— O que está acontecendo? — perguntou Peter confuso olhando em volta — Só tem mato aqui.
Tony tinha decidido não deixar o garoto esperar mais, Peter andava bem para baixo nesses últimos dias, acabou que Tony teve que estender o castigo do Homem Aranha por mais uma semana, de início eram três dias mas as coisas na torre não tinham melhorado o suficiente para Peter sair por aí em teias. Então Tony resolveu levar o filho para o meio do nada, literalmente; eles tiveram que sair com oito carros iguais para despistar caso alguém estivesse seguindo, e Happy ainda teve que usar o caminho mais longo.
— Ah desculpa, se quiser podemos voltar, acho que você não quer ver seu traje novo, não é? — perguntou Tony levantando a maleta que estava segurando.
— Meu traje? É por isso que estamos aqui? — perguntou Peter animado olhando para a maleta — Posso?
Tony jogou a maleta para o filho, que pegou como se não fosse nada.
Peter colocou a maleta no chão e abriu sem enrolação; a reação do garoto quando viu o conteúdo da maleta foi uma das melhores que Tony já viu; Peter caiu para trás e deu um grito sufocado, parecia uma criança ganhando um brinquedo novo. É..., Tony tinha que admitir, talvez ter concordado com essa ideia de Peter ser o Homem Aranha não fosse tão ruim.
— Ah mentira, olha isso, olha esse tecido, isso faz meu traje antigo parecer um pijama — falou Peter se ajeitando para poder pegar o traje.
Peter se levantou e murchou quando viu o traje por completo, Tony não entendeu de início o que tinha acontecido, mas quando o garoto olhou para si, Tony entendeu que ele estava frustrado com o tamanho do traje.
— Ele se ajeita ao corpo, é só vestir e tocar a aranha no peitoral — contou Tony apontando para a pequena aranha no traje.
O filho abriu um sorriso e começou a tirar as roupas, Tony desviou o olhar, sabia que o filho não tinha nem percebido o que estava fazendo mas Tony não ficaria olhando. Escutou o barulho das roupas sendo jogadas no chão, e esperou mais alguns segundos antes de voltar a olhar para o filho agora todo vestido com o traje novo.
— Uau, olha isso, esse detalhe, você pensou em tudo. Tem até as minhas teias! — exclamou Peter apontando para o próprio pulso com os olhos brilhando — Como você conseguiu reproduzir elas tão rápido? Eu demorei quase um mês para acertar na fórmula, as vezes ela ficava muito gosmenta e difícil de trabalhar.
— Pedi para SEXTA analisar suas teias, mas eu teria conseguido sem ela, tenho o costume de mexer com coisas assim, quer dizer, Bruce tinha o costume de fazer experimentos, eu sempre fui mais da mecânica mas ajudava ele — explicou Tony tentando não pensar muito no amigo, tinha tempo que eles não se viam.
— Uau, o que é isso? — perguntou Peter analisando a máscara por dentro, e não prestando muita atenção em Tony.
— Uma máscara melhor que a sua antiga — respondeu Tony observando atentamente Peter — Você pode falar com a sua IA através dela, é só colocar
Peter deu um mini salto e colocou a máscara, Tony não conseguia escutar mas considerando o suspiro surpreso que Peter deixou escapar a IA estava falando. A IA de Peter tinha as mesmas configurações que SEXTA, mas ela ao contrário de SEXTA teria que mandar um relatório do que Peter estava fazendo; Tony realmente tinha medo do garoto esconder algo de novo, mas não queria ser controlador, então essa foi a maneira que Tony encontrou para não ficar perguntando ao garoto o tempo todo o que estava fazendo.
— Olá, uau, tem muitas coisas aqui, que incrível, Tony, você se superou — falou Peter olhando em volta provavelmente testando a sua visão com a máscara — Ei Tony, você acha que ela precisa de um nome?
— Na verdade eu tenho certeza que precisa, eu estava esperando você para dar um nome, não queria dar um nome qualquer, tinha medo de você ter trauma com algum nome, porque sério, minha cara escolher logo o nome que te traz arrepio — falou Tony pegando o celular, precisava entrar nos arquivos da IA de Peter para conseguir colocar um nome para SEXTA conseguir se comunicar sem problemas.
— Primeiro, arrepio pode ser algo bom, o meu já salvou muita gente, e segundo, eu não tenho traumas de nome, quer dizer, se eu colocasse um Liz por exemplo, seria horrível, Mj me jogaria da torre se descobrisse, mas não é um trauma, só não tenho conexão com nome, entendeu? — perguntou Peter se alongando de forma estranha — Cara, isso aqui é realmente confortável.
— Qual vai ser o nome? — perguntou Tony contendo a vontade de rir.
— Não sei, seria legal colocar um SÁBADO, mas SEXTA ficaria irritada, então vamos de um nome real para robôs, vou tentar pensar num personagem robô, tem muitos por aí certo? — falou Peter se sentando na grama parecendo distraído — Optimus Prime é um nome muito longo, C-3PO pode confundir algumas pessoas, o que você acha de Karen?
— Tipo a do Bob Esponja? — perguntou Tony confuso.
— Essa mesmo, legal né? Um nome simples e que combina com a voz — respondeu Peter se levando com pressa — Ei, posso dar uma saída com o traje por aí?
Tony hesitou um pouco, tinham muitas pessoas ainda por aí, Peter teria que ser muito discreto, o risco era muito grande. Deixou o silêncio dominar o lugar enquanto ele alterava o nome da IA nos arquivos e mandava uma atualização para SEXTA.
— Eu juro que volto aqui em duas horas, só quero dar uma voltinha, eu sei os riscos Tony — falou Peter tirando a máscara, provavelmente para mostrar a cara de cachorro abandonado que mexia com Tony.
— Eu vou voltar para torre com a armadura, Happy vai continuar aqui no silêncio dele te esperando, quando você voltar da patrulha você e Happy voltam para casa, e não esquece de me ligar assim que entrar no carro. Cuidado com as câmeras e pessoas estranhas — falou Tony com seriedade, sabia que o filho não gostava muito de seguir regras.
— Obrigado, obrigado, obrigado, te amo. Isso vai ser incrível! — falou Peter colocando a máscara e saindo correndo para longe de Tony.
Travou, Tony simplesmente tratou, não sabia o que fazer, não que tivesse muito o que fazer já que o garoto já tinha saído correndo atrás de um lugar alto para saltitar entre teias, mas ainda sim, parecia que ele tinha que fazer algo, droga, o garoto tinha dito que o ama, Peter finalmente disse que ama ele, ainda não era a palavra pai, mas era um passo, era um grande passo.
— Tony, é a Pepper, acho melhor você atender — falou Happy aparecendo do nada, pelo visto o segurança tinha saído do carro.
Tony se virou lentamente e olhou surpreso para o segurança, não tinha ideia de quanto tempo ficou olhando para o espaço vazio onde Peter estava antes, mas pelo visto foi tempo suficiente para Happy sair do carro do outro lado do terreno sem Tony perceber.
— Happy, manda SEXTA enviar uma mensagem para a IA de Peter avisando que eu amo ele também — falou Tony pegando o celular distraído, sem reparar muito no que estava fazendo — Oi querida, vim dar um passeio com Pete, tudo bem?
O silêncio na linha surpreendeu Tony, tinha certeza que Pepper tinha escutado por causa da respiração do outro lado da linha. Tinha algo errado, não, tinha algo muito errado. Tony olhou para Happy e percebeu as lágrimas escorrendo pelo rosto do mesmo. Happy estava chorando, aquilo significava mais que o silêncio de Pepper, aquilo significava que algo horrível tinha acontecido, mas o que?
— Pepper, amor, o que está acontecendo? Happy está chorando, eu não sei o que isso significa — falou Tony deixando a voz falhar.
— Peter está com você? — perguntou a voz fraca da noiva do outro lado da linha.
— Acabou de sair, mas posso ir atrás dele, o garoto está bem, ele acabou de sair daqui, Peter está bem não está? — pergunta Tony deixando os piores pensamentos dominar.
— Peter está bem, não é Peter, é a May, ela morreu — soltou Pepper deixando um soluço escapar.
~◇~
— Tony, você não vai acreditar, logo quando eu cheguei na cidade me deparei com um homem tentando arrastar uma garota para um canto, as pessoas enlouqueceram — falou Peter quando reparou que Tony e Pepper estavam parados no sofá.
— Conseguiu impedir o homem? — perguntou Tony trocando um olhar longo com Pepper.
Ok, isso era estranho. Peter parou no lugar e analisou os dois, teve um leve déjà vu de quando Tony contou que era o seu pai, a cena era praticamente a mesma, só que os dois pareciam mais tristes e hesitantes. Peter já sabendo que tinha algo errado largou a maleta com o traje no canto da sala e se sentou na poltrona perto dos adultos.
— Vai me contar que eu sou seu filho? Porque meio que eu já sei — tentou brincar Peter olhando de um para o outro.
Os dois trocaram outro olhar e Pepper saiu do sofá e se sentou no chão perto da perna de Peter. Aquele era o limite, algo horrível tinha acontecido, não precisava ser um gênio para saber disso, mas esse drama de não contar era torturante.
Peter colocou a mão no ombro de Pepper e esperou, ignorou a vontade de gritar para saber o que estava acontecendo e esperou os dois estarem prontos.
— Quem morreu? — perguntou Peter quando o silêncio era demais para aguentar.
— Peter-
— Eu conheço essa casa Tony, eu já passei por isso, todo mundo acha que é a primeira pessoa do mundo a olhar para um ser humano assim, mas é sempre a mesma cara — falou Peter desviando o olhar para a janela — Quem morreu?
— May — respondeu Tony com a voz tão baixa que Peter quase não escutou — Foi a May
Peter sentiu seu mundo desabafar ali mesmo, Pepper tentou segurar a mão dele mas ele se levantou. Não, não, não, aquilo não estava acontecendo, não de novo, não quando estava tudo bem, não quando ele finalmente achou que tinha uma família completa. Por que isso sempre acontece com ele? Por que?
— Eu sinto muito Pete, ela estava doente e-
— Eu não quero detalhes, morta é morta — interrompeu Peter antes que Tony continuasse com a tortura.
Quando Tio Ben morreu ele viu tudo, cada detalhe, cada momento, e ainda teve que escutar sua tia contando o que tinha acontecido como se ele não estivesse lá para ver, como se não fosse culpa dele. Não, ele não queria detalhes, ele queria sair dali, queria gritar, queria socar, qualquer coisa para aliviar a dor.
— Olha só, eu queria poder fazer alguma coisa agora-
— Obrigado — interrompeu Peter recebendo o olhar confuso de Tony — Por me contar.
— Peter, se precisar de alguma-
— Eu estou bem! — exclamou Peter mais alto do que pretendia assustando os outros dois — Já passei por isso, sei como é.
Precisava sair dali, precisava de ar, não conseguia respirar, não conseguia nem pensar direito, seu mundo estava desabando e ele não sabia o que fazer. Um era doloroso, dois era devastador.
May estava doente, sua May, a única pessoa que esteve ao seu lado nesses últimos anos, e ainda sim ela não contou, ela estava doente e não contou.
— Peter! — exclamou Pepper quando suas pernas perderam a força e ele desabou no chão — Respira querido, respira por favor, por favor Peter.
Peter tentou desesperadamente tirar as mãos de Pepper de cima dele e se afastar, mas não tinha forças para isso. Ele ainda não conseguia pensar direito, May tinha ido, e Peter nem sabia que ela estava para ir, quase não tinham se falado direito nesses últimos dias, droga, ele nem tinha se esforçado para falar mais com ela.
— Adam, respira, nós estamos aqui, eu e Pepper, se você não respirar vou ter que chamar meus médicos, você quer mais gente aqui? — perguntou Tony finalmente conseguindo a atenção de Peter.
Mais gente? Médicos? Não, ele não queria isso, queria bater em algo, gritar, sair de lá. Ar, finalmente o ar conseguiu entrar. Fechou os olhos tentando se concentrar em recuperar o fôlego.
Pepper tentou segurar sua mão mas Peter conseguiu se afastar novamente.
— Como você sabia que isso funcionaria? — perguntou Pepper em voz baixa, fracassando na provável tentativa de impedir que Peter escutasse.
— Lembrei de como eu me senti quando perdi meus pais, não gostava que ninguém visse minha dor, queria lidar com aquilo sozinho da minha maneira — revelou Tony se sentando no chão perto do filho e da noiva — Mas Peter, eu quero conversar sobre isso, não agora, mas quando você estiver pronto, fugir disso não é a resposta, acredite em mim.
Peter não queria conversar sobre isso, não queria mesmo, ele só queria ir embora pro quarto e não sair de lá por um bom tempo. Não, não era isso que ele queria, ele queria May, queria sua tia de volta, sua tia que o amava mas que não se deu o trabalho de contar que estava doente. Peter deixou o soluço escapar, e Tony rapidamente passou os braços em volta dele tentando um abraço.
— Não! Me solta! Me larga Tony! — falou Peter se debatendo desesperado nos braços do pai — Por favor.
— Você tem muito mais força do que eu, se quisesse se soltar mesmo já teria conseguido — falou Tony segurando Peter com mais força — Peter, se eu te soltar o que você vai fazer?
— Quero ir pro quarto, só — falou Peter tirando as mãos do pai de si e se levantando.
— Peter, querido, não pode se isolar — falou Pepper de levantando pronta para se aproximar também.
— Não me toca! — gritou Peter recuando dois passos, e assustando os dois adultos — Ninguém me toca, eu não posso perder vocês também, por favor.
— Perder a gente? Do que você está falando? — perguntou Tony se levantando e passando o braço envolta da esposa.
— Droga Tony, você não percebe? — perguntou Peter recuando mais dois passos e quase batendo as costas na parede — Eu sou o problema, Tio Ben morreu porque foi me buscar, e May antes de viajar me garantiu que tinha dinheiro para eu ir junto e eu não fui, porque eu sabia que era mentira, mas se eu tivesse ido poderia ter impedido, poderia ter feito o que eu não fiz com o tio Ben. Então a conclusão óbvia é que todo mundo que chega perto de mim morre, e eu não vou deixar mais ninguém morrer, vou me afastar, nem que eu tenha que me mudar para o apartamento de May.
— Peter, ela estava doente, você não tinha como impedir, e nós não vamos morrer. Você não tem culpa de nada — falou Tony com cautela.
— May não me contou, eu não sabia que ela estava doente — falou Peter batendo com as costas na parede quando foi tentar recuar de novo — Uma parte racional minha sabe que eu não conseguiria impedir, mas eu poderia ter estado lá nos últimos dias dela, eu poderia ter tentado distrair ela, mas pelo visto ela não me queria lá, a mulher que me criou não queria me ver nos últimos dias dela, você entende isso?
— Jen me ligou, a prima da sua tia, primeiro falou com Pepper para dar a notícia, depois falou comigo para contar os detalhes, sua tia não sabia que estava doente quando foi para lá Pete, quando soube ela não quis que você visse aquilo— falou Tony se soltando da noiva para se aproximar do filho — Ela não queria que você estivesse presente para ver a morte dela, e não queria parar sua vida por causa daquilo. Peter, May não queria te afastar, só não queria te fazer sofrer.
— Do que ela morreu? — perguntou Peter escorregando até o chão, bem encolhido na parede.
— Vou evitar entrar em detalhes porque sei que não é isso que você quer, vou ser direto, dias depois que ela chegou de viagem ficou incomodada com algumas dores, então foi para o hospital, deram um remédio para ela e ela voltou para casa, Jen contou que sua tia não queria fazer aqueles exames caros porque achava que não era nada sério, enfim, não estou sendo muito direto, sua tia voltou ao hospital dois dias depois mas para fazer os exames, descobriram uma massa no cérebro-
— Tumor não é? — perguntou Peter levantando o olhar para analisar o pai.
Tony se sentou ao lado do filho e passou o braço pelo ombro do mesmo, ficaram alguns minutos em silêncio, Pepper se juntou a eles depois de um tempo e ficaram os três ali no chão sem dizer nada.
— Sim, era um tumor — confirmou Tony depois de um longo tempo — Ofereceram a cirurgia a ela para tentar a retirada, era uma cirurgia arriscada, mas May não era muito de se deixar abalar, ela disse a Jen que era melhor fazer a cirurgia do que ficar em casa sabendo que poderia morrer logo, disse algo sobre preferir acabar logo com aquilo.
— É a cara da May falar isso — percebeu Peter deixando um pequeno sorriso se abrir.
— Peter, você acredita em Deus? — perguntou Pepper antes que o silêncio voltasse a permanecer na sala.
— Nunca pensei muito nisso, mas gosto de pensar que meus tios estão indo para algum lugar — admitiu Peter olhando de esguelha para Pepper — Você acredita?
— Acredito, também não pensava muito nisso antes, mas nós literalmente comemos burrito com um deus, isso te faz pensar no que é real e o que não é — respondeu Pepper se referindo a Thor.
— Sei que ninguém me perguntou, mas eu não acreditava em Deus, ainda não acredito muito, mas depois de se ver algumas coisas bizarras, acaba que a mente fica mais aberta. Não sei se o que nos espera do outro lado é Deus, mas acredito que tenha algo lá — falou Tony parecendo sincero.
— Por que perguntou sobre Deus, Pepper? — pergunta Peter se aconchegando mais em Tony.
— Pensei que se você acreditasse talvez a dor ficasse menor, queria te fazer lembrar que tinha um depois — falou Pepper sorrindo com leveza — E bom.. se você não acreditasse eu te mostraria uma foto de Thor na última reunião na torre, ele causou uns raios surpreendentes enquanto perdia numa partida de baralho.
— Você ensinou um jogo de baralho para o Deus do trovão? — perguntou Peter surpreso se virando para Tony.
— Steve ensinou, e eles quiseram jogar depois de uma missão, interrompi antes que alguém saísse machucado — falou Tony soltando um risada baixa.
Os três ficaram em silêncio de novo, Peter não sabia o que aquilo significava, só sabia que era bom, ter eles ali era bom, apesar de ainda ter medo dos dois serem os próximos.
Quando Ben morreu sua tia tentou ser forte, mas Peter escutava a tia chorando no quarto durante a noite, ele nunca tentou falar com May sobre isso porque achava que se tentasse falar com a tia sobre isso teria que falar sobre os próprios problemas. Outro erro dele.
— O funeral-
— Vão trazer ela, amanhã cedo o caixão vai estar no avião, e em dois dias vai ser o funeral, eu consegui um lugar no cemitério que seu tio foi enterrado, o mais perto dele, mas se quiser a gente pode achar outro lugar, ou se quiser que ela não seja enterrada, tenho certeza que May tinha um lugar especial para se colocar as cinzas — falou Tony apertando mais o filho de forma confortável.
— Não, assim está ótimo, ela gostaria de ficar perto de Ben, eles eram tudo um para o outro — contou Peter respirando fundo — E Pai.
Tony e Pepper olharam surpresos para ele, Peter não sabia porque mas parecia a hora certa, Tony estava ali apoiando ele, e não brigou quando Peter tentou se afastar e muito menos julgou Peter por pensar que era o culpado das mortes. Sim, estava na hora de falar, Tony e Pepper agora são sua única família.
— Sim filho? — falou Tony com a voz um pouco trêmula.
— Obrigado.