Perdoe o Passado | +18

krislaineWatson tarafından

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Capa feita pela minha bff @MISS_kayffyer [De minha autoria] Livro 1 Sarah Becker é apresentada ao mundo sobre... Daha Fazla

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24

Capítulo 1

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krislaineWatson tarafından

Uma cidadezinha normal, localizada perto de uma grande floresta, um lugar onde nada de interessante acontece, é um bom lugar para morar.

Me mudei para essa cidade faz pouco tempo, quase um mês. Vim à procura de sossego, um lugar onde eu possa fincar as minhas raízes.

Arrumei um emprego em um jornal, Fihan é o nome, que tem como principal objetivo levar aos leitores a mais pura verdade. Só é uma pena que todos os jornais daqui sejam locais, então tudo o que acontece nessa cidade, fica nessa cidade.

Aluguei uma casa bem bonitinha e aconchegante, pertinho do meu emprego. A casa tem dois andares e uma garagem, no primeiro andar tem a sala, a lavanderia, a cozinha. No segundo andar há um escritório, um banheiro e dois quartos. O proprietário, Charles Prestes, estava cobrando um preço razoável, um homem apelidado pelos vizinhos de "Charles o louco". Inicialmente pensei que era um apelido muito cruel, principalmente porque ele se mostrou tão sã quando fechamos o negócio, mas depois de passar algumas noites em claro, por culpa de suas preces sem sentido, percebi o quanto ele faz jus ao apelido e o quanto eu amo dormir. Pelo menos eu tenho o meu trabalho para aliviar a situação, e café para me acordar durante o dia.

Charles Prestes é um homem pouco sociável, devido às suas paranóias de que todas as histórias de terror e de contos de fadas são reais, dizem que ele começou a ficar louco depois que sua mãe morreu há dois anos, ela morava na casa ao lado, ou seja, a casa que aluguei. O Sr. Prestes tem um metro e setenta e poucos, deve ter entre quarenta a quarenta e cinco anos, tem cabelos loiros escuros, apesar de muitos confundirem com castanhos. Nunca se casou. Só sai de casa durante o dia, depois das nove da manhã e volta antes de anoitecer, volta praticamente correndo como se alguém o estivesse perseguindo. Bem, é o que me disseram, já que só volto para casa perto das oito da noite.

Enfim, lá estava eu ​​em minha adorável casinha, em uma de minhas noites em claro escrevendo um artigo que, alguns anos atrás me daria sono só de pensar em escrever, mas, ultimamente, não tenho me arriscado tanto, preferindo ficar na minha zona de conforto, a mesma zona que antes eu detestava.

Assim que terminei o artigo, salvei e enviei ao meu chefe, Daniel Diaz, e fui dormir perto das três da manhã, já que Charles finalmente havia terminado suas orações.

Peguei no sono depressa. Havia uma mulher correndo em um beco assustada, com medo de alguém. Até parecia um filme de terror, em que a mulher era a protagonista e eu a câmera que a perseguia pelo beco. Tudo no momento parecia normal, como mais um sonho doido em minha vida, até que ela cai no chão, se vira, olha para mim e grita bem alto. Um grito ensurdecedor que me fez acordar assustada com dor nos ouvidos, o que me fez pensar se o grito era somente de meu sonho ou se era real. Virei meu rosto para o lado, em direção ao relógio e só haviam se passado pouco mais de meia-hora, fiquei desanimada, pois estava com sono e para piorar a situação, meu caro vizinho também acordou e começou a rezar novamente, geralmente ele dá uma pausa de duas horas a cada reza e não meia-hora, o que me deixou bem irritada.

Ah, mais que saco, será que não posso mais passar uma noite tranquila, dormindo sem que esse louco reze?! – Disse a mim mesma, com muita raiva. – Peraí, então isso significa que o grito foi real e a uma pouca distância daqui?

Assim que terminei de refletir sobre esse fato um tanto estranho, concluindo que devia ser coisa da minha cabeça. Charles apenas resolveu continuar suas preces mais cedo hoje. É, foi isso. Me ajeitei na cama, tentando dormir novamente e para a minha felicidade, consegui dormir o resto da noite tranquilamente, com um travesseiro e algodão tampando meus ouvidos, sem nenhum grito ou oração para me acordar.

No outro dia, quero dizer, quando eu acordei, estava quase atrasada para o meu trabalho, eram oito e dez da manhã e eu entrava daqui a vinte minutos. Levantei num pulo, me vesti depressa, peguei minhas coisas e corri para o jornal. No caminho, parei para comprar um café na cafeteria Café Express. Marcos, o dono de lá, já me conhecia tão bem que o meu pedido de sempre já estava pronto. Ele é assim, gentil com seus clientes e olha que eu nem o conheço bem.

– Bom dia, Marcos – Eu disse assim que entrei na cafeteria. A fila estava curta.

– Bom dia Becker, parece que está com pressa – Marcos disse, vindo de trás da bancada. – Toma aqui o seu café – Ele me entregou o café, nem precisei enfrentar a fila. Fiquei mal por isso, mas estava com pressa, então não recusei.

– Obrigada, salvou minha manhã – Eu disse enquanto pagava o café.

Após ter o café em mãos, me virei enquanto pegava as chaves do carro na bolsa. O mais engraçado, é que quando saí da cafeteria, percebi que não estava de carro. Mas quem em sã consciência esqueceria seu carro em casa?

– Que droga!! – Exclamei, só que tão alto, que todos à minha volta ouviram e, até chego a pensar, que me acharam meio louca.

Guardei as chaves de novo na bolsa. Eu estava até bem tranquila, até olhar a hora no celular e ver que só me restavam alguns minutos, foi aí que corri mesmo para chegar o mais rápido possível na Fihan. Cheguei um pouco atrasada, tudo culpa do meu mau sono da beleza que me fez esquecer do carro, e a parada na cafeteria foi bem rápida, graças ao Marcos, que faz jus ao nome da cafeteria. Chegando no jornal, esbarrei em alguém ao sair do elevador, Clara Mendel, uma loira falsa que se acha a última bolacha do pacote, e... que me odeia, e que claramente não gostou de ter topado comigo, porque deu para ouvi-la me xingando pelas costas.

Tirando isso, o resto da manhã foi até bom. O Sr. Diaz me chamou à sala dele para me elogiar, pelo artigo que lhe enviei na noite passada. Desde que fui contratada, só recebi elogios dos meus artigos.

– Este artigo que você escreveu até que não é um fracasso total, como pensei que seria, quando eu te designei para essa matéria, senhorita Becker – Tá! Isso não foi um total elogio, mas gosto de pensar que sim, e além do mais, esse é o primeiro artigo que o Sr. Diaz não gostou muito desde que comecei aqui na Fihan. – Mas vou publicar, hoje, só não ganhará a primeira página, talvez a terceira ou a quarta. OK. Agora saia.

A primeira página é o sonho de todo jornalista, ver que seu trabalho, seu esforço na página que todos os leitores leem por primeiro. Mas ainda assim, saí daquela sala lisonjeada por saber que, algo que eu mesma escrevi, será publicado no jornal ainda hoje.

Daniel Diaz é um homem perto dos sessenta anos, anda sempre de terno, pelo que eu pude perceber, não gosta muito de gravatas. Quase nunca sorri, é muito estressado e acelerado, ainda acho que um dia vai acabar tendo um infarto. Já se casou duas vezes, a primeira esposa morreu em um acidente de carro, e a segunda o traiu, o que os levou ao divórcio.

Depois de alguns minutos, Isabela apareceu na Fihan dizendo que a polícia havia encontrado um corpo em um beco, e é claro que o Sr. Diaz já se interessou.

– Isabela, eu quero que volte ao local e me traga uma ótima notícia para a primeira página, agora.

– Eu já fiz isso, chefe – Isabela respondeu.

– Então cadê o artigo?! O quero na minha mesa AGORA!

– Sim senhor – Isabela disse enquanto se sentava na sua mesa, para começar a digitalizar o artigo.

Isabela Ramirez é uma morena muito bonita, filha única de pais pobres, usa óculos somente porque não pode usar lentes de contato; ela detesta usar óculos, diz que fica estranho. Está em um relacionamento sério a quase um ano com uma mulher, eu nunca a vi, só ouvi histórias delas juntas. A namorada misteriosa de Isabela, que vive viajando, parece que é comissária de bordo. Ela é a minha melhor amiga e colega de trabalho, então torço muito para ela conseguir produzir um ótimo artigo para a Fihan.

– Ei, Isa? – Eu a chamei baixinho, nossas mesas são uma do lado da outra, o que facilita a nossa comunicação. – O tal corpo é de uma mulher?

Ela confirmou com a cabeça, sem tirar os olhos da tela e do teclado.

– Tem uma foto aí? – Perguntei na esperança de verificar se era ou não, a mesma mulher de meu sonho, mas como resposta obtive:

– Minha querida amiga, por mais que eu te adore, você só vai ver quando for publicado – E terminou a frase com um sorriso.

– Ok – Eu disse, engolindo em seco a sua resposta.

– Peraí! – Isabela para de escrever e me olha com o formato do ponto de interrogação expresso na cara. – Como você sabia que o corpo é de uma mulher?

– Se o corpo não fosse de uma mulher, então seria de um homem, certo? – Respondi, tentando não deixar claro o meu espanto com a pergunta. Ela contraiu os olhos um pouco e depois se voltou novamente para a tela do computador. Me safei de parecer uma "suspeita".

Depois da nossa conversa, eu tive de esperar o artigo ser publicado, o problema era que eu não conseguia parar de pensar se o corpo daquela mulher era o mesmo do meu sonho. Disse baixinho a mim mesma, que poderia ser apenas uma mera coincidência.

Assim que o artigo já estava nos jornais, e online no site da Fihan, eu pude verificar de vez. Tinha uma única foto, o problema era que a foto mostrava o corpo já coberto e a perícia em volta, para determinar a causa da morte. Me desanimei, pois não tinha como eu verificar se era a mesma mulher ou não. O corpo foi encontrado nos fundos de um bar muito conhecido, o BarTréx.

O artigo contava com alguns relatos de pessoas presentes no local, alguns dos moradores que residem por ali perto, dizem não acreditar em uma crueldade dessas; perguntas sem respostas, perguntas como "De quem era o corpo?", "Por que mataram aquela mulher?", "Qual seria a causa da morte?", "Quem era o assassino?", perguntas feitas pelas pessoas que ali passaram, pelos moradores dessa cidade, pelos policiais, detetives e peritos, até por nós jornalistas que, com certeza, assim como a polícia, não descansaremos até obtermos respostas.

Ao que parece, os policiais a tiraram do local, porque estava atrapalhando o trabalho dos detetives e peritos, "rudes" foi a palavra que ela usou para descrevê-los. Isabela não pôde entrevistar ninguém presente no estabelecimento, e assim como muitos, quer saber quem achou o corpo, no qual ela pretende responder em seu próximo artigo, Isa é muito determinada e quando quer descobrir algo, ela descobre.

O artigo de Isabela não me ajudou muito, só piorou o meu estado de "vidente".

Por mais que eu quisesse descobrir sobre a mulher misteriosa, eu, por algum motivo, decidi ficar no jornal e escrever meus artigos que sabia que não seriam publicados.

Depois de Isabela ir até a sala do Sr. Diaz, entregar um artigo, ela voltou com um olhar furioso, achei melhor perguntar depois, não quero ser o alvo de seu estresse.

Após um certo tempo, resolvi enfim falar com a Isabela, perguntar o que houve, com sutilidade.

Me aproximei dela naturalmente, ela estava pensativa, com as mãos apoiando a cabeça.

– E aí? – Eu disse, me apoiando em sua mesa, ela nem tchum pra mim. – Isa? – Nada.

Cruzei meus braços.

– Terra chamando Isabela – Estalei meus dedos ao lado de seu ouvido. Ela enfim voltou a si, abaixou os braços e olhou para mim, como quem acabou de acordar de um sono profundo.

– Sarah? O que foi?

– Isabela Ramirez, você estava no mundo da lua, – Eu dei um sorriso, sem retribuição. – você estava pensando no que o chefe te disse, ou não disse, na sala dele, naquela hora mais cedo, quando você...

– Sim – Fui interrompida com um simples sim mais triste que já ouvi na vida.

– O que houve?... Sabe que pode me contar.

Ela respirou fundo.

– Eu pensei que o chefe ia me mandar para a delegacia, para ver se eu conseguia algo sobre o corpo da mulher encontrado hoje, ver se eu descobria quem era aquela pobre mulher.

– E?

– ... E aconteceu que o chefe resolveu mandar a Clara, pois ela tem contatos na polícia. Ele fez isso enquanto eu estava escrevendo o meu artigo.

– Poxa amiga. Veja bem: na próxima você pode exigir exclusividade sobre a matéria.

Ela concordou em meio a um sorriso triste e voltou a pensar, nossa conversa se encerrou aqui e eu fui para a minha mesa.

– Ficar na minha, quem ele pensa que é? Ele vai ver... – Ouvi ela resmungando.

– Disse alguma coisa? – Virei-me para ela.

– Não. Porquê? – Eu hesitei em lhe responder.

– Nada, só pensei ter ouvido algo – Estranho.

– Algo como o quê? – Insistiu.

Isabela me encarou um pouco.

– Deve ser coisa da minha cabeça, não é nada.

– Deixe-me adivinhar, o louco do Charles rezou até de madrugada de novo?

– Exatamente.

– Já te falei para se mudar de lá. Dormir é bom.

Concordei com a cabeça, enquanto fingia estar lendo alguma coisa na tela do computador.

Ela respirou fundo e voltou para seus pensamentos, e eu para os meus.

Tenho certeza de que a ouvi dizer aquilo.

Fora aquele momento estranho, o resto do dia foi até agradável, meu trabalho terminou às sete e quarenta e cinco da noite e fui andando para a minha adorável casa, mas no meio do caminho, no outro lado da rua, algo me chamou a atenção.

Embaixo de uma árvore estava um homem todo de preto, olhando-me, parecia estar surpreso. Ele me seguiu com os olhos, enquanto eu apertava o passo. Quando cheguei em casa, entrei correndo e fechei a porta o mais rápido possível, me assegurei de que as janelas estavam trancadas e fechei as cortinas com ligeres. Subi correndo a escada em direção ao meu quarto, fechei a porta também e fiquei esperando na cama, com o meu celular na mão na discagem rápida para a polícia. Um arrepio na espinha era meu companheiro desde o momento em que o vi.

Uma hora depois e nada havia acontecido, ainda bem. O meu coração ainda batia aceleradamente de medo, deitei-me um pouco na esperança de me acalmar e acabei pegando no sono.

Acordei exatamente às três da manhã.

– Nossa, como eu dormi – Disse a mim mesma num sussurro.

Virei-me na cama e tinha alguém deitado ali, ao meu lado. A cama se encontrava molhada, acendi a luz e vi que era um homem.

Ele me olhava com seus olhos escuros. Ele estava imóvel, estava morto.

Notei sangue em seu pescoço.

Desci meus olhos e percebi que seu corpo está todo ensanguentado.

Levantei rápido, olhando minhas mãos manchadas com seu sangue, eu estava completamente paralisada, em choque. Um barulho atrás de mim me trouxe de volta, um som de algo arranhando a parede do corredor, me virei depressa, assustada, e era aquele homem novamente, todo de preto que vi mais cedo.

Ele parou na porta, com um olhar sombrio, com sangue respingado em seu rosto. Ele veio em minha direção e me empurrou com força no chão, se abaixou e ergueu uma faca, apontando-a na minha direção, estava prestes a me matar e, eu acordei.

Acordei novamente muito assustada, olhando para todos os lados com minha respiração ofegante. Acendi o abajur com ligeres, que iluminou a escuridão daquele quarto todo, em seguida me certifiquei de que não havia mais ninguém neste quarto, além de mim, apenas com um olhar investigativo. Não tinha ninguém ali.

Olhei o despertador, meia-noite, e isto me deu um grande alívio. Notei que minha garganta estava seca, decidi tomar um copo de água, para me acalmar.

Desci as escadas devagar, com medo de não estar só, acendi a luz da cozinha e peguei um copo, o enxi com a água da torneira. Tomei um gole.

– Quem será esse homem agora? Porque só posso estar louca sonhando com pessoas mortas ou prestes a morrer. Só falta agora eu ser vidente.

Descansei minha voz por um instante, enquanto tomava outro gole de água, assim que já estava calma o suficiente para voltar a dormir, resolvi antes ir até a janela. Afastei a cortina um pouco para a direita, com a minha mão, e olhei em direção ao céu; às estrelas, reconfortante. Quando abaixei meus olhos, vi de novo aquele homem estranho todo de preto, meu corpo se arrepiou todo.

Ele estava do outro lado da rua, será que está me seguindo mesmo?

Ele me encarava com seu olhar obscuro e sombrio. Fechei meus olhos e os esfreguei para ver se não estava vendo coisa, bem, acho que estava, porque o Sr. Mib Homem de Preto ali sumiu.

– Quem é você? – Indaguei enquanto o procurava pela rua. Não o achei.

Cheguei a conclusão de que eu só estava cansada e que eu deveria voltar a dormir, mas antes tinha que trocar de roupa.

O resto da noite foi tranquila, sem pesadelos. Eu dormi tão profundamente, que nem ouvi as rezas intermináveis ​​de Charles.

Minha primeira publicação aqui, espero que gostem.

Não se esqueçam de votar e comentar.

Okumaya devam et

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