Harry terminou de ler o artigo com uma carranca. "E Fudge está escondendo isso?"
"Sim."
"Por que isso-" Harry não conseguia nem começar a pensar em uma palavra que descrevia o que ele sentia pelo atual Ministro da Magia.
Draco levantou uma sobrancelha. "Então, o que vamos fazer sobre isso?"
Harry olhou surpreso para Draco. "O que?"
Draco suspirou como se estivesse tentando explicar algo para uma criança. "O que você, ou melhor, nós, vamos fazer sobre isso?"
"Não sei." Harry murmurou. Inferno sangrento, era muito cedo para lidar com a estupidez de Fudge.
O sorriso de Draco era predatório. "Nós imprimimos, Harry. Isso é o que fazemos."
Harry piscou. "Como faríamos isso?"
"Esse é o seu trabalho. Imprima em algum lugar, em qualquer lugar. Como você fez no ano passado."
O plano de Draco começou a surgir em Harry. "Seu pai pode continuar recebendo artigos que Fudge não quer que sejam impressos?"
"E mesmo os que ele faz. Uma vez que isso se torne público, de qualquer maneira, Fudge terá que deixar o Profeta imprimi-lo. Seria ruim para os negócios e sua reputação se ele não o fizesse."
"Você quer dizer que o Profeta iria imprimi-lo de qualquer maneira porque eles não queriam perder clientes, e então ficaria claro que Fudge os impediu de imprimi-lo."
"Exatamente."
"Então é isso que faremos."
"Vou escrever para o pai sobre nosso plano depois da aula."
Harry olhou para um relógio. "Puta merda, Adivinhação é em cinco minutos! Eu tenho que correr." Harry pegou suas coisas e saiu correndo da sala, ignorando os protestos de Medusa sobre ser aberto e fechado.
"Você vai ter que perdoá-lo, querida Medusa. Desta vez não foi culpa dele." Draco falou lentamente enquanto saía alguns minutos depois.
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Ron guardou para Harry um assento ao lado dele e ficou visivelmente aliviado quando Harry entrou correndo pela porta um minuto antes da aula.
"Por que demorou tanto?" ele sussurrou.
"Eu conto a você e a Hermione mais tarde," Harry sussurrou de volta.
Ron assentiu e se virou para a frente da sala enquanto a professora entrava como sempre. "Acha que vamos aprender alguma coisa hoje?"
"Eu não apostaria nisso," Harry murmurou de volta.
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Harry encontrou Luna sentada em um canto da biblioteca naquela tarde. Ela parecia estar lendo, então ele esperou até que ela olhasse para ele antes de falar.
"Oi Luna."
"Olá Harry." Ela deu a ele um pequeno sorriso. "Você gostaria de me ajudar a adivinhar o futuro do clã Muglooof lendo as palavras deste livro de trás para frente?"
Harry não sabia o que era um Muglooof. "No momento não, Luna. Eu tenho que falar com você sobre publicar um artigo na revista do seu pai."
"Que tipo de artigo?"
Harry se inclinou para sussurrar, "Um que o Ministro da Magia não quer impresso no Profeta."
O sorriso de Luna se alargou. "Vou mandar para ele."
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Quando Harry voltou da biblioteca, ele encontrou Hermione trabalhando em alguma tarefa sozinha na sala comunal da Grifinória.
"Ei, Hermione. Onde está Ron?" ele perguntou, sentando-se no sofá ao lado dela.
"Ele está jogando xadrez com... Dean, eu acho." Hermione largou a pena e se virou para olhar para Harry. "Ele está evitando ter essa conversa com você."
"O que?"
"Ele me pediu para ir a Hogsmeade com ele neste fim de semana e eu disse que sim. Mas ele não quis te contar porque não queria te condenar ao ostracismo."
"Ostracizar?"
"Deixar você de fora."
"Oh, bem, isso não é problema." Harry disse alegremente. "Estou fazendo algo com-" ele olhou em volta rapidamente para ver que ninguém podia ouvir - "Draco neste fim de semana de qualquer maneira."
"Ele convidou você para sair?" Hermione pareceu surpresa e satisfeita.
"Não sei."
"Como é que você não sabe?"
Estamos fazendo algo, mas se é uma data ou não ainda está em jogo."
"Oh." Hermione pareceu pensar nisso por um minuto. "Bem, então desejo-lhe sorte em tudo o que acontecer."
Harry sorriu. "Espero que eu não precise, certo?"
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Aquele sábado amanheceu mais quente do que em todo o inverno e brilhante. A sensação era quase contagiante quando os alunos de Hogwarts se vestiram bem para um dia vagando pelas ruas de Hogsmeade. Harry, imaginando que Ron estaria quicando nas paredes em tensão nervosa, partiu para a Torre da Grifinória antes do café da manhã, deixando Draco no chuveiro.
Harry estava certo, Ron era uma bagunça. Os outros meninos há muito pararam de tentar acalmar Ron. A ruiva praticamente atacou Harry quando ele entrou no dormitório.
"Harry! O que eu vou fazer! Ou vestir! E se eu agir como um idiota e-"
Harry compartilhou um olhar sofrido com os outros garotos que estavam muito felizes por não estar no lugar de Harry agora.
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Draco estava pensando da mesma forma que Ron, mas de uma maneira mais digna. E o único que ouvia seus murmúrios era um espelho. Ela observou sem se impressionar enquanto Draco pegava a maioria, se não todas, as roupas de seu armário e as espalhava pelo quarto. E então observou enquanto ele caminhava entre as pilhas que se formaram, descartando item após item por "não ser bom o suficiente".
"Por que você não fecha os olhos, escolhe uma camisa e depois encontra uma calça que combine?" O espelho perguntou irritado.
Draco a encarou com um olhar que se traduzia em "o que um espelho poderia saber?".
"Hun, estou aqui há anos . Já estive em todos os dormitórios possíveis e já vi essa bagunça várias vezes. Acredite em mim, todo mundo eventualmente chega a esse ponto. Então, por que você não economiza um muitos problemas, andar de um lado para o outro e se desgastar com a preocupação?"
Draco não comentou, mas olhou com desdém para o espelho... e então pegou a camisa mais próxima.
O café da manhã já estava em andamento quando Draco finalmente ficou satisfeito com sua aparência e vestiu as tradicionais vestes da Sonserina sobre sua roupa. Perfeito.
"Você está linda querida. Agora não foi mais fácil?" O espelho perguntou. Draco lançou outro olhar para o espelho e saiu, resmungando sobre o vidro reflexivo que sabia demais.
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Hogsmeade estava sempre cheia de gente, e o frio remanescente do auge do inverno não fazia nada para detê-los. Assim, foi com um pouco de dificuldade que Harry atravessou a sala lotada do Três Vassouras até os fundos, onde ficavam as cabines privadas. Madame Rosmerta sorriu calorosamente para ele e acenou para ele em direção à cabine que estava escondida no canto mais afastado de todos com um, "Ele está esperando por você."
As próprias cabines foram uma espécie de golpe de gênio para Harry. Eles foram colocados nos arredores da sala com feitiços de ocultação, silêncio, aviso-me-não e privacidade, que foram chaveados para as pessoas que queriam usá-los. Clientes regulares nem saberiam que eles estavam lá e então era perfeito para ele e para Draco... o que quer que fosse.
Draco já havia pedido duas cervejas amanteigadas e estava descansando confortavelmente em sua cadeira, olhando para os fregueses que não podiam vê-lo observando-os. Harry notou que ele parecia interessado em uma mesa em particular quando deslizou para o assento oposto a Draco.
"Eu conheço esse olhar," Harry observou.
Os olhos de Draco piscaram para ele e depois voltaram. "O olhar?"
"Você está tramando alguma coisa. O quê?"
"Estou pensando em maneiras de embaraçar Crabe mais tarde. Ele nunca me disse que estava interessado em Millicent."
Harry olhou e viu os dois Sonserinos em questão conversando de uma maneira um pouco mais que amigável.
"Bem, você não contou a ele sobre ser um Veriae e eu, não é?"
Draco teve a graça de parecer desconfortável. "Não, mas isso é diferente."
Harry estava confuso. "Quão?"
"Não sei. Mas vou pensar em alguma coisa."
Harry apenas riu e tomou um gole de cerveja amanteigada.
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Ron parecia um pouco preocupado quando se virou para Hermione. "Você sabe que eu não vi Harry em lugar nenhum hoje. Tem certeza que ele estava bem com isso?
Hermione sorriu. "Sim, Ron, tenho certeza. Ele tinha alguém com quem passar o dia."
Os olhos de Ron se arregalaram um pouco. "Mesmo?"
"Mesmo.
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Um silêncio confortável caiu sobre os dois meninos, e Harry notou que o tempo havia se estendido até o final da tarde, quando Draco disse, "Eu não te odeio mais, você sabe."
O silêncio que se seguiu não foi tão confortável. "Eu também não te odeio mais." Harry finalmente respondeu, pensando um pouco e depois acrescentando. "Na verdade, acho que posso gostar de você."
Ele olhou para cima para encontrar olhos prateados olhando para ele com uma expressão estranha. "Às vezes... não tenho certeza se sou eu ou o Veriae que gosta de você," Draco disse lentamente, "mas está ficando mais difícil distinguir entre os dois."
Harry não sabia exatamente como responder a isso, mas não precisava, pois Hermione e Ron entraram no pub, claramente procurando por alguém.
"Eles estão procurando por você." O sorriso sempre proeminente de Draco estava de volta em seu rosto.
"Vejo você em Hogwarts, então?" Harry perguntou.
Draco assentiu. "Espero que acabemos na minha cama esta noite, estamos na sua há três dias seguidos.
Harry percebeu como isso soaria para alguém que não conhecesse a situação em que se encontravam e riu.
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Harry notou que Draco estava carrancudo na manhã de segunda-feira, quando a correspondência foi entregue. Ele então notou a coruja que estava pousada no ombro de Draco e a carta em suas mãos. Draco rabiscou algo no final da carta e colocou de volta no envelope, entregando para a coruja. A coruja voou para a multidão de outras corujas, todas carregando correspondência e Harry ficou muito surpreso quando ela deixou cair uma carta em seu colo alguns minutos depois.
Curiosamente, Harry abriu a carta, para encontrar outro artigo dentro dela. No topo do artigo Draco havia escrito: Aqui está outro .
Harry olhou para cima para ver Draco observando-o e acenou com a cabeça minuciosamente. Draco sorriu e se voltou para o que seus colegas de ano estavam dizendo. Harry rapidamente saiu endereçando a carta para Luna e colocou-a em sua bolsa para Edwiges trazer para ela mais tarde.