Cavaleiro da Lua; gato e chac...

By gatita_rosita

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quando Marc perde o escaravelho, Khonshu decide cobrar um favor de uma antiga amiga. Poderia Amaris ser o por... More

prólogo
1. Olhos de gato
2. A lenda do livro.
3. O colecionador
4. O mistério do jarro
5. Um passeio no jardim
6. Enfrentando o Guardião
7. Arthur Harrow.
9. O sarcófago de Senful
10. sentimentos esquecidos
11. Fera interior
12. Adeus velhote.
13. Noite sem estrelas.

8. Layla

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By gatita_rosita

Anteriormente em gato e chacal:

— Tô procurando o Sarcófago de Senful...

— É um prazer finalmente conhece-la... Você não deveria confiar nos deuses...

— Layla El-Faouly, vou ajudar vocês com a coisa toda da Ammit...

— Eu quero a garota o quanto antes.

— Paciência velho amigo... em breve nós dois teremos o que queremos...

...Agora...

Layla Pov's

Eu estava no centro da cidade tomando um suco enquanto esperava pelo meu ex mercenário não tão favorito, ainda não acredito que Marc tenha feito isso, mas talvez essa seja uma oportunidade de deixar as coisas pra trás e seguir em frente, talvez... talvez ele possa me contar o que tá acontecendo... e a coisa toda com o Steven.

Meus pensamentos são logo interrompidos quando vejo um moreno familiar se aproximando do informante, e como esperado, ele não conseguiu nada, me aproximo ainda com o suco em mãos, isso vai ser divertido.

— Espero que goste de atenção.

Marc se vira assim que ouve a minha voz, desaprovação estampada em sua face.

— Cara certo, senha certa... mas você não é egípcio....

— Layla o que... o que tá fazendo aqui? por que tá aqui?

Aquele velho tom autoritário, odeio quando ele faz isso, ele realmente acha que eu não sei me virar?

— O que? Porque meu nome irrita muita gente no Cairo? quem se importa?

 —Não é o pessoal daqui que me preocupa.

É claro... ele nunca pode ser direto e simplesmente me contar o que tá acontecendo? qual o problema com esse homem? observo enquanto Marc parece procurar por algo ou alguém ao nosso redor, esse homem...

— Vem comigo, te ajudo a achar o que precisa.

Ele parece pensar por um momento antes de se decidir, com um suspiro ele finalmente concorda.

— Tá, tá legal, mas antes - ele fala agarrando meu braço e me tirando dali - precisamos passar em um lugar, preciso encontrar com alguém.

Alguém? outra pessoa? estranho, Marc sempre trabalha sozinho, talvez seja algum informante ou outro contato, sem mais o que falar sigo Marc enquanto ele anda rapidamente pelas ruas do Cairo, caminhamos por vinte minutos em total silêncio, não parecia ser uma boa hora para conversar afinal.

Estamos na frente de um velho prédio caindo aos pedaços quando Marc finalmente para, uma biblioteca, obviamente um ponto de encontro, estamos prestes a entrar quando uma voz masculina e carregada de um sotaque melodioso nos para.

— Marc! Layla? Est-ce que tu vas bien?

— Francês?! - Marc fala claramente confuso.

— Onde está a Mademoiselle Amaris?

— Ela não tá com você? ela veio pra cá há quase uma hora.

Enton é possible que ela esteja nos esperando, eu acabei de chegar.

É claro que o Francês estaria ajudando o Marc, mas quem é essa garota? Amaris? eu nunca ouvi falar dela? eles estão trabalhando juntos? meus pensamentos são interrompidos quando Marc faz sinal para entrarmos, passamos pelo hall de entrada e seguimos até as salas de leitura, aparentemente tem algo além do sarcófago de Senful para pesquisar.

 — Pardon mon cher - Francês falou em determinado momento - tem algo de errado?

— N-não é nada.

Eu poderia perguntar a ele sobre essa mulher, mas não havia necessidade já que eu estava prestes a conhece-la. andamos um pouco até chegar a uma das salas de leitura, o local estava completamente vazio, Francês não pareceu se preocupar muito com isso ao contrário de Marc, o moreno parecia muito inquieto com a ausência da mulher misteriosa.

— Talvez... ela tenha ido na ala leste, sim?

Virei para Marc que parecia muito preocupado olhando para seu reflexo em uma das janelas encardidas da velha sala, me aproximei devagar sem querer assustar o homem, estendi a mão para chama-lo mas antes que eu o tocasse ele virou em minha direção.

 — Vem, é por aqui.

Seguimos por um pequeno corredor, eu já estava começando a ficar irritado com o quanto Marc parecia afetado pela ausência da mulher, ele realmente se importava tanto assim com ela? ou talvez... ela só seja muito importante pra deter Ammit! sim, poderia ser isso, ele não parecia estar muito focado em nada que não fosse o escaravelho da ultima vez que nos vimos.

Quando estávamos quase chegando a biblioteca da ala leste, Marc parou abruptamente e se virou pra nós fazendo sinal de silêncio, parecia que duas pessoas estavam conversando lá dentro, era difícil escutar o que eles estavam falando.

— Isso é... - Marc sussurrava tentando identificar as vozes - Amaris??

Lentamente nos aproximamos da entrada, foi quando eu a vi, parada em meio a sala estava uma mulher de baixa estatura, pele dourada e longos cabelos negros, ela lentamente estendeu as mãos até o homem que estava a sua frente, Arthur Harrow! O que eles estavam fazendo juntos? ela trabalhava pra ele?

 — Amaris!!

A voz de Marc pareceu chamar a atenção da morena, seu rosto estampado em confusão e desespero, Amaris não estava muito diferente disso, Harrow por outro lado, parecia meio irritado pela interrupção, em um movimento rápido ele tocou a testa da mulher assim que ela se virou para ele, isso pareceu afeta-la o suficiente para que a moça fosse parar no chão.

 Assim que a morena caiu, Harrow saiu dali pela porta aos fundos, Marc e eu corremos até a garota, Francês correu para a saída perseguindo Harrow mas logo voltou, o homem havia fugido. Marc não parecia nem um pouco preocupado com isso, sua atenção estava inteiramente na jovem apagada agora em seus braços.

— Amaris! - ele chamou assim que os olhos da morena começaram a se abrir - respira fundo, eu tô aqui ta bom? continua comigo.

Meu coração apertou ao assistir a cena, em parte preocupado com a moça e com o que Harrow poderia ter feito com ela, em parte, preocupado com Marc, ele parecia se importar demais com a morena, de um jeito... diferente, talvez, as coisas não possam voltar a ser como antigamente entre nós, ou podem?

— Você está bem? - Marc perguntava segurando o rosto dela - se machucou?

— N-não, eu tô bem - A morena falava com dor em sua voz.

— O que é isso?

Marc perguntou me fazendo notar uma marca no pulso da garota, uma tatuagem? não, era diferente, estava avermelhado, era o desenho de um dos cães de Anúbis, assim que Marc roçou os dedos sobre a marca a garota sibilou de dor, aquilo obviamente ainda doía, os olhos de Marc corriam da marca para os olhos da morena, seu olhar carregado de preocupação e ternura, aquilo fez meu coração apertar um pouco.

— Tudo bem, Mon cher? - Francês disse, logo se pondo ao meu lado.

— Ela está bem - Marc disse enquanto ajudava a garota a se levantar - mas é melhor a gente cuidar disso.

— Não tem com o que se preocupar - a morena dizia tomando uma postura mais firme - cadê o Harrow?

 — Ele saiu pelos fundos assim que você caiu, Francês tentou alcançar ele, mas o desgraçado já tinha fugido.

— provavelmente já tinha homens o aguardando do lado de fora - falei chamando sua atenção. - Layla El- Faouly, vou ajudar vocês com a coisa toda da Ammit.

Apos um aperto de mãos, Amaris se juntou a nós e seguimos até a parte da biblioteca onde francês havia separado alguns livros para nos ajudar, aparentemente havia uma maldição sobre a entrada da tumba de Ammit, e Amaris possuía o livro que nos ajudaria a entrar lá em segurança.

— O livro de Thoth possui todo o tipo de magia, ritual ou encantamento já catalogados na história egípcia -  a morena falava enquanto segurava o artefato - a verdade é que não existe UM livro de Thoth, mas sim uma gama de livros e manuscritos escritos por ele. esse aqui é um dos últimos que ele escreveu.

— O que ele fala sobre a tumba de Ammit? - perguntei um pouco ansiosa.

— Existem dois guardiões na entrada, parecidos com aqueles que nos perseguiram na mansão do colecionador - ela fala olhando para Marc. - eles serão os responsáveis pela morte de qualquer um que tentar interromper o sono eterno da deusa.

Me aproximo da morena tentando enxergar melhor as páginas amareladas do livro, consigo ver as páginas e percebo que tudo está escrito em hieróglifos confusos, apesar de ter conhecimento da língua egípcia, as escrituras não parecem familiares, na verdade, eu não consigo entender nada do que está escrito ali.

— Que linguagem é essa? - pergunto tocando em algumas palavras da folha - eu não consigo identificar.

— Isso é porque está em Sansperchian - ela fala apontando para o que parecia ser um pequeno poema - é a linguagem antiga dos deuses, criada para que nenhum mortal possa entende-la mesmo que passasse anos estudando.

— E você entende como? - Pergunto meio incrédula mas logo percebo que ela não estava brincando - v-você... não é humana.

— É meio... complicado.

— Amaris era uma das servas da deusa Bastet - Marc fala com os braços cruzados.

— Eu era uma gata na primeira vida - ela fala como se não fosse nada - enfim, longa história, o importante é que eu tive séculos pra aprender a língua dos deuses e mais tempo ainda pra manusear os pergaminhos escritos nessa língua.

Tento assimilar tudo o que acabei de escutar e fico feliz em descobrir que eu não era a única que não sabia disso, já que o francês também parecia muito impressionado com o que acabou de ouvir.

— Existem pelo menos 3 tipos de feitiços que podem apagar, destruir ou "desligar" os guardiões por tempo suficiente pra gente entrar na tumba e sair de lá em segurança.

Marc parece muito satisfeito com o que acabou de ouvir, seus olhos correm o livro e chegam até Amaris, ternura invade seu olhar enquanto ele parece admirar a morena, meu peito aperta mais uma vez, tento afastar isso focando em nossa missão.

— Você consegue realizar os feitiços? - pergunto pra morena que pensa um pouco antes de responder.

— É claro, o problema é que existe um texto falando alguma coisa sobre o interior da tumba - ela fala, preocupação em seu tom.

— O que ele fala? - Marc pergunta se aproximando da morena.

— A tumba quase não possui armadilhas, mas tem um poema avisando sobre um antigo mal que ronda Ammit - ela fala apontando para uma parte do texto - "Ao que entrar na tumba, cuidado. aquele que anda nas sombras não distingui os puros dos impuros, ele não separa o sagrado do profano, e para ele, só existe o vermelho e o negro. seus olhos estão cobertos para a justiça e só o que lhe interessa é o odor da morte. ele encherá os jarros com o sacrifício necessário, e não hesitará em cobrir com o seu manto aqueles que se aproximarem da divindade empredada"

— O que isso significa? - Marc pergunta, confusão em seus olhos.

— E-eu não sei - Amaris responde hesitante - nunca ouvi nada parecido, mas parece falar sobre os Canópus e o ritual que prendeu Ammit.

— Canópus... Jarros sagrados? - falo com curiosidade - como o da lenda dos cinco grandes?

— O que?! - Amaris parece perplexa com a comparação.

— Os cinco grandes - continuo a minha fala - onde Anúbis prendeu uma alma inocente no lugar da alma de seu filho e-

— Essa lenda é uma mentira - Amaris me interrompe, ela claramente não gostou da menção ao deus - Jarros sagrados não podem ser usados dessa maneira, e Anubis é egocêntrico demais pra se apaixonar por qualquer coisa que não seja ele mesmo, quem dirá ter um filho. Os jarros sagrados são usados para guardar oferendas e almas, e os deuses só os usam como punição.

Amaris parecia bem irritada ao explicar essas coisas, um pouco magoada pra falar a verdade, olhei para Marc que parecia meio tenso e me olhava com uma leve desaprovação em seus olhos, isso me irritou um pouco, ele realmente se importa tanto assim com essa garota?

— Então o que o Thoth quis dizer com o texto? - perguntei tentando desviar do assunto.

— Acho que teremos que descobrir isso por conta própria - Amaris dizia fechando o livro - pelo menos já temos o feitiço pra entrar na tumba, só falta a localização dela.

Amaris olha para Marc com expectativa, ele no entanto desvia o olhar inquieto e me olha frustrado, a morena parece um pouco confusa e corre os olhos entre nós antes de finalmente perguntar.

— O que? você foi até o informante não foi?

— É... bem, É a Layla quem tem as informações - ele me olha suplicante.

— Não se preocupem - digo confiante - iremos a um lugar hoje a noite, é melhor se arrumar.

Continua -------------------------------------------------------- ᓚᘏᗢ

Holla gatitos ^-^

Mais uma vez me perdoem pela demora, eu estava com dificuldade de decidir de onde seguir a partir da chegada de Layla, mas prometo que vou atualizar com mais frequência agora. sei que esse capítulo ta meio lento e isso me fez questionar se eu deveria posta-lo ou reescreve-lo, enfim. espero que apesar de tudo vc6 gostem dele, no próximo episódio teremos um pouco de ação.

Beijinho seguigatos, não esqueçam de votar e comentar, isso me encoraja muito a continuar, adios /ᐠ。ꞈ。ᐟ\

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