Além Da Eternidade

By ArmyWings36

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A jovem Emma Solpel sempre foi considerada por todos a sua volta uma rebelde causadora de problemas. Muito a... More

Prólogo: Do inicio!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03.
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capitulo 09
Capitulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
capitulo 14
Capitulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capítulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26

Capitulo 08

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By ArmyWings36

   O coração de Emma disparou como nunca antes. Moveu os lábios e deixou que Thomaz a guiasse. Sentia-se fora do próprio corpo. Não existia nenhum som, não existia nada além dos dois naquele momento. Quando Thomaz levou a destra até sua nuca, um arrepio incontrolável se apossou de cada parte de seu corpo.

Já não aguentando mais sustentar todo aquele contato físico, Emma abriu os olhos e empurrou Thomaz. Seus olhos estavam marejados e antes que o homem pudesse dizer qualquer coisa a jovem pos-se a correr.

— EMMA ESPERA! - Thomaz até tentou alcança-la, mas, foi em vão. – Que merda! - Jogou no chão o pano que usara para limpar o rosto de Emma.
– Como você pode ser tão estúpido? Como se excedeu tanto? - Passou as mãos sobre o rosto desesperado.

    Emma correu tanto que seus pés já estavam doendo. Estava confusa. Lágrimas escorriam por seu rosto. Seu peito subia e descia descontroladamente, tanto que já não conseguia respirar direito. Só parou quando avistou Lola na entrada de casa.

— Emma? O que houve? Porque está vestida assim? Sua boca! Vou chamar o papai. - Antes que a jovem pudesse sair Emma agarrou-se a ela.

— Não precisa. Só me ajuda a entrar no meu quarto sem que me vejam. Depois te conto tudo. Prometo.

Mesmo assustada, Lola fez como a irmã mais velha lhe pediu. Entrou e apanhou um vestido seu, muito parecido com o qual Emma vestia quando saiu pela manhã. Ajudou a irmã a se vestir e depois a guiou até seu quarto. Tiveram sorte que apenas Amélia, uma de suas empregadas da casa, viu as duas.

Assim que entraram, Lola ajudou a irmã a se deitar. Estava curiosa para saber o que a deixara naquele estado, mas, achou por bem apenas deixa-la descansar. A verdade viria de um jeito ou de outro.

    Todas as vezes que adormecia, Emma sonhava com o beijo e seu corpo reagia sem controle. Quando acordou sentiu-se fraca e achou por bem continuar na cama. Quando sua mãe lhe perguntou sobre o corte em seu lábio, Emma mentiu dizendo que havia escorregado e batido o rosto quando voltava pra casa. Lola apenas esperou a mãe sair e sentpu-se na cama da irmã.

— Eu quero a verdade. Por que estava usando calça? E o que te deixou daquele jeito? Não saio daqui sem essas informações.

Vendo que não teria escolha, Emma se recostou e começou a falar.

— Aquela pulga medíocre teve coragem de te dar um soco? Eu não acredito. - A irmã a interrompeu indignada.

— Lola, ele não sabia que era eu e estava bêbado. Deixe-me continuar por favor. - Contou como correu até a casa do amigo e de como ele reagiu ao que Pierre fez. Quando ia contar sobre o resto fechou os olhos e parecia que estava revivendo cada toque, cada sensação. Finalmente voltou a si e contou por que voltou tão assustada para casa.

— Thomaz te beijou? - Lola sorriu e levou as mãos a boca. – Finalmente! Isso é  maravilhoso. Já estava na hora.

— Não! Não é  maravilhoso.

— Porque não?

— Eu estou confusa. Com raiva dele... Mas, ao mesmo tempo, não sinto isso. A raiva. Fecho os olhos e só consigo ver o beijo. Sentir as mesmas coisas. Um pesadelo.

Lola não se conteve e começou a rir. E voltou a se sentar na cama.

— Já parou para pensar que toda essa confusão que está sentindo seja fruto do amor que está vivenciando pela primeira vez? - Lola perguntou levantado-se, andando até a janela e espiando por entre as pesadas cortinas.

— Amor? Ficou doida? Eu não o amo. - Emma respondeu cruzando os braços e amarrando a cara.

— Acho que já vamos saber o que ele sente por você maninha. Thomaz acabou de chegar.

Emma deu um salto da cama e parecia mais nervosa que nunca.

— Não deixe que ele conte algo para nossos pais. Diga que estou acamada e que não posso receber visitas.

— Não adianta fugir do amor irmã. - Lola calou-se ao receber aquele olhar severo de Emma.

— Apenas faça o que te pedi. - Emma empurrou a irmã para fora do quarto e voltou para a cama.

     Thomaz nem conseguiu pregar os olhos tamanha era sua preocupação com a reação de Emma. Assim que o sol nasceu vestiu-se e saiu sem tomar café sobre os fortes protestos Mirian, uma de suas empregadas. Passou mais de duas horas esperando e tomando coragem de bater a porta dos Sopel.

— Ande, deixe disso. Já são quase nove. Já está mais que na hora. - Dizia a si mesmo. Respirou fundo e quando ia chamar assustou-se com um dos jardineiros da casa.

— O senhor já pode entrar. Fiquei por perto esperando que se decidisse se ia ou não chamar. - Disse o homem com um sorriso no rosto.

— Não foi minha intenção fazê-lo esperar.

— Deixe disso senhor Savói. Vamos que lhe acompanho até o casarão.

    Thomaz o seguiu desejando que tudo terminasse rápido. Assim que adentraram a grande casa, o homem lhe pediu que ficasse a vontade e logo voltou acompanhado de Marie.

— Senhor Savoi?! A que devo o prazer de sua visita?

— Perdoe-me por vir sem ser convidado. - O homem fez uma pausa ao perceber a aproximação de Lola. – Queria muito saber se posso falar com  Emma. - Era evidente que estava nervoso.

— Bem posso ver se...

— Mamãe Emma está dormindo. Ainda sente  dores devido a queda. - Disso isso enfatizando a última palavra e Thomaz  captou no ar o que ela estava tentando dizer.

— Uma pena. Que tal se tomarmos um café? Quem sabe ela não se sente melhor e se junta a nós. - Marie sugeriu.

— Lamento mais terei que recusar. Tenho alguns compromissos ainda essa manhã e só  passei  aqui, pois fiquei preocupado com o acontecido.

— Então irei acompanha-lo...

— Mamãe se não for incômodo gostaria de fazer isso. Tenho algumas dúzia de perguntas sobre Maurice e acho que o senhor Savói pode me responder a todas.

— Não acha um pouco inconveniente Lola?

— De maneira nenhuma senhora Solpel. Posso responder se souber a resposta claro.

Lola esperou as grandes portas serem fechadas e olhou para Thomaz sorrindo.

— Emma está mesmo com dores?

— Não. Ela está com medo.

— Então ela te contou que...

— O senhor a beijou e ela correspondeu, depois ficou confusa e saiu correndo? Sim, me contou. Também explicou por que apareceu aqui vestindo calças. Vocês dois juntos são mais desmiolado que eu.

— Ela deve me odiar então. Não devia ter feito aquilo.

— De um tempo a ela sim. Emma sente tudo em demasia. É  natural estar confusa, e Thomaz, ela jamais te odiaria. Confia em mim.

O homem já estava quase saindo pelos portões quando voltou. – Diga a ela que vou esperar por ela no mesmo lugar, todos os dias como sempre fizemos e quando ela estiver pronta e só ir me procurar. - Virou-se e partiu.
   
    Lola voltou para a casa e foi logo ver a irmã que estava praticamente dependurada na janela.

— Para uma doente você está muito disposta minha irmã.

— Por que demorou tanto?

— O acompanhei até o portão e Emma deveria ir conversar com ele. Está tão perdido quanto você.

— Não me peça para fazer isso.

— Emma Solpel, com medo do que sente? Do novo? Do diferente? Essa é  nova para mim. - Lola riu.

— Não tem graça. - A jovem voltou para cama e se cobriu até quase não aparecer nenhuma parte de seu corpo.

— Ele pediu para dizer que vai continuar te esperando como sempre fez. Disse que vai estar lá quando estiver pronta. E maninha,  amar pode ser uma aventura maravilhosa e para você pode ser intenso e único. Pense com carinho.

     《《》》《《》》《《》》《《》》

     Sem saber que o filho estava as voltas com seus sentimentos atribulados, Lorrence pediu um favor a irmã. Cora beirava aos seus 40 anos, apresentava cabelos longos cabelos negros como a noite, sempre bem presos em coques que geralmente eram adornados por joias escolhidas a dedo.

— Inacreditável  que tenha  perdido o controle desse jeito. - Cora tripudiouseu irmão. — Agora corre até mim em busca de socorro. Quem é  a garota?

— Emma Solpel. - O rancor na voz do homem era notável.

— Ahh! Por isso está tão descontente. Pelo menos é  herdeira e linda diga-se de passagem.

— Qualquer herdeira serve... Menos ela. A filha do tolo. - Praticamente rosnou em resposta a irmã. — Ademais, já tenho uma jovem adequada em mente.

— O que exatamente quer que eu faça?

— Promova um jantar e chame Thomaz  com a desculpa que sente saudades. Convide Mariana Curtis e sua família. Faça o que sabe fazer de melhor, Cora, use sua língua bifurcada  contra Emma.

— E o que eu ganho com isso?

— Se tudo der certo, Thomaz terá direito a muitos bens e não  vejo problema algum em te passar alguns.

— Considere feito. - A mulher corpulenta  levantou-se e acompanhou o irmão até a saída.

    Em menos de 48 horas tanto Thomaz quanto a família Curtis receberam seus convites. O Rapaz estranhou o teor doce em meio a letra firme  da tia. Pensou em negar seu convite, mas, realmente fazia anos que não a via. Apenas confirmou a presença sem pensar muito no assunto.

 Já Mariana empolgou-se com a ideia de ser a escolhida de Thomaz, já que em seu convite estava explícito a intensão de tal evento. Tinha extos sete dias para se preparar.

      《《》》《《》》《《》》《《》》

     Aos poucos Emma foi se acalmando. Todas as vezes que fechava os olhos lembrava-se do beijo e com a lembrança vinha o sabor, o cheiro e seu coração disparava incontrolávelmente. Ja faziam quatro dias do ocorrido, não deveria ainda estar se sentindo assim. Sentou-se em sua cama tentando se acalmar.

— Você precisa fazer alguma coisa antes que seja tarde. - Lola entrou em disparada e pos-se a falar.

— Vai precisar ser mais específica que isso. - Emma rebateu.

— Uma empregada dos Savói estava  contando a plenos pulmões que Thomaz terá um jantar com Mariana e sua família dentro de três dias. - Emma chegou a perder a cor do rosto por alguns instantes. Seu peito doeu de um jeito que nunca tinha doido antes. Segundos depois tudo que conseguiu demonstrar foi frustração e raiva.

— Pois então que os dois se casem e sumam daqui. Eu não me importo.

— Emma por favor. Sabe que não é isso que você quer realmente.

— SAIA DO MEU QUARTO.

— Muito bem eu saio, mas, antes me responda, por que está com tanta raiva se não se importa com ele? - Emma apenas fechou a porta na cara da irmã e atirou-se em sua cama.

     《《》》《《》》《《》》《《》》

     Já havia se passado sete dias e em todos eles Thomaz a esperou. Sem vontade alguma vestiu-se e foi a casa da tia. Foi recebido pelo mordomo da casa que o conduziu até a ante sala.

— Thomaz meu querido. - Cora já o aguardava e o abraçou. – Venha quero te apresentar alguém. - O conduziu até a grande sala principal e o sorriso do homem morreu, pois assim que avistou Mariana e sua família entendeu o por que das palavras doces da tia. – Acredito que já conheça Mariana Curtis.

— Sim senhora. - Respondeu desconfortável. A jovem estendeu a mão e Thomaz a cumprimentou. Mariana não era nem de longe feia pelo contrário, tinha lindos cabelos escuros e olhos azuis herdados da mãe.

— Que bom. Senhores, em alguns minutos passaremos a sala de jantar.

     Thomaz tentava de alguma forma não soar ríspido ou deselegante, porém, estava começando a perder a paciência. Sua tia fez questão que Mariana sentasse ao seu lado. O pai  da jovem não parava de vender a filha e tudo que ele conseguia pensar era em como Emma reagiria numa situação dessa.

— Tenho certeza que seria um excelente negócio se nossas empresas se unificassem. - Disse o homem e essa foi a gota d'água  para Thomaz.

— Com licença. - Disse levantando-se e saindo da mesa com sua tia o perseguindo de perto.

— Que desfeita é  essa menino? Seus pais não lhe deram educação?

— Peço perdão tia Cora, mas, não vou ficar aqui parado vendo vocês tomaram decisões por mim. Vou dizer uma única vez, não tenho interesse na senhorita Curtis.

— E acha que a Solpel é  a mulher perfeita pra você? - Aquilo só comprovava o que Thomaz desconfiava.

— Achei que tinha me convidado por que sentia minha falta.  Devia desconfiar, uma maçã podre acaba por contaminar todas as outras.

— Como ousa...

— Pois bem tia, diga ao meu pai que se não for Emma, então não será ninguém. Passar bem.

     Thomaz só desejava uma coisa, na verdade. Desejava uma única pessoa. Caminhou apressado de volta para casa desejando profundamente que ela estivesse lá.

     《《》》《《》》《《》》《《》》

    Emma ainda em seu quarto, passou um dia turbulento. Por mais que tentasse não conseguia tirar as palavras da irmã da cabeça. Duas batidas na porta a tiram daquele mar de tristeza em que se encontrava.

— Posso entrar? - Antonie parecia preocupado com a filha.

— Claro papai. - Sentou-se e fitou.

— Não vou pedir que me conte por que está assim. Também não vou perguntar por que encontrei Thomaz com as feições mais preocupadas que já vi. - Emma fez menção em o Interromper porém seu pai ergueu a mão e a impediu. — Independente do que aconteceu, é  evidente que ambos nutrem sentimentos um pelo outro. Seja apenas a Emma de sempre. Se o nosso jeito de amar é  assustador para você, então ame do seu jeito. - Fez um carinho no rosto da filha. — O importante é  vivenciar.

Emma abraçou o pai com força e quando o soltou lhe disse. – Preciso ir. - Quase que implorando para que não a impedisse. Antonie  apenas sorriu e concordou com a cabeça.

     A jovem levantou-se correndo e vestiu a primeira coisa que encontrou pela frente e saiu correndo em direção a casa de Thomaz. Correu até seu peito não aguentar mais.

 A penumbra da noite já se fazia presente quando avistou as luzes da casa do lago e quando se aproximou, lá estava Thomaz. O homem levantou-se assim que a viu. Um, dois, três passos e ambos estavam frente a frente.

— Finalmente. Emma me perdoe. Fui tão estúpido.

— Thomaz.

— Eu não queria te assustar e depois fiquei me culpando.

— Thomaz! - Tentou chama-lo uma segunda vez, porém, ele simplesmente  não parava de falar.

— E na verdade você não pode me culpar. É  que fica muito difícil se controlar quando se nutre tantos sentimentos por sua melhor amiga e...

Já sem paciência, Emma o puxou para si, iniciando um beijo que o pegou de surpresa. Um ósculo tímido e ainda calmo. Quando encerrou o contato, a jovem o olhou e sorriu.

— Thomaz eu só estava tentando dizer que te entendo, por que também ando tentando controlar o que sinto por meu melhor amigo. - Um sorriso lindo se formou no rosto de Thomaz. – Só demorei um pouco a aceitar.

    
  

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