The Power of Love

By SouMalup1

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Louise Ferphi não teve uma vida fácil. Criada por uma família simples de São Paulo, teve que dar o dobro de s... More

Notas da Autora
Aqui é Chicago!
Pode me chamar de Hank
Que tal sexta a noite?
Até lá.
Tempo após tempo.
Eu já fui no show deles.
De cabeça para baixo.
Gostei do seu império.
De repente eu vejo.
X.O
Permanecer.
Me beija.
Doce.
Anéis de Papel.
Mais Que Palavras
Você pertence a mim.
Feliz.
De uma maneira ou de outra.
Basket Case
Lar.
Bêbado apaixonado.
Fique comigo.
Eterno.
Caneta venenosa.
Meu Herói
Me salve de mim mesmo.
Contanto que você me ame.
Apenas fique comigo.
Você finalmente está aqui
Quase

Estado de amor e confiança.

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By SouMalup1

- Tudo bem então – Respondi colocando as mãos na cintura – Eu trouxe tanta coisa do Brasil quando me mudei que nem percebi o que não usava.

Erin tinha acordado cedo e estava comigo e com Nat colocando minhas roupas no closet do Hank, que agora era o meu também. Ali estava eu, em um domingo na cidade de Chicago, com as minhas duas garotas favoritas. Eu experimentava todas as roupas que eu tinha trazido do meu antigo apartamento, e que havia levado pra minha nova casa.

- Mãe, que coisa é essa? – Erin perguntou levantando um top de plumas que eu tinha comprado a alguns anos atrás, ele era um laranja SUPER neon. – Parece que saiu de uma festa de fraternidade – Levantou o top na minha direção.

Gargalhei pegando o tecido da mão da Erin. – Eu comprei em uma viagem pra Los Angeles, uma das minhas primeiras viagens internacionais, usei uma vez só.

- Lou, mas isso não tem nem condições. – Natalie pegou da minha mão. – Vai direto pra caixa de doação. – Jogou direto na caixa de papelão. – Fora!

- Eu nem tenho mais idade pra usar essa coisa. – Ri tomando um gole da garrafa de água que estava em cima do meu lado cabeceira.

- Ah, pode parar ein. – Nat falou. – Você tem um corpo incrível, está na flor da idade, é claro que pode usar.

- É verdade mãe. - Erin concordou. – Mas não nessa cor né.

Rimos e continuei guardando minhas roupas naquele closet junto com as coisas de Hank.

  __________________________________________

Natalie continuou ali comigo até eu terminar e precisou ir pra casa ficar com Owen, Erin foi para o quarto e eu desci pra fazer o almoço de domingo. Naquele dia, estava me sentindo no Brasil, arrumando a casa, fofocando e planejando fazer uma bela lasanha. Eu estava com tantas saudades da minha família, dos meus irmãos, dos meus pais e sobrinhos, mas havia lutado o suficiente durante toda minha vida pra não desistir agora.

Voight tinha saído para resolver um problema na inteligência e Justin estava dormindo ainda, não julgava e deixava eles descansarem, na idade dos dois, eu provavelmente acordaria depois do almoço.

Terminava de cortar o alho e a cebola quando ouvi passos descendo as escadas. Um Justin de cara amassada e pijama caminhou na minha direção ainda em silêncio.

- Bom dia mamãe. – Murmurou e me abraçou de lado. – Que horas são?

- Bom dia querido. – Dei um beijo na sua cabeça. – São 9h50.

- O que está fazendo? – Perguntou pegando um copo e o leite na geladeira.

- Lasanha, precisa começar um pouquinho mais cedo. – Expliquei. – Erin me ajudou a arrumar minhas roupas e seu pai foi pra unidade. – Respondi colocando a cebola e o alho em um potinho e pegando uma carne no freezer e começando a refogar.

- Nossa, hoje eu vou comer feliz. – Disse sentando-se na bancada.

Justin e eu continuamos conversando enquanto eu continuava a fazer os preparativos do nosso almoço.

- Mãe, eu queria te perguntar uma coisa. – Justin disse mexendo nos próprios dedos.

- Mas é claro que sim, o que foi? – O olhei rápido enquanto mexia no molho.

- Bem, eu queria saber se eu posso trazer uma pessoa. – Fez uma pausa. – Aqui em casa.

Parei de mexer o molho e me virei pra olhar Justin que estava me encarando. Comecei a sentir algo estranho dentro de mim e no final constatei que era ciúmes. Justin estava crescendo, e provavelmente se interessando pelas garotas com quem convivia. O meu garotinho estava crescendo...

Chacoalhei meus pensamentos e reparei que Justin me encarava com expectativas – Eu posso saber quem é?

- Ela é da minha aula de História, se chama Sophia. – Respondeu. – E a gente tem um trabalho pra fazer também.

- Tudo bem, me avise quando vai ser, está bem?

- Tudo bem. – Se levantou vindo na minha direção. – Obrigada mamãe. – Deu um beijo no meu rosto e seguiu em direção as escadas.

Suspirei e continuei a montar a lasanha quando ouvi o barulho do carro de Hank parar na garagem.

- Querida? Estou em casa – Voight gritou da sala.

- Estou na cozinha! – Respondi, vendo ele se aproximar e deixar um beijo em meus lábios. – Oi querido.

- Oi – Sorriu leve – Uau, que cheiro incrível.

- Estou fazendo lasanha pro almoço, precisava deixar descansar um pouquinho. - Respondi arrumando a massa e o molho na travessa grande. – Como foi na inteligência?

- Tudo certo, só resolvendo algumas coisas de praxe. – Respondeu se apoiando no balcão. – Você está linda.

- Ah claro. – Disse corando. – De pijama e preparando o almoço, belíssima.

- Para com isso Lou, é verdade. – Me abraçou por trás. – Estava pensando, poderíamos fazer uma viagem, o que acha ?

- Eu acho que nós poderíamos planejar, eu não posso tirar férias, não fiz um ano de trabalho.

- Certo, e pra onde gostaria de ir ?

- Pra onde você gostaria de ir ? – Retruquei.

- França ? Espanha ? – Perguntou.

- Eu gosto das opções. – Concordei. – Principalmente Espanha.

- Veremos isso depois então. – Respondeu se afastando. – E as crianças?

- Hm, Erin está dormindo e o Justin na sala. – Respondi. – A propósito, Justin quer trazer uma garotA aqui.

- E isso é ruim ? – Se sentou. – Quer dizer, ele já tem 13 anos, acho que está na hora.

- Ah não, não diga isso do meu garotinho. – Neguei.

- Querida, relaxa. – Riu. – É uma paixonite de escola.

- Certo. – Concordei, mas não totalmente.

- Fica tranquila, em breve você terá uma nora. – Deu um tapa na minha bunda e subiu as escadas rindo.

  ___________________________________________

Domingo foi um dia super incrível, exatamente como eu não tinha planejado, e já de volta a realidade, eu estava exatamente no meu segundo lugar favorito: O hospital.

- Dra. Ferphi, emergência na sala 2. – O enfermeiro bateu na porta, e eu ainda estava arrumando o estetoscópio no pescoço.

- E lá vamos nós. - Murmurei pra mim mesma.

Corri pelo corredor ao me ver na sala com uma mulher e sua filha na maca.

- Tudo bem, o que temos ? – Perguntei tirando o esteto do pescoço e colocando no peito da menina. Batimentos um pouco agitados.

- Emilly Anderson, P.A 15/07, a mãe deu queixa de que a garota vomitou na escola e houve sangramento vaginal. – Doris respondeu.

- Quantos anos ela tem ? – Perguntei pra mãe.

- 10 anos, a senhora sabe o que ela tem ? – A mulher perguntou aflita.

- Não, mas vou descobrir. – Respondi. – Quero um ultrassom, Doris, por favor.

- Sim, Dra. – Confirmou pegando o equipamento e me entregando.

- Então vamos lá. – Respirei me sentando ao lado da garotinha. – Eu vou passar esse gel na sua barriga, e depois essa máquina que vai me mostrar o que tem aí, está bem ?

- Tudo bem. – Concordou.

- Liguei o aparelho de ultrassonografia e me assustei com o que vi. – Senhora, a sua filha tem namorado ?

- Não, por que dessa pergunta ?

Tentei arranjar um jeito um pouco mais delicado de responder, mas era difícil  – Porque ela está grávida.

- O que, como isso aconteceu ? Minha filha mal sai de casa. – Disse desesperada.

- Ela vai pra algum lugar depois da escola ? Faz alguma atividade ?  – A puxei pra fora do quarto.

- Só pra casa de uma amiga, mas conhecemos os pais a anos. – Disse. – Meu Deus como isso pode acontecer?!

- Eu sei que é uma situação difícil, mas vamos resolver isso, está bem ?

- Obrigada doutora. – Concordou exitante.

- Certo, eu vou chamar a diretora do hospital, e elas vão contatar as autoridades pra investigar isso, quanto a Emilly, vamos fazer alguns exames, pra ver como ela está, ok ?

- Está bem, eu vou ficar com a minha filha. – Concordei e dei espaço para as duas.

- Dra ? – Doris chegou ao meu lado. – Se a garota não teve relações, então ?

- Ela foi estuprada. – Disse baixo. – Vou falar com a Goodwin.  

___________________________________________

Dei dois toquinhos na porta e coloquei a cabeça para dentro do escritório da minha chefe.

- Senhora Goodwin, tem um minuto ?

- Pode entrar doutora. – Acenou com as mãos e eu caminhei na sua direção, – Sim ?

- Eu acabei de atender uma paciente, Emilly Anderson, 10 anos, e está grávida.

- 10 anos ? Meu Deus. – Suspirou – Está de quanto tempo ?

- Pelo ultrassom, 4 semanas. É uma criança Sra. Goodwin.

- Eu vou ligar pra polícia, e avisar o Peter.

- Eu posso ligar para o Hank. – Sugeri.

- Tudo bem, mas se ele estiver ocupado, chame me avise, que eu ligo para 19.

- Está bem, com licença. – Concordei deixando a sala e pegando meu celular no jaleco. Disquei o número de Hank que não demorou a atender.

- Querida, está tudo bem ? – Voight perguntou.

- Bem, não muito. – Apoiei na parede.

- Alguma coisa com você ? As crianças ?

- Não, estamos bem. – Dei uma pausa – Está muito ocupado ?

- Não estamos, só fazendo trabalho de papelada. – Contou. – Lou, o que houve ?

Suspirei antes de responder e fechei os olhos com força. – Acabei de atender uma paciente de 10 anos, que está grávida, a mãe disse que a garota mal sai de casa, vai na escola e na casa de uma amiga. Teve muito sangramento. Suspeita de estupro.

- Estou a caminho, vou levar Olinsky.

- Obrigada. – Respondi baixinho.

- Lou, eu vou resolver isso, tá bom ? É o meu trabalho.

- Obrigada Hank. Estou esperando.

Respirei fundo e limpei a lágrima que insistia em sair, aquilo nunca deveria acontecer.

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Oii minhas vidas, eu espero que vocês gostem desse capítulo! Demorei muito pra escrever pq não tinha ideia nenhuma de como continuar, mas aqui está! Um beijo da escritora!

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