MIN YOONGI °Palisade° (REVISA...

By Ana-ParkMochi

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Tudo se iniciou em Chicago, havia um tempo em que o Governo procurava, incansavelmente, pela cura do câncer... More

Personagens principais
Prólogo
O acidente
Eu e... ninguém?
Eu e... ela!
Sinal de vida
Casa na floresta
Posto de gasolina
Comunidade
Rostos desconhecidos
Colegas
De volta à cidade
Temer o pior
Noite do desespero (I)
Noite do desespero (II)
Vivos e seguros
Raízes
Primeira palavra
A caça
Mais uma tentativa
Um "não" sem diferença
A saída
Não é possível que...
Hyung
A decisão
Boas-vindas
Cadê eles?
A ameaça bate à porta
Na direção do perigo
A pedreira
Longe de casa
Onde está Lia?
Um novo problema
A queda
Uma perda, uma dor, uma decisão.
《2 temporada》
Trailer da 2 temporada
Lugar seguro
O peso do passado
Boas sensações
IT-19 part.1
IT-19 part.2
Sem tempo
Até o tempo acabar (Cap. grande)
Viagem em "perfeito" estado
à beira da morte
Um rosto diferente
Adeus, amigo
A volta para casa
Medo de te perder
Gainesville Part. I

Um sinal

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By Ana-ParkMochi

Se tiverem Spotify, por favor, coloquem uma playlist de The Last Of Us e sejam felizes.

S/n p.o.v
Cidade - 17:15 da tarde

Saímos do carro ao pararmos de frente com algumas casas, realmente era uma pequena cidade. Não haviam prédios, somente casas e alguns casarões que pertenciam à farmácias, hospitais e mercados.

Estava tudo silencioso, pacotes voavam com o vento e havia lixos espalhados por todas as ruas, carros capotados ou abandonados. Portas abertas ou arrombadas, cercas destruídas, um verdadeiro fim de mundo.

- Isso está um caos. - Comentou Namjoon, tendo a mesma reação que nós.

- Só não está pior que a cidade grande, aqui é só a pontinha do iceberg. - Falei, sentindo os olhares miúdos de Yoongi.

- É melhor a gente ir logo, quanto mais cedo acharmos eles, mais cedo iremos embora.

O garoto de pele alva foi na frente, a arma sempre em suas mãos e a posição de alerta. Por mais que aquela região parecesse calma, qualquer outra coisa poderia acontecer a todo o momento. Não podemos relaxar.

Tirei minha pistola do coldre da calça ao passar por um carro capotado, uma sensação de calafrio percorreu meu corpo e eu abaixei um pouco para dar uma olhada. Um zumbi morto de cabeça para baixo, novidade.

Tampei meu nariz por causa do cheiro, aquilo estava horrível, moscas sobrevoam o corpo seco e eu me afastei. Continuei andando com os meninos que também exploravam tudo.

Vi Yoongi apontar para nós três. Primeiro apontou para Jin e para a primeira casa, indicando que cada um de nós procurariamos em cada uma delas. Depois para Namjoon e a segunda casa, apontou para mim e a casa da calçada esquerda e eu assenti.

- Toma cuidado brutamontes. - Não sei porque falei aquilo, mas falei.

- Se algo acontecer e avistarem coisa fora do normal, gritem. - Jin mandou e nós concordamos.

Adentrei a casa que eu peguei, abrindo cautelosamente a porta de vidro. Ela rangeu e eu fechei meu olhos, não queria chamar a atenção do que estivesse ali dentro.

Esperei alguns minutos e nenhum zumbi apareceu. Passei pelo corredor que levava para a sala e para a cozinha, mas não tinha ninguém. Os objetos estavam jogados pelo chão, as cadeiras caídas, os vasos quebrados, fotos rasgadas e muito mais.

Fiquei pensando que no final de tudo essas mínimas coisas que dávamos muita importância, viraram nada e sem valor. Subi as escadas e o piso também rangeu.

- Porcaria de casa que só faz barulho.

Resmunguei baixo e fui para o andar de cima. Quartos, banheiros, tudo vazio e revirado. Exceto a última porta, assim que abri ela levei um susto enorme que me fez cambalear para trás.

Um quarto com duas adolescentes deitadas em suas camas, estavam mortas em estado de putrefação. O odor do cômodo estava tão forte que me deixou tonta, elas mesmas tinham atirado na própria cabeça, nem quiseram tentar sobreviver e desistiram.

Será que fora o caminho mais fácil?

Fechei a porta e soltei o ar que estava prendendo. Aquela cena com certeza mexeu comigo, onde estariam os pais dessas meninas?

Tantas perguntas.

De repente, ouvi um disparo que parecia vir da próxima esquina. Foi alto o suficiente para que eu e os outros ouvissemos, imediatamente corri para o lado de fora da casa.

Wheein p.o.v

Hwasa atirava nos zumbis pela janela, fazia algumas horas que estávamos presas dentro daquela casa por causa daquele bando que surgiu do nada. Tentei até me comunicar com a comunidade, mas esses walk-talks não parecem gostar muito da gente.

Ao menos tínhamos achado Jack e Lia, os dois estavam perdidos pela estrada e conseguimos trombar com eles. Entretanto, acabamos vindo para cá passar a noite e esse bando nos encurralou.

- As balas acabaram, de todas as armas. Não entendo, de onde surgiu tantos zumbis assim? Estava tudo calmo lá embaixo. - Ela comentou, se sentou numa caixa ali no quarto em que estávamos e passou a mão no rosto, nervosa.

- Será que eles não vieram daquela pedreira que o Yoongi e o Jin comentaram?

- Provavelmente sim, Moon. Creio eu que não vamos conseguir voltar hoje para a comunidade, teremos que passar mais uma noite aqui. - Falei e fui revirar algumas gavetas para ver o que achava.

- Mas eu estou com fome, não tem outro jeito? - Lia estava sentada ao lado de Jack no chão, com a cabeça apoiada no ombro dele.

- Não estaríamos aqui se os dois pombinhos não tivessem dado uma de adolescentes independentes e saído da comunidade. - Solar respirou fundo e pegou sua faca - Eu vou dar mais uma olhada na cozinha e ver o que eu acho.

Ficamos em silêncio e eu observei o rostinho pálido da menina, ela tem a cara do irmão dela e, ainda assim, conseguia ser mais gentil e doce.

- Relaxa, Lia. A Solar só está com medo, nós todas estamos.

- Eu sei Wheein, desculpa dar esse trabalho para vocês. Eu que induzi o Jack a vir comigo, estava preocupada com o meu irmão.

- Entendo, mas da próxima vez avisa pra gente, poderia ter acontecido algo muito pior e ninguém saberia. - A confortei e fui fortificar as portas para que elas aguentassem por mais uma noite.

- Os tiros vão atrair mais deles, temos que dar um jeito de tirar aqueles errantes se não saírem até o amanhecer.

Eu concordei com a Hwasa, nos afastamos de Jack e Lia para conversar sobre isso enquanto a Moonbyul foi ajudar a Solar. Tentávamos nos ocupar com o máximo de coisas que podíamos para sobreviver mais uma noite, não quero morrer ali, jamais.

- Vamos pensar em alguma coisa, mas não de barriga vazia e nem com essas portas ameaçando a cair a qualquer momento. Me ajuda a pegar aquele móvel e o armário, vamos cobrir as janelas com lonas e usar uma lanterna para andar pela casa ao anoitecer.

- Okay, vamos fazer isso.

S/n p.o.v

- Me digam que não foi só eu que ouvi esses tiros. - Encontrei os garotos na calçada sem saber o que fazer ou o que estava acontecendo.

- Não, também ouvimos. - Confirmou Jin.

- Estava vindo de lá. - Yoon apontou para a esquina - Vamos para a próxima rua e vemos o que está acontecendo. Venham atrás de mim e tomem cuidado com as costas, se for zumbis precisamos estar atentos.

Concordamos e o seguimos cautelosos até a esquina, o barulho alto de gemidos era de se adivinhar o que era. Errantes. Muitos deles, talvez dezenas.

Prosseguiu, mas parou imediatamente ao ver a situação e recuou, consequentemente fazendo nós três recuarmos também. Nos abaixamos ao lado do muro de uma casa e aquele barulho estava me deixando ansiosa.

Yoongi olhou para nós e negou, indicando que era impossível passar por ali.

- Acho que tem mais de 20, estão cercando uma casa.

- Os tiros vieram de lá? Então deve ter alguém, quem sabe as meninas e a sua irmã não estejam lá dentro. - Namjoon disse.

O garoto pensou por um momento e olhou para mim, mas eu não disse nada. Ele voltou a ficar na direção do barulho e espiou a rua mais uma vez sem ser visto pelos zumbis.

- Não tem como entrar pela frente, teríamos que entrar pelos fundos e ainda correr o risco de estar trancado.

- Por que estaria?

- Se vc estivesse cercado por zumbis e na casa tivesse duas entradas, você só fecharia uma? - Perguntei para Namjoon e ele entendeu - Pois é, mas se a Lia e o Jack estiverem lá, temos que entrar do mesmo jeito.

- Tem alguma ideia? - Yoon perguntou.

Dei de ombros.

- Está anoitecendo, se a gente quiser entrar precisar ir logo, aqueles tiros vão atrair mais deles, se é que aqueles da pedreira não ouviram.

Ele movimentou a cabeça e parou pra pensar.

- Vamos entrar, chequem suas balas e preparem as facas se algo der errado.

Jin e Namjoon assentiram e vimos quantas balas ainda tínhamos, 9 no pente e mais 12 de reserva. Ajudaria nesse início, mas se mais deles chegarem, ferrou.

Eu amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e respirei fundo, começamos a correr para trás da casa, Namjoon cuidava das costas e Yoongi da frente.

- S/n e Jin, de olho nas laterais. - O branquelo mandou.

Aparentemente não chamamos a atenção de nenhum errante, mas agora seria a parte mais complicada. Fomos andando sem fazer barulho por detrás das casas até chegar naquela que tínhamos como objetivo.

Minhas mãos estavam tremendo e eu lembrei da noite na cidade com Jin e Moon, meu coração acelerou e eu sentia que estava prestes a ter um ataque de pânico. Estava com medo, na verdade, apavorada.

Se aquilo desse errado, estaríamos mortos.

Só percebi que tínhamos fracassado quando olhei para o lado e um zumbi quase me mordeu, porém Jin atirou nele, acabando com o nosso silêncio e atraindo os outros errantes para a parte detrás da casa.

- Porra, vamos entrar!! - Yoongi gritou. Um errante caiu em cima de mim, mas fui mais rápida e atirei nele, Namjoon me ajudou a entrar na casa e eu agradeci mentalmente por aquela porta estar aberta.

Quem quer que seja que estivesse nessa casa, foi burro o suficiente para deixar uma entrada aberta. Saímos bem em uma sala, os meninos fecharam a porta e eu ajudei Seokjin a barrar a passagem com uma cômoda grande perto de uma escada.

Meus braços tremiam, as minhas pernas estavam fracas e provavelmente havia sangue em meu rosto, não meu, mas de um errante. Tentava recuperar meus sentidos, porém era difícil numa situação daquela.

- Eu vou dar uma olhada nesse andar, vem comigo Namjoon. - Jin pediu e o amigo o acompanhou.

Só ficou eu e Yoongi ali, ele me detalhou e percebeu o meu incômodo. Seus olhos ficaram opacos e sua mandíbula foi franzida.

- Você está bem?

- Pareço estar bem pra você? Acho que nenhum de nós está bem agora, né? - Eu ri de nervoso e passei a mão no cabelo - Você nem se importa, por que só não me deixa em paz?

Minhas palavras não pareciam fazer efeito sobre ele, por mais que eu não quisesse o deixar estressado naquele instante, só queria sentir alguma coisa além do medo.

- Suas mãos estão tremendo.. - Ele tentou pegar minha mão e eu me afastei.

- Para. - Pedi sem fôlego, estava tendo um ataque de pânico. A esse ponto não lembrava o que minha mãe costumava fazer para me ajudar nesses casos, eu precisava sentir outra coisa, precisava mudar a sensação - Eu vou ficar bem, eu só preciso me acalmar, eu não consigo controlar. Eu estou com medo, estou em pânico, estamos presos nessa casa e possa ser que nem consigamos sair, eu não posso morrer aqui.

Lágrimas começavam a escorrer dos meus olhos e eu me sentia fraca, odiava me sentir assim, mas crise de pânico não é uma coisa fácil de controlar.

Os olhos de Yoon mudaram, vi a preocupação em suas íris. Ele tirou a pistola da minha mão e colocou na cômoda.

- O que está fazendo?

- Te ajudando, agora cala a boca. - Ele tirou o cabelo do meu rosto e tocou minha bochecha com sua mão gélida. Estava próximo demais de mim e o medo dava lugar para as borboletas e a adrenalina.

Yoongi encarou meus lábios e, em segundos, o selou com os seus em um beijo lento e admirável. Não sei como ele conseguiu fazer isso, mas eu já não sentia medo, minhas mãos pararam de tremer e a minha respiração voltou ao normal.

Seus lábios eram quentes, bem contrário a temperatura de suas mãos, por mais que eu me sentisse estranha beijando Min Yoongi, uma pessoa que eu não me dou bem, não queria parar. Estava bom demais para acabar com aquele momento.

Ele separou nossos rostos e eu não podia admitir que estava surpresa com aquele ato, mas estava agradecida. Olhei profundamente em seus olhos.

- Obrigada. - Foi tudo o que consegui dizer, ainda sentia seus lábios nos meus e odiava dizer a mim mesma que havia gostado daquele momento.

Ele balançou a cabeça e passou a mão no cabelo, nervoso.

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