Mr. President

By GeovanaJackson

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A corrida pela Casa Branca nos obrigou a lidar com os problemas do passado e aquilo que estava mal resolvido... More

Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Epílogo

Capítulo 11

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By GeovanaJackson

Anastasia

A sensação dos lábios dele.

A mesma intensidade que já tivemos uma vez.

O beijo desesperado.

As mãos no meu corpo.

Espera. NÃO.

Que merda é essa, Anastasia?

Porra.

Algo dentro de mim esfria, o fogo apagando enquanto a razão finalmente volta para o seu devido lugar.

Tento empurrar o peito do Christian para afastá-lo mas ele não cede, apertando a minha cintura com mais força e trazendo meu corpo de encontro ao dele.

Deus me ajude.

Empurro com mais força e consigo algum espaço, segurando Carter contra mim. Christian arqueia uma sobrancelha e tenta me alcançar novamente, mas consigo manobrar para o lado e corro pelo assoalho da piscina até às escadas.

Graças aos céus não escorrego para a morte, mas preciso fazer mágica e  apertar o Carter com mais força quando ele começa a se contorcer e miar alto.

Por que o meu gato foi gostar do meu maior inimigo?

Subo os degraus com as pernas trêmulas e corro até a espreguiçadeira, jogando uma toalha sobre os ombros. Ouço o barulho de água atrás de mim mas não me viro para conferir o que o Christian está fazendo.

Eu preciso sair daqui.

Por que caralho resolvi vir para a piscina de madrugada, afinal?

Eu poderia ter colocado o Carter na banheira. Ele iria se refrescar da mesma forma e eu não teria cedido aos encantos do satanás.

— Tudo bem, bebê. Hora de ir. — sussurro para ele e calço meus chinelos, jogando a bolsa dele sobre o ombro.

— E depois se sente ofendida quando eu digo que você sempre foge quando o assunto é nós dois. — Christian rosna, insatisfação presente em cada uma das palavras.

Eu ignoro a repreensão e saio do deck, andando em direção ao lobby do hotel.

Um relâmpago clareia o céu, seguido de um trovão alto e a chuva torrencial finalmente cai. Corro mais rápido, protegendo Carter da melhor forma possível até chegar à porta lateral.

Olho rapidamente para me certificar de que estou livre dos olhos curiosos e aperto a toalha ao redor do corpo, correndo para o elevador.

Antes que eu consigo alcançar o painel sinto um puxão no meu braço, meu corpo gira e a minha frente bate num peito firme.

— Chega de fugir, Anastasia. — Christian não faz muito para esconder e raiva e aperta o meu pulso esquerdo com força.

— Eu não estou fugindo, eu nunca fugi. Essa característica combina mais com você do que comigo. — retribuo o timbre colérico dele e puxo para longe do seu aperto.

Um vergão sutil surge no meu pulso e eu olho para o Christian com desejos verdadeiramente assassinos. Ele nota o sinal dos dedos dele gravados na minha pele e cora de uma foram que eu nunca achei possível.

Christian Grey está envergonhado?

É isso mesmo?

— Porra, me desculpa, Ana. Eu não queria te machucar, juro. Deus, eu não... Não era a minha... Eu...

— Tudo bem, Christian. Sou muito branca e qualquer coisa marca a minha pele, não se preocupe. Agora cala a boca e me deixa passar. — ele olha para o meu pulso novamente e engole em seco.

— Não era a minha intenção.

— Já entendi, pode ficar tranquilo. Não vou te acusar de violência feminina às vésperas das eleições. — a raiva parece voltar e Christian me olha com os olhos brilhando.

— Eu te marquei por puro impulso idiota, acha mesmo que é com a minha imagem eleitoral que eu estou preocupado? — ele rosna e dá um soco no painel do elevador. — Vamos para o meu quarto, vou colocar gelo nisso ou qualquer outra merda que a internet diga ser eficaz.

Opa, garoto.

Nego com a cabeça e abraço Carter com mais força, tentando esquentar o corpinho dele.

— Nao é necessário, Christian. Amanhã já não terá mais nada e o Carter está com frio.

— Nós podemos aquecê-lo no meu quarto, tem secador de cabelo no banheiro. — ele murmura mais baixo e pega a minha mão esquerda, olhando para o avermelhado quase invisível. — Por favor, Anastasia. Isso vai fazer eu me sentir muito melhor.

Por que essas coisas sempre acontecem comigo?

As portas do elevador se abrem, o interior espelhado refletindo as nossas imagens de uma maneira mais íntima do que realmente parece.

— Christian, realmente não é necessário.

— Por favor. — os olhos cinzas brilham cheios de súplicas e eu suspiro, assentindo.

— Tudo bem, mas precisa ser rápido. Tenho que dormir pelo menos algumas horas para estar atenta durante o seu comício.

Ele sorri abertamente e pega o Carter dos meus braços, colocando-o contra o peito enquanto aperto a toalha ao redor do corpo.

O pequeno traidor apoia as patas nos ombros dele e deita a cabeça, o focinho esfregando no pescoço do Christian.

Onde foi parar a lealdade dos animais de estimação para com os seus donos?

Quando as portas se fecham e começamos a subir o espaço parece menor do que de fato é. Eu abaixo a cabeça e fico olhando para as minhas unhas pintadas de branco mas consigo sentir os olhos do Christian sobre mim.

— Você não gostava muito de usar biquíni. — ele murmura com falsa indiferença e eu dou de ombros.

— As pessoas mudam, Christian. — falo com um suspiro e levanto a cabeça, fitando-o. — Eu mudei.

Ele assente e desvia os olhos dos meus, se apoiando contra o espelho enquanto acaricia a cabeça do Carter.

— Isso eu já reparei, Anastasia. A sua autoconfiança por exemplo é muito maior hoje, você aprendeu a falar sem ter medo do que os outros vão pensar. — Christian assente como se concordasse com uma coisa que só existe na cabeça dele e volta a olhar para mim. — E você também mudou fisicamente. Seu cabelo cresceu, sua cintura está mais fina, os seios maiores e a bunda mais firme.

Ele fala como se estivesse falando da previsão do tempo e dá de ombros com um sorriso. Arqueio uma sobrancelha e prendo a ponta da toalha entre os seios, colocando as mãos na cintura.

— Desde quando você é analista de imagem?

— Desde que você começou a ir para a academia todos os dias para conquistar essa bunda maravilhosa, afinou a cintura na yoga e colocou silicone.

Espera, o quê?

— Como você sabe dessas coisas tão pessoais sobre mim? — ele dá de ombros.

— Palpite. Você sabe que tenho familiaridade com o sexo feminino.

Eu bufo e reviro os olhos.

É claro que ele tem.

Christian sempre foi uma putinha. Na nossa época de faculdade eu não via, mas todo dia uma garota diferente aparecia estrategicamente perto de mim só para narrar para as amigas — e muitas delas com riqueza de detalhes — como o sexo com ele era fantástico.

De fato é, mas o idiota não precisa saber disso.

Para a minha sorte as portas do elevador se abrem e um quarto espetacular é revelado, muito maior que o meu e com vista de 360° para Miami.

Christian gesticula para que eu entre na frente e caminho pelo carpete fofo na cor creme. O espaço é predominante branco, dourado e marrom com iluminação suave e objetos decorativos luxuosos.

Duas portas do lado direito, mini bar, televisão enorme na parede e sacada, uma jacuzzi enorme do lado de fora.

— Podemos tomar um banho se você quiser. — Christian sussurra no meu ouvido e eu pulo para longe dele, ignorando a pele arrepiada.

— Não é necessário. Só estou aqui para fazer você se sentir melhor.

Porra, Anastasia.

Não fala isso, estúpida.

Christian arqueia uma sobrancelha e noto um sorriso pequeno puxar os lábios dele para cima.

— Me fazer sentir melhor, é?

— Você entendeu o que eu quis dizer. — falo mais alto e ele levanta uma mão em sinal de rendição antes de se abaixar e colocar o Carter no chão.

Meu gato anda tranquilamente pelo carpete até uma pilha de roupas descartadas num canto. Ele cheira a camisa branca, mia e deita sobre ela, enfiando o rosto no tecido.

Eu não acredito nisso, Carter.

— Seu gato gosta de mim. — Christian murmura zombeteiro e abre o frigobar, tirando um gelox de lá.

— Ele deve ter algum problema. Sempre suspeitei que o Carter não era normal. — lanço um olhar feio para o pequeno traidor dormindo sobre a camisa do Christian.

— Acho que ele é mais inteligente do que você imagina, Anastasia.

Christian ri e me puxa para a cama, empurrando o meu corpo delicadamente sobre o colchão. Me sento toda dura e ele se abaixa na minha frente, pressionando o gelo envolto num paninho sobre a marca vermelha no meu pulso.

— Me desculpe novamente, eu fui um estúpido. — Christian sussurra com pesar e me fita, uma áurea de arrependimento emanando dele.

— Se isso é tão importante para você eu te perdôo, Christian. Satisfeito? — ele sorri abertamente e assente, tirando o gelo para inspecionar a pele.

— Acho que não vai ficar marcado.

— Eu te disse. Amanhã já não terá mais nada. — dou de ombros e movimento o meu pulso contra a luz. — Viu?

Christian parece mais tranquilo e assente, se levantando do chão. Observo enquanto ele anda pelo quarto, primeiro voltando o gelo para o frigobar e depois enchendo dois copos com whisky.

Ele volta para perto de mim e oferece um dos copos. Penso em recusar mas suspiro e aceito a dose com um sorriso.

— Obrigado.

— Puro e sem gelo, do jeito que a minha Coelhinha gostava.

Me engasgo com o whisky, meus olhos se arregalando enquanto Christian ri e dá tapinhas nas minhas costas.

Que porra é essa?

Como ele ousa falar essa merda?

— Calma, Anastasia. Ainda temos uma eleição para vencer, esqueceu? Nada de morrer agora.

Ignoro a piada idiota e me levanto da cama, colocando o copo sobre a mesinha de cabeceira. Passo por Christian e pego Carter nos braços, fazendo pouco caso do miado insatisfeito que ele dá.

— Você não está indo embora, está? — Christian parece estranhamente apavorado mas dou de ombros, assentindo.

— Temos um dia cheio e precisamos descansar pelo menos alguma horas. — aperto o botão único no painel do elevador e bato os pés no chão enquanto espero as portas se abrirem.

Ouço os passos pesados do Christian pelo quarto até que meu braço é puxado como alguns minutos atrás mas com suavidade dessa vez.

— Ana, por favor. Foi só uma brincadeira, me desculpe se te ofendi.

— Pare de me pedir desculpas, Christian. Chega dessa merda, esse não é você.

— Eu também mudei, Anastasia. Os últimos sete anos tiveram muito impacto sobre mim. — rio sem humor e me afasto dele, entrando no elevador assim que as portas são liberadas.

— Lindas palavras, senhor Grey, mas tão falsas como a amizade que um dia eu acreditei que tínhamos. — o rosto do Christian fica pálido. — Boa noite, chefe.

Eu só respiro novamente quando entrou na segurança do meu quarto, à portas fechadas.

Desde que assinei aquele contrato já imaginava que a convivência com o Christian seria turbulenta, mas não imaginei que teria que lidar com esse tsunami de emoções estranhas.

Ele provoca em mim coisas que não são saudáveis, sentimentos que podem ser destrutivos e uma raiva que pode me fazer cometer loucuras.

Tentei ser clara mas acabei escorregando nas minhas próprias convicções e deixando que ele se aproximasse demais.

Está na hora de recuperar o controle.

◕ ◕ ◕

Cerca de cinco mil pessoas se reuniram ao redor do palanque montado no Lummus Park, na Ocean Drive para escutar o discurso do Christian.

Ele fala para todos com leveza e sinceridade, mantendo o contato visual com algumas pessoas, pedindo opiniões e escutando atentamente cada reclamação feita pela população.

Está um calor infernal mas a brisa vindo do mar ajuda um pouco. Estou quase derretendo dentro do meu vestido preto e me condeno novamente por não ter aceitado a opinião da Mia e vindo com algo mais leve.

Olho ao redor e a encontro sobre uma sombrinha de praia, embalando Carter nos braços enquanto Elliot faz vento com um leque improvisado e oferece água para ele vez ou outra.

Nossa relação ainda é recente mas já sinto um carinho tão grande. Eles me receberam tão bem, me deram espaço e voz para expressar as minhas opiniões e visões e pela primeira vez me senti verdadeiramente ouvida e querida em algum lugar.

Volto a minha atenção para o discurso do Christian e sorrio sutilmente por ele estar seguindo o roteiro corretamente. As pessoas parecem realmente satisfeitas com a questão da imigração, a promessa de geração de empregos para quem quiser, ajuda do governo para àqueles que quiserem empreender e também a facilidade na emissão do GreenCard.

Ele pelo menos fez o dever de casa já que o tópico "beijo na piscina" não foi mencionando.

O café da manhã foi pesado e estranho, mas levei tudo o mais profissional possível, mantive a distância segura e só respondi questionamentos sobre o trabalho.

Ainda não tenho certeza das armas que usarei para reerguer o muro entre nós, mas tenho algumas ideias.

Elliot surge no palanque com uma expressão nada boa e meus sinais de alerta soam.

Tem algo errado.

Christian cede a palavra para um homem que deve ter mais ou menos uns trinta anos com estilo surfista clássico.

— Grande discurso, Presidente mas todo mundo quer saber sobre a Primeira Dama. Pela primeira vez não teremos um presidente amarrado a uma mulher? — um coro de risadas surge e Christian acompanha, mordendo o lábio inferior.

— Eu não costumo falar muito sobre a minha vida pessoal mas podem ficar tranquilos, a Primeira Dama estará do meu lado no dia da posse.

Ele olha rapidamente na minha direção antes de agradecer a todos pela participação e garantir uma próxima viagem já como presidente.

— E então, o que achou? — Christian para na minha frente e enfia as mãos nos bolsos da calça jeans.

— Você tem uma excelente oratória, já te disse isso. Acho que conseguiu angariar mais alguns votos por aqui. A questão dos imigrantes é assunto delicado para a Flórida e você tratou com respeito, isso tem valor para eles.

Christian sorri e dá mais um passo na minha direção, mas Elliot se enfia entre nós com uma expressão de poucos amigos.

— Christian, nós precisamos voltar para Nova York hoje. Vou mandar o piloto estar pronto para decolarmos em uma hora.

Nós dois arqueando as sobrancelhas e esperamos mais explicações por parte do Elliot.

— E os compromissos que ainda temos aqui? Elliot, eu tenho encontro com eleitores, não posso correr para Nova York agora.

— Você precisa, Christian. O seu pai deu uma entrevista para a CNN e falou muito merda. A sua candidatura pode estar em risco por culpa do Carrick.

Porra.

[•••]

É incrível como gente
filha da puta sempre fode
com a vida dos outros.
🤦🏻‍♀️

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