● Daphne Martin ●
A semana tinha se passado bem rápido. Parecia que o próprio universo estava ansioso para esse fim de semana, assim como eu.
Lizandra ligou para Delilah marcando um almoço com todos da família neste domingo, e disse que eu estava convidada também.
E isso me deixou muito feliz.
Além disso, eu finalmente tive minha primeira consulta com a psicóloga. O nome dela era Chloe, a moça devia ter no máximo trinta anos de idade, mas aparentava ser muito mais jovem. A mulher foi super gentil e me fez perguntas básicas, apenas para criarmos um laço de intimidade.
Já tínhamos partido em direção ao Rancho Bellerose, o lugar onde Lizandra e Ariel moram e decidiram criar seus filhos. Deveria ser perto do meio dia, decidimos ir um pouco mais tarde, porque Bella precisava terminar algumas coisas do seu trabalho.
O trajeto apesar de ser um pouco demorado foi super divertido, já que Darcy e Bella decidiram ir conosco no carro de Delilah. Várias músicas foram cantadas em alto e bom som, algumas histórias foram contadas, principalmente sobre o famoso lago que tinha perto da casa, que as meninas me garantiam que a água mais cristalina e refrescante ficava lá.
- Chegamos, garotas. - Lilah para em frente de um grande portão de ferro preto, e um muro gigantesco pintado de branco.
Ela aperta um botão e o portão na mesma hora se abre, revelando um caminho cheio de árvores, provavelmente pinheiros.
- Daph, você vai amar esse lugar. Aqui é tudo muito lindo. - Bella diz ao meu lado, começando a tirar seu cinto assim que estacionamos em frente a uma mansão magnífica, que mais parecia um castelo de tão grande.
Saímos do carro, e um homem vem em nossa direção, Lilah arremessa a chave do carro para ele, que pega rapidamente, entrando no veículo em seguida.
- Vocês tem um manobrista particular? - As irmãs dão risada da minha reação um pouco surpresa.
- Aquele ali é o Lucca, e sim, nós temos um manobrista. - Bella passa o braço pelo meus ombros e dá um sorriso de canto.
- Mas e as nossas bolsas? - Pergunto vendo o carro partir, em direção a garagem eu imagino.
- Fique tranquila, Lucca vai se encarregar de pegá-las e colocá-las no nosso quarto. - Darcy fala e começamos a subir as escadas que tinha um canteiro de rosas vermelhas uma a cada lado.
As rosas mais lindas e cheirosas que eu já vi.
Assim que entramos, já conseguimos ouvir algumas vozes e risadas - principalmente infantis - vindo da parte de fora da mansão.
Olho tudo ao redor, e fico impressionada com a decoração clássica e chique que o lugar tinha. Ainda me questiono o quanto essa família é rica.
- Vocês chegaram! - Paro de viajar nos meus pensamentos quando ouço a voz doce de Lizandra, ela vem em nossa direção assim que nos vê chegar.
A visão externa era ainda mais extraordinária do que a entrada. O lugar era rodeado por árvores, era possível ver um lago mais a frente, e por perto tinha o que parecia ser um estábulo, e em volta da casa um jardim imenso cheio de rosas vermelhas, como as da entrada.
- Desculpe a nossa demora, mamãe. - Lilah fala e abraça sua mãe, assim que ela se aproxima de nós.
- Tudo bem, vocês não estão tão atrasadas assim. - Ela sorri para as trigêmeas e depois olha para mim. - Daphne, fico contente que tenha vindo junto. Como você está, querida?
- Estou ótima, e muito feliz de estar aqui, obrigada pelo convite, Liz. - Sorrio, e me aproximo dela para abraçá-la.
- Ótimo, sinta-se à vontade em minha casa. - Ela sorri expondo suas covinhas super fofas e começa a andar. - Vamos nos juntar aos outros.
Começamos a andar em direção ao deck perto da piscina, e já era possível ver alguns rostos conhecidos.
Aisha e Aurora estavam conversando sentadas em um sofá grande, ao lado delas, Denise estava no colo de Leon que tinha uma garrafa de cerveja em mãos, e eles sorriam um para o outro.
Davon, Damon, Logan e um homem meio loiro e muito alto que eu não conhecia, estavam jogando sinuca enquanto bebiam.
- Ah! Vocês chegaram. - Aurora nos cumprimenta e se levanta para me abraçar fazendo um carinho nos meus cabelos. - Daphne, que bom que veio.
- Cadê as crianças, Aisha? - Bella perguntou cumprimentando Aurora.
- É verdade, estou ansiosa para vê-las. - Darcy diz.
- Ariel e Derek foram levá-las para conhecer o estábulo, elas queriam ver o cavalo do pai. - Aisha fala com um grande sorriso estampado em seu rosto.
Aisha se aproxima de mim e me abraça dando um beijo em minha bochecha.
- É muito bom te ver de novo, Daphne. - Sorrimos uma para outra.
- Então você é a Daphne? - O homem alto que a poucos segundos atrás jogava com os meninos se aproxima e fica ao lado de Aurora.
Assinto um pouco confusa e vejo ele dar um sorriso simpático e estender a mão.
- Sou o Dylan, é um prazer te conhecer, ouvi falar muito bem de você.
- É um prazer, Dylan. - Sorrio e retribuo o aperto de mão, então era ele o irmão que faltava conhecer, e também o marido de Aurora.
- Daph, ainda bem que chegou, Damon estava começando a ficar irritado sem a sua presença. - Davon vem correndo em minha direção rindo, e me abraça de lado.
- Vai se foder, Davon. Eu estou irritado porque você é uma péssima dupla na sinuca. - Damon deixa o taco ao lado da mesa vindo em direção ao irmão com uma expressão irritada, mas assim que bota seus olhos em mim, sorri de imediato. - Oi, docinho.
- Oi, Damon. - Dou risada com a mudança repentina de humor.
- A real é que vocês dois não conseguem me vencer quando se trata de apostas e jogos. - Logan fala e acena me cumprimentando de longe, retribuo também.
- Eu também estava jogando, Logan, não se esqueça quem foi seu mestre até você realmente ser bom na sinuca. - Dylan sorri enquanto pegava uma garrafa de cerveja e abria sem nenhuma dificuldade.
- Tanto faz! O que eu sei é que agora Damon e Davon me devem duzentos euros, cada um. - O tatuado sorri e Damon bufou irritado.
- Vocês adoram uma competição para ver quem tem mais testosterona, não é? - Darcy fala sarcástica e todos dão risada.
Correndo para o deck, três crianças ruivas - duas meninas e um menino - vão em direção a Aisha, e Derek estava andando enquanto sorria com um homem ao seu lado.
- Mamãe, o Apolo é incrível! - A ruiva menor fala animada.
Agora vendo de perto, os três pareciam ser irmãos.
- Quando vamos poder montar nele? - O garoto que era um pouco maior que as meninas fala, e Derek e o homem se aproxima de nós.
- Quando vocês crescerem um pouquinho mais, com certeza poderão montar em Apolo. - Aisha fala enquanto passa a mão pelos cabelos ruivos do garotinho.
- Mas para isso, terão que alcançar os estribos primeiro. - Derek fala olhando para as crianças, mas depois nota minha presença e das trigêmeas. - Que bom que chegaram, agora sim a família está reunida.
Diferente da última vez que vi Derek, onde ele sempre estava vestido com um terno que claramente era caríssimo, agora ele estava usando roupas bem casuais e leves, uma bermuda preta e uma regata branca, e um boné com a aba para trás.
- Imagino que você seja a Daphne. - O homem que estava ao lado de Derek, vem em minha direção e estende a mão. - Sou Ariel, marido de Lizandra e pai dessas crianças que creio que você já deve conhecer.
- É um prazer te conhecer, Ariel. - Sorrio e aperto a mão dele.
- Você é a garota que minha mãe falou! - Uma das ruivas olha para curiosa. - Prazer sou Margot.
Olho para Aisha surpresa, e depois olho para a garotinha sorrindo um pouco envergonhada por ter tantos olhares em minha direção.
- Olá, Margot, seu nome é lindo. - Ela sorri e tinha um dente faltando em sua boca.
Que fofa!
Depois de todos me conhecerem, eu fiquei sentada com Aurora, Delilah e Aisha conversando, enquanto tomávamos um vinho delicioso, que Ariel trouxe da vinícola.
Aisha me apresentou aos seus filhos, Dominik era o mais velho, Margot a do meio e Anne era a caçula. Eles eram as crianças mais fofas que eu já vi.
E agora eles estavam brincando com Bella e Denise de pega-pega.
- Os seus filhos são umas fofuras, Aisha. - Falo para a mulher que tinha uma taça de vinho nas mãos, enquanto olhava as crianças brincarem.
- Muito obrigada. Eles ainda estão se adaptando à nova rotina, mas está sendo bem fácil.
- Você será uma excelente mamãe, querida. - Delilah fala e eu concordo.
Olho em direção a mesa de sinuca e vejo Damon totalmente concentrado enquanto arremessava duas bolas direto para o buraco, e depois comemorando.
Observo a forma como ele se inclinou sobre a mesa, seu semblante estava sério enquanto segurava com firmeza o taco, assim deixando algumas veias saltarem do seu braço cheio de tatuagens, e em seguida assim que fez o ponto, ele sorri de lado e olha sob as sobrancelhas para Leon, um olhar arrogante e prepotente.
- Sua vez, irmão. - Ele fala e toma um gole de sua bebida.
- Com licença, meninas. - Falo e me levanto indo até onde eles estavam.
Me aproximo deles, e vejo a lousa onde estava marcado os pontos feitos.
O jogo estava empatado, e as duplas eram Logan e Leon e Damon e Dylan, Davon estava encostado na parede apenas observando.
- Não é apenas uma partida inofensiva de sinuca, certo? - Me aproximo de Davon e ele me olha sorrindo.
- Leon apostou uma das motos de corrida dele.
- Damon parece estar muito disposto a consegui-la. - Olho para o loiro e ele ainda estava com o sorriso arrogante nos lábios, enquanto ajeitava a bandana preta que deixava seus cachos presos.
- Vai ter uma corrida daqui a duas semanas, e Damon irá ser o suporte de Logan, e apesar de ter muitas motos e carros, ele é ganancioso o suficiente para querer mais uma.
- Ele me falou sobre essa corrida, deve ser bem legal.
- É do caralho, angel. Eu nunca perco nenhuma corrida deles. Você vai, certo? - Davon pergunta enquanto erguia as duas sobrancelhas em minha direção.
- Ainda estou pensando, vão ter muitas pessoas lá, eu imagino. - Sinto um arrepio correr pelo meu corpo, ao me imaginar no meio de uma multidão de pessoas desconhecidas e acaloradas, era um pouco assustador e chegava a me causar falta de ar.
- Fica tranquila, os acompanhantes dos corredores tem uma área VIP, que só selecionados podem acessar, e você não estará sozinha, eu e Denise vamos estar com você. - Seu tom de voz era bem convincente, suspiro e olho para Damon que novamente se inclinava para arremessar a bola no buraco.
- Eu vou pensar com carinho, tudo bem? - Olho para ele que assentiu e sorriu.
- Que tal um drink? Eu sei fazer uns maravilhosas. - Sem me dar tempo para responder, ele me pega pelo braço e me leva até o bar.
Me viro para trás enquanto andava, e meu olhar se cruza com o de Damon, que parecia estar prestando bastante atenção nos meus passos, mas logo em seguida pisca para mim e sorri voltando a jogar.
Sorrio de volta e olho para frente, sentindo uma queimação em meu estômago.
Davon preparou um drink delicioso de morango, e o mesmo me certificou que não era muito forte. O gosto da vodka com o doce do morango me fazia suspirar, de tão saboroso e refrescante que a bebida era.
Estávamos sentados nos bancos do balcão do bar conversando sobre coisas aleatórias, quando sinto alguém chegar perto de nós dois.
- Eai, meu querido, ganhou? - Davon fala e olha para trás das minhas costas, me viro e encontro Damon vindo em nossa frente estampando um sorriso radiante.
- Obvio! Agora eu tenho uma belíssima BMW S1000 RR sob a minha posse. - Ele dá de ombros como se não fosse nada e me olha.
- Parabéns, Damon. - Sorrio para ele.
- Por que não ficou para me ver ganhar? - Arqueia uma sobrancelha, e fica na minha frente, me fazendo erguer um pouco o olhar.
- Davon queria fazer um drink para mim. - Levanto minha taça que estava quase na metade, tinha uma rodela bem fina de limão siciliano e alguns pedaços de morango, e para enfeitar um canudo rosa com branco. - E então engatamos em uma conversa.
- Irei te mostrar meus dons em fazer bebidas deliciosas, Daph. Isso foi apenas uma amostra. - Davon pisca para mim e sorri.
- Quer dar uma volta, docinho? - Damon pergunta de repente.
- O que é isso? Vai roubar minha amiga de mim na cara dura? - Gargalho com que Davon fala, um pouco indignado mas eu conseguia notar um sorriso brincalhão em sua boca. - Estávamos tendo uma conversa super interessante.
- Eu vim primeiro, Dav. Eu sou muito mais amigo da Daphne, convenhamos. - Ele estende a mão para me ajudar a descer do banco, e eu aceito de bom grado. - Vamos, docinho?
Ele passa os braços pelos meus ombros, olhando sorrindo para mim.
- Dav, não vou demorar, fique tranquilo, ainda vamos conversar sobre aquele assunto. - Olho para ele e sorri mandando um beijinho no ar.
Começamos a andar e Damon ainda tinha os braços ao redor dos meus ombros.
- Está tudo bem? Não consegui falar com você desde que chegou, sempre tinha alguém por perto. - Ele fala e eu começo a reparar que estávamos indo para o estábulo que tinha visto quando tinha chegado. - Então não havia outra oportunidade perfeita para te sequestrar como esta.
- Estou bem. - Olho para ele rindo, mas desvio o olhar para a minha bebida. - O rancho da sua família é muito lindo, cheio de paisagens naturais.
- Crescer aqui foi muito divertido, eu tinha vários esconderijos por essas matas, até hoje ninguém sabe. - Ele fala e chegamos finalmente no estábulo, onde já dava para ver alguns cavalos dentro dos vagões. - Eu sempre ganhava no pique-esconde, ninguém conseguia me achar.
- Que inteligente.
- Vem eu quero te apresentar o Ares. - Damon tira os braços dos meus ombros, e pega uma das minhas mãos me arrastando para um dos vagões.
Nesse momento ele se assemelhava com uma criança animada que estava te levando para mostrar o desenho que fez.
Paramos em frente a um belíssimo cavalo de pelo cinza - que parecia muito macio e era bem brilhante - e crina preta que estavam presas em tranças longas.
O cavalo assim que vê Damon, se aproxima da portinha que o impedia de sair.
- Oi, menino. - Damon solta minha mão, e se aproxima do cavalo que parecia querer saltar para fora para ver seu dono, depois ele faz um carinho no focinho do animal que se acalma um pouco. - Você está lindo, hein.
Eu permanecia calada e um pouco estática, mas me assusto quando o cavalo bufa e olha para mim, um olhar meio criterioso e sombrio, como se eu fosse uma intrusa naquele lugar.
- Seu cavalo é muito expressivo, né? - Digo sem graça enquanto dava uns passos para trás, ainda com o olhar do equino em mim.
- Ele apenas está te estranhando. Ares é um pouco desconfiado e tende a ficar receoso quando se trata de estranhos. - Fala ainda fazendo carinho no cavalo.
- Um pouco desconfiado apenas né. - Rio nervosa.
Damon se vira, e dá uma risada ao ver o meu estado - paralisado e querendo me esconder daqueles olhos escuros -, ele vem em minha direção, pegando suavemente minha mão e começando a me empurrar devagar me estimulando a ir em direção ao cavalo.
- Relaxa, ele não vai te machucar, só você não ser bruta ou desrespeitosa. - Chego perto do animal, e ele ainda continuava me olhando, só que agora era um olhar curioso. - Eu estou aqui, não vai acontecer nada, ok?
- Ok. - Falo lentamente, enquanto travava uma batalha de olhares com Ares. Era estranho falar que ele tinha o mesmo olhar que o dono? - E então o que eu faço?
- Levante sua mão devagar na altura dos olhos dele, e se aproxima cautelosamente, aí vamos ver se ele vai permitir que você possa o tocar. - Damon falava quase sussurrando, como se não quisesse que o cavalo ouvisse suas dicas.
Sinto meu braço arrepiar ao som da sua voz, e também pela aproximação em que estávamos. Mas era reconfortante, e não desconfortável ou assustador.
Sigo as instruções dele, e quando já estava com a mão na frente dos olhos do cavalo, demora alguns segundos, mas o animal finalmente se aproxima tocando a minha mão com o focinho.
Sorrio e movo meus dedos levemente, sentindo os pelos macios e sedosos de Ares.
- Viu, você só precisava ser corajosa e dar o primeiro passo para conquistar a confiança dele. - Damon que até então estava atrás de mim, segurando minha mão, enquanto respirava perto demais da minha orelha, se afasta e fica ao meu lado.
- O pelo dele é muito macio. - Tomo a liberdade de passar a mão pelo resto do rosto do cavalo, tomando muito cuidado para não assustá-lo. - Ares é muito lindo.
Assim que falo, o cavalo se balança expondo mais a crina trançada, era como se ele tivesse me entendido, e agora estava se amostrando e aceitando de bom grado o meu elogio.
- E muito vaidoso e metido a narcisista. - Damon fala e eu dou risada tirando a mão do cavalo, que me olhava agora com um ar um pouco mais gentil e suave. - Um dia eu mostro como esse grandão pode correr. Agora vamos, quero te levar ao lago.
Assinto e Damon beija o cavalo para se despedir, já eu apenas olho e sorri encantada com ele.
Assim que saímos do estábulo, andamos em direção ao grande lago sentindo a brisa bagunçar um pouco meus cabelos.
- Quando você ganhou o Ares?
- Eu tinha uns onze anos. Ares era apenas um filhote quando chegou aqui, acho que o motivo de termos uma ligação especial foi por ter nos conhecido desde pequenos.
- Isso é muito fofo, Damon.
- Eu tenho algo para te mostrar. - Olho para ele curiosa, vendo-o pegar o celular do bolso e em seguida tirar a capinha preta do aparelho pegando uma foto, parecida com uma polaroid. - Aqui. Eu tirei essa foto enquanto você admirava o pôr do sol na praça Piazzale Michelangelo, não consegui me conter, você estava muito linda.
Ele me entrega, e eu começo a admirar a foto onde eu sorria lindamente, enquanto meus cabelos voavam graças ao vento.
Meu rosto estava sendo colorido por tons de rosa, amarelo e laranja.
Era como se eu voltasse para aquele dia, e sentisse tudo como se fosse a primeira vez.
- Eu não sei o que dizer, obrigada. - Sinto minhas bochechas queimarem e sorrio um pouco sem graça.
Ele tinha me chamado de linda.
Damon tinha tirado uma foto minha totalmente distraída, enquanto observava o pôr do sol.
E ele tinha me chamado de linda!
- Não precisa dizer nada. Pode ficar com a foto, quero que guarde ela com muito carinho, ok? - Ele fala e eu olho para ele sorrindo, ainda com o rosto queimando de vergonha. - Você é muito fotogênica, sabia?
- Obrigada pela foto, Damon. E pelos elogios. - Em um ato totalmente repentino, eu me aproximo dele e beijo sua bochecha. - A foto ficou perfeita, eu com certeza irei guardá-la com muito carinho e cuidado.
- Fico feliz que tenha gostado, docinho. - Olho para ele que sorria também. - Vamos voltar para o deck? Se demorarmos mais um pouco, tenho certeza que iremos ouvir minha mãe gritar nos chamando.
Dou risada e concordo, começamos a andar em direção ao restante das pessoas, em um silêncio confortável.
Eu ainda estava com a foto na mão admirando meu sorriso, e como eu aparentava estar muito feliz - o que de fato eu estava - mas depois guardo como Damon tinha feito antes, na capinha do celular.
Damon estava se tornando tão especial para mim, de um jeito bizarro e que me causava uma queimação no estômago sempre que eu pensava nele.
E eu estava muito feliz que a nossa amizade estava se fortalecendo a cada dia que passava.
...🥀