Laços Que Nos Unem

By JenniferRossatto

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Uma família. Três vidas afetadas de formas intensas e dramáticas. Três mulheres. Três escolhas. E um segred... More

Avisos!!
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
EPÍLOGO

Capítulo 15

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By JenniferRossatto

SEM REVISÃO

As irmãs e a sobrinha subiam as escadas. Camila ao passar em frente a porta de seu antigo quarto, respirou fundo e não iria mais se abalar com as atitudes daquela mulher fria que a colocara no mundo.

— Eu briguei quando ela tomou essa atitude. — Ouviu a voz baixa e sentida da irmã.

— Não se preocupa com isso, Duda. Sempre soubéssemos que ela é indiferente a mim.

— Mas não deveria! Você é filha dela! — Duda protestou e balançou a cabeça — ah irmãzinha, não sabe o quanto estou feliz por estar aqui e bem...

— O que houve? — Camila percebeu o olhar triste e confuso no rosto da irmã.

— Veja titia! — Juliana ganhou atenção para si — olha como a cama é bem grande!

Ao entrar no quarto, Camila parou e ficou surpresa ao ver o pequeno e lindo quarto de princesa a sua frente. Quando mais nova, sempre sonhara em ter um quarto como aquele. Por um momento pensou que fosse conseguir, afinal seu pai a havia prometido, mas quando Madalena soubera da intenção do marido, rejeitou prontamente e disse que jamais iria gastar dinheiro seu em qualquer sonho da filha caçula.

— É um lindo quarto — voltou o rosto para sobrinha que sorria, se aproximou deixando a mochila em um canto do quarto e parou em frente a menina que encarava de forma curiosa — mas será que a princesa que dorme aqui, não é uma pequena ogrinha que conheço?

Camila pegou a sobrinha desprevenida e começou fazer cosquinha. A menina gritava de alegria.


Maria Eduarda estava parada na porta do quarto da filha e sorria com a brincadeira que sua irmã fazia com sua menina. Sentiu um leve toque em seu ombro esquerdo, virou o rosto e encarou o marido que a olhava.

— Podemos conversar?

Apenas acenou com a cabeça, mas antes de sair do quarto, voltou novamente a atenção para tia e sobrinha que riam de algo. Se afastou e seguiu o marido que caminhava em direção ao quarto deles. Ao entrar por último fechou a porta e encarou o homem que se aproximava da janela e cruzava os braços.

— Não irá passar desse fim de semana.

Maria Eduarda encarou o homem a sua frente. Apenas acenou com a cabeça, sabia que ambos haviam enrolado demais com aquela decisão. Na realidade queriam que a filha tivesse idade o suficiente para que entendesse o porquê de o pai sair de casa.

— Não queria chegar nessa situação. Mas tentamos de tudo, Fabio.

— Na realidade... eu preciso te contar uma coisa. Não foi justo comigo e principalmente não foi justo com você.

Maria Eduarda franziu as sobrancelhas e encarou futuro ex-marido sem entender. Se aproximou e sentou-se na cama enquanto o observava caminhar pelo quarto de modo ansioso.


Camila se manteve o mais distante possível de duas pessoas naquele fim de tarde de sexta-feira. Uma era obvio que seria sua mãe, afinal a mulher iria culpá-la até mesmo pelo mau tempo que estava se transformando no céu. A muito tempo deixara de tentar entendê-la. Os estragos feitos em sua autoestima, o abalo emocional a muito tempo fora consertado. A única dúvida que tinha e sempre rondou era o porquê? O porquê ser tratada daquela forma, em que momento se tornara uma filha má.

Respirou fundo e deu um gole em seu copo de refrigerante. Ouviu a voz da sobrinha que contava sobre algo, manteve os olhos na menina alegre que sorria de forma inocente para avó que conversava com ela. Balançou a cabeça e desviou os olhos e eles ficaram preso na segunda pessoa se mantinha afastada.

Fabio estava sentado em uma cadeira afastada. Segurava um copo de uísque enquanto com a outra mão digitava algo em seu celular. Por um momento deixou seus olhos passearem por aquele homem. Sentiu seu coração disparar no momento que sua mente tentava trazer de volta as horas de amor que tivera com ele. Respirou fundo e mudou rumo de seus pensamentos.

Se levantou e entrou de modo afoito na cozinha, parou em frente a pia e fechou os olhos. Controlava sua respiração e tentava calar seu coração burro e apaixonado. Por vezes pensou o que teria acontecido se Fabio tivesse tomado a atitude de ir atrás dela e cancelado o casamento com Duda. Era injusto sua mente sonhadora criar aquelas cenas ilusórias que só alimentavam algo em seu coração que jamais seria correspondido.

Abriu os olhos no momento que sentiu alguém tocando em seu ombro, se virou de modo brusco e se viu frente a frente a Fabio. Com muito custo não deslizou seus olhos pelo peitoral exposto a sua frente. Se sentia a pior mulher naquele momento, não, na realidade era uma Judas por desejar e amar o esposo de sua irmã.

— Você está bem?

Camila baixou os olhos para os lábios carnudos e bem desenhados, o rosto com o contorno perfeito que exibia uma barba rala, muito bem cuidada por sinal. Sua mente foi invadida por tudo o que aqueles lábios foram capazes de fazer com seu corpo.

— Sim. — forçou sua voz — Apenas é difícil voltar...

— Eu imagino.

O casal se encarou por alguns momentos. Ambos perdidos em lembranças que preenchiam suas mentes.


Maria Eduarda sentiu falta de sua irmã e fora atrás dela, mas parou na entrada da cozinha e observou o casal a sua frente. Fabio e Camila por mais que trocassem poucas palavras entre si, seu marido, jamais a tratara mal. Até mesmo ficara preocupado e revoltado quando soubera que sua mãe, Madalena havia expulsado Camila de casa ainda grávida de Isis.

Respirou fundo e saiu da cozinha, se encaminhou para o local da casa onde mais se sentia à vontade. Abriu a porta com cuidado e colocou a cabeça para dentro. Soltou um suspiro aliviado ao ver a pequena biblioteca vazia. Entrou e fechou rapidamente a porta. Se encaminhou para a poltrona confortável que havia sido colocada estrategicamente perto da janela, onde recebia a luz do sol na parte da manhã.

Podia também avistar o belo jardim que sua mãe cuidava com muito orgulho. Deu um sorriso saudoso ao se lembrar quando antes era apenas um pátio com um enorme pé de jabuticaba onde ela e irmã caçula perdiam horas brincando.

Sentou-se de modo pesado e avaliou toda sua vida naquele momento, não que já tivesse feito isso antes, mas saber que o homem com quem compartilhou quase onze anos de sua vida amava outra era difícil demais. Fechou os olhos no momento que sentiu marejarem enquanto sua mente lembrava da conversa mais difícil que tivera com seu marido a poucas horas.

— O que está acontecendo? — tocou com carinho na mão do marido.

— Eu...

— Fabio, eu entendo perfeitamente se tiver outra em sua vida. — Pode ver o olhar assustado do marido — Acha realmente que não percebo? Seus olhos ganham um brilho diferente toda as vezes que sua mente vaga, exibi o sorriso mais terno e sincero. Nosso casamento deveria ter acabado quando completamos um ano.

— Sim, concordo com você. Mas era estranho, muitas vezes eu pensei em tomar essa atitude, mas fiquei preocupado em como você iria receber a notícia...

— Ambos erramos ao colocarmos um a frente do outro, sendo que deveríamos ter pensado em nós mesmo. Fabio nossa amizade e respeito irá continuar, mas não damos mais certo. Mas quero seja sincero... — Fabio apenas acenou com a cabeça — ela deve ser extraordinária, não é?!

Fabio encarou Duda por alguns segundos e sorriu. Maria Eduarda era o tipo de pessoa que encarava qualquer a situação que fosse e sempre tentava enxergar de forma lúcida, mas também caridosa. Como a própria dizia, não importava o que achávamos, sempre tínhamos que ouvir o lado da pessoa e entender o que a levara até ali.

— Sim, ela é, mas não sei se irei conseguir reconquistá-la. — Fabio murmurou baixo.

— Fabio, meu ex-marido lindo, a gente tem espelho em casa e você gasta bastante tempo em frente a ele e sei perfeitamente que sabe o quanto chama a atenção. — Maria Eduarda o encarava de forma séria e fora quase impossível não rir de sua careta.

— Não é isso, Duda. — o homem soltou um suspiro desolado enquanto de forma ansiosa rodava a aliança em seu dedo anelar — Merida é uma mulher diferente.

— Merida...bonito nome. Mas acho que já o ouvi...

— É forma como a chamo. Na época os cabelos dela lembrava a princesa da Disney. — comentou envergonhado.


Soltou o ar que segurava e deixou algumas lágrimas escorrerem por seu rosto. A quem queria enganar, jamais fora apaixonada por Fabio, seu coração pertencia a um único homem. Voltou seus olhos para o jardim no momento que pelo canto de seus olhos, um cabelo louro na mesma tonalidade que o seu brincava entre algumas rosas.

Observou a filha sorrindo e conversando com seu pai. Queria ao menos que a pequena tivesse puxado algo mais de Paulo Vinicius que apenas seus olhos negros. Aquele seria o segredo que iria carregar para dentro de seu tumulo, jamais conseguiria contar a verdade a Fabio. Como iria contar ao homem que compartilhou durantes esses anos que a filha que ele tanto amava e idolatrava não era dele?

Nem mesmo conseguira a verdade Camila, sua confidente. Respirou fundo, limpou as lágrimas que ainda escorriam por seu rosto, se levantou, se armou para aquele fim de semana, sabia que no momento que a notícia fosse revelada, todos iriam tentar tumultuar algo que não tinha volta. 

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