COMPLEXO 18

By 28chrys

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louis é o temido líder do comando vermelho, enquanto harry é um simples morador do complexo 18, que sonha em... More

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Epílogo
Extra

24

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By 28chrys

Harry estava concentrado, enquanto digitava uma petição inicial em seu MacBook, que por sinal foi presente de Louis.

Era uma terça, às dez horas. Seu chefe o pediu para chegar mais cedo, assim teria a tarde livre.

No domingo havia sido aniversário de seu namorado e o dia havia sido incrível. Fazia muito tempo que ele não se divertia assim.

Felizmente, após terem chegado em casa tarde, seu namorado preferiu cancelar sua ida ao baile, mesmo após muito pensar. O motivo inicial foi a disposição que estava em falta.

Mas Harry soube que Louis preferiu não arriscar sua pele, pois havia suspeita de uma possível troca de tiros.

O morro do 18 finalmente estava sob ameaça.

Até o momento, Louis havia dito que era besteira se preocupar, afinal de contas o morro era seguro e ele tinha contatos fora dele, que o alertavam quando as coisas poderiam apertar.

Ou seja, era apenas especulação.

Porém, Harry agora tinha que lidar com um Louis ainda mais protetor. A cada momento recebia uma mensagem lhe perguntando onde estava ou se estava tudo bem.

No dia anterior, na segunda, Louis havia ficado todo dia fora de casa. Ele andou por todo morro, checou pontos de venda e postos de vigia. Se reunião com lideranças vizinhas.

Harry, enquanto isso, se concentrava no estágio e em suas provas finais na faculdade. A formatura já parecia tocar sua porta, ele estava pronto para ter uma vida melhor.

E Louis ao seu lado lhe dava todo apoio possível e todo carinho do mundo.

Afinal, eles se amavam.

Harry terminava de apontar os pedidos na petição, quando ouviu a porta da sala abrir-se. Um homem entrou ali, puxando a cadeira para se sentar em frente a Harry, na mesa.

— Tudo bem por aqui? — seu chefe perguntou.

Henrique era um homem jovem, tinha trinta e dois. Harry sabia que ele era dono do escritório e que havia constituído tudo sozinho.

O homem era alto, tinha cabelos escuros e olhos castanhos. Havia ouvido um dos estagiários dizer que era divorciado e tinha uma filha de sete anos.

Ele era uma boa pessoa, embora Harry tenha tido muito pouco tempo de conversa com ele, desde a sua entrevista.

— Tudo ótimo — Harry acenou, se encostando no assento, tirando um curto momento de descanso — tô finalizando a petição daquele caso de cobrança alimentícia.

— Muito bom — acenou, se acomodando no assento e cruzando as pernas, seu terno cinza foi ajeitado em um movimento curto — posso te fazer uma pergunta? Duas, no caso.

— Claro.

— Depois que se formar, pretende continuar aqui?

— Na verdade, sim — disse — embora eu tenha feito o seletivo para área civil, eu tenho pretensão de seguir a área criminal.

— Eu confesso que não é muito a minha — sorriu — mas temos um setor aqui, que foca em casos da área criminal. Eu posso te realocar pra lá quando você terminar o curso.

— Seria muito bom, eu agradeço desde já.

Henrique o admirou por um momento, observando as expressões sempre claras que o garoto esboçava. Harry era bastante simpático e educado, algo que ele admirava.

— A segunda pergunta já é um pouco mais informal, mas ainda tem haver com o trabalho — disse — eu gostaria de saber se está livre quinta à noite.

— Eu tenho aula pela noite, mas eu posso saber por que? — perguntou curiosamente — se for algo sério, posso faltar a aula.

— É que vamos ter a confraternização do escritório, nós fazemos a cada três meses — ele explicou — conheço o L'Etoile?

— Sei que é um restaurante, mas nunca foi — Harry foi sincero — acho que é comida francesa, certo?

— Isso — acenou — vai ser um momento bem legal e raramente vejo meus funcionários dispensando ir, ainda mais porque é tudo por conta do escritório.

— Ou seja, a sua.

— Eu tento não pensar muito que o dinheiro vai sair do meu bolso — riu — mas é por uma boa causa. O escritório vai muito bem e é graças aos incríveis funcionários.

— Eu acho que posso tentar ir — acenou — posso ir acompanhado?

— Claro — ele acenou — o convite se estende para um funcionário e acompanhante.

— Nesse caso, vou acompanhado do meu namorado.

— Ah, claro — Henrique sorriu fraco — esqueci que você tinha um namorado. Aliás, acho que você não mencionou.

— É que não fazia parte dos requisitos na entrevista.

— Certo — acenou, parecendo um pouco inquieto — não me lembro do meu último relacionamento, na realidade, desde que me divorciei, não saio com outras pessoas.

— Entendo — acenou, não que ele estivesse muito interessado no assunto.

— Seu namorado frequenta a UFRJ também?

— Ele não foi pra faculdade — explicou, não achando que havia algum problema em contar aquilo, porque ele tinha orgulho de Louis, de todo modo.

— Sem pretensão de futuro? Não é uma coisa muito boa.

— Na verdade ele tem pretensão de futuro — disse, evitando ser grosseiro com seu chefe, afinal ele não poderia jogar no lixo o esforço dado para chegar ali — só não é como um estudante.

— O que ele faz?

A pergunta fez Harry respirar fundo, pensando no que poderia ser dito.

— Ele pretende ser ator — contou.

Louis ainda não era um ator, mas na quinta faria o teste, aquele que Victor havia lhe indicado.

— Essas profissões midiáticas — murmurou — não são trabalho de verdade. Mas não devo julgar, de qualquer forma.

— De qualquer modo, tudo o que fizer, vai me dar orgulho — Harry tentou encerrar a conversa — ele sempre se esforça bastante em tudo o que faz.

Henrique ficou quieto por um momento, tempo em que o celular de Harry tremeu sobre a mesa.

Harry observou a tela acessa, lendo a mensagem ali. Ele alcançou o celular e abriu o chat para que pudesse responder Louis.

Seu namorado havia perguntado se estava bem e se queria que fosse lhe buscar no escritório. Harry lhe respondeu que não era necessário, pegaria um Uber.

Ao colocar o celular sobre a mesa, ainda com a tela acesa, Henrique observou a foto de tela, de Louis e Juju juntos. Harry nunca havia mudado.

— Seu namorado?

— Sim, o Louis — sorriu.

— Hm. — resmungou — muitas tatuagens, não?

— Eu também tenho — respondeu simples, logo de puxar a manga da camisa um pouco para cima — é que as camisas sociais costumam cobrir.

Harry costumava usar roupas sociais quase todos os dias, ainda mais após começar seu estágio. Havia ido comprar algumas novas, por insistência de Louis.

Aquilo lhe lembrou que hoje a tarde ele iria junto do namorado ao estúdio de um amigo de Louis, fazer as tatuagens que havia prometido.

— Sei — o homem murmurou — bom, vou te deixar terminar a petição. Se precisar de alguma coisa, só basta bater na minha sala.

— Ok.

Quando o homem saiu, o deixando sozinho outra vez, pode finalmente respirar fundo, relaxando em seu assento.

Pensou sobre algo, alguma coisa que parecia estar perdida em sua mente.

— Ah — estalou os dedos, alçando rapidamente seu celular sobre a mesa.

Era próximo do meio-dia e novamente Harry subia a rua para entrar no morro, como sempre nenhum Uber o deixava mais à frente.

Ele ainda tinha dois ou três minutos de caminhada até entrar na portaria, sua mente parecia cheia de tarefas importantes para serem lembradas.

A mochila nas costas pesava e suas mãos estavam dentro do bolso. A roupa social tornava tudo pior, debaixo do sol quente de meio-dia, no Rio.

Ao passar pela fileira de casas coloridas, sentiu seu ombro ser puxado para trás com força o suficiente para que quase caísse.

Harry se virou e sentiu igualmente o cano de uma arma sendo pressionado em sua cintura.

— Passa a mochila, caralho — um garoto de camisa vermelha e boné mandou em um tom de voz curto, mas bastante agressivo.

Harry não conversou, apenas deixou ele pegar sua mochila e, infelizmente, com seu MacBook dentro. Por "sorte" o IPad havia ficado em casa.

— O celular também, porra — pressionou a arma.

Tirou o aparelho do bolso e entregou na mão deste.

— Qual a senha?

— Vinte e quatro, doze.

O garoto estava prestes a ir embora, quando este observou a aliança grossa no dedo anelar de Harry.

— Passa o anel também.

— Porra, mas até o anel? Você já tem o celular e a mochila, cara.

— Quer morrer, porra?

Tentou tirar o acessório de seu dedo, mas ele não colaborava, parecendo justo. Aquilo irritou o outro garoto, que parecia estar com pressa e olhando o tempo todo para a entrada do 18.

— Cuidado ou eu tiro a porra dessa anel da faca — disse, prontamente acertando o cabo da arma no rosto de Harry, na lateral.

Este sentiu a dor do ato, mas pelo nervosismo não manifestou absolutamente nada, tirando o anel em seguida.

O menino enfiou no bolso, se afastando para poder descer a ladeira de novo.

— Droga — Harry bufou, passando as mãos pelo seu rosto, irritado com a situação e tentando pensar em um modo de contar a Louis como havia perdido os presentes que ganhou dele.

Adiantou alguns passos em direção a entrada do morro. Iria para casa e pensaria no que fazer.

— Caraca, ainda tá doendo? — Sara o perguntou, ao olhar o hematoma pequeno em sua mandíbula, ela tinha uma bolsa com gelo em mãos.

Harry estava sentado no sofá da sala, se sentia tonto e um tanto ansioso, após subir metade do morro até chegar na casa de sua amiga.

— Mais ou menos — ele suspirou, colocando a bolsa sobre a bochecha.

— Ao menos ele não fez nada com você — ela disse, ao se sentar ao lado do amigo — com essas brigas de facção rolando em todo canto no Rio, a gente nunca sabe se querem só te roubar ou te matar mesmo.

— É, mas eu perdi uma grana enorme agora — sentia que estava prestes a chorar — um MacBook, meu iPhone e uma aliança.

— Po, Harry, ele vai entender.

— Todos os meus arquivos da faculdade e do estágio foram levados por aquele filho da puta — bufou — se eu não tivesse amor a minha vida, tinha caído no soco com ele.

Logo, outra pessoa entrou na sala. Raissa se sentou ao lado de Harry, com um remédio em mãos. Era a mãe de Sara.

Ela era farmacêutica e teve a filha com dezesseis. Apesar de ser mãe solteira, ela sabia se virar muito bem sozinha, melhor do que quando estava com o ex-marido, de quem não sabia o paradeiro.

Era dona de uma farmácia e uma loja no morro.

Raisa era muito tranquila, uma mãe amigável e era como melhor amiga de Sara, o que não havia nada melhor.

— Nossa, mas isso tá feio — a mulher comentou — deixa o gelo por um tempinho, depois passa essa pomada em cima.

Entregou a ele a caixinha com o nome "Hirudoid" escrito, que era justamente uma pomada para ser usada em hematomas. Ela havia ido buscar na farmácia, que era ao lado da casa.

— Valeu, tia — Harry sorriu fraco, ela era cuidadosa com ele, desde quando conheceu Sara.

— Mãe, o Calvin tá vindo, beleza? — Sara avisou.

— Vou fazer o que? — ela se levantou, suspirando — já não bastava ter uma filha meio maluca das ideias, aí você arranja um doido pra namorar também, sorte que eu te amo, garota.

— Você adora ele — Sara revirou os olhos.

— Aham, qualquer dia desses eu acerto uma panela nele, quem sabe cria juízo e para de tentar roubar meu gato — ela resmungou — vou olhar o arroz na panela.

Raissa sumiu para o outro cômodo, deixando ambos sozinhos novamente. Harry se acomodou no sofá, a olhando:

— Contou pro Calvin?

— Só disse pra ele vir — encolheu os ombros — se não ele ia contar pro Louis e você disse que não quer que o Louis saiba ainda.

— Eu vou contar pra ele — lhe explicou — mas antes quero descansar. Subi o morro correndo e com meu coração quase parando, no sol quente ainda.

— Tá bom.

Harry estava se sentindo péssimo. Por mais que seu Louis tivesse grana, sabia que havia pedido mais do que vinte mil reais em bens materiais.

Aquilo tudo era fruto do esforço de seu namorado e foi dado de coração, para tentar lhe agradar, o que lhe fazia sentir ainda pior.

E a aliança...ela era tão importante para eles.

Tentou esquecer o assunto por um momento e se concentrar na ideia de que não havia se machucado de verdade, nada além de um hematoma em sua mandíbula.

Ouviu algumas batidas na porta, ao que Sara foi se levantar para poder abri-la. Harry observou Calvin entrar na casa, andando até a sala.

— Oi, amor, o que rolou? — este perguntou para sua namorada, tirando a arma do ombro e a colocando ao lado do sofá.

— Assaltaram o Harry na entrada do morro — disse, apontando para ele no sofá — e o cara bateu nele, no rosto.

— Na entrada? — franziu seu cenho, andando até o sofá e se sentando ao lado de Harry — essa vigia tá uma porra mermo.

Ele segurou o rosto de Harry com calma, para ver como estava na parte debaixo da mandíbula. Era recente, parecia dolorido.

— Faz quanto tempo?

— Meia hora, eu acho — Harry encolheu os ombros.

— Aposto que tu não contou pro Louis ainda, se não ele teria descido pra portaria na hora — Calvin disse.

— Eu vou contar mais tarde.

— Não vai rolar não, tem que ser agora — disse, ao se colocar de pé vagamente — ele vai ficar puto se todo mundo ficar sabendo antes dele.

— Não quero ele estressado — o cacheado disse.

— Confia que vai ser muito pior se não contar.

Sara se sentou ao lado do amigo, pondo a mão em seu ombro, como um pequeno gesto de que estava ali, porque Harry parecia cabisbaixo com a ideia de Louis descobrindo tudo que havia acontecido em tão pouco tempo.

— Avisei pra ele — disse — ele falou que tá vindo.

— Beleza — Harry suspirou, encostando a cabeça no ombro de sua amiga, quando Calvin se afastou, para ir em direção a outro cômodo.

— Vai ficar tudo bem — ela murmurou.

— Tudo dá errado pra mim — choramingou — que praga foi essa que me jogaram?

— Para, garoto.

— Vou levantar as mãos pro céu — ele fez o ato — misericórdia, Deus, eu sou teu filho.

A garota não pode evitar gargalhar.

— Se tudo der errado, me ajuda a roubar bolsinha com as prostitutas na esquina? — ele fungou — acho que em dois anos dando o cu eu consigo pagar o prejuízo, ao menos metade.

— Aí o Louis ia fazer uma chacina no morro — ela riu.

Harry suspirou, ficando um momento em silêncio, até que ouvissem uma discussão vindo do outro cômodo.

Calvin saiu da cozinha.

— Devolveu meu gato — Raissa disse, indo atrás do garoto, que tinha o filhote de gato nos braços.

— Mas foi eu que achei o Carioca — se justificou — só deixei ele aqui por uns dias, era um empréstimo.

— Pois agora é meu — ela botou as mãos na cintura, olhando Calvin tentar colocar o filhote de gato no bolso para ir embora.

— Po, roubaram meu filho.

— Deixa de maluquice, menino, eu vou já pegar uma panela na cozinha, quero ver se tu não corre — ameaçou.

— Pra que essa violência toda, sogrinha? — ele riu.

Assim que colocou o gato no chão, Calvin voltou a se sentar no sofá, agora ao lado de Sara.

— E se for uma troca? — o garoto voltou a perguntar para a sogra — eu troco o Lula pelo Carioca.

— Mas nunca — ela cruzou os braços — o cachorro parece mais o Bolsonaro do que o Lula, de tão antipático.

— Ele foi suspenso da creche ontem — contou — a professora lá mandou um comunicado dizendo que ele fez tortura psicológica no colega, por um biscoito de peixe.

— A Juju tá indo bem — Harry suspirou — ela vai ter filhotes em pouco tempo.

A conversa não continuou, pois ouviram batidas na porta. Raissa andou até lá, a abrindo e se deparando com Louis.

— Licença, tia — ele murmurou, entrando na casa. Tinha uma expressão irritada, indo direto onde Harry.

— Vamo lá pra cozinha — Raissa acenou para Sara e Calvin para irem junto com ela.

Louis se sentou ao lado do namorado no sofá. Logo, estavam a sós.

— Meu amor, você tá bem? — a sua voz estava aflita, ao segurar o rosto de Harry.

— Agora tá tudo bem — sorriu fraco.

— Porra, olha só esse hematoma — a voz soou um pouco mais rude — filho da puta, quando eu pegar, mato esse moleque.

— Não precisa disso, amor — Harry segurou a sua mão — eu tô bem, foi só um susto.

— Mas ninguém tinha que te assaltar e nem mexer contigo — o olhou sério — moleque filho da puta era do juramento, veio assaltar no meu morro.

— Como você sabe?

— Já mandei um outro moleque atrás dele — Louis contou — um outro morador viu o assalto lá perto e deu uma descrição de quem era. Falaram que era vizinho do 18.

— Louis, era só um menino.

— Mas tem que aprender, caralho — resmungou — se tivesse levado só as coisas, eu mandava dar uma surra só, mas olha essa porra de machucado na tua cara, amor.

— Falando nisso, desculpa — Harry o olhou — eu sei que as coisas foram caras e você me ajudou com os presentes, mas deixei ele levar embora.

— Para de pensar nisso — ele bufou — foi caro, mas eu compro tudo de novo pra você, se precisar. Pra mim só importa sua segurança, nada mais.

— Vai fazer o que com ele?

— Eu queria que trouxesse até mim pra lidar com ele do meu jeito — o disse — mas o Caio vai chamar o chefe do morro que ele mora e eles vão trazer as coisas de volta e lidar com o moleque deles.

— Não vão matar ele, né?

— Ele não é só um moleque roubando não — disse — ele é de facção, Harry, e tem a mesma idade que tu, ele sabe o que tava fazendo.

Harry sentiu o namorado tocar o machucado com a ponta do dedo, de uma forma delicada, mas ainda sim doeu.

— Meu amor, me perdoa — agora sua voz soou mais cabisbaixa — eu deveria ter insistido em te buscar e nada disso teria acontecido.

— Não é culpa sua — o olhou sério, encostando seus narizes de forma carinhosa — não tinha como você saber, nem eu.

— Eu odeio tanto saber que você não tá protegido o suficiente — suspirou — só queria ter você perto de mim todo tempo, te proteger de tudo.

Harry deslizou seus narizes de forma carinhosa.

— Você cuida de mim como ninguém — Harry disse sobre seus lábios — você me protege, amor, isso não é culpa sua.

— É sim — o olhou próximo — mas eu vou dar um jeito nisso.

— Vai fazer o que?

— Vou botar dois pra andar contigo — Louis disse, de forma decidida — não vai pisar fora desse morro sem mim, se não tiver segurança.

— Fala sério — Harry cruzou os braços.

— Tô falando sério pra caralho — o olhou — você tá maluco se acha que eu não vou proteger o que é meu.

— Louis-

— Louis oh caralho, amor — ele cortou — eu sou teu marido, mas também sou teu chefe. Como marido te respeito pra caralho acima de tudo, mas como chefe tu me obedece.

Harry pressionou os lábios um no outro, sabia que mesmo que Louis não fosse seu namorado, ele ainda seria seu chefe, porque vivia no morro dele e tudo funcionava ao gosto deste.

— Não precisa disso — o cacheado bufou.

— Se eu tô dizendo, é porque precisa — Louis voltou a afirmar — e isso é só o começo, se piorar o lance no morro, vou te monitorar.

— Quer que a gente brigue?

— Tem porque brigar não, até porque não vai mudar meu pensamento — deu de ombros, se colocando de pé.

Harry deixou a bolsa de gelo sobre o sofá e levantou também.

— A gente namora, mas você não manda em mim.

— Eu faço o que eu achar que é necessário pra tua segurança — Louis se colocou em frente a ele, seus rostos muito perto um do outro — e tá decidido.

Harry suspirou, se sentindo cansado para brigar ou discutir sobre qualquer coisa com Louis, gostaria apenas de descansar.

Louis se arrependeu do modo que falou com Harry, assim que o assistiu se sentar novamente no sofá e suspirar alto.

— Meu amor — ele se agachou em frente a Harry — me desculpa, só fiquei irritado porque você poderia ter se machucado pra valer e eu não tava por perto pra proteger você.

— Eu sei — ele acenou.

— Me deixa cuidar de você, tá bem? — o perguntou, ao fazer um carinho calmo em sua bochecha.

Harry o olhou de forma carinhosa.

— Eu te amo mais que tudo — encostou seus narizes de forma carinhosa — me deixa cuidar da minha vida.

— Te amo também, meu moreno — ele suspirou — confio em você.

Louis não entrava em casa desde o café da manhã. A hora do almoço estava pelo fim, se bem que não era exata a hora certa para almoçar.

Era quase às uma hora da tarde, quando ele e Harry foram para casa. Empurrou o portão alto, entrando em casa. A voz de Helena era ouvida desde a cozinha.

Louis estranhou que sua mãe estivesse conversando sozinha, mas ao ouvir uma segunda voz, soube que havia mais alguém ali.

Harry seguiu o namorado até a cozinha. Entrando ali, o ambiente parecia muito bem organizado e a mesa estava sendo posta.

Helena estava andando de um lado a outro e havia um homem sentado à mesa, um senhor de idade. E sua mãe parecia muito bem arrumada para quem estava em casa.

Automaticamente Louis cruzou os braços, ficando em uma postura mais séria.

— Oi, meu filho, que bom que chegou — ela andou até ele, para lhe abraçar — esse aqui é o meu amigo Roberto, lá da igreja.

— Hum, satisfação aí — Louis acenou, sem sair de seu lugar.

— Esse é o seu "filhinho"? — o senhor perguntou de modo educado — do modo como falou dele, pensei que era um garotinho de treze anos.

— É que ele sempre vai ser meu filhinho, ele é um amor — ela disse.

Roberto olhou para a expressão séria de Louis, que sequer hesitava em encará-lo diretamente.

— E esse aqui é o meu genro — apontou para Harry, quem sorriu de modo amável para o homem — ele é um garoto muito educado também.

— Tudo bem? — Harry acenou.

— Vocês vão almoçar com a gente? — ela perguntou.

— Nós comemos na casa da Sara — o cacheado lhe avisou, eles não haviam contado sobre o assalto e nem fariam.

Já estava tudo resolvido, as coisas seriam deixadas em sua porta a qualquer momento.

— Vamos pro quarto, amor — Harry lhe puxou pelo braço — foi um prazer conhecer o senhor.

— Oh, mãe, vamo trocar uma ideia ali rapidão — o moreno lhe chamou.

— Só minutinho — ela acenou para o homem, antes de sair da cozinha. Harry não se moveu, ficando em companhia de Roberto.

Louis se encostou na parede da sala.

— Tem vergonha não? — Louis cruzou os braços — a senhora fica chamando esse homem pra cá, pra que ein?

— Me respeita — deu um tapa em seu ombro — não tem essa história de ficar controlando vida alheia não, senhor.

— Hum, e tá toda arrumada assim pra que?

— Por que eu vou até a praça com ele, depois daqui. Nós vamos passar na igreja também — explicou.

— Vai não, senhora — negou prontamente — agora pronto, essa safadeza de ficar andando por aí com esse vei.

— Respeite os mais velhos — ela o beliscou.

— Ficar se engraçando com os outros — chiou, ao se afastar dela — eu vou mandar dar um sumiço nesse vei.

— Para com isso — avisou, agora lhe olhando sério — eu sou sua mãe e você me deve respeito, Louis. Eu não lhe criei assim.

— Beleza.

Assim que se virou, ouviu o filho resmungar mais algo:

— Vou dar um pipoco nele.

— Vá pro seu quarto — ela mandou — antes que eu te dê uns dez cascudos que você tá merecendo.

Louis bufou, cruzando os braços ao passar para as escadas. Harry o seguiu, subindo logo atrás do namorado.

O cacheado precisou aguentar o namorado como se fosse uma criança birrenta durante todo banho. Em seguida foram descansar um pouco e aproveitar um tempo livre antes do horário de fazer a tatto.

O ar-condicionado ligado, o quarto escuro e algum filme de animação passando na televisão, tornaram todo ambiente aconchegante.

Juliette não iria para a creche hoje, pois havia saído suspensa igualmente, por comer a comida de outros colegas.

— Para com isso, gatinho — Harry murmurou, ao se virar para deitar a cabeça no peito do namorado — sua mãe é uma mulher adulta.

— Não tô afim de aparecer algum maluco pra fazer minha mãe perder tempo — resmungou — não é a primeira vez que um cara tenta alguma coisa com ela só pra ficar me pedindo coisa.

— Ah, mas ele parece ser alguém legal — o disse, ao arranhar lentamente o peitoral de Louis, com as unhas.

— Vamo ver.

Harry sentia como o corpo de seu namorado estava tenso. Ele tinha o rosto escondido no pescoço de Louis, ambos em uma manha gostosa.

— Quer transar?

— Você tá mo safado — Louis sorriu, passando sua mão pela cintura do namorado e o puxando mais contra seu corpo.

— Isso é um sim? — sorriu — posso te relaxar, amor. A gente não transa faz...quase quarenta e oito horas.

— Falando assim parece que a gente é ninfomaniaco que só pensa em sexo — ele gargalhou — você é uma delícia, sabia?

— É claro que eu sou — deu de ombros — mas você não me respondeu se quer transar ou não.

— Agora eu tô tão esgotado psicologicamente, que eu não consigo pensar nem em sexo e você sabe que eu levo isso a sério.

— Não quer que eu bata uma pra você? — insistiu — se não quiser, tudo bem, eu só quero te relaxar.

— Toda hora? — Louis murmurou — e você não tem vergonha de ser descarado assim?

— Por baixo do lençol não tem como perceber, é só você ficar bem quietinho — o cacheado sorriu para ele de forma sugestiva e divertida.

Harry subiu o joelho, provocando Louis ao esfregar o mesmo contra o pau marcado na cueca que Louis usava.

— Para de safadeza — respirou bem fundo, sentindo como estava muito sensível pelo desejo e ainda mais o estímulo do joelho de Harry em seu pau.

— Não tá gostando? — segurou seu rosto, para que pudesse deslizar a língua pela mandíbula de Louis, movendo o joelho mais rápido — eu sei que você quer gozar, amor.

Louis gemeu baixo, fechando os olhos e deixando sua cabeça afundar contra o travesseiro. Sua cueca parecia apertada com a dureza de sua ereção e o tecido estava úmido.

Ele abaixou a mão e colocou para o pau para fora. Sentindo rapidamente a mão de Harry envolvendo seu pau prontamente, o masturbando como uma leve massagem.

— Porra — ele franziu o cenho em prazer — isso aí, amor, mais rápido.

— Assim, amor? — sorriu contra sua orelha, antes de apertar o pau entre seus dedos, voltando a mover sua mão.

— Vou gozar — avisou, revirando os olhos quando Harry esfregou o polegar na glande úmida, fazendo este tremer vagamente, gemendo baixinho várias vezes.

Harry sorriu ao sentir o namorado gozando em sua mão. Ele a tirou de baixo do cobertor e levou seus dedos até a boca, chupando um deles.

Limpou o restante de sua mão, antes de atacar os lábios de Louis, subindo para deitar seu corpo, ao mesmo tempo em que se esfregava nele.

Louis separou as pernas deste, colocando uma de cada lado de seu corpo e segurou em suas coxas para lhe ajudar a se mover mais rápido.

— Quer gozar, amor? — sorriu de canto, ainda um tanto sensível pelo seu próprio orgasmo. Harry gemeu baixo, acenando.

Louis empurrou dois dedos dentro da boca de seu namorado, observando Harry chupar e os cachos suados colados em seu rosto.

Tirou de sua boca, apenas para levar entre as coxas do namorado, contornando sua entrada como um aviso.

— Vou te ajudar a gozar mais rápido — murmurou. Doeria um pouco, por não ter usado lubrificante, mas Harry não parecia se importar.

Quando Louis empurrou os dois dedos juntos, ouviu um soluço escapando entre os lábios de Harry, quem abriu ainda mais as pernas.

Louis o abraçou com um braço e a mão livre fazia o movimento contínuo penetrando em Harry, sentia o pulso doer com a velocidade que aumentava a cada gemido manhoso do namorado.

— Mais, amor — o cacheado gemeu manhoso, com seu rosto contra o peitoral de Louis, não parava de se mover e esfregar o próprio pau contra o abdômen marcado de Louis.

Ele não conseguia explicar o prazer que sentia ao ter as pernas de Harry tremendo ao redor de sua cintura.

Empurrava seus dedos para obter mais da visão de seu namorado completamente manhoso, com seus cachos suados e os lábios inchados pelas mordidas que Harry dava.

Suas coxas doíam pelo movimento insistente de se esfregar em Louis e gozar com o ato. Não conseguia controlar os gemidos, que eram bem altos por sinal.

— Uma delícia que tu é, amor — Louis murmurou em seu ouvido.

— Gostoso — gemeu contra seu peitoral, assim que sentiu o tapa estalado que Louis deu em sua bunda. Ele gozou naquele momento.

Deixou seu corpo descansar totalmente ofegante, gemendo manhoso pois ainda sentia os dedos de Louis se movendo devagar dentro dele.

— Tô sensível, amor — ele choramingou, sem forças para se levantar, completamente sujo de semen, e com suas pernas tremendo.

Revirou os olhos, separando os lábios e gritando um gemido quando Lojis abriu um dedo dentro de si, como tesoura.

— Filha da puta — Harry tentou se apoiar nas palmas de suas mãos contra cama, mas os braços tremeram com os estímulos.

Harry revirou seus olhos, liberando vários gemidos baixos ao sentir mais um tapa, o fazendo cair contra Louis outra vez. Sentiu o namorado empurrar de novo os dedos dentro.

— Para — pediu com sua voz lenta e Louis o deixou somente por perceber que já estava choramingando realmente. Harry ouviu a risada baixa do mesmo — idiota.

— Te preparando pra quando você liberar de quatro, meu amor — suspirou bastante satisfeito, cruzando os braços atrás da cabeça.

— Hm — resmungou, finalmente caindo ao lado na cama e se acomodando. Ele virou de costas para Louis e sentiu-se ser abraçado.

O ar-condicionado frio ajudava a amenizar todo o calor entre eles. Após alguns minutos, Harry pode alcançar seu celular antigo, voltando à conchinha com o namorado.

Louis parecia dormir tranquilamente já, colado ao seu corpo e suspirando próximo ao seu ouvido.

— Mo — chamou baixinho — a nossa tatto, a gente tem que ir fazer.

Louis não o respondeu, apenas se aconchegou mais ao corpo nu de Harry, inconscientemente beijando seu ombro, antes de voltar a dormir.

— Vida — tentou novamente.

Ainda nada, ao que Harry revirou os olhos, indo para sua última oração.

— Nossa, que cara gostoso ein — disse, fingindo ver algo na tela de seu celular. Prontamente Louis abriu os olhos e levantou a cabeça.

— Quem é o filho da puta? — ele perguntou.

— Pra ser ciumento tu acorda, né? — bufou — tem ninguém não, só queria fazer tu levantar.

— Bom que não tenha mermo, se não vou ter que passar por cima com a minha moto — Louis disse, com a meia marra disfarçada — e depois dou um pipoco.

— Para de ser maluco — disse, colocando agora na câmera do celular, observando seu rosto e também Louis atrás, com o queixo apoiado em seu ombro.

— Delícia ein — sorriu, acertando um tapa em cheio na bunda de Harry — sou eu que passo o pincel nessa obra de arte.

O cacheado gargalhou, sem conseguir evitar rir de tudo que seu namorado dizia ou fazia.

— O que você queria dizer?

— Remarca a nossa sessão de tatto hoje pro fim de semana? — Harry pediu — tô tão cansado, ainda vou ter que estudar pra prova de amanhã.

— Beleza, amor — beijou atrás de sua orelha — e a prova de ontem, hum? Deu pra passar?

— Dei — ele provocou.

— Hm — se apoiou no cotovelo para lhe encarar — tá me testando, ein, dar coisa nenhuma, eu que vou dar tiro nos outros com essa sua graça, ainda vai me fazer ser preso.

— Para — este riu, virando-se para ele e o abraçando pelos ombros — se eu faltar a aula hoje, você quer ir comer um x-tudo comigo?

— Me convidando pra sair?

— Aham, principalmente porque eu vou pagar, ok? Eu e meu pobre salário de estagiário — sorriu com orgulho.

— Meu homem me bancando, ein? — Louis sorriu, beijando sua boca — vai me pegar um açaí também?

— Vou — acenou — o que você quiser.

— Tô orgulhoso de você — suspirou, admirando o rosto bonito do namorado de pertinho — te amo, você é incrível.

Harry sorriu abobado, se sentia bem quando sabia que Louis tinha orgulho dele.

Ambos estavam sentados na pracinha, nas mesas em frente ao carrinho onde vendia hambúrguer entre outros.

Pareciam estar totalmente cômodos, sentados a sós, o movimento bem animado na praça, aquela hora.

Esperavam a comida, enquanto Harry mexia em seu celular que havia sido devolvido a algumas horas, junto de sua aliança e o MacBook.

— Sabe do que eu tô lembrando? — Louis chamou a sua atenção — de quanto eu esperava tu descer do ônibus voltando pra faculdade, todo dia indo te ver pra tentar um pouquinho da sua atenção.

Harry sorriu, desligando o celular para lhe dar atenção.

— Até parece que você ia me ver todo dia — revirou os olhos, incrédulo com a informação.

— Todos os dias — suspirou — teve um dia que eu fiquei por umas duas horas e meia aqui na praça, só esperando você voltar. Nesse dia tu não voltou e descobri pela Sara que tu tinha ido ao cinema com um cara, final meio triste.

— Amor — Harry o olhou com carinho — você ficou triste?

— Sim — sorriu sem graça — mas eu lidei bem, fui pra casa, tomei duas cervejas e dormi.

— Super bem — o cacheado gargalhou — queria que eu tivesse te dado uma chance alguns meses antes, mas aí você tava com aquela lá.

— Ih, amor, isso é passado, ela não é pra mim. Eu sou todo seu, sempre fui.

— Me dá um arrepio só de imaginar com quantas pessoas você já ficou — cruzou os braços — ainda bem que eu não uso arma.

— Bibi Perigosa — ele debochou — gostei ein.

— Você foi maior malandro pra cima de mim — ele voltou a sorrir — as cantadas, essa carinha bonita e o papo de garoto apaixonado, eu caí direitinho na tua.

— E nada era mentira — suspirou — e agora eu te tenho, a pessoa que me faz feliz.

— Te amo, minha vida — sorriu, alcançando sua mão.

Logo, uma senhora se aproximou para colocar os pedidos sobre a mesa.

— Dois x-tudo, sendo um com adicional de bacon extra — ela disse, pondo sobre a mesa — e duas guaravita.

— Opa, valeu, tia — Louis sorriu, alcançando o seu hambúrguer, que era o adicional de bacon.

— Obrigado, Re — Harry sorriu para a mulher, a sua barriga parecia roncar de fome.

— Qualquer coisa, só chamar — ela disse, antes de sair.

Louis mordeu um grande pedaço do hambúrguer. Era possível assistir a satisfação em seu ato.

— Mo bom, amor, ainda bem que tá me bancando — Louis murmurou, fazendo o namorado sorrir. Sabia como Harry estava orgulhoso de poder fazer algo por ele.

Nem que fosse um ato mínimo.

Harry segurou seu copo de guarativa para dar um gole, no entanto exatos três tiros foram dados em uma curta distância e logo gritos começaram a soar.

Louis puxou o namorado pelo braço para se abaixar, no mesmo momento tirando sua pistola da cintura.

— O que tá acontecendo? — Harry gritou alto, com as mãos sobre as orelhas, odiava aquele barulho.

— Espera — disse, tirando o radinho de sua cintura. Ele colocou próximo de sua orelha para que pudesse ouvir a voz.

"Louis, os caras do PCC tão na portaria, cara, tem dois nossos mortos lá, não sei quantos entraram no morro, mas tá tendo troca de tiros na pracinha. A gente tem que descer pra portaria ou vai ser mais morte na comunidade"

Louis respirou fundo, sabendo que aquela era uma resposta pela morte de Jorginho e ao mesmo tempo uma tentativa de entender os domínios, já que Louis morava no 18 e era uma base forte entre o CV.

— Vai pra casa da Sara — Louis o olhou, ordenando aquilo — vai agora, você não chega lá em casa em tempo, então sobe pra casa da Sara e não sai, só quando eu for te buscar.

— Louis, pra onde você vai? — o olhou com ânsia de chorar.

— Eu sou o chefe, tenho que descer e ajudar lá na frente ou as pessoas da comunidade vão morrer nessa troca — o disse — vai logo.

— Louis-

— Vai, caralho — o falou sério, antes de levantar e beirar o carrinho de lanche para poder descer até a portaria.

Louis olhou por cima de seu ombro, Harry correndo para a rua de cima, onde Sara morava. Tudo que viu, antes de descer realmente, foi Harry lhe olhando, ao silabar um "te amo" e sumir no beco escuro.

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