Todos os planetas • pjm + jjk...

By mughost

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[CONCLUÍDA] Jungkook é um ômega extremamente recessivo, e por ser considerar uma pessoa defeituosa, acredita... More

[1] O planeta com mais anéis
[2] O planeta mais gelado
[3] O planeta mais pesado
[4] o asteróide de baixa densidade
[5] o planeta mais brilhante
[6] O planeta com o clima mais hostil
[7] O gatilho para evolução estelar

[8] O planeta que não é mais planeta

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By mughost

Accidentally In Love (From "Shrek 2" Soundtrack) • Counting Crows

Mal posso acreditar que estou devidamente vestido, sentado na mesa tomando meu café da tarde, com meus gatos fazendo festa nos meus pés e nas cadeiras, e isso depois de um banho decente, onde consegui até mesmo lavar o cabelo,

O Sol até apareceu hoje. O universo sentiu que eu estava precisando.

Não que transar com meu ômega pelo quarto todo, não tenha sido uma delícia, mas caramba, nesses dois, três dias, nem sei mais, eu já devo ter perdido uns dois quilos e minhas olheiras estão enormes.

Para alguém que não ligava muito, o sono se tornou meu objeto de cobiça. Sem contar que as marcas roxas mal somem e outros aparecem. Jungkook não gosta muito de coisas calmas, se não levar uns bons tapas e finalizar a foda com alguns roxos, arranhões e mordidas, chora dizendo que eu não o quero mais.

E por marcar aquele lindo pescoço, todos os sentimentos são duplicados. Pelos céus, preciso de férias!

Não imaginava que um heat pudesse ser tão exaustivo, que sexo pudesse ser tão cansativo; imprevisível. O tempo mais longo de uma onda de calor para outra, foi de umas três horas, isso é insanidade, como um corpo consegue aguentar isso?

Como eu não morri tamanho esforço, não faço ideia, não, eu faço sim, sou um dominante, afinal, tudo em mim é melhorado, inclusive minha resistência. Uma benção ou maldição? Agora sim, eu não faço ideia.

Hoje só fizemos três vezes. Vi que a duração do ciclo é de quatro a seis dias, talvez o dele já esteja se aquietando.

Preciso ligar pro médico dele, ele precisa me dar algumas explicações, mas não agora, agora aproveitarei a calmaria que tomou a casa.

E hoje consegui dar toda a atenção do mundo ao nosso sistema solar. Busquei nosso novo planeta e me surpreendi ao ver que logo se adaptou; Saturno está desconfiado, mas nada que cause preocupação.

Netuno, que está deitado perto da pia, com sua patinha enfaixada, só estava com muita dor e medo, por isso sua reação quando foi resgatado por Jungkook. Deve ter sentido que aqui é um lugar seguro, então não caçou confusão com ninguém e se afeiçoou com Vênus.

Meu lobinho ficará feliz quando o ciclo for embora de vez e puder dar a devida atenção ao novo morador.

E falando no meu amor, ele está tomando banho e nessas horas, ele sempre pede por mim, como agora, onde não preciso ouvir sua voz me chamando, pois a onda de calor que está surgindo em seu corpo, atinge o meu, me excita e me deixa quente.

Meu menino precisa de mim, e por mais exausto que eu esteja, é um prazer satisfazê-lo.

Entro no quarto. Caminho em direção ao banheiro e abro a porta, ele está apoiado na pia, cabeça baixa, respira lentamente.

— Não vai acabar nunca? Quero minha vida de volta. — Uma risadinha, ele está tão cansado quanto eu.

— Em breve, amor — respondo, mordo minha boca e controlo a respiração ao mesmo tempo. Sua bunda é tão linda!

— Porra, o seu cheiro! — esbraveja e me encara pela primeira vez. Seu olhar felino ofusca minha existência, fazem suor se acumular em minha pele.

— Seu corpo — digo e me aproximo, um sorriso travesso em meu rosto quando toco a base da sua coluna.

— Esse sorriso — comenta, vira e tira minha camiseta.

— Sua voz... — Jogo meu short pro lado.

— Você! — Suas mãos embrenham no meu cabelo e nossas bocas se tocam com desespero.

Passos atrapalhados, Jungkook é virado, ficando assim, outra vez, de frente para o espelho. Se apoia no mármore, encaixo meu pau entre as bandas de sua bunda, ele movimenta o quadril, me masturbando e arfa quando minha boca toca e beija sua nuca.

— Inferno, já estou deslizando assim, fora de você, imagina dentro? — desabafo contra o seu pescoço, forço meus dentes na marca que fiz.

— Tira a dúvida logo, sim?

— Eu vou, meu bem, e quero que esteja olhando cada movimento nosso. — Seguro seu cabelo molhado e o faço olhar para o espelho. Nosso olhar se encontra e fixa. Pulsamos ao mesmo tempo.

Deixo uma trilha de beijos pelo ombro, pescoço e alcanço a orelha.

— Você é lindo! — Seguro meu pau, encaixo a ponta, num movimento só, estou dentro. Jungkook abre a boca, mas não esboça nenhum som. — Tão lindo enquanto me recebe e acomoda.

Jimin vai acabar comigo antes que eu possa processar.

— Caralho, isso é gostoso, isso é tão gostoso — digo em um chorinho, bato minha mão fechada sobre a pia.

Esse alfa maldito foi moldado, criado, feito para encaixar corretamente em mim.

Minha cabeça pende para frente. Meu corpo está borbulhando num prazer que me deixa zonzo. Estou apertando a pia com tanta força, que meus dedos estão brancos, há saliva no canto da minha boca, lágrimas nos cantos dos olhos e mal começamos, mas pudera, ele está tão fundo, seus movimentos são precisos e brutos, ele toca naquele lugar com vontade, minha mente está girando.

Insanamente gostoso. Perigosamente perfeito.

— Quero que você observe o quão lindo fica enquanto recebe meu pau nessa bunda linda e gulosa, está bem? — Jimin agarra minha garganta e ergue meu rosto. Ao reforçar o pedido dessa forma, faz meus joelhos cederem um tanto, porra, sua voz de comando é um pecado.

Mordo minha boca e movo minha cabeça positivamente. Estou cedendo lentamente, a um passo de desmanchar nos braços dele. Sentir o prazer dobrado, me deixa todo bagunçado, logo eu, tão sensível por natureza.

Agora me fode lento, agarrado a minha cintura, me fazendo empinar o quadril o máximo que posso. Seu cheiro está bem denso, seus feromônios parecem uma cortina de fumaça. A voz baixa, os gemidos roucos rentes a meu ouvido. Dois dedos em minha boca, brinco com eles, com meus olhos cravados nos seus. Meus limites estão sendo testados num prazo de tempo tão curto, eu mal posso raciocinar. Estou sendo mordido, chupado, beijado, palavrões derramados contra a minha pele febril.

— Amor... Eu... — Meus olhos fecham, estou quase lá.

— Não! — A base do meu pau é segurada, quase entro em pânico.

— Não? Me deixe gozar, porra! — Uma mão sobre o meu rosto, me calando.

Puta merda, ele está tendo um orgasmo, e por tabela, também estou. Jimin me enchendo de gozo, tremendo, proferindo xingamentos, é minha definição de paraíso.

Se afasta, ainda gozando, derramando porra pelo caminho. Me vira, coloca sobre a pia, abre minhas pernas, se abaixa, coloca todo o meu pau na boca, me chupa e masturba.

Jungkook puxa meu cabelo, arranha minha nuca, me chama de filho da puta, enche minha boca, fecha as pernas ao meu redor.

— Eu não aguento mais um dia, eu juro! — observa, sorri quando me ergo e seguro seu rosto. Me dá tapas nos braços quando o beijo, o fazendo sentir o próprio gosto. — Tempo, Park Jimin! Tempo...

Tempo... É, vamos aproveitar enquanto ainda temos.

Sexta-feira. Umas quatro da tarde. Acabei de sair do banho e estou secando meu cabelo com tranquilidade. De ontem para hoje, Jungkook se mostrou mais calmo. O cheiro que me excita a ponto de me deixar cego de tesão, está bem fraco. Sua temperatura não eleva a ponto de lembrar um corpo com quarenta graus de febre, e as ondas de calor estão muito espaçadas. Conseguimos dormir a noite toda e foi uma benção, não acordei com dor de cabeça, e nem ele.

Contudo, o heat ainda não se foi, ele sabe disso, eu também. Como agora, onde estou largando o secador, pois a famigerada cosquinha no pé da barriga, está tomando conta. E aqui está o meu ômega, o amor da minha vida, me abraçando por trás, colocando seu queixo em meu ombro, fechando os olhos e inalando o meu cheiro.

— Desculpa acabar com a sua paz, mas preciso de você, cuida de mim mais um pouquinho?

Julguei que não poderia ficar mais extasiado com as palavras e toques dele, mas minha lua mostra que pode ir além, muito além.

— Quero rebolar contra o seu rosto — sussurra contra a minha bochecha, aperta minha cintura —, você deixa?

Não posso acreditar que ele acabou de usar um tom dominador, meus joelhos estão fracos e minhas pálpebras não se movem, sem contar que estou sem rumo com a proposta.

Se não fosse por ele me levando para cama com um sorriso nada casto no rosto, eu passaria os próximos minutos encarando a parede verde-claro.

Se afasta e sobe na cama. Engatinha sobre o colchão, dando uma bela visão de sua bunda branquinha, que logo ficará vermelha. Deita-se de barriga para cima e abre as pernas. Toca abdômen, seu olhar deixa claro que está fazendo isso para me instigar, tsc, zero necessidade, sua simples existência me deixa de joelhos.

Jimin está se despindo, não há presa em seus movimentos, está me provocando, aumentando minha agonia, intensificando a onda de calor.

Ostentando seu corpo nu, que mais parece uma escultura moldada pelo próprio diabo para fazer qualquer criatura cair em pecado, vem ao meu encontro, de quatro, lento, feito tigre prestes a pegar sua presa.

Seu olhar claro e estreito e o pau ereto, me fazem pulsar, me deixam mais molhado, e me fazem engolir em seco, meu ar está dando os primeiros sinais de falha.

Deita de bruços entre minhas pernas, segura minhas coxas e beija a parte interna da direita. Canalha! Desliza a boca e a língua em direção ao meu pau. Me apoio em meus cotovelos para observá-lo melhor e mordo a boca com a cena, porque porra, é tão bonita.

Beijos por toda a minha virilha e eu seguro seu cabelo. Seus toques são sutis para além do que aguento, sou sensível demais, é como se eu fosse desmanchar feito gelo no sol, e ele sorri, sabe que o que está fazendo. Desabo sobre a cama, não há como competir com sua falta de vergonha na cara na hora de me atiçar do jeito mais sacana possível.

E como bom filho da mãe que é, seus beijos e chupões se prolongam e vão se espalhando por todo o baixo ventre, dando a volta no meu pau, me fazendo arfar na mais pura aflição. O que fiz para merecer tamanho castigo? Quero rebolar na sua cara, mas também quero sentir o calor da sua boca gostosa.

Reclamo ao sentir seus dentes marcando a pele do início da minha cintura. Seus beijos continuam a ser distribuídos até meus mamilos. Sua língua serpenteia o mamilo direito e a pele da região se arrepia. Jimin será minha ruína, não tenho mais dúvidas.

A cabeça inchada e molhada do meu pau, sente a maciez da sua pele, mais quente que o normal, quando se abaixa um pouco mais para roçar de leve nossos corpos.

Inverte nossas posições. Respiro pesadamente por conta do susto, mas meus olhos logo rolam ao estar montando em seu colo.

— Senta aqui bebê — pede e esfrega os dedos sobre a boca carnuda e avermelhada. Minha mente nubla instantaneamente com o sorriso devasso que está lançando. Um forte tapa em minha bunda, me faz quicar levemente e voltar a realidade. — Vamos, fique de costas logo, seu cheiro está me deixando morto de fome.

Obedeço. Fecho os olhos. Sofrendo por antecipação. Sei que serei destruído, como é de sua índole. Quando se trata de me proporcionar prazer, Jimin não poupa esforços.

Me ajoelho, me acomodo sobre seu corpo. Tento não desabar, ainda não fez nada, mas não para de espalhar seus feromônios. Caralho! Minha bunda sendo beijada, apalpada e aberta sem pressa. Estou gostando da tortura, quase ronronando ao ordenar por mais.

Um gemido mudo corta minha garganta, meu quadril empina por reflexo e minhas unhas cravam nas coxas torneadas quando sua língua entra em cena e faz uma bagunça comigo.

Minha cabeça tomba para frente, de cara com seu quadril, noto seu pau implorando por mim. Então eu faço. O coloco na minha boca. Jimin aperta minha bunda e para de me foder com a língua para gemer deleitoso e dizer que sou seu garoto, que faço tudo do jeito que ele gosta.

Enquanto caminho pelo corredor, me espreguiço, nem mesmo o banho quente conseguiu relaxar os meus músculos. Graças ao universo, o heat do Jungkook foi embora, mas as consequências ficaram, acredito que preciso de uns cinco dias dormindo sem parar.

Chegando na cozinha sinto cheiro de bolo e me deparo com o meu ômega deitado no chão com gatos ao redor e em cima dele. De braços abertos e olhos fechados, posso ver o alívio estampado em seu rosto. Isso me deixa muito feliz.

— Tem espaço para mim, nesse chão aí? — pergunto, já me enfiando no meio de todo mundo, mas diferente dele, eu me apoio no balcão.

— Dormiu pra caramba, hein? — comenta enquanto ergue o corpo.

— Nem vem, eu só dormi depois que você, visto que eu estava resolvendo coisas de adulto.

— Coisas de adulto? E o que seria? — Se aproxima, vira o corpo e se coloca entre minhas pernas, usando meu peitoral de apoio, logo Netuno sobe em seu colo e pede carinho, no fim, o nosso planeta hostil, é bem carente, e claro, adoramos isso.

— Liguei pro seu médico — digo e ele nada fala, mas posso sentir seu coração. — Precisava saber o que aconteceu. Então contei tudo o que ocorreu entre nós dois e ele disse que precisava de algumas respostas para poder me dar as que eu queria.

— E, ai? — diz calmamente, mas sua voz sai falhada, eu posso sentir seu nervosismo, assim como posso sentir que ele está tentando não demonstrar o quão afetado está ficando.

Meu ômega deve ter esquecido que agora somos basicamente um e que sinto suas emoções.

— Sabe quando me contou sobre seu medo do escuro? O motivo?

— Lembro, o cara que engravidou minha mãe, me trancava no armário do banheiro quando não queria ver minha cara — responde baixo, a tristeza tomou o lugar da ansiedade.

Não gosto disso, não queria isso, mas a conversa não pode ser evitada, e para atenuar a situação, aqui estou eu, o cobrindo com o meu cheiro, o fazendo se aconchegar ainda mais no meu corpo.

— Não queria tocar nesse assunto, mas é inevitável.

— Não, tudo bem. Eu não lembro de muita coisa, minha tristeza é saber que uma pessoa dessa está livre por aí, fazendo sabe-se lá o que, com os outros. Enfim, pode continuar, vai ficar tudo bem.

— Então, por ele ser agressivo-

— E alcoólatra miserável viciado em jogo, que deixava de comprar comida pra gastar em apostas e que espancava a família quando perdia...

Agora a raiva deu as caras. Netuno até deixa seu colo. Meu amor sofreu tanto, ele nunca mereceu nada disso. Deixo um rastro de beijos por seu ombro, pescoço e cabelo. Ele respira fundo e abraça meu braço, que está ao redor do seu tronco.

— Lembra quando me disse, que sua mãe te contou, que você desmaiou durante uma surra, e você tinha sei lá, uns três anos? Porra, o ódio que eu sinto! Essa desgraça desse homem dos infernos!

— Ei, calma, ele nunca mais vai chegar perto de mim, passou.

Está sentindo o mesmo que eu, e pedindo calma, eu não mereço. Juro que não mereço. Jungkook é um presente do universo.

— Tudo bem. Lembra sobre ficar de cama?

— Sim, coitada da minha mãe, achou que ia me perder.

— Então, chame como quiser, o seu lobo, seus genes lupinos, seu lado lupino, sua consciência lupina, não importa, dormiu. Não foi só consequência do espancamento.

— Como assim? Estou tentando entender e não chego em nenhuma conclusão.

— No momento em que as agressões começaram, seu lobo adormeceu. Sua consciência foi desligada. Foi a forma mais efetiva de te manter vivo.

— O quê? — exclama, e fica de frente para mim.

— Se o seu lado lupino padecesse, você... não estaria viv... enfim. Um dos lados precisava se manter seguro. Seu lobo hibernou para não sofrer junto. Autoproteção. E com isso tudo em você enfraqueceu, seu cheiro, feromônios, o ciclo fértil, e os médicos chegaram a conclusão de que você era um recessivo.

— Meu Deus? — Ergue as mãos, seu rosto franzido, eu não julgo, essa foi minha exata reação quando ouvi a explicação hoje de manhã.

— Isso faz de você, um dominante, amor.

— Um, o quê? Não... Como assim?

— Tudo bem, é muita coisa para assimilar, mas vamos lá. Exemplificando. Sou um alfa dominante, certo?

— Certo.

— Na hierarquia, estou acima de um alfa comum, meio que não há competição para mim, eles naturalmente abaixam a cabeça, não é?

— Exatamente.

— E o que isso quer dizer?

— Eu não sei?

Solto uma risadinha com seu olhar nervoso.

— Sabe sim, eu só posso marcar ômegas dominantes, lembra? Ômegas comuns rejeitariam minha mordida, e olha só, tem uma marquinha bem aqui — toco a base do seu pescoço — e uma bem aqui — toco a minha —, feita por você.

— Porra, eu estava tão cego pelos sintomas do ciclo que não pensei me nada disso!

— Visto que só os dominantes têm essa capacidade de desligamento, seu lobo adormeceu na infância e começou a despertar quando nos declaramos, e quando ficamos juntos, ele acordou de vez. Ele sentiu que estava em segurança. É isso, você não é recessivo, só estava sendo protegido.

— Caralho!

— E temos outro ponto.

— Céus, qual? — Esfrega os dedos das mãos, está mastigando a parte interna das bochechas.

— Eu te dei o meu nó e você o aceitou de bom grado, e isso quer dizer-

— Nem fodendo que o outro ponto tem relação com um filhote.

— É exatamente isso.

— É o quê? Isso é sério? — Seus olhos enormes, sua respiração toda atrapalhada, suor se formando em suas têmporas. Toca o peito, deve achar que irá infartar a qualquer segundo.

— Seríssimo! Tudo em você está funcionando cem por cento, inclusive a incubadora de bebês.

— Acho que vou desmaiar, Park Jimin, não brinque comigo! — Coloca a mão na testa, joga o cabelo para trás, olha para a barriga.

— Amor, não tem para onde correr, é certeza total de que você vai gerar um filhote, eu não brincaria com isso, muito menos seu médico, mas se você não quiser prosseguir, ele até me passou o nome de uma médica que trabalha aqui na cidade. É um profissional excelente, ele disse, amigos há anos, é só ir até ela e interromper, só precisa esperar uns dias, realizar uns exames e é isso.

— Puta merda! Um bebê... Você quer um bebê? — Segura minhas mãos, ele é desespero da cabeça aos pés.

— Amor, isso não sou eu que decido. É uma decisão exclusiva sua e irei apoiar o que for melhor para você. — Beijo sua testa.

Ele abaixa a cabeça.

— E se eu quiser ter um bebê com você? — diz bem, bem baixo, basicamente um sussurro.

Está com medo, nunca o vi com tanto medo. Porra! Não poder ter filhotes foi a coisa mais dolorosa que ele ouviu e agora descobrir que pode e sentir medo antes da alegria, me despedaça.

— Então, eu quero ter um bebê com você. — Ergo seu rosto e beijo sua boca. — Quantos você desejar.

Jimin mal me deixa processar sua resposta cheia de amor e a noticia que acabei de receber e exibe uma caixa aveludada, grande demais para ter anéis em seu interior. A curiosidade está agarrando minha garganta e me sufocando.

— O que é isso?

— Abre — pede todo mansinho e obedeço, com certa dificuldade, pois meus dedos estão super trêmulos, ergo a tampa. Meu coração dispara feito um cavalo de corrida com o que vejo.

— Pulseiras? — Pela cor, é ouro branco, uma contém uma lua e ela está marcada com um JJK. A outra, tem um sol, e nele PJM.

— Jeon Jungkook. — Jimin se ajoelha.

— Ei, você está se ajoelhando? Espera... Oh, meu Deus! Você está se ajoelhando! Pode parar com isso! — Escondo meu rosto, acho que irei dessa para uma melhor antes das sete da noite.

— Minha lua, pai dos meus gatos e do meu futuro filho, você quer se casar comigo?

Grito em silêncio e mordo a lateral da minha mão, uma reação legitimamente exagerada, mas muito sincera.

— Vai se foder! É o que mais quero nessa vida, seu filho da mãe! — Agarro ele num abraço atrapalhado, cheio de sorrisos e lágrimas de emoção.

— Você é minha euforia — digo contra o seu pescoço. — Você é, você sempre vai ser, e se eu buscar no fundo da minha mente, você, com toda a certeza, sempre foi, antes mesmo do nosso encontro.

— Eu te amo tanto, Jungkook. — Beija meu ombro. — Eu te amo mais do que tudo!

— Quero avisar que iria começar a chorar copiosamente pelas próximas cinco horas. Sinto como se fosse explodir, sabia? — Jimin ri e a ponto dos seus olhos sumirem. Caramba, eu tenho o alfa mais fofo entre meus dedos. — Tudo o que eu sempre quis na vida, vindo assim, de uma vez, eu vou precisar de um tempo.

— A melhor coisa que fiz na minha, foi ter socado a cara do Yejun na primeira semana de aula!

— Amor! — O choro me pega e quebra no meio. — A melhor coisa que fiz na vida, foi engolir minha timidez e entrar naquele banheiro imundo para agradecer.

Batidas na porta roubam nossa atenção. Farejo o ar, coisa que nunca fiz, e gosto dessa atualização, então reconheço o cheiro e num supetão, me coloco de pé.

— Estou ficando maluco, ou?

— Sim, é sua mãe. Tomei liberdade de contar tudo para minha sogrinha, porque sou um puta fofoqueiro e não me aguentei. Ela quase teve um colapso e falou que iria vir até aqui, a gente querendo ou não, pois esse é o dia mais feliz da vida dela e precisava ver de perto, para saber que não era só mais um sonho.

Não respondo e não espero mais um segundo. Saio correndo e escorregando pela casa. Abro a porta numa velocidade assustadora e não ligo se tenho o dobro do tamanho dela, chorando feito uma criança perdida no parque, me jogo em seu colo.

Sendo mais forte do que julguei um dia, Soyeon aguenta meu peso e me acalenta como se eu ainda tivesse cinco anos.

— Mãe, não acredito! Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Minha deusa está aqui e não é um sonho!

— Meu príncipe! Desculpa a demora, sabe como é na casa de repouso, conseguir uma folga é quase um parto, você sabe, mas quando soube da notícia, adiantei uma semana das minhas férias, e sai correndo! E agora você precisa descer, pois está muito pesado.

Numa risadinha, sou colocado no chão e nos abraçamos outra vez.

— Que saudades! — digo a apertando tão forte me meus braços, que a pobre pede um tempo. — Não vou soltar, não estou pronto ainda.

— Mas precisa, meu bem, pois você precisa me ajudar com uma coisa.

— Com o quê?

Não fala, apenas pega minha mão e sai me arrastando gramado afora em direção ao carro que dei de presente em seu aniversário passado.

Abre a porta do passageiro, e meu coração solavanca. Tem um filhote de cachorro todo molhado e trêmulo no meio de uma manta.

— No caminho para cá, estava chovendo inclusive, eu o vi na beira da estrada, não pensei duas vezes e o peguei e agora eu não sei o que fazer.

— Dá ele para mim! — digo e pego o filhote no colo, que se encolhe, ele está com medo. — Jimin, meu amor! — Viro o corpo em direção a casa. Meu noivo está descendo a escadinha da varanda, nossos gatos dispersos pelo quintal, é uma cena linda de morrer, se não estivesse com os braços ocupados, pagaria o celular da minha mãe para bater uma foto. — Acho que encontramos o Plutão.

Ele sorri, seu rosto se ilumina e assim encara o céu.

— Sim, eu sou um alfa de muita sorte — diz, com as duas mãos no peito.

Mesmo que não me olhe, eu devolvo o sorriso. Eu também sou um ômega de muita sorte.

Para quem julgou que estava fadado a uma vida de solidão, aqui estou eu, diante a minha família, sendo banhado por um alto grau de alegria, aquela que te faz chorar e quase te forçar a pular, pois é grande demais para se contida em apenas um sorriso.

Hoje é o segundo dia mais feliz da minha vida, o primeiro foi quando entrei no banheiro do colégio e me deparei com o amor da minha vida, tentando estancar o sangue do nariz.

Olá, plutõezinhos!

Primeiramente, estou feliz por conseguir concluir mais uma fanfic, pode parecer bobagem, mas é uma vitória para mim. Segundamente (nem sei se essa palavra existe, fodase), estou triste para caralho, visto que, quando resolvi amar sete coreanos há quase seis anos, ninguém me avisou do maldito exército e agora estou aqui querendo queimar pneu na frente de quartel, enfim, que vontade de arrancar os cabelos.

Respira, Cintia, respira! É isso, todos os planetas acabou, sim estou chorando, toda vez é a mesma dor. Espero que tenham gostado, como já sabem, para quem lê os avisos, né? Tem gente que acha que não é importante e afins, beleza, era para essa fanfic ter no máximo cinco capítulos e olha só, conseguimos estender para oito, yeah! Estou cogitando um extra, quem sabe... o tempo dirá.

Essa semana eu posto o extra de Stay e muito provavelmente demoro para aparecer, então quem sentir saudades, fique a vontade para ler as outras histórias desse perfil. Eu amo vocês e obrigado por todo o amor com essa fanfic. 

Vocês são incríveis, e por favor, se cuidem. 

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