Regina
- Só um minuto querida, vou ter uma conversar com a sua mãe… Vem Emma! – Disse puxando minha esposa para a outra sala.
- Regi…. – Não a deixei cocontinuar.
- Se você, Swan… – Disse bem devagar para ela entender. – Não concordar com esse casamento e minha filha se casar longe de mim… – Respirei fundo e Emma me encarava com os olhos arregalados. – EU mato você! – Disse apontado para ela. Nessa hora minha esposa se encolheu.
- Mas… – Não deixei terminar de novo.
- Estamos entendidas? – Ela fez que sim com a cabeça. – Muito bem! – disse ajeitando meu vestido e me olhando no espelho. – Agora podemos voltar. – Sorri e puxei Emma pela mão, que ainda me olhava assustada. Confesso que quando quero posso ser bem assustadora.
Voltamos para sala e Amélia ainda nos olhava preocupada. Emma se colocou em frente a nossa filha e com uma mão em seu ombro falou:
- Bem… se você estiver feliz, minha filha, então também estarei. – Sorriu e Amélia se iluminou na mesma hora, Lauren ao seu lado respirou aliviada.
- Regina e seus milagres! – Ruby disse rindo e implicando com a minha esposa que deu a língua para a amiga como se fossem duas crianças de cinco anos.
- Lauren vem cá me dar um abraço. – Puxei minha nora para meus braços. – Vocês tem a minha benção. – Segurei sua mão e de Amélia. – E a de Emma também! – Emma se aproximou e sorriu para nossa menina. Juro que por um minuto achei que ela tinha rosnado para Lauren…
***
A noite terminou bem apesar da surpresa e do ataque de Emma, chegamos em casa em silencio, minha esposa não dizia uma palavra e apesar de ter “aceitado” aquela situação, ela ainda não engoliu essa historia de casamento. Sei que não é por Lauren... Tem alguma coisa perturbando minha esposa.
Subimos para quarto e Amélia foi direto para o dela, percebeu a cara da mãe e antes de tentar ir falar com ela, pisquei e disse que ficaria tudo bem. Amélia jogou um beijo da porta do seu quarto, sorriu e entrou.
Emma jogou a bota longe, tirou a calça e a blusa e sentou na cama, pegando um livro que estava no seu lado da cabeceira. Achei melhor dar um tempo pra ela, então apenas entrei para o banheiro e tomei um banho para relaxar.
Quando sai do banho Emma estava na mesma posição, passei por ela e fui direto ao quarto das crianças que dormiam como anjos. Beije o rosto de cada um.
- Mamãe tem uma missão muito difícil agora... – Disse acariciando os cabelos da minha menina. – Descobrir o que esta havendo com a teimosa da sua mãe! – Clarice sorriu dormindo e achei aquilo à coisa mais linda do mundo.
Passei pelo quarto de Amélia e ela já estava dormindo, assim como fiz com os gêmeos beijei sua cabeça e ajeitei seu cobertor, ela tinha todo o jeito de dormir de Emma. Sorri com isso e nessa hora percebi que minha garotinha estava virando uma mulher. Respirei fundo e continuei com o carinho em seus cabelos negros.
- Eu te amo, filha! Você sempre será o bebê da mamãe… – Disse baixinho no seu ouvido.
Sai do quarto de Amélia e fui direto até o antigo quarto de Henry e Roland. Suspirei assim que abri a porta e vi suas coisas ainda ali arrumadas, os pôsteres de Roland e os livros bem organizados de Henry. Fui até a cama de Roland e me sentei um pouco pensando em como eles tinham crescido rápido e como o tempo passou tão depressa...
- É exatamente por isso que estou tão contraria a esse casamento... – Emma entrou no quarto me assustando.
- Que susto! – Disse levando as mãos ao peito.
- Desculpe – ela disse e se sentou ao meu lado. Ficamos alguns segundos em silencio. – Sabe quando Henry saiu de casa senti a mesma coisa... – Emma disse olhando para a cama do nosso filho mais velho. – Depois Roland. – Bateu na cama que estávamos sentadas. – Não estava preparada na época deles e acho que nunca estarei para nenhum deles... – Disse deixando uma lagrima rolar. Limpei seu rosto e sorri puxando Emma para um abraço.
- Eu também amor... Eu também – Disse chorando também.
- Desculpe todo aquele show na casa das meninas. – Falou limpado o rosto – Foi um baita susto pra mim, por mais que elas não se casem amanha, ainda vai ser a minha menina indo embora de casa e casando. – Disse rindo e chorando. – Lauren é uma ótima menina, eu confio nela. Nunca conte isso para aquela garota. – Falou rindo e sorri também. – Mas sei la sabe... é Amélia, nossa bebê… Até ontem ela andava por essa casa com seus saltos e usava suas maquiagens escondida. – Sorri com a lembrança. – Pulava no meu colo assim que chegava em casa e me pedia pra assistir os filmes da Disney com ela. – Disse rindo.
- Lembra quando ela cismou que era a branca de neve? – Falei revirando os olhos, eu nunca gostei muito de Snow White – Ficou uma semana se recusando a tirar aquela fantasia que minha mãe deu a ela. – Emma ririu.
- Ta vendo... São essas coisas que não estou preparada pra deixar ir. – Disse olhando para o quarto dos meninos. – Eles uma hora precisam e se agarram a gente como se fossemos super-heróis, depois vão crescendo e aos poucos seguindo suas vidas.
- Não criamos os filhos para gente, amor, criamos para vida. Uma hora eles têm que seguir com as próprias pernas, por mais que a gente não queira, temos que deixá-los ir. – Limpei uma lagrima teimosa.
Emma me puxou para um beijo e me senti segura como sempre me senti nos braços dela.
Escutamos a porta do quarto dos meninos se abrindo de novo.
- Mama... – Clarice então esfregando os olhinhos.
- Ei minha princesa, o que esta fazendo acordada essa hora? – Emma pegou Clarice no colo.
- Posso dumi com vocês? – Clarice falou colocando a cabeça no ombro da sua mão loira.
Emma olhou para mim fiz que sim com a cabeça.
- Falta um menino sapeca… – Disse sorrindo e voltei com Josh no meu colo.
Colocamos as crianças na nossa cama e nos deitamos entre elas, os dois logo pegaram no sono de novo. Emma me olhava ainda emocionada e sorri para minha esposa. Olhamos para nossos pequenos, estendi a mão para Emma que agarrou meus dedos e ficamos assim a noite toda, com os braços em volta das crianças e com as mãos dadas. Um dia seria os dois, eles cresceriam e iriam viver suas vidas, mas naquela noite, eles ainda eram nossos.
***
Aproveitei o restante do dia para fazer uma surpresa para minha esposa. Arrumei-me e chamei a baba para ficar com as crianças. Fui até seu escritório de carro, torcendo para Emma ainda estar por la.
- Regina! – Ruby veio na minha direção e me abraçou.
- Emma ainda esta por ai? – Disse sorrindo.
- Sim. Esta com aquela cara de bunda dela. – Ruby disse revirando os olhos e riu. – Já expliquei que as meninas não irão fugir do país!
- Ela vai levar um pouco de tempo para se acostumar com isso ainda... – Ruby segurou em minhas mãos.
- Tinker também esta assim, ontem caiu no choro na hora de dormir. Elas se amam e serão muito felizes. – Ruby falou sorrindo.
- Eu sei... Acho que estamos com aquela síndrome do ninho vazio. – Ruby riu. – Vou roubar minha esposa essa noite. – Disse piscando o olho.
- Juízo vocês duas hein! – Ruby riu e saiu.
Passei pelos outros funcionários cumprimentado todos.
A sala de Emma estava com a luz acesa e porta entreaberta. Dei duas batidas e entrei.
- Será que minha querida esposa gostaria de jantar comigo esta noite? – Me aproximei. Emma abriu um sorriso. Bateu em seu colo e sentei colando nossos lábios.
- Que surpresa boa… – Disse me beijando de novo. – Posso saber aonde vamos?
- Surpresa – Mordi de leve meus lábios.
- Regina não faça isso... – Falou apertando minha cintura.
- Nem pensar nisso! - Me levantei. – Agora nos vamos sair e se divertir! – Falei puxando minha esposa pela mão.
Emma riu e me seguiu, passamos pelo pessoal rindo como duas adolescentes. Entramos no carro e ela me beijou de novo.
- Será que não podemos adiantar a sobremesa? – Falou subindo meu vestido enquanto eu tentava ligar o carro.
- Nada disso mocinha! – Ela gemeu de frustração e sorri com bico que ela fez.
Dirigi sem falar para ela aonde íamos, só quando passamos pela placa da cidade é que Emma me olhou desconfiada.
- Esta me sequestrando senhora Swan-Mills? – Disse levantando a sobrancelha.
Dei de ombros e ri.
- Você vai gostar! – Não disse mais nada, dirigi durante mais ou menos uma hora e chegamos a Portland.
Emma olhava e vez ou outra tentava adivinhar aonde íamos.
- No Picollo, aquele restaurante Italiano que adoramos? – Disse como uma criança curiosa.
Fiz que não com a cabeça.
- Dá uma pista amor... – Falou beijando meu pescoço.
Dirigii mais algumas quadras e chegamos em frente a um local que a fila dava voltas.
- Não acredito! – Disse pulando no banco. Sorri.
- Gostou da surpresa?!
- Uau, Regina! Serio que vamos dançar?! Tipo a noite toda? – Falou animada.
- Tipo a noite toda! – Disse piscando e saímos do carro.
Como Zelena era amiga da dona da boate, não precisamos enfrentar a grande fila, entramos direto. Emma já entrou me puxando para a pista de dança e confesso que estava adorando ver minha esposa rebolar os quadris colados a mim.
Nota mental: “Trazer Emma aqui mais vezes”— O que era minha roupa intima depois daquela mulher rebolando.
Passamos boa parte da madrugada dançando e bebendo. Quando deu quatro da manha saímos da boate em direção a Storybrooke, mas diferente do que Emma pensou não dirigi para nossa casa.
Emma bocejava e estava adorável com aqueles olhos de sono.
- Aonde vamos agora esposa? – Disse rindo.
Estacionei na praia e abri a porta para a minha esposa sair.
- Que cavalheiro! – Falou me fazendo rir.
Emma foi andando até a areia e fique da calçada admirando minha linda mulher.
Liguei o som do carro e a primeira musica que tocou fez Emma se virar e sorrir pra mim.
Era a musica que dançamos no nosso casamento.
Wise men say, only fools rush in
But I can't help, falling in love with you
Shall I stay? Would it be a sin
If I can't help, falling in love with you?
Emma se aproximou e me puxou pela mão delicadamente.
- Eu te amo sabia?! – Disse no meu ouvido. Sorri e encostei a cabeça no seu ombro.
- Também amo você! – Beijei seu pescoço.
Like a river flows, surely to the sea
Darling, so it goes somethings are meant to be
Take my hand, take my whole life too
For I can't help, Falling in love with you
Like a river flows, surely to the sea
Darling so it goes, somethings are meant to be
Take my hand, take my whole life too
For I can't help falling in love with you
- For I can’t help falling in love with you… - Emma cantou a ultima frase pra mim.
Puxei seu rosto delicadamente a beijei enquanto a musica dava seus últimos acordes e sol nascia no horizonte.
- Agora preciso te dar uma noticia... – Emma arregalou os olhos.
-Regina você não fez outra inseminação... – Eu ri e me afastei um pouco dela. – Regina! – Disse me chamando da areia.
- Querida, não fique brava, mas possivelmente você será a nova primeira dama da cidade! – Sorri travessa e Emma arregalou mais os olhos verdes.
Continua…