele momento, a Taça seria dela. O garoto chegava quase a sentir as centenas de olhos acompanhando-o enquanto sobrevoava o campo, muito acima das equipes, com Malfoy correndo atrás dele.

Então Harry o viu. O pomo estava brilhando seis metros acima dele.

O garoto imprimiu maior velocidade à vassoura; o vento rugiu em seus ouvidos; ele estendeu a mão, mas, de repente, a Firebolt começou a desacelerar... Horrorizado, ele olhou para os lados. Malfoy se atirara para a frente, agarrara a cauda da Firebolt e procurava atrasá-la.

— Seu...

Harry se enfureceu o suficiente para bater em Malfoy, mas não conseguiu alcançá-lo. Malfoy ofegava com o esforço de segurar a Firebolt, porém seus olhos brilhavam de malícia. Conseguira o seu intento — o pomo tornara a desaparecer.

— Pênalti! Pênalti a favor da Grifinória! Nunca vi uma tática igual! — Madame Hooch guinchava, enquanto velozmente se dirigia até o ponto em que Malfoy deslizava de volta à sua Nimbus 2001.

"SEU SAFADO NOJENTO!", urrava Lino Jordan no megafone, saltando fora do alcance da Profa McGonagall. "SEU SAFADO NOJENTO, FILHO..."

A professora nem se deu o trabalho de ralhar com Lino. Na verdade ela sacudia o dedo na direção de Malfoy, seu chapéu caíra da cabeça, e ela também berrava furiosamente.

Alícia cobrou o pênalti para Grifinória, mas estava tão zangada que errou por mais de meio metro. O time da Grifinória começou a perder a concentração e os jogadores da Sonserina, encantados com a falta de Malfoy em cima de Harry, se sentiam estimulados a tentar voos mais altos.

"Sonserina com a posse, Sonserina corre para o gol... Montague marca...", gemeu Lino. "Setenta a vinte para Grifinória..."

Harry agora estava marcando Malfoy tão de perto que os joelhos dos dois se batiam o tempo todo. Harry não ia deixar Malfoy sequer se aproximar do pomo...

— Sai da frente, Potter! — gritou Malfoy, frustrado, ao tentar se virar e deparar com Harry no bloqueio. "Angelina Johnson pega a goles para Grifinória, aí Angelina, VAI, VAI!" Harry olhou para os lados. Todos os jogadores da Sonserina, à exceção de Malfoy, estavam correndo pelo campo em direção a Angelina, inclusive o goleiro do time — todos iam bloqueá-la...

Harry deu meia-volta na Firebolt, curvou-se até deitar o corpo sobre seu cabo, e impeliu-a para a frente. Como uma bala, ele se precipitou em alta velocidade contra os jogadores da Sonserina.

— AAAAAAARRRRRRRE!

Os jogadores se dispersaram quando viram a Firebolt vindo; o caminho de Angelina ficou desimpedido.

"ELA MARCOU! ELA MARCOU! Grifinória lidera por oitenta a vinte!"

Harry, que quase mergulhara de cabeça nas arquibancadas, parou derrapando no ar, inverteu a direção da vassoura e voltou a toda para o meio do campo.

E então ele viu uma coisa que fez o seu coração parar. Malfoy estava mergulhando, uma expressão de triunfo no rosto — lá, a menos de um metro acima do gramado, lá embaixo, havia um minúsculo reflexo dourado. Harry apontou a Firebolt para baixo, mas Malfoy estava quilômetros à sua frente.

— Vai! Vai! Vai! — Harry dizia à vassoura. A distância que o separava de Malfoy foi diminuindo. Harry deitou-se no cabo da vassoura quando viu Bole arremessar um balaço contra ele, já encostara nos calcanhares de Malfoy, emparelhou...

Harry se atirou à frente, tirou as mãos da vassoura. Afastou o braço de Malfoy do caminho com um empurrão e...

"PEGOU!"

Tirou, então, a vassoura do mergulho, a mão no ar, e o estádio explodiu. Harry sobrevoou as arquibancadas, um zumbido estranho nos ouvidos. A bolinha de ouro estava bem segura em sua mão, batendo inutilmente as asinhas contra seus dedos.

No momento seguinte, Wood veio voando ao seu encontro, quase cego pelas lágrimas; agarrou Harry pelo pescoço e soluçou sem se conter no ombro do garoto. Harry sentiu dois grandes trancos quando Fred e Jorge colidiram com eles; depois as vozes de Alícia e Katie:

— Ganhamos a Taça! Ganhamos a Taça!

Embolados num abraço de muitos braços, o time da Grifinória foi descendo, berrando roucamente, de volta ao chão. Onda sobre a onda de torcedores vermelhos saltou as barreiras do campo. Choveram mãos nas costas dos jogadores.

Harry teve uma impressão confusa de ruído e corpos que o empurravam. Então ele e o resto do time foram erguidos nos ombros dos torcedores. Empurrado para a luz, ele viu Hagrid, emplastrado de rosetas vermelhas...

— Você os derrotou, Harry, você os derrotou! Espere até eu contar a Bicuço!

Lá estava Percy, pulando que nem maluco, toda a dignidade esquecida. A Profa Minerva soluçava mais até que Wood, enxugando os olhos com uma enorme bandeira da Grifinória; e lá, lutando para chegar a Harry, vinham Rony e Hermione. Faltaram palavras aos amigos. Simplesmente sorriram radiantes ao ver Harry ser carregado para a arquibancada onde Dumbledore aguardava de pé com a enorme Taça de Quadribol. Se ao menos tivesse havido um dementador por ali...

Quando um Wood, soluçante, passou a Taça a Harry e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo. 


[...]

Bom dia Morgamigos, eu acho que talvez eu volte a usar a conta do tiktok pra postar sobre Harry Potter. Esse capítulo tem Wolfstar, e não vai fazer vocês chorarem, eu acho! E o final dele, passa no capítulo QUINZE, pra quem gosta de acompanhar aqui e no livro, no capítulo CATORZE, o Remus confiscou o Mapa do Maroto de Harry, eu estou usando poucos acontecimentos do livro, mas eles ainda são importantes, então:

1. A data da execução do Bicuço já foi marcada. 2. Hermione e Rony voltaram a conversar. 3. Lily, James e Dumbledore conversaram com o ministro.

Esse foi um capítulo particularmente difícil de escrever, eu estou desde as oito e vinte da manhã, e agora é uma da tarde. Mas enfim, eu gostei bastante do resultado final. 

E PASMEM, eu já bolei o final dessa adaptação (prisioneiro de Azkaban), eu gostei muito, acho que é algo que vai fazer muito sentindo!! Eu vou terminar ela inteira, mas depois eu vou fazer uma pausa, planejar certinho o próximo (Cálice de fogo) antes de postar, pra não dar a dor de cabeça que essa deu e deixar vocês sem caps.

Com amor, Morg

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