JUNTOS

By deloyaute

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Jonathan Clark e Margot Johnson eram inseparáveis desde sempre. Os dois praticamente nasceram juntos e por ma... More

dedicatória.
Recado.
Capítulo 1 - welcome to Collins University.
Capítulo 2 - Party time.

Prólogo

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By deloyaute

Este capítulo foi escrito ao som de Give Me Love - Ed Sheeran e também Hold On - Chord Overstreet.

🌈  Pode conter erros ortográficos 🌈

PASSADO: Jonathan Clark.

- Você não poderia apenas tentar se concentrar? - Pediu ela. - Tenho certeza que se parasse de me olhar desse jeito conseguiria patinar sem precisar segurar nas barras, Jonathan. - Sorri. Simplesmente o sorriso pelo qual sou e sempre fui apaixonado.

- Pega leve, ok? - Levo minha mão a sua cintura a trazendo pra perto de mim. - Eu nunca patinei na vida. - Digo. - Apenas você consegue essa proeza de me fazer vir até um ringue e andar nesses patins totalmente desconfortáveis.

Margot é simplesmente o amor da minha vida. Sim, pode parecer um pouco absurdo falar uma coisa dessas quando se tem apenas 16 anos, mas nunca tive tanta certeza de algo. Crescemos juntos, embora seus pais me odeiem por algum motivo.
Meus pais sempre admiraram o meu "relacionamento" com Margot e diziam que daríamos um casal ainda mais bonito no futuro, uma vez que somos
inseparáveis desde que tínhamos 7 anos.
Margot sempre foi uma pessoa completamente tímida e reservada, sem muitos amigos ou até mesmo colegas de classe na escola, o que claro, sempre me deixou ainda mais aliviado, pois não precisava me preocupar com nenhum marmanjo atrás dela.
Longe de mim ser um garoto ciumento ou possessivo demais, apenas gosto de manter as coisas claras com relação à menina a minha frente. Eu simplesmente moveria montanhas pela minha princesa.

- Chega por hoje, John. Preciso ir para a casa, acabei de receber um sms do meu pai. - Faz uma careta. - Provavelmente quer que eu compareça a algum jantar com a família de algum colega de trabalho. - Me da um beijo na bochecha. - Te vejo amanhã? - Assinto e a mesma passa por mim saindo do ringue para retirar os patins.


Levanto da cama rumo ao banheiro para fazer minhas necessidades matinais. Quando termino, volto ao quarto e a primeira coisa que faço é olhar o meu celular a procura de algum sms, afinal todos os dias recebo um da minha garota desejando bom dia.

Acabo estranhando pois não tem nenhuma mensagem.
"De repente ela ainda não acordou ainda" penso.

Ouço uma batida suave na porta do meu quarto e antes que eu possa sequer andar até a mesma, é aberta pela minha mãe.

- Ainda não aprendeu a bater na porta antes de entrar, dona Clark? - Brinco me virando para finalmente encara-la.
Minha expressão fecha na hora quando olho para o seu rosto.

- Por que está com essa cara, mãe? Aconteceu alguma coisa? Onde está o pai? - Disparo perguntas em sua direção. Fico estático quando percebo que está chorando.

- Mãe? - A seguro pelos ombros suavemente - Quer me contar o que aconteceu?

- John, meu filho, eu... - Não consegue terminar pois as lágrimas vem com ainda mais força, deslizando por suas bochechas. - Eu preciso que você fique calmo para o que vou te contar neste momento, preciso que... - a interrompo.

- Mãe, está começando a me assustar. O que está acontecendo?

- Não quer se sentar primeiro, filho? - Parece totalmente aflita.

- Apenas diga de uma vez. - a corto.

- Meu bem eu sinto muito! A Margot, ela... - Fico completamente estático onde estou, esperando que ela continue e torcendo pra não ter acontecido algo com a minha princesa.

- Tudo bem. - Diz limpando um pouco das lágrimas. - Filho, sinto muito, seu pai achava que eu deveria esperar um pouco para contar, mas você tem todo o direito de saber, afinal vocês sempre foram muito grudados. - Suspira. - Margot está morta. - Solta a bomba fazendo o mundo desabar na minha cabeça.

Na mesma hora caio sentado no chão e olhando para algum ponto específico do meu quarto, sinto as primeiras lágrimas molharem meus olhos escorrendo pelas minhas bochechas. Solto um grito sofrido e doloroso depois de absorver a notícia que haviam jogado no meu colo de uma hora para outra.

Escuto o choro da minha mãe se intensificar e a mesma vem ao meu encontro ao chão me abraçando para consolar.

- Isso não pode estar acontecendo! - Fico indignado. - E os nossos planos? E o plano de irmos para a faculdade juntos? E as promessas que fizemos? - Consigo sentir minha vista completamente embaçada. - O que aconteceu, mãe? Preciso saber! - Pergunto nervoso.

- Ainda estou tentando entender o que houve, John, mas pelo o que entendi foi ontem a noite. Ela estava voltando de algum lugar com a mãe, a senhora Johnson perdeu o controle do carro e as duas estavam sem cinto. Acabaram morrendo no local. Peter que ligou para avisar. - Sinto cada membro do meu corpo congelar completamente.

- Ontem a noite? Não pode ser...

- O que está dizendo, Jonathan? - Pergunta confusa.

- Ontem Margot tinha me levado ao ringue de patinação no gelo. Depois de algumas horas lá, ela recebeu um sms de Peter. Ela disse que talvez fosse para comparecer em algum jantar de familia, sobre negócios... meu Deus! - Fungo. - Se eu tivesse me oferecido para levá-la em casa... - Minha mãe me corta.
- Não pode falar essas coisas, John. - Diz. - Você não tinha como saber, meu amor.

É nesse momento que meu pai entra no quarto. Olhando para nós dois abraçados no chão do meu quarto, ele diz:

- Sinto muito, filho! Sei o quanto a amava... Quer dizer, sei o quando ama Margot. - Respira fundo. - Sei que essa notícia já é algo horrível para você processar, mas preciso dizer outra coisa.

Levanto meu olhar em sua direção, esperando que dê continuidade ao assunto.

- O pai de Margot está arrasado. Afinal, perdeu a mulher e a filha essa noite. Ele acabou de me ligar.... Falou comigo no telefone e disse que estará levando o corpo das duas para Miami amanhã para o enterro. Não quer enterrar as duas aqui, quer uma cerimônia com apenas os familiares. - Solta de uma vez.

- Isso significa que... - Me corta.

- Isso significa que não poderemos ir ao enterro nem de Margot, nem da senhora Johnson. - Diz.

Levanto na mesma hora e encaro meu pai com a maior fúria que já senti na vida.

Vou até o meu guarda-roupa e pego a primeira camisa que vejo na minha frente e a visto. Meus pais observam tudo em silêncio, até que eu vou à porta do quarto. Meu pai trava a passagem.

- Onde pensa que vai, Jonathan? - Pergunta aflito.

- Onde eu vou? Quem aquele cara acha que é para não deixar que eu veja Margot pelo menos uma última vez na vida? - indago furioso. - Eu vou agora mesmo até a casa de Margot tirar essa história a limpo. - Passo por baixo do braço estendido do meu pai e vou para o ponto de táxi.


Toco a campainha com um pouco mais de força que o normal e aguardo.

O pai de Margot, Peter abre a porta e assim que percebe que sou eu, sinto sua feição mudar para ódio.
De qualquer forma eu estava acostumado com isso. O filho da mãe nunca escondeu o quanto me detestava perto de Margot, não seria agora que me trataria diferente.

- O que pensa que está fazendo aqui? Pensei ter deixado muito claro para o seu pai. - Diz.

- Quem o senhor pensa que é para me proibir de ver Margot? Eu sou o namorado dela! - Respondo furioso.

- Você era o namorado dela! - Berra. - Minha filha e minha mulher morreram por sua causa, seu imbecil! - Consigo ver a fúria em seus olhos, mas não ligo. Espero que ele esteja vendo o quanto sinto ódio também. - Está satisfeito com o que causou na vida da minha filha? Ela tinha um futuro brilhante pela frente e você a levou ao fracasso! Eu sempre soube que você seria uma pedra no sapato dela, mas era cabeça dura demais para acatar as ordens e conselhos do próprio pai.

- Preciso vê-la pelo menos uma última vez! - Exclamo ignorando os insultos que foram jogados em minha direção. Eu só quero vê-la e guardar seu rosto em minha memória, nem que fosse de uma forma tão drástica.

- Você não irá vê-la, pirralho. Estarei partindo amanhã com os corpos. Quero uma cerimônia apenas para os familiares e acredite em mim, você não significa nada para essa família. - Começa a fechar a porta me fazendo olhá-lo com mais ódio, se é que isso era possível. - Até nunca mais! - Termina de fechar a porta em minha cara. Chuto a madeira com força e de novo as lágrimas retornam aos meus olhos.

O que eu vou fazer sem você, princesa?
Quem vai jogar video game comigo?
Quem vai me levar para fazer coisas inusitadas, como patinar no gelo?
Quem estará torcendo por mim e me apoiando em decisões?
Quem irá me perturbar durante o intervalo da escola?
Eu queria vê-la focada em seu curso na faculdade, queria vê-la focada em sua carreira. Sempre havíamos conversado sobre essas coisas e agora isso apenas não existiria mais.

Nunca soube como lidar com a perda, afinal, nunca perdi ninguém. A dor que consome o meu peito parece que vai rasgá-lo ao meio.

(Sugestão de música a partir daqui - Photograph/ Ed Sheeran)

Chegando em casa, subo direto para o meu quarto e pego uma agenda onde guardo todas as fotos que Margot sempre revelava em forma polaroid e começo a observar cada uma. Passo o dedo por uma foto de quando tínhamos praticamente 6 anos. Foi o aniversário de Margot e lembro de como ela ficou feliz com o bolo que minha família havia feito para que eu entregasse a mesma. Na outra foto, Margot estava agarrando meu pescoço enquanto sorria lindamente para a camera.

Eu não consigo suportar e deito em minha cama sentindo meu rosto completamente encharcado.

Eu nunca esquecerei você, princesa.
Você sempre foi como o oceano. As vezes pacífica e as vezes agitada como um redemoinho no meio do mar.

Eu jamais colocaria outra pessoa no lugar dela. Eu aprenderia a conviver com a dor de perder a pessoa que eu mais amei na vida, mas ela sempre estaria presente em mim, mesmo que fosse em cada memória.

Miami - 3 DIAS DEPOIS DO ACIDENTE.

PASSADO: Margot Johnson.

Levanto da minha cama e sinto um gosto ruim na boca. Antes que eu possa questionar alguma coisa, a porta do quarto se abre e me deparo com um homem. Ele é muito alto e tem uma feição séria que automaticamente me faz ficar na defensiva. Nem mesmo o conheço.

- Olá, querida! - Diz. - Vejo que finalmente acordou depois de mais ou menos 3 dias. Como se sente? - Pergunta avaliando cada centímetro do meu rosto.

- Desculpe, quem é você? - O olho confusa. - Não sei quem é o senhor, nem mesmo sei onde estou. - Digo olhando ao redor e vejo que estou num quarto até que chique demais. O que estava acontecendo afinal?

- Eu deveria imaginar que isso aconteceria... - O escuto murmurar mas logo volta seus olhos para mim novamente. Suspira - Sou seu pai, Margot.

Eu estaria mentindo se dissesse que não sei o que sentir no momento. Meu pai? Por que eu não lembrava de nada? Tentava puxar da minha memória a feição desse senhor e até mesmo da mulher que se apresentou como minha mãe, mas nada acontecia. Me senti completamente no escuro.
Disseram que eu sofri um acidente com a minha mãe e que eu perdi a memória, mas o meu "pai" garantiu que me contaria tudo que eu precisava saber, até mesmo os pequenos detalhes.

Assim que me deixam sozinha no meu quarto que percebi ter uma suíte, vou até o espelho do banheiro e me olho. Como era possível não lembrar nem mesmo da minha aparência? Me sentia estranha, como se eu tivesse em um momento errado da minha vida. Fiquei apagada por tanto tempo... Óbvio que o senhor que dizia ser o meu pai disse que eu "acordava" de vez em quando e não falava nada com nada, mas ainda assim era muito tempo e aquilo me apavorava.

Olho outra vez para o espelho e observo as pequenas sardinhas em meu nariz e bochechas. Levo o olhar para os meus cabelos. Um cabelo castanho escuro que batia quase na cintura. Os olhos? Eram também de um tom castanho escuro. Me senti estranha olhando o meu reflexo, parece que não sei quem eu realmente sou e isso me assusta.

Aos poucos tentarei me adaptar a essa nova versão de mim, porque aparentemente a antiga Margot se foi e segundo aos médicos talvez nunca volte.

twitter: @hav5na

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