˖࣪ ❛ QUÍMICA
— O2 —
SE HAVIA UMA coisa em que Kiara Black era boa, era na escola. Apesar de sua capacidade de estar constantemente em apuros em La Push High, ela era ridiculamente boa em se manter no topo de todas as suas tarefas de classe e constantemente tirando as melhores notas de suas matérias. Não foi surpresa para seu pai e irmão que ela se destacasse em aulas um pouco mais físicas, como biologia ou química, mesmo que fosse uma surpresa que ela fosse bastante inteligente quando se tratava delas também.
Se havia uma coisa em que Kiara Black era um lixo, no entanto, era falar em público. Enquanto a garota estava bem em falar com novas pessoas durante as apresentações, havia algo em ficar na frente de uma classe de juniores sabendo que eles já estariam confusos sobre o motivo de uma estudante do segundo ano estar em sua classe e ter que se apresentar.
O Sr. White, no entanto, não teve problemas em forçar a nova garota a fazer exatamente isso, então Kiara Black se viu segurando a alça da bolsa com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos ao olhar para os rostos da classe que realmente não se importavam com quem ela era ou por que ela estava ingressando na turma no meio do semestre. O que piorou as coisas para Kiara foi que ela notou onde estava o único lugar vago na classe, e a garota sentada na outra metade da mesa não parecia nada satisfeita ao descobrir que eles tinham uma nova adição à classe.
— Oi, eu sou Kiara. — a morena murmurou enquanto se movia entre as pontas dos pés, chiclete na boca enquanto olhava para qualquer lugar, menos para a carranca de seu novo parceiro de laboratório. — Eu sou nova aqui.
Ela não tinha certeza do que esperava, mas um silêncio avassalador não era isso. Ela reconheceu alguns dos rostos olhando para ela da corrida anterior de Jessica e Angela, mas como ela estava em uma classe com a maioria de pessoas no ano anterior, ela não tinha certeza do que fazer com tudo isso.
Houve um silêncio pesado antes que ela se virasse para olhar para o professor, o nervosismo se instalando em seu estômago, pois ninguém parecia ter qualquer reação à sua apresentação. Seu professor a encarou sem expressão, esperando que sua boca se abrisse e deixasse as palavras saírem. A garota ficou um pouco brava por ele ter forçado ela a se apresentar, mas ela repetiu o mantra em sua cabeça enquanto apertava as alças da mochila.
Um ano, Kiara repetiu em sua cabeça enquanto tentava parar seu comportamento autodestrutivo antes que ele começasse. Ela ergueu as sobrancelhas para ele, observando enquanto ele levantava a lata de lixo do chão ao lado deles e fazia sinal para ela cuspir o chiclete. Ela suspirou enquanto cuspia na lata, parando por um momento antes que ele acenasse para ela se sentar ao lado da garota.
— Srta. Hale, acredito que você explicará a tarefa para a Srta. Black. — o Sr. White disse à garota loira que parecia preferir estar em qualquer outro lugar, menos naquela sala de aula. Kiara sentou-se no banquinho enquanto largava a bolsa ao lado da mesa, virando-se para poder olhar para a Cullen - ou melhor, Hale - que estava sentado no mesmo banco.
Rosalie Hale estava olhando praticamente para qualquer outro lugar ao invés de Kiara durante sua apresentação, quase queimando buracos na cabeça de seu irmão de onde ele estava sentado algumas fileiras na frente com a outra garota loira Hale. Kiara os reconheceu como Edward e Beverly pelas descrições que Jessica e Angela lhe contaram antes, mas ela prestou pouca atenção quando Rosalie finalmente se virou para olhar para ela.
A loira parecia tensa, mas Kiara não pôde deixar de notar o tom dourado de seus olhos e se perguntou que cor ela chamaria isso. Ela tinha conhecido pessoas que tinham olhos castanhos claros antes, mas eles não pareciam tão cativantes quanto os de Rosalie. Elas olharam uma para a outra por mais um momento antes de Kiara quebrar seu olhar, estendendo a mão para desamarrar o cabelo quando uma mecha caiu e descansou ao lado de seu olho.
Assim que ela foi amarrar novamente, a Hale finalmente falou tão gentilmente que Kiara pensou que ela havia imaginado a princípio.
— Você deveria deixá-lo solto. — Rosalie disse a ela, Kiara olhando para ela com surpresa quando a garota finalmente falou com ela. — Fica melhor em você assim.
Kiara assentiu com a cabeça, um pequeno sorriso cruzando seus lábios enquanto ela balançava a cabeça lentamente. Ela não tinha certeza se a exigência era para ser um elogio, mas tinha toda a intenção de tratá-la como tal. Parecia que isso quase acalmou Rosalie um pouco, já que assim que seu cabelo estava caindo em volta de seu rosto e pescoço novamente, a loira parecia um pouco menos tensa.
Depois que Rosalie explicou a tarefa em que estavam trabalhando, Kiara se viu ansiosa para saber mais sobre a garota que sua mesa de almoço havia dito que estava fechada e boa demais para o resto da escola. Ela queria saber mais sobre a família Cullen, e queria razões para acreditar que seu pai estava errado sobre eles.
— Então, esses são seus irmão e irmã? — Kiara perguntou depois de uma pausa, acenando com a cabeça na direção de Edward e Beverly, que pareciam estar imersos em uma conversa silenciosa com os ombros pressionados enquanto se inclinavam sobre o pequeno frasco que examinavam.
Rosalie pareceu surpresa que a garota estivesse se incomodando em falar com ela, tendo ouvido seus amigos na mesa do almoço falando mal dela e de seus irmãos e assumindo automaticamente que Kiara ficaria longe deles.
— Sim. — ela respondeu secamente, antes de olhar para Kiara e ter uma vontade sem precedentes de continuar falando com a humana. Não era como se ela odiasse os humanos, ela apenas os invejava e não via sentido em fazer amizade com eles quando ela se mudaria em alguns anos sem qualquer aviso de qualquer maneira. — Beverly é minha irmã mais velha de sangue e Edward é meu irmão adotivo.
Kiara assentiu com a cabeça, pensando no que os outros lhe disseram quando ela viu pela primeira vez o resto da família Cullen no refeitório. Ela não queria se intrometer, mas estava apenas tentando puxar conversa com seu parceiro de laboratório se eles iriam trabalhar juntos pelo resto do ano.
— Jasper é seu irmão gêmeo? — Kiara perguntou, quase imediatamente sentindo que Rosalie estava arrependida de ter respondido a ela para começar. Ela voltou atrás, tentando encontrar uma maneira de explicar que estava apenas procurando um terreno comum entre as duas garotas. — Eu tenho um irmão gêmeo, então eu sei a sensação.
Rosalie sorriu um pouco com isso, mas não disse nada. Um pequeno aceno foi a confirmação de que Jasper era seu irmão gêmeo, mas a conversa aparentemente morreu lá fora. Kiara se sentiu um pouco desanimada por Rosalie não ter tentado continuar, mas ela entendeu que Jessica tinha sido bastante inflexível que os Cullen nunca falaram com ninguém fora de sua família, então ela não ficou muito surpresa.
Kiara se sentiu um pouco desapontada? Talvez. Ela sabia que era estúpido, ela só conheceu Rosalie por um minuto no máximo, mas ela realmente pensou que eles estavam formando algum tipo de conexão por um momento, mesmo que fosse minúsculo. Voltando-se para o papel à sua frente, ela continuou a rabiscar as respostas à tarefa em silêncio pelo resto do período.
Ela odiou a frase salva pelo sino, mas Kiara tinha certeza que era exatamente esse o pensamento de Rosalie assim que o sinal tocou para marcar o fim do dia escolar. A Black nunca tinha visto alguém tão aliviado por um período acabar, a loira já tendo terminado de arrumar suas coisas antes mesmo de Kiara processar que o sinal tinha tocado. Ela foi se despedir de Rosalie assim que pegou sua própria mochila, mas ficou surpresa ao ver que a loira já estava a meio caminho da porta com sua irmã mais velha em seus calcanhares.
Amaldiçoando baixinho quando ela derrubou seu livro de química da mesa, Kiara quase engasgou quando uma mão fria roçou a dela enquanto pegava o livro do chão e o estendia para ela pegar. Ela nunca tinha sentido que alguém tinha as mãos tão frias - nem mesmo seu ex-namorado quando ele tentou sentir depois que eles mergulharam em penhascos dois anos antes - então o suspiro que estava alojado em sua garganta parecia pairar lá enquanto ela olhava para cima e nos olhos de Edward Cullen.
— Você deixou cair isso. — ele murmurou, sua voz soando entediada e desinteressada, mas havia algo em seus olhos que ela não conseguia entender. Quase parecia que ele a estava avisando de algo, mas também a convidando ao mesmo tempo e ela não entendia o que estava acontecendo. — Desculpe se minha irmã foi... Hostil. Ela não tem grandes habilidades com as pessoas.
Kiara sorriu um pouco para ele quando ambos saíram da sala, surpresa que ele estivesse falando com ela. Parecia que até os Cullen estavam interessados na nova garota repentina, apesar das crenças de sua amiga do almoço de que eles não se importavam com o resto da escola. De alguma forma, Kiara quase ligou a família ao jeito que Paul e Jared se tornaram depois de sair com Sam - um coletivo exclusivo que apenas gritava misterioso e perigoso de alguma forma.
Ela notou a boca de Edward se contorcer levemente pelo canto do olho quando ela se virou para agradecê-lo por pegar seu livro. Ela arqueou uma sobrancelha, sem ter certeza se tinha feito algo que o faria sorrir, mas lentamente pegou o livro da palma da mão antes de enviar-lhe um último sorriso, desejando-lhe um bom dia e indo para seu armário para que ela pudesse pegar sua jaqueta e fazer o trajeto de volta à reserva. Era um dia nublado, mas felizmente não parecia que iria chover e ela não queria esperar nos corredores da escola caso chovesse.
Quando Kiara começou o longo ciclo de volta, ela não pôde deixar de pensar em como os Cullen eram uma família interessante.
★
Beverly Hale não tinha relação de sangue com Jasper Hale, apesar do que os residentes de Forks acreditavam. Ele provavelmente era quase 70 anos mais velho que ela, embora ela tenha assumido o papel de irmã mais velha na performance teatral que era a falsa vida humana de sua família - algo que ela teve grande alegria em fazer.
Ela aceitou muito bem sua vida imortal, tendo encontrado sua alma gêmea para sempre dois anos depois que Carlisle Cullen encontrou ela e sua irmã e deu a elas o que muitos acreditavam ser o dom da imortalidade. Embora Beverly não tenha gostado no início, ela aprendeu a apreciar suas novas habilidades e possibilidades - mesmo que sua irmã mais nova, Rosalie, a desprezasse com cada fibra de seu ser. A caçula nunca quis ser imortal, ela só queria casar, envelhecer e ter filhos. Dois deles eram impossíveis para ela agora, e um deles parecia notavelmente improvável com o passar do tempo.
As circunstâncias de sua transformação não foram agradáveis, mas a história de Beverly não foi nem de longe tão trágica e traumática quanto a de Rosalie. Ela encontrou sua irmã, inconsciente e quase morta depois de ser atacada e passada por Royce e seus amigos bêbados. Ela gritou por socorro e, em vez disso, recebeu uma faca afiada no estômago de um dos amigos de Royce que voltou para terminar o trabalho. Carlisle sentiu o cheiro de sangue a quilômetros de distância e os salvou, acreditando que uma delas seria a companheira perfeito para Edward. Embora esse pensamento enojasse Beverly, Rosalie e Edward, provou-se errado e Edward e Rosalie ainda não encontraram um companheiro nos dias modernos.
Ela teve sorte, tendo encontrado um Emmett McCarty espancado e instantaneamente sabendo que o homem era com quem ela queria passar o resto de sua vida. Ela o carregou por quilômetros de volta para Carlisle para que o homem ajudasse a salvar seu companheiro e o resto era história. Emmett e Beverly eram um casal perfeito, algo que só parecia dar a Rosalie mais motivos para odiar sua vida imortal. Claro, Rose estava muito feliz por sua irmã, mas depois de 80 anos simplesmente existindo, estava ficando mais solitário para ela a cada dia.
Então, quando Alice Cullen entrou na casa dos Cullen com um enorme sorriso no rosto e um Edward ligeiramente confuso atrás dela depois da escola, Beverly não pôde deixar de pensar que isso seria um ponto de virada para sua família.
— Como foi a escola? — Esme perguntou ao grupo de adolescentes eternos quando eles entraram na sala, largando suas mochilas pela sala de estar enquanto todos voltavam para suas rotinas normais. Emmett e Jasper sentaram-se no sofá, ombros se encostando enquanto ambos agarravam os controles do console para competir um contra o outro, enquanto Edward foi direto para pegar um livro da biblioteca.
— Estava tudo bem. — Beverly refletiu, sentando-se na poltrona do sofá onde Emmett estava sentado, observando como sua irmã ainda não havia dito nada. Normalmente ela era a primeira a voltar da escola e reclamar sobre como as preocupações humanas eram inúteis, mas ela estava estranhamente silenciosa: algo que até Carlisle havia percebido.
— Oh, foi mais do que bem. — Alice respirou enquanto aparentemente deslizava pela sala com uma risada encantada, todos lançando-lhe um olhar confuso antes de tentar ignorá-la. — Acabo de ter uma visão excelente e acho que todos vocês ficarão muito satisfeitos.
— Na verdade... — Edward interrompeu, seus olhos olhando para todos os lugares menos os de Rosalie ao que parecia. A vampira loira notou isso rapidamente, seus olhos se estreitando enquanto ela cruzava os braços sobre o peito e esperava o que quer que Alice estivesse prestes a dizer a eles. — Eu não acho que todos ficarão satisfeitos, mas...
Alice o cortou com um aceno de mão, apontando para Rosalie com um sorriso no rosto. A vampira loira apenas franziu a testa quando todos se viraram para olhar para ela em confusão, seu próprio rosto refletindo a mesma expressão confusa. Ela não tinha ideia do que Alice estava falando.
— A nova garota na escola hoje, eu tive uma visão de que ela estará conosco em algum momento. — Alice se emocionou, todos (menos Edward que já tinha visto isso em sua mente) de repente largando tudo o que estavam fazendo para se virar e olhar para Alice em descrença. — Não agora, eu não acho, mas eventualmente.
Rosalie zombou enquanto revirava os olhos, a raiva crescendo nela enquanto ela olhava como o resto deles parecia interessado na visão de Alice. Ela não iria deixá-los apenas ter aquela garota humana se juntando a sua família - ela nunca desejaria que a vida de alguém fosse tirada deles do jeito que a dela era.
— Como se fôssemos quebrar o tratado por qualquer um. — Rosalie rebateu, não com humor para o otimismo de Alice naquela tarde. Ela sabia sobre o conceito de um cantor de sangue e enquanto ela estava bastante certa de que o sangue de sua parceira de laboratório não estava cantando para ela, certamente teve que se conter mais do que o normal para abster-se de ceder. Ela nunca provou uma única gota de sangue humano e não estava prestes a começar agora.
Edward se virou para olhar para Rosalie depois de ouvir seus pensamentos, sabendo que enquanto a loira o odiava fazendo isso, ela tinha acabado de trazer algo à mente dele. Ele revirou os olhos enquanto olhava para Rosalie, vendo em seus pensamentos sobre como sua garganta queimou um pouco no refeitório quando a garota nova moveu seu cabelo e expôs seu pescoço, e como a queimadura tinha sido mais óbvia em sua sala de aula quando seu cabelo estava preso para trás.
— Isso se Rosalie não rasgar a garganta dela primeiro. — Edward rosnou, adorando acabar com sua irmã adotiva. Os dois tinham muito amor um pelo outro, mas não o demonstravam com frequência, optando por se afastar constantemente e irritar o outro. Era uma dança que eles faziam desde o dia em que Rosalie se transformou e eles não pretendiam parar agora.
— Cale a boca. — Rosalie rosnou, enquanto Carlisle e Esme de repente pareciam muito mais preocupados com a situação, já que era raro Rosalie perder o controle quando se tratava de sangue humano. Como ela nunca tinha provado, ela geralmente estava mais no controle do que o resto de sua família. Ela apreciava a vida humana significativamente mais do que o resto deles, então a ideia dela pensar por um segundo em matar uma garota no meio da aula era preocupante.
— Ou transformá-la. — Edward continuou, sua indiferença começando a irritar Beverly, que estava vendo como sua irmã estava ficando chateada com seus comentários. — Desde que Alice a viu não apenas conosco, mas como uma de nós em sua visão.
Em um segundo, Beverly tinha os braços em volta da cintura de Rosalie enquanto a garota avançava para Edward. Emmett estava de pé também, parado entre Edward e Rosalie enquanto o casal tentava parar os movimentos de Rosalie, conhecendo-a como a melhor de toda a família. Carlisle deu um passo à frente, erguendo as mãos e dizendo a Edward para calar a boca enquanto Rosalie gradualmente se acalmava.
— Essa garota... Quem é ela? — Esme perguntou, confusa sobre como uma humana poderia de repente ter causado tamanho drama em sua casa.
— Ela não é qualquer humana. — Edward admitiu, todos se virando para olhá-lo surpresos. — Eu li seus pensamentos antes, ela não é de Forks. Ela é da Reserva - seu pai é Billy Black.
Houve um silêncio enquanto Rosalie saía furiosa, sua mente nublada com muitos pensamentos diferentes enquanto ela saía furiosa pelos fundos da casa. Beverly olhou para todos eles por um momento antes de sair atrás de sua irmã biológica, Emmett logo atrás deles. Rosalie era sua melhor amiga e ele não deixaria ela ou sua irmã irem sozinhas, mesmo que fossem as predadores da floresta.
— Bem, vamos torcer para que a visão de Alice esteja errada desta vez. — Carlisle murmurou depois de um momento, desculpando-se para ir e refletir sobre o que a visão poderia significar para o futuro do Coven. Se havia um ser humano pior para se relacionar com sua família, certamente era um de La Push.
Pior, um relacionado a Ephraim Black.
★
— Como foi a escola? — Billy Black perguntou quando sua filha entrou em casa, deixando cair a mochila escolar na porta com uma careta. Ele fez uma careta com a aparência dela, sabendo que não havia previsão de chuva, mas que tinha começado bastante forte cerca de dez minutos antes de ela entrar.
— Sim, foi tudo bem. — Kiara admitiu enquanto tirava sua jaqueta encharcada, pendurando-a em um gancho enquanto pegava uma toalha e começava a acariciar seu cabelo. — Fiz alguns amigos. Eu também conheci os filhos do Dr. Cullen, eles são um pouco... Interessantes para dizer o mínimo.
Ela largou a toalha antes de se virar e perceber o outro homem sentado à mesa de jantar com seu pai. Ela estava feliz por Jacob não ter voltado da casa de Quil ainda ou ela sabia que ele também ficaria descontente com o homem sentado à mesa. — Por que ele está aqui?
Billy fez uma careta com o tom dela, sabendo que Sam Uley desempenharia um papel importante na vida dos gêmeos em alguns anos, pelo que parecia. Enquanto eles sabiam que Kiara nunca teria que passar pela experiência de estar no bando, era muito provável que Jacob reassumisse e potencialmente retomasse seu título de sangue de alfa. Billy não estava ansioso por esse dia, sabendo que isso causaria muitos problemas em potencial para os gêmeos e sua amizade já tensa.
— Sam estava aqui para falar sobre você, na verdade. — Billy disse a ela, tentando morder a língua para não repreendê-la sobre seu tom. — Houve alguns ataques de animais, então estávamos discutindo que achamos que é mais seguro para você pegar um carro do que ir de bicicleta para a escola. Também não quero você perto dessa família, Kiara.
— Desculpe, não. — Kiara disse imediatamente, sua voz tensa enquanto ela olhava para o homem em quem ela não tinha um pingo de confiança. Primeiro, ele tinha viciado seus amigos em drogas e em um culto ou algo assim, então ele a expulsou da escola e agora de repente ele queria dar a ela um carro provavelmente comprado com o dinheiro do contrabando de drogas? Não, obrigado. — Eu não estou aceitando nada de você. Eu não posso acreditar que você pensou que eu simplesmente aceitaria um carro e agiria como se ele não fosse um líder de culto insano, esboço de tráfico de drogas!
Antes que Billy ou Sam pudessem dizer qualquer coisa, a garota pegou sua jaqueta do gancho onde ela estava pendurada e girou nos calcanhares para sair de casa novamente. Billy fez uma careta para suas ações, sabendo que ela não tinha amigos para sair e ele não queria que ela saísse sozinha.
— Além disso, se eu quiser sair com a família Cullen, então eu vou! — Kiara exclamou de volta quando sua mão se agarrou à maçaneta da porta, prestes a sair na chuva. Antes que ela pudesse abrir a porta, uma mão estranhamente quente se fechou em torno de seu pulso enquanto ela se virava para olhar nos olhos de Sam Uley, que estava olhando para ela com um olhar duro.
— Não se atreva a falar assim com seu pai, Kiara. — Sam quase grunhiu, Kiara sentindo um desconforto no estômago por quão zangado ele parecia estar. — Essa família é perigosa.
Ela empurrou firmemente o peito dele, o homem soltando seu braço e se movendo um pouco para trás quando de repente ele pareceu perceber como sua raiva quase levou a melhor sobre ele. Ela olhou para ele enquanto empurrava a maçaneta da porta, puxando o capuz da jaqueta sobre o rosto enquanto caminhava em direção a onde sua bicicleta estava encostada na lateral da casa.
— E você e seu culto? Fique fora da minha vida, Uley. — ela cuspiu antes de sair pela estrada, sem saber realmente para onde estava indo, mas para quem ela estava indo. Ela sabia que seu irmão e ela não tinham o melhor relacionamento, mas se havia alguém que não gostava de Sam Uley tanto quanto ela, era ele e seus amigos.
Billy suspirou enquanto rolava para a porta da frente, olhando para ela enquanto ele e Sam a observavam ir. Ele balançou a cabeça antes de fechar a porta e gesticular para Sam se sentar para que eles pudessem continuar a discutir a probabilidade de Jacob mudar no próximo ano ou mais, o homem na cadeira zombando por um momento antes de um sorriso suave cair sobre seus lábios.
— Ela é muito parecida com a mãe .— Billy disse a Sam, sabendo que ele era muito mole com a garota. — Eu simplesmente não posso ficar com raiva dela, não quando ela se parece tanto com Sarah. Eu só queria que ela não fosse tão teimosa.
Billy teve muitas preocupações com Kiara enquanto ela crescia, e sua teimosia sempre esteve no topo da lista. Ele estava apenas com medo de que fosse a morte da garota, e com a família Cullen na cidade e na mesma escola que ela, ele apenas se preocupava que as coisas mudassem agora.