• madelyn perez
me assusto com o meu celular tocando e com o choro do meu afilhado.
— caralho! - eu sussurro só pra mim.
me levanto meio atordoada e vou até o meu afilhado e o pego no colo.
— tá tudo bem, passou... - eu tento acalmar ele.
isso é fome.
percebo que o meu celular ainda está tocando e pego o mesmo.
— número desconhecido. - eu falo pra mim mesma.
tento me concentrar no número, mas o liam berrou mais alto.
— tudo bem liam, vamos fazer o seu leite. - eu falo e jogo o celular de volta no sofá.
vou até a cozinha com o mesmo no colo e preparo o seu leite e fico mais aliviada porque a água já estava morna dentro da garrafa que era usada só para o leite do liam.
dou a mamadeira para o mesmo que parece que estava sem comer fazia dias.
— você é um poço sem fundo, né. - eu falo rindo da cara dele.
meu celular começa a tocar novamente.
me sento no sofá com liam e deixo o mesmo segurando a mamadeira.
pego o celular e atendo.
— alô? - eu falo.
— finalmente, pensei que não iria atender nunca. - alguém fala do outro lado da linha.
— quem é? - eu pergunto.
— não tá reconhecendo a voz? - a pessoa fala sarcástica do outro lado da linha.
— ASHTRAY?! PUTA MERDA.- eu grito assim que reconheço a voz.
liam dá uma resmungada.
— eu voltei, gatinha. - ele fala.
— onde você tá?! - eu pergunto eufórica.
— você sabe o endereço. - ele fala simples.
eu ainda fico sem falar nada e começa a passar na minha cabeça aquilo que lexi falou.
— preciso desligar agora, a gente se ver depois. - ele fala e desliga.
rue narrando.
o foda é que madelyn ainda sentia a mesma coisa que ela sentia quando tinha apenas 15 anos.
a mesma sensação de só ouvir a voz dele.
rue off.
— mas que merda. - eu falo.
— liam, sua mãe vai querer a minha cabeça, porém eu não posso deixar você só. - eu falo pra ele enquanto ele brinca com a mamadeira vazia.
me levanto do sofá e vou até o quarto onde cindy dormia com liam.
pego uma peça de roupa e começo a vestir o mesmo e depois vou pentear seus cabelinhos loiros e liso.
logo pego o mesmo no colo e vou até o meu quarto para me arrumar.
(...)
— acho que é aqui. - eu falo parando o carro e viro para olhar o banco de trás onde liam estava na cadeirinha e o mesmo estava em um sono profundo.
— agora liam? sério? - eu falo.
saio do carro com um certo medo.
aqui é um bairro muito distante do centro de los angeles e é muito perigoso aqui para esses lados.
mesmo de dia ainda dá medo.
pego liam da cadeirinha delicadamente para não o acordar, pego a bolsa dele e vou até a casa com o número que estava no endereço.
vejo que tem uns 5 homens mau encarados sentados logo na escadinha da entrada da casa fumando e ouvindo alguma música de rap.
— o que a princesa deseja? - um deles pergunta me olhando de cima a baixo.
— o ashtray tá? - eu pergunto ajeitando liam no meu colo.
ele confirma com a cabeça e levanta entrando na casa.
os outros continuam olhando.
— o que que tu é dele? - um deles pergunta.
— eu- - eu ia falar porém sou interrompida.
— mulher, ela é a minha mulher. - ouço a voz dele.
ele estava um pouco mais forte, com mais tatuagens, com uma cicatriz perto do olho e uma no canto da boca.
— caralho, o muleque tem dezoito anos e já tem mulher e filho. - um deles fala rindo.
ele faz sinal com a cabeça pra eu entrar e logo os que estavam na passagem dão espação para eu passar.
dou graças a deus que liam ainda permanece quietinho no meu colo dormindo.
entro na casa e tem mais homens na sala e logo a atenção e vinda toda pra mim.
— quem é ela? - um cara bem mais velho que estava sentado em uma poltrona com uma cerveja na mão pergunta.
— minha mulher, patrão. - ashtray fala enquanto eu paro ao lado dele.
— filho de vocês? - ele pergunta desconfiado.
— sim senhor. - ashtray fala e eu faço uma cara estranha.
— bela família. - ele fala.
— obrigada, patrão. - ashtray fala.
— pode levar ela lá, rapaz. - ele fala.
ash coloca uma de suas mãos no meu ombro e me guia em um corredor estreito com algumas portas e logo ele abre uma delas.
entro no quarto minúsculo com uma cama de solteiro, uma mesinha de madeira, com um mini armário de duas gavetas e o local era apenas iluminado por um abajur que ficava em cima da mesinha.
— esse é o filho da cindy? - ele pergunta trancando a porta.
— sim. - eu falo.
— como conseguiu fugir? - eu pergunto e deixo a bolsa de liam em cima da cama.
— uns parceiros me ajudaram... - ele fala.
rue narrando.
ashtray comeu o pão que o diabo amassou naquele presídio pra tá vivo.
ele caiu em uma cela sem o fezco.
acabou caindo em uma cela só com gente da barra da pesada.
logo no primeiro dia já levou porrada.
mas com o tempo ele conseguiu fazer amizade com um deles e esse um deles era nada mais e nada menos que um dos grandes chefes do tráfico dos estados unidos.
o cara era o poderoso lá dentro e aqui fora.
com isso teve a rebelião e eles conseguiram sair ilesos.
rue off.
— posso deitar ele aqui? - eu pergunto e ele confirma com a cabeça.
com uma mão pego o trocados dele que estava fácil e coloco forrando onde ele vai deitar.
lá sabe quanto tempo esse colchão ou se trocaram esse lençol.
eu deito o mesmo que ainda está em um sino profundo.
— cadê o fezco? - eu pergunto.
— eu também não sei... - ele fala sério.
— como assim?! ele não saiu junto com você?! - eu pergunto preocupada.
— se ele tivesse junto comigo estaria aqui, porra. - ele fala.
rue narrando.
mil e uma coisas se passavam pela cabeça da madelyn.
mas uma delas era "por que eu ainda não o abracei como sempre fazia quando ele sumia?"
talvez a antiga madelyn estivesse morta?
provavelmente ela só esteja escondida entre sentimentos e lembranças do passado.
rue off.
— a gente precisa conversar. - eu falo.
— pode falar. - ele fala prestando atenção em mim.
— eu não sei se eu posso continuar assim... com você sumindo e aparecendo anos depois. - eu falo.
— quer desistir da gente depois que eu consegui sair do presídio? - ele pergunta sarcástico.
— não é isso... é que eu não tenho mais tempo pra estar com você assim, fugindo de polícia e eu chorando desesperada na postar de delegacia. - eu falo.
— então por que você veio? - ele pergunta.
— porque eu queria falar com você pessoalmente e você pediu pra eu vim? - eu falo em um tom óbvio.
— então você quer terminar? - ele pergunta.
rue narrando.
óbvio que ela não queria terminar.
mas madelyn estava sem saída.
rue off.
— eu não quero terminar, eu quero te perguntar uma coisa. - eu falo.
— fala. ele fala.
— você sairia dessa vida por mim? - eu pergunto.
percebi que ele muda a feição totalmente.
— é impossível eu sair dessa vida madelyn porra, eu to foragido e era pra eu tá cumprindo 10 anos de prisão! você quer que eu fique mais de 10 anos na cadeia? - ele fala nervoso.
— se for pra você sair dessa vida, sim. - eu falo.
eita que essa madelyn tá que tá hein 🗣️
não se esqueçam de votar e comentar muito!!
me perdoem pelos erros ortográficos.
até o próximo capítulo 😘😘