11:40 / 08 de novembro, domingo.
Connor on
Depois do susto que tivemos, meu irmão foi para a delegacia encontrar minha mãe e o advogado para resolverem a bagunça.
Liz e eu conversamos e acabamos pegando no sono novamente. Comecei a sentir muito calor e acabei acordando. Levantei da cama para checar o aquecedor, mas assim que saí da coberta, a temperatura estava tranquila.
Achei estranho e assim que olhei para Liz, a mesma estava vermelha e suada. Coloquei a mão em sua testa e senti sua pele fervendo.
Connor: Pequena!- disse surpreso.
Fiquei pensando no que fazer, e então fui procurar um termômetro.
Connor: Cadê essa porcaria?- perguntei para eu mesmo enquanto olhava os armários da cozinha.
Achei e voltei até a mesma. Medi sua temperatura e ao olhar, me assustei.
Connor: 39?!- arregalei os olhos.- Liz...- tentei acordá-la.- Ei.- tentei novamente.
Liz: Oi?- abriu os olhos devagar e tossiu.
Connor: Vamos pro hospital.- levantei da cama.
Liz: Não!- se sentou.
Connor: Você está pelando, lorinha! Trinta e nove graus não é brincadeira.- a olhei.
Liz: Eu não tenho dinheiro pra pagar! A gente compra remédio.
Connor: Eu não me importo em pagar!
Liz: Não precisa.
Connor: Precisa sim.
Liz: Por favor, Connor...- pegou em minha mão.- O hospital é muito caro...- me olhou nos olhos e eu me sentei ao lado dela.
Connor: Ta bom...- respirei fundo.- Mas se não abaixar a febre, nós vamos!- assentiu.
Abaixei a temperatura do aquecedor para ver se ajuda, e fui até a farmácia comprar os remédios, pois em casa não tinha quase nada.
Assim que voltei, encontrei Liz na sala enrolada na coberta, e mais vermelha do que antes.
Connor: Pequena...- coloquei as sacolas na mesa e fui até ela.- Se você ficar nessa coberta só vai piorar a febre.- me abaixei na frente dela.
Liz: Mas está frio!- disse tremendo.
Pensei no que fazer e então fui até meu banheiro. Enchi a banheira com uma água quase morna, e busquei a Liz.
Connor: Vem.- estiquei a mão e a mesma me olhou receosa.- Confia.- ela segurou e então fomos até o banheiro.
Medi novamente a temperatura dela, que havia subido para 40, e então disse para ela tirar a roupa e entrar na banheira.
Liz: Eu posso tomar banho sozinha.- disse tirando o short e quase caiu.
Connor: Tô vendo.- a segurei.- Não precisa tirar as roupas íntimas.
Liz: Eu tô de pijama, Connor... Não durmo de sutiã.- me olhou envergonhada.
Connor: Quer uma regata minha pra ficar mais confortável?- assentiu timida.
Busquei uma regata preta e virei de costas para ela vestir. Assim que a mesma vestiu, entrou na banheira com cuidado segurando minha mão, e começou a tremer mais de frio.
Com um paninho fui passando água em seu rosto e molhando seu cabelo.
Liz: Desculpa estar dando trabalho...- tossiu.- Acho que peguei a gripe do Henry.- coçou atrás da nuca.
Connor: Não está dando trabalho.- sorri gentilmente e passei o pano úmido em sua bochecha.
Liz: Connor...- segurou meu pulso com delicadeza.
Connor: Sim?- afastei o pano de seu rosto.
Liz: Por que se importa tanto comigo?- olhou em meus olhos.
Connor: Pelo mesmo motivo que você entrou desesperada no meu quarto hoje de manhã.- sorriu.
Liz: Tá frio.- disse se tremendo ainda e tossiu.
Connor: Eu sei minha princesa... Mas não posso deixar mais quente que isso enquanto a febre não baixar.- a olhei com o coração apertado.
Liz: Só espero que você não fique doente também.- disse mexendo na água.
Deixei ela sentada na banheira e fui buscar uma camisola, escova de dentes e uma calcinha para a mesma em seu apartamento.
Assim que voltei, disse para ela sair e fui para a cozinha preparar os remédios. Pedi para que ela deixasse a porta do quarto aberta para eu ficar atento em qualquer barulho, e a mesma concordou, já que não dá para ver o quarto da cozinha.
Liz se trocou, escovou os dentes e se sentou no sofá da sala querendo pegar a coberta.
Connor: Nananão!- fui até a mesma e puxei a coberta.- Nada de cobertor enquanto não passar a febre, senhorita.
Liz: A não, Baker!- reclamou jogando a cabeça para trás.
Connor: Tem nada de A, não.- peguei os remédios.- Esse é o de gripe.- coloquei a colher um um líquido rosa na frente dela e a mesma tomou com a cara emburrada.- Agora esse é para a febre.- coloquei um xarope amarelo na colher e assim que ela tomou, sentiu ânsia mas conseguiu engolir.
Liz: Que negócio horrível! Quer me matar, é?- fez careta e eu acabei rindo.- Credo! Isso aí conseguiu ser pior que o de dor de cabeça.
Coloquei as colheres na pia e voltei para o sofá com ela.
Connor: Vem cá.- me sentei e a puxei para perto.- É para o seu bem, gatinha.- sorri e beijei sua testa.
Liz: Fica me beijando aí, vai ficar doente também.- me olhou.
Connor: Tenho que pensar no seu bem estar agora, o meu a gente cuida depois.- pisquei para a mesma e fiz carinho em seu cabelo.
Coloquei um filme para assistir e pedi almoço no aplicativo. Assim que chegou a comida, busquei no térreo e separei nos pratos para almoçarmos.
Liz: Não quero comer...
Connor: Come um pouquinho pelo menos.- a olhei.
Liz: Mais tarde eu como, pode ser?- neguei e ela revirou os olhos.
Connor: Eita mulher marrenta.- bufei.
Liz: Cê tem chifre mas não é touro não, viu?- a olhei incrédulo e ela riu.
Connor: Otária.- joguei o pano de prato nela e ri junto.
Depois de insistir muito, ela comeu. Ela ficou assistindo e eu fui tomar um banho.
Um tempo depois, a febre já tinha passado e Scott chegou decepcionado em casa. Demos atenção para ele, e o mesmo disse que minha mãe resolveu pagar o carro, pois se dependesse do homem, o carro ia demorar para ser pago.
Ficamos até de noite conversando. Scott fez uma janta simples para nós, e depois que comeu, foi para o quarto dele.
A febre de Liz voltou algumas vezes, mas fraca e passou rápido. Pedi para ela dormir aqui para eu ficar de olho, e preparei um chá para melhorar a garganta que já estava machucada por conta da tosse.
Escovamos os dentes, deitamos e ficamos olhando o Instagram até o sono vir.
@_Connor: me humilha de vez em quando, mas eu cuido mesmo assim ❤️
@Emma._: 💋 @Lucca_
@Liz_: chatonildo 😑❤️