Mr. President

By GeovanaJackson

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A corrida pela Casa Branca nos obrigou a lidar com os problemas do passado e aquilo que estava mal resolvido... More

Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Epílogo

Capítulo 18

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By GeovanaJackson

Christian

Eu fiz isso.

Finalmente tive coragem. 

Propus casamento para a garota que sou apaixonado desde a época da faculdade.

Coloquei o meu futuro e expectativas nas mãos de Anastasia Rose Steele.

Agora só resta ela aceitar o meu pedido.

Eu fico parado na frente dela, esperando. Segundos, minutos, não sei quanto tempo, mas não me atrevo a fazer qualquer movimento.

Anastasia olha para mim pelo o que parece uma eternidade até começar a rir, os olhos se enchendo de lágrimas.

Ela vai aceitar, porra.

— É brincadeira, certo? Só pode ser brincadeira. Você não seria tão estúpido ao ponto de me propor casamento. Nós mal nos suportamos. — Anastasia seca os cantos dos olhos e arqueia uma sobrancelha.

Ela não vai aceitar, porra.

O sorriso dela escorrega quando permaneço em silêncio, a caixinha do anel de repente pesando uma tonelada.

Onde eu estava com a cabeça?

Sou o cara que dormiu com ela e fugiu na manhã seguinte, por que um pedido de casamento da minha parte deveria ser levado a sério?

— Você não está brincando, não é? — balanço a cabeça em negação e Anastasia arfa, tropeçando nos próprios pés.

Ela cai sentada na cadeira com um suspiro aterrorizado e eu me ajoelho na frente dela, tentando encontrar as melhores palavras para não criar ainda mais confusão entre nós dois.

— Anastasia, olha... — ela ri sem humor e gesticula freneticamente com as mãos.

— Eu acho que já entendi, Christian. Você quer um casamento por conveniência. Precisa assumir uma postura de homem casado e de família para conseguir impressionar as pessoas. — ela dispara de uma vez, as palavras saindo atropeladas.

— Anastasia, não é isso que eu quero dizer.

— É claro que é, Christian. Não precisa fingir que isso tem alguma importância ou que é algo sincero. — ela faz uma careta e aponta para o anel.

— Se você me deixar explicar...

— Então explica, estou aqui para te ouvir, Christian. Me dê um bom motivo para aceitar esse pedido de casamento. Mas por favor, seja sincero.

— Estou te pedindo para ser a minha esposa, Anastasia. Por que precisaria haver alguma motivação por trás disso? — minha voz denuncia o meu desespero e ela suspira.

— Porque eu não confio em você, Christian. Me desculpe falar isso assim mas essa é a minha verdade. Já te dei a minha confiança e me fodi no final, não quero passar por isso novamente.

E é como se ela tivesse me dado um tapa.

Me levanto do chão com as pernas um pouco trêmulas, meus pensamentos confusos e embaralhados.

Nós estávamos nos aproximando novamente, pelo menos eu acreditei nisso. Conversamos mais, o clima pesado parecia estar se dissipando conforme o tempo passava. Ela deixa que eu pegue o seu gato de estimação, me apresentou a algo importante na vida dela, me deixou tocá-la em público.

Caralho, nós dormimos juntos.

Eu realmente acreditei que estávamos caminhando para um futuro onde poderíamos falar abertamente sobre o passado, resolvê-lo e seguir em frente rumo a algo melhor.

Anastasia claramente não está na mesma página que eu.

E eu nem posso culpá-la por não confiar em mim.

— E então, Christian? Você disse que iria explicar o por que dessa proposta, estou esperando.

Suspiro e olho para o anel perfeitamente posicionado na almofada de veludo vermelho. Kerim me surpreendeu outra vez com o seu talento e o resultado superou as minhas expectativas.

Eu queria um anel suntuoso, brilhante o suficiente para ser visto a quilômetros de distância e grande o suficiente para expressar o tamanho dos meus sentimentos por ela.

Se eu for sincero tenho certeza que não a verei nunca mais. Anastasia vai se assustar com a minha declaração e correr para o canto mais longe que conseguir.

Mas se eu mentir posso atingir o meu objetivo e mantê-la ao meu lado.

— Tem razão, eu quero um casamento por conveniência. — respiro fundo e olho para ela através do reflexo da janela. — Ser solteiro está prejudicando a minha imagem política. Consigo agradar as pessoas com propostas mas o meu estado civil ainda é uma questão problemática.

Assumo a expressão impassível que aperfeiçoei ao longo dos últimos sete anos e me viro para ela novamente, fingindo indiferença.

— Nós precisamos ganhar essa eleição, Anastasia.

— Christian, isso é errado. Não tem como vencer usando mentiras e manipulações.

— Meu pai está mentindo e manipulando informações para me desmoralizar, Anastasia. Só estamos entrando no jogo dele e usando os mesmos truques. — dou de ombros e sirvo outras duas doses de conhaque, estendendo um dos copos para ela.

Anastasia pega-o com as mãos trêmulas e toma tudo num gole só.

— Isso é absurdo. Ninguém acreditaria. — bufo e reviro os olhos, me sentando de frente para ela.

— Depois do que fizemos hoje na apresentação da Future Steps pode ficar tranquila, baby. Todos vão acreditar no nosso amor avassalador.

— Fez tudo aquilo de propósito, não foi? Os toques, a pose de homem ciumento. Tudo faz parte do seu jogo doentio de merda. — Anastasia rosna e eu sorrio.

— Talvez. Nunca te disseram que tudo é válido para vencer uma guerra?

— Eu não sei por que ainda me escandalizo com você, sinceramente. — ela esfrega os olhos e apoia os cotovelos nas coxas, o queixo nas palmas das mãos. — Isso é baixo, Christian. E absurdamente hipócrita. Queremos instaurar uma forma de governo mais moderno que defende a liberdade e as escolhas, não regredir usando casamento como medidor de caráter ou competência.

— Eu sei, Anastasia, mas a sociedade é hipócrita. Quer você acredite ou não as pessoas são dissimuladas. — respiro fundo e levanto o queixo dela, meus polegares acariciando delicadamente as bochechas pálidas e frias. — Concordo com você, estado civil não é sinônimo de honestidade e preparo, mas algumas pessoas ainda dão muito valor a isso. É hipócrita um homem falar da santidade do casamento e ter amantes na rua. É hipócrita uma mulher exigir dinheiro para a educação dos filhos mas tirar as crianças da escola para trabalharem. É hipócrita um velho dizer que é a favor da vida depois de ter matado dezenas de inocentes nas guerras covardes que iniciamos por nada. Isso tudo é uma hipocrisia do caralho, mas rende votos. São pessoas péssimas mas que têm direito ao voto e se nós quisermos mudar as coisas, precisaremos aceitar esse padrão estabelecido e destruí-lo de dentro para fora quando chegarmos lá.

Lágrimas rolam pelo rosto perfeito e eu seco todas, lutando contra a vontade de calar os soluções baixinhos dela com um beijo.

Anastasia parece atordoada com o meu discurso. Ou talvez esteja impressionada com o rumo dos meus pensamentos.

Ela sempre foi verdadeira e deu muito valor a isso nas pessoas. Me lembro que sinceridade era o que mais conquistava a admiração dela.

E em minha defesa, tudo o que eu disse é verdade.

Elliot falou na minha cabeça por quase duas horas sobre como a minha vida pessoal estava sendo mencionada em tópicos que deveriam ser somente sobre as minhas propostas políticas e postura pública.

Programas de fofoca tem se empenhado em trazer à tona casos antigos e ex aventuras de uma noite. Pautas que deveriam ser voltadas somente para a política estão começando a ir na mesma onda e questionando se eu estou mesmo apto para ser presidente uma vez que não tenho nem mesmo uma namorada.

Mas o meu pedido de casamento não tem a ver somente com política.

Eu amo a Anastasia.

Amo desde o dia que nos esbarramos naquele corredor em Harvard.

Amei durante os anos que passamos juntos na faculdade.

Amei cada segundo da noite que tivemos.

E continuei amando pelos sete malditos anos que passamos separados.

Meu medo não deixou que eu a procurasse. Tinha receio de encontrá-la com outra pessoa. A possibilidade de ser odiado me apavorava.

E eu fui um idiota por isso.

Se eu não tivesse sido um covarde.

Se eu não tivesse ido embora daquela forma.

Se eu não tivesse feito as várias merdas que fiz nesse intervalo de tempo a nossa situação poderia ter sido diferente.

Nós poderíamos ter apoiado um ao outro e hoje não estaríamos lidando com tanta merda mal resolvida.

Puxo Anastasia para o meu colo e a envolvo num abraço apertado. Enterro meu nariz naquele ponto tão cheiroso do pescoço dela e expiro o perfume que me tem de joelhos.

Ela deixa que eu a toque e suspira quando a agarro pela cintura. Fico de pé e a sento sobre a mesa, usando o meu corpo para afastar as pernas dela.

Anastasia suspira e segura os meu ombros, tombando a cabeça para trás. Os cabelos caem em ondas pelas costas dela, o peito subindo rapidamente graças a respiração descompassada.

— Por quanto tempo isso duraria?

Até que a morte nos separe, Coelinha.

— Por pelo menos seis meses após as eleições. Precisaremos aparecer juntos na cerimônia de posse e nos primeiros meses todos os holofotes estariam apontados na nossa direção.

— Então eu seria o seu troféu a ser exibido? — Anastasia murmura com insatisfação e eu sorrio, arrastando a bunda dela até a beirada da mesa.

— Eu não diria troféu. Você seria a Primeira Dama, baby. Todos parariam para ouvir as suas ideias e opiniões. É uma ótima forma de chamar atenção para as coisas que você acredita e defende.

Ela parece considerar por um momento, os olhos ainda fixos nos meus mas os pensamentos voando longe.

Anastasia morde o lábio inferior e pisca, quebrando a nossa batalha de olhares.

— Por que decidiu que eu seria a esposa perfeita para você, Christian?

Baby.

Aperto o meu braço ao seu redor, grudando nossos corpos. Levanto a perna esquerda dela e envolvo-a no meu quadril, pressionando meu pau duro na boceta quente.

Anastasia suspira e afunda os dedos nos meus ombros, os olhos ficando mais escuros. Movimento o corpo dela delicadamente, esfregando meu pau no clitóris coberto pela renda fina da calcinha.

Ela geme e tomba a cabeça para trás, rebolando sutilmente contra mim. Destribuo beijos pelo pescoço dela, mordendo e sugando a pele branca vez ou outra.

— Eu te escolhi porque você é perfeita, baby. — sussurro no ouvido dela e chupo o lóbulo, fazendo-a arfar. — E porque eu confio em você, Anastasia. É uma das poucas pessoas que seriam incapazes de me prejudicar.

Ela empurra o meu peito, me afastando alguns poucos centímetros. Mantenho minhas mãos sobre ela enquanto nos encaramos de igual para igual.

— Tem certeza que quer fazer isso? — a voz dela sai num sussurro suave e eu assinto.

Anastasia suspira, me dá um sorriso pequeno e pega a caixinha de veludo descartada ao lado dela sobre a mesa. Ela estuda o anel por um momento, olhando para cada pequeno detalhe até tirá-lo da almofada e entregá-lo para mim, estendendo a mão esquerda.

— Tudo bem, Christian. Eu aceito me casar com você.

[•••]

Vou oferecer minha casa
nas colinas pra eles
passarem a lua de mel.
🤣

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