presente de aniversário atrasado pra LivzGranger
espero que goste! <3
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pansmione au !! - two shot
» " porque quando você se foi, você levou quase tudo consigo"
Hermione Granger.
" Todos sempre vão embora, não sei porque pensei que com você seria diferente.
Você foi a primeira pessoa por quem eu me apaixonei, foi com você que eu descobri o que era amor.
Lembro como se fosse ontem o dia em que nos conhecemos, em uma festa de gente rica e sem graça, eu estava cansada de aturar meus pais me obrigando a conversar com convidados chatos e você só queria ir para casa.
Te encontrei na varanda, você fumava seu cigarro quando me viu, ficou tão nervosa e envergonhada que fez com que eu risse pela primeira vez naquela noite.
Conversamos a noite toda, sobre tudo que vinha na cabeça e sem nos importar com nada.
Quis beijá-la tantas vezes, queria gravar seu sorriso em minha cabeça e sua risada me trazia sensações estranhas.
No começo não entendi aqueles sentimentos, nunca havia sentido algo igual.
Então acabamos na mesma escola, e quando eu percebi já era tarde.
Eu havia me apaixonado por cada pequeno detalhe seu.
Decorei suas músicas favoritas e aprendi a tocar cada uma delas, apenas para ver você sorrindo só para mim.
Lembro da noite em que chorei baixinho em nosso dormitório, ansiando por um abraço seu.
Tudo estava tão complicado naquele dia, provas cansativas, a briga do trio de ouro, eu estava exausta e então tinha você.
Naquele tempo - e neste também - tudo que eu queria era ficar grudada em você o tempo todo, bem no tempo em que você me evitava a todo custo.
Lembro de você rindo alto ao meu lado, me fazia sorrir ao te ver tão feliz.
Lembro também de quando fomos estudar na sua casa e conheci sua mãe, foi o dia que percebi que eu te olhava com cara de boba.
Você foi ao banheiro e sua mãe perguntou se nós tínhamos algo, apenas pela maneira que eu te olhava.
'Seus olhos brilham cada vez que você a vê.'
Nos beijamos pela primeira vez em Hogsmeade, atrás do Três Vassouras.
Estávamos eu, você e nossos amigos lá, você recebeu uma mensagem e pareceu ficar triste e até mesmo irritada.
Você saiu às pressas de lá, eu, preocupada e, honestamente; bastante confusa, fui procurá-la.
[...]
• Flash Back •
- Pans? O que está fazendo aqui? - Pansy a olhou, seus olhos estavam meio vermelhos, como se tivesse chorado.
- Eu só vim tomar um ar.
Hermione franziu o cenho e se aproximou.
- E por que você chorou? O que há?
- Já disse que tá tudo bem, me deixe sozinha, Granger.
- Uou, ok. Só...tudo bem. - Hermione se afastou abalada com a maneira que a outra falou consigo.
Antes que pudesse ir embora, Pansy segurou seus pulsos.
- Hermione, desculpa. - Ela sussurrou baixinho, os olhos marejados.
- De boa.
- É só que...- Ela respirou fundo. - Tá acontecendo umas coisa lá em casa e eu realmente não quis descontar em você, me desculpa anjo.
- Tudo bem Pan. - Hermione sorriu reconfortante para a mais alta. - De qualquer forma, estou aqui se quiser conversar.
- Obrigada - Ela olhou para a morena por alguns segundos antes de sorrir. - quer voltar?
- Sinceramente não, prefiro ficar aqui.
- Querendo ficar sozinho comigo, Granger?
- Eu sempre quero, Parkinson.
[...]
Aquele clima entre nós era bom, eu sinto falta.
Era comum o flerte entre nós, uma brincadeira que no fim escondia várias verdades.
[...]
• Flash Back •
- Você é tão estúpida. - Pansy falou se aproximando.
- Eu não sou.
- Você é. - Ela sorriu, olhando para os lábios de Hermione.
Voltou ao seus olhos, suas pupilas dilatadas.
E então sussurrou:
- Posso te beijar?
- O que? - Hermione perguntou sem acreditar no que havia escutado, seus olhos castanhos arregalados.
Pansy lambeu os lábios e se aproximou de Hermione, até que seus corpos estivessem quase colados.
Uma de suas mãos foram para a cintura da garota e a outra segurou seu rosto, fazendo um carinho singelo em sua bochecha.
- Eu perguntei...- Agora seus corpos estavam totalmente colados, ambas podiam sentir seus corações acelerados. - Se eu posso te beijar.
Hermione fechou seus olhos e falou baixinho, não confiando em sua própria voz para falar mais que aquilo:
- Pode.
[...]
E depois daquela única palavra, você me beijou e, droga, foi a melhor sensação do mundo.
Nos beijamos calmamente, havia muito cuidado, carinho e o desejo de matar todo tempo desperdiçado.
Foi simplesmente perfeito.
E eu estava tão ferrada.
Depois daquele dia, passamos a nos beijar sempre que possível. Nada era sério, nunca conversamos sobre aquilo, nunca falamos para ninguém, nunca rotulamos aquilo e eu me sentia tão confusa.
E até chegou a passar de apenas beijos.
[...]
• Flash Back •
Estávamos deitados em sua cama, nuas.
Eu já estava totalmente ferrada por aquela garota, eu já havia tomado a decisão de não me deixar levar novamente.
Mas lá estava eu, nua em sua cama.
Sendo que, antes de entrar na casa eu havia prometido para mim mesmo que nem beijos teria.
O suéter rosa e a calça jeans que a horas você havia tirado do meu corpo, se encontrava no chão junto de seu vestido preto.
Mas era tão bom.
Minha cabeça estava em seu peito e eu conseguia escutar seus batimentos acelerados, ela mexia em meus cabelos e meus olhos automaticamente se fechavam, era como se nada mais me importasse.
[...]
Lembro também, de cada estrela linda que por baixo da língua você me fez ver.
Cada dia lindo da nossa história, sobre nosso amor.
E também do dia em que você foi embora.
Você se foi sem nem ao menos dizer um adeus, deixando todos confusos.
Eu sempre ia até o nosso lugar quando sentia sua falta, e às vezes eu me peguei encarando as portas e esperando que você entrasse a qualquer momento.
Porque quando você partiu, você levou quase tudo consigo.
Levou a felicidade, as borboletas, o sorriso bobo, tudo.
E eu sinto tanta a sua falta, queria tanto você ao meu lado, há tantas coisas que queria ter te falado....
Embora eu sinta muita raiva de você, também sinto saudades. Porque me apaixonei por você de verdade, você me fazia tão bem e tudo em você me dava vontade de viver cada dia.
Sobre meu suéter rosa desbotado.
Sobre sua mãe tão muda quando eu ligava
Sobre eu bebendo sem você do meu lado
Sobre eu chorando ao som de Lana del Rey.
Eu choro todas as noites pensando em nós, não posso falar que perdi você. Afinal, como posso perder algo que nunca foi meu?
Com amor e saudades, H.G. "
Encarei o papel amassado com lágrimas nos olhos, lá estava eu novamente bebendo outra garrafa de vinho enquanto escrevia uma carta idiota que eu nunca enviaria.
Quando você perde alguém, há cinco fases do luto.
A primeira, na minha opinião, a mais dolorosa, a fase da negação.
Era torturante esperar todos os dias por alguém que nunca voltaria.
Mas por mais dolorido que fosse, eu não queria acreditar que ela realmente havia ido embora.
Passei um ano inteirinho acreditando que Pansy voltaria, me agarrava a aquela pontinha de esperança apenas para não desistir.
Segunda fase, a fase da raiva.
Nessa época, o nome Pansy Parkinson virou basicamente proibido no meu grupo de amigos.
Eu sentia tanta raiva...só conseguia pensar que todos os olhares apaixonados que para mim valeram tanto pra você não teve nem importância.
Pela forma que você se foi, provavelmente nada daquilo que nós sentíamos era real pra você.
A fase da raiva infelizmente acabou cedo demais, eu preferia que tivesse durado mais, eu odiava a terceira fase.
Me sentia uma completa idiota disposta a fazer qualquer coisa apenas para tê-la em meus braços novamente.
A quarta fase foi a pior, a fase da tristeza.
Algumas vezes sinto vontade de chorar apenas de lembrar todos os olhares preocupados de meus pais e meus amigos.
Me sentia em um túnel sem fim, o vazio consumia meus dias um por um.
Porque Pansy chegou no meu pior momento, ela trouxe o sol de volta e iluminou meu mundo.
Mas então ela se foi e eu fiquei na escuridão novamente.
Eu não tenho certeza se a quinta fase chegou, a fase de aceitação.
Apenas chegou um momento que eu não ligava mais.