𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄...

By Natmoony

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"- Você vai ter que decidir - começou o Targaryen de cabelo cacheado. - Você é meu inimigo ou meu aliado?" Ne... More

PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capital 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Epílogo

Capítulo 36

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By Natmoony

E a moral da história, todos sabemos. A mágoa vem no final de tudo.

Alecsander passou por cada corredor do castelo, seguindo até onde sabia que sua mãe estava.

Ela foi a pessoa que ele mais amou, e ironicamente foi a que mais o destruiu.

O cacheado abriu as portas pesadas de madeira, não deixando que os guardas o fizessem.

- Mãe - ele pronunciou, vendo as costas da mulher.

O garoto se aproximou, querendo olhar para seu rosto. Rhaenyra se virou, se distanciando dele e indo até a mesa de pedra, na qual ela apoiou as mãos.

Ela já sabia?

- Você mentiu pra mim, você me enganou - seguiu para seu lado, a mulher ainda não o olhando. - Mãe, olha pra mim!

Ela não o fez.

- Eu perdi tudo - sussurrou, não saindo de seu lado. - Perdi minha posição, sou procurado por assassinato e acabei de descobrir que passei minha vida toda nas sombras de outra pessoa.

A Rainha não se moveu, seus olhos na mesa de pedra quando ela suspirou fundo e em completo silêncio.

- Por favor... - ele prosseguiu. - Fale comigo!

Rhaenyra piscou três vezes, suas lágrimas no canto de seus belos olhos.

- Eu sei que sou... Eu sou... - respirou fundo a cada palavra. - Eu sou tão ruim! Eu sei que eu sou - tocou nas vestes da mulher, lacrimejando. - Mas por favor, fale comigo, mãe.

Sem resposta.

- Mãe! Por favor, fale comigo - tentou.

Nada.

Alec sentiu sua garganta fechar, não querendo derramar nenhuma maldita lágrima.

- Mãe, por favor - sussurrou.

Patético.

Ele parecia como uma maldita criança recebendo tratamento de silêncio.

O que era irônico, já que Rhaenyra também sofria isso de seu pai na infância.

"O abusado se torna o abusador."

- Eu te odeio - sussurrou para sua mãe, vendo-a apertar suas mãos na mesa. - Prometeu que ia me manter a salvo, mas me mandou ir para o Extremo Norte mesmo sabendo o que havia lá. Você tentou salvar a vida dos meus irmãos, mas uma coisa horrível aconteceu com o Luke.

A platinada suspirou, virando o rosto para longe de seu garoto.

- Os meistres não disseram pra mim, mas eu não sou estúpido - continuou. - Não sabem se ele vai acordar, e se acordar... - se interrompeu. - Mas você já sabia disso, apenas não queria que contassem pra mim. Não queria que seu filho instável ficasse ainda mais na beira do penhasco.

Ele riu, puro escárnio encoando de si mesmo.

- Você nunca me perguntou como foi no exílio - passou as mãos pelos os cabelos, sua voz arrastada. - Quer saber como foi?

A rainha se distanciou, olhando pela a grande janela.

- Eu fui torturado, caçado e quase violentado - comentou, se aproximando em passos lentos. - Matei cada um deles, tudo porque eu queria voltar pra casa.

Se pôs ao lado da mulher, olhando para seu rosto, mesmo que ela não retribuísse o gesto.

- Eu não vou dizer que foi culpa sua, eu escolhi - suas mãos tremeram. - Mas não foi justo. Essa briga... essa briga não é nossa, é sua e de Alicent. E agora, todos estamos pagando por isso.

Rhaenyra deixou que suas lágrimas escorregassem por sua bochecha.

- Eu te odeio... - tocou no braço da mulher, sua voz trêmula. - Porque eu te amo. Mãe, fale comigo. Por favor... - ele suplicou. - Eu te perdoo por não ter me contado, mas por favor, fale comigo.

Ela não o fez.

Ela chorou.

Sua cabeça baixou, e as lágrimas caíram tão pesadamente quanto podiam.

Mas ela não disse nada.

Nada.

- Meu pai sabia? - perguntou, se referindo a tudo que vinha de Arkin.

Ela não precisou dizer, a resposta estava explícita.

Alecsander riu em baixo som, limpando as lágrimas que queriam cair.

- Esse é um dos motivos do porque ele quis ir para Harrenhal? - voltou a perguntar.

Rhaenyra se manteu quieta, não ousando proferir qualquer maldita palavra.

- Eu vou ser julgado por assassinato, mãe - comentou. - Preciso que me diga sobre essa tal profecia, sobre Arkin. Por favor, fale comigo! - se alterou na última parte.

A mulher olhou para um ponto distante, não focando em seu filho ao menos uma vez.

Alec se repreendeu, não queria gritar. Não com sua mãe, nunca com ela.

Ele a amava, isso era óbvio. E nada poderia destruí-lo, a não ser ela.

Nem mesmo Aemond o deixando a entender que não o amava.

Ou o estado vegetativo de Lucerys, ou quem sabe o fato de que estavam a dias sem notícias de Jacaerys.

O cacheado pouco se importava que daqui a algum tempo seu corpo estaria sem sua cabeça.

Talvez um pouco deprimido por seu pai - Harwin Strong - ter omitido isso dele.

Mas apenas Rhaenyra Targaryen poderia destruí-lo completamente.

A primeira pessoa a traí-lo foi uma Deusa, sua criadora, sua mãe.

Alecsander se distanciou dessa vez, saindo do grande salão e voltando a caminhar pelos os corredores.

Acabou por encontrar Daemon com uma taça de vinho em mãos, apoiado no batente de pedra.

O garoto iria passar por ele, quando o platinado ousou falar:

- É um plano de merda, mas ainda assim, um belo plano - comentou.

O cacheado ergueu uma sobrancelha, se virando para o mais velho.

- Que plano?

- O de Arkin - disse o óbvio. - Não te culpo por não está vendo, deve ser muita pressão para um garoto de pouca idade.

Alec se aproximou, ficando ao lado do homem.

- O que não estou vendo?

- Ele está pondo você contra todos nós - bebeu de sua taça. - É mais fácil te matar se estiver sozinho.

Xeque-mate.

Daemon estava certo, entretanto, sua mãe realmente não estava o ajudando muito na causa.

- Não vou me desculpar pelo o que disse a você - rebateu o garoto.

- E não precisa - não o olhou. - Você não estava totalmente errado, por mais que eu quisesse arrancar sua cabeça naquele momento, admito que não tenho sido um bom pai para as meninas - se virou para o cacheado. - Entretanto, se fizer de novo, deixo Caraxes te queimar até virar pó.

Alecsander soltou um leve e baixo riso, aceitando que aquilo era a volta da amizade deles.

- Eu não sei o que fazer - se apoiou no batente. - Ela não quer me contar, nem ao menos quer falar comigo. Estou recebendo um tratamento de silêncio e nem sei porquê.

- É, sua mãe anda escondendo muitas coisas - bebeu mais de seu vinho. - Mas você sempre se virou sozinho, o que mudou agora?

- Talvez eu não queira mais fazer tudo sozinho - baixou a cabeça.

- Existe coisas nessa vida que precisamos fazer sozinhos - respondeu o platinado. - Não importa nada dessa merda que esteja acontecendo, você é mais do que uma maldita ovelha. Você é um dragão, seja um dragão.

- Como? - sussurrou, voltando sua atenção para ele.

- Deixe que eu cuido de Alicent e dos fodidos dos verdes, enquanto isso, você irá direto na garganta de Arkin - sua voz saiu com ferocidade.

- Não posso, ele é o primeiro filho, herdeiro do Trono de Ferro - retrucou.

- Não vai ser se você matá-lo - respondeu, e o garoto cacheado entendeu. - Só existe um jeito de se tornar um herdeiro, garoto.

- Matando o primeiro filho - terminou a frase.

- Acho que temos um novo rei - brincou Daemon, seu sorriso ladino presente.

Ele queria vingança.

Alecsander queria justiça.

- Vida longa ao rei - concluiu o Targaryen moreno.

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