Meu doce anjo caído [FAMÍLIA...

By autoranathaliateles

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LIVRO UM [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀 (ESCREVENDO) Até onde a maldade do ser humano é capaz? Daphne se pergunta a m... More

SINOPSE+AVISO🥀
Familia Bellerose🥀
Prólogo🥀
Capitulo Um🥀
Capítulo Dois🥀
Capítulo Três🥀
Capítulo Quatro🥀
Capítulo Cinco🥀
Capítulo Seis🥀
Capítulo Sete🥀
Capítulo Oito🥀
Capítulo Nove🥀
Capítulo Dez🥀
Capítulo Onze🥀
Capitulo Doze🥀
Capítulo Treze🥀
Capitulo Catorze🥀
Capítulo Quinze🥀
Capítulo Dezesseis🥀
Capítulo Dezessete🥀
Capítulo Dezoito🥀
Capítulo Dezenove🥀
Capítulo Vinte🥀
Capítulo Vinte e Um🥀
Capítulo Vinte e Dois🥀
Capítulo Vinte e Quatro🥀
Capítulo Vinte e Cinco🥀
Capítulo Vinte e seis🥀
Capítulo Vinte e sete🥀
Capítulo Vinte e oito🥀
Capítulo Vinte e nove🥀
Capítulo Trinta🥀
Capítulo Trinta e um🥀

Capítulo Vinte e Três 🥀

205 19 30
By autoranathaliateles

                 ● Daphne Martin ●

   Assim que eu cheguei no hotel, Damon me levou para o quarto de Lilah. Agora estávamos apenas conversando, já que faltavam alguns minutos para podermos ir para o aeroporto, onde descobri que iremos viajar no avião da família.

   O diário, o livro e o álbum de fotos da família de Sunny estava com Damon, eu preferi deixar com ele.

— Derek nos mandou descer até o hall de entrada, vamos para o aeroporto. —  Lilah fala, se levantando e pegando sua mala. — Você está bem, querida?

   Eu não sabia distinguir o que eu estava sentindo, era semelhante ao sentimento que senti quando entrei no carro depois que saí do hospital. Alívio, alegria, nervosismo, apreensão, medo.

— Estou. — Sorrio amarelo, tentando acobertar minha mentira.

— Tem certeza? — Lilah insiste, arqueando as sobrancelhas, e se aproxima de mim. — Daph, vai ficar tudo bem, lembre-se, você está livre, e eu irei te proteger e cuidar de você.

   Respiro fundo, e fecho os olhos quando ela me abraça, retribuindo no mesmo instante, o que me faz relaxar e desmanchar a tensão que estava nas minhas costas.

— Podemos descer?

— Sim. — Falo, e assim vamos em direção a porta. — Lilah, obrigada.

   Ela sorri, um sorriso carismático e doce.

   Assim que saímos do quarto, fomos para o elevador, chegando rapidamente no primeiro andar e encontramos todos nos esperando.

— Já pagamos a conta do hotel, o carro está lá fora, e o nosso avião sairá em quarenta minutos. — Derek fala, em um modo automático, ele parecia um pouco apressado. — Já estamos todos aqui, então vamos.

— Não ligue para ele, Daphne. Derek está assim porque está com saudades da Aisha. — Davon fica do meu lado, enquanto andamos em direção a saída.

— Quem é Aisha?

— É a esposa dele, docinho. — Damon diz se aproximando de nós.

— Na verdade, eu acho que nosso irmão vê ela, quase como se fosse uma rainha. — Davon ri, e eu sorrio vendo eles falando sobre Derek.

— Quanto tempo eles têm de casados?

— Quatro anos, e ainda são completamente apaixonados. — Lilah diz, e chegamos em frente ao carro.

— Com o fogo que eles tem, é óbvio que ainda são apaixonados. — Logan resmunga, e eu dou uma risada verdadeira. — Quando tive que dormir na casa dele, fiquei traumatizado. Eles parecem dois coelhos no cio.

   Agora todos estavam dando risada, e eu reparo que Derek não estava no nosso campo de visão, olho para o carro e vejo ele sentado no banco do passageiro.

— Poupe os detalhes, Logan. — Lilah fala, fazendo uma cara enojada. — Agora entrem no carro, antes que o apressado ali, nos mate.

   O carro tinha oito lugares, contando com o do motorista, então todos entraram e se sentaram. E depois de um tempo, começamos a sair de frente do hotel, em direção ao aeroporto, e em silêncio.

   Depois de uns trinta minutos, chegamos sem problemas, a movimentação da rua estava calma, e não tinha trânsito no trajeto. Todos descem do carro, e eu fico perto de Delilah, pegando em seu braço e andando junto a ela.

   Quando entramos no aeroporto, o local estava consideravelmente vazio, e prosseguimos até uma área que parecia privada para nós, e nos sentamos no sofá que tinha perto de uma mesa com algumas bebidas.

— Lili, Daphne, aceitam uma bebida? — Logan perguntou, indo em direção a mesa, colocando em um copo, alguma bebida cremosa.

— O que é isso que você está bebendo? — Lilah pergunta, se levantando e indo em direção a Logan, pegando seu copo.

— Licor de Amarula.

— Gostei, quero um pouco também. — Devolve o copo para o tatuado, que sorri a servindo. — E você, querida?

— Tem alguma coisa com baixo teor alcoólico? — Me aproximo deles, e vejo a variedade de bebidas expostas.

— Vinho! Os leves são um pouco ácidos, mas não deixam de ser saborosos, e possuem baixo teor alcoólico. — Ele fala, e então decido concordar, vendo ele servir uma taça com um pouco para mim.

   Assim que pego a taça com o líquido roxo, experimento e sinto uma leve acidez descer pela minha garganta, demora alguns poucos segundos e consigo sentir o real sabor. Delicioso.

— Gostou? — Delilah pergunta, enquanto me avaliava cautelosamente.

— É delicioso, eu gostei. — Sorrio, e me viro para Logan. — Você parece conhecer bastante bebidas.

— Eu sou o dono de uma das boates mais bombadas de toda a Itália, e de outros países também, saber avaliar uma boa bebida é praticamente um dever.

— Ah, claro. Vamos desconsiderar que Logan, bebe desde os quinze anos, o menino é praticamente 50% álcool e 30% água. — Davon diz enquanto se aproxima e passa os braços pelos ombros do irmão, que o olhou irritado.

— E o que seria o 20% restante, Davon? — Pergunto, e depois penso que Logan começou a beber com apenas quinze anos. Preocupante.

— Raiva. — Assim que ele fala, não demora muito tempo para receber uma cotovelada na barriga, o que deve ter doído um pouco. — Viu, ele praticamente é um pinscher raivoso.

— Tudo bem, meninos, se acalmem. E Davon, não fale isso novamente. — Delilah fala, e pela primeira vez, vejo ela olhar para Davon seriamente.

— Tudo bem, Lili. Sorry, brother. — Ele fala, bagunçando um pouco o cabelo de Logan, que ficou quieto.

— Vai se foder. — E assim, Logan se distancia de nós, se jogando no sofá e perto de Damon, que olhava para o celular, mas tira a visão do aparelho e olha para o irmão com um cenho franzido.

— Ele parece ter ficado chateado. — Comento estranhando.

— É, ele ficou, mas vai ficar tudo bem. Vem, vamos sentar, ainda há tempo até o nosso voo.

   E depois desse acontecimento um pouco estranho, eu diria, esperamos mais uns vinte minutos, e um funcionário vem até nós, e fala que o avião está pronto. Todos se levantam, seguindo o homem, e saímos para a parte de fora do aeroporto, onde eu vejo um avião de tamanho médio, totalmente preto, e muito, muito chique.

   Tento esconder minha surpresa, e começo a subir a escada, e se eu pensava que a parte de fora era chique, a parte interior conseguia ganhar facilmente.

   Os assentos eram todos brancos, com um material que parecia couro, tinha uma porta mais a frente, que parecia dar acesso a uma sala e um bar, tinha algumas almofadas e uma manta vermelha em cima do sofá ao lado da cabine, e em frente uma pequena TV. Era tudo muito sofisticado e luxuoso.

   Me sento em um dos assentos ao lado da janela, e Lilah senta ao meu lado, pegando um livro e começando a ler.

— Daph, se você quiser eu posso te emprestar meu Kindle, tem alguns livros baixados, todos de romance. — Ela fala, me olhando e tirando o aparelho da bolsa. — Ler é um ótimo método para passar o tédio, já que vamos ficar algumas horas aqui.

— Eu vou aceitar, Lilah. Obrigada. — Sorrio, e ela volta a ler, enquanto eu ligo o aparelho, e me surpreendo com os tipos de romance. Resolvo escolher A hipótese do amor e então começo a ler.

   Pauso um pouco a minha leitura, e olho para a janela e depois pro relógio em meu pulso, eram três da manhã. O tempo tinha passado rápido.

   Olho para o lado, e vejo Lilah dormindo com uma manta vermelha, olho para os outros assento, e não via Davon, nem Logan, mas Damon estava sentado no sofá, com um copo de bebida e ele estava olhando para o álbum de Sunny, ainda fechado.

   Resolvo ir até ele, que nota minha presença e ajeita a postura enquanto eu sento no sofá.

— Está sem sono? — Pergunta, enquanto me olha e dá um gole em sua bebida, que eu tinha suspeitas em ser Whisky.

— Mais ou menos, estava lendo. E você?

— Insônia.

— Você... quer abrir agora? — Pergunto, apontando para o álbum de fotos.

   Damon suspira, e dá de ombros.

— Tanto faz. — E então ele abre o caderno, e eu me aproximo um pouco mais dele para ver as fotos.

    Nelas continha, o que parecia ser os pais de Sunny, uma garotinha ruiva com muitas sardas em seu rosto e um sorriso com um dente faltando, e ao seu lado estava uma mulher e um homem, ambos loiros, e eles sorriam para a garota.

   Damon passava as páginas em uma velocidade lenta, parecia estar apreciando as fotos, e eu o entendia, era uma dose gigante de fofura.

— Um dia eu gostaria de ter um álbum de fotos assim, com a minha família. — Confesso sorrindo, enquanto pego uma foto que estava solta. Era Sunny, com um vestido amarelo com bolinhas brancas, enquanto corria em um jardim com várias margaridas.

— Ela parecia ser feliz.

— Verdade, o sorriso dela era lindo. — Falo, ainda sem desgrudar meus olhos da foto.

— Sinto falta delas. — Olho para Damon, que olhava a foto e tinha os olhos um pouco marejados, o que me fazia ficar com um estranho incômodo no peito. Ele estava prestes a chorar.

— Damon. — Tomo a iniciativa de abraçá-lo, mas recuei um pouco pensando que ele não gostaria do ato.

   Mas me surpreendo quando ele se aproxima de mim, e me abraça, colocando a cabeça em meu pescoço e passando os braços pela minha cintura, enquanto soluçava baixinho, parecendo uma criança assustada, me fazendo ficar com o coração apertado.

— Eu também sinto falta dela, Dam. — Sussurro, com a voz serena.

— Violet era minha melhor amiga, nos conhecíamos desde os oito anos, ela era especial para mim, nossa relação era incrível. — Resolvo ouvi-lo, enquanto passava as mãos pelos cabelos loiros e macios dele. — Ela fazia balé, mas um dia sofreu um acidente e lesionou os tornozelos, então a família dela contratou um fisioterapeuta particular para cuidar dela.

   Ele então para, e me aperta ainda mais.

— Se não quiser falar, não fale, está tudo bem.

— O fisioterapeuta era o Trevor. — Arregalo meus olhos, e travo. Não, não poderia ser isso que eu estava imaginando. — Ele abusou dela, enquanto estava em total indefesa. Violet não conseguiu suportar a dor, e se suicidou no banheiro da casa dela. Mas antes ela escreveu algumas cartas, explicando tudo o que aconteceu, uma delas foi para mim, outra para os pais, e a última, eu não sei para quem foi, os pais dela não quiseram me dizer.

   Agora não era só Damon que estava chorando, algumas lágrimas começaram a cair de meus olhos também.

   Eu sei o que Violet pensou quando fez isso, muitas das vezes eu quis fazer a mesma coisa, por simplesmente não aguentar mais o meu tio. Eu apenas queria paz.

— Eu sinto muito. — Nos afastamos, e ele me olha com os olhos avermelhados e molhados. — De verdade, Damon.

— A família dela me contratou para matá-lo. Mas quando cheguei no hospital, com sangue nos olhos quando reconheci o desgraçado, eu conheci Sunny, a menina doce e extrovertida, que não descansou enquanto eu não falasse com ela. — Sorriu, um sorriso triste.

— A Sunny era uma menina incrível, acredito que Violet também era.

— Eu as vinguei, todo mal que Trevor fez com Sunny e Violet, eu o fiz pagar da mesma maneira, agora o desgraçado está no inferno.

   Damon tinha motivos para matar Trevor, não era apenas por dinheiro, era por vingança, uma vingança sentimental.

— Elas devem estar muito agradecidas agora. — Digo, e passo a mão suavemente secando uma lágrima que caía dos olhos dele. — Me desculpa se eu te ofendi, quando você me contou a verdade.

— Não, docinho. Não ache que eu sou um anjo, apenas por que te contei essa história, eu já matei muitas pessoas por dinheiro, porém foram pessoas ruins e que eram estorvo pra humanidade, mas mesmo assim sou um assassino. Você não me ofendeu, fique tranquila. — Ele fala sério, e eu assinto meio inquieta, sem ter me assustado com aquilo. — Só quero que saiba que eu nunca irei te machucar, não teria coragem o suficiente para isso. Agora vá dormir, está tarde.

— Você vai fazer o mesmo?

— Vou tentar.

   Assinto, e sem ter o que falar, me levanto e começo a ir em direção a poltrona, mas antes me viro e olho para ele que me avaliava.

— Eu confio em você, e sei que não me faria mal. — Dou um sorriso pequeno, e volto a minha poltrona, mas não antes de pegar uma manta, e assim me deitar e tentar dormir finalmente.

   Acordo ouvindo vozes, abro meus olhos tentando me acostumar com o ambiente, me espreguiço e coço meus olhos, olhando o relógio em meu pulso.

— Cinco horas da manhã! — Falo baixinho, mas ganho atenção de Logan e Delilah que estavam conversando.

Bonjour, Daphne. Daqui a alguns minutos pousaremos. — Lilah fala, e eu ando em direção a ela, que estava sentada no sofá, e me surpreendo em ver que eles estavam jogando xadrez.

Bonjour, Lilah, Logan. — Sorrio, e olho em volta. — Onde estão os outros?

— Davon está na cabine do comandante, Derek está no bar, e Damon está dormindo no quarto. — Logan diz, mas não chega a me olhar, já que ele estava concentrado no jogo.

— Entendi.

— Você sabe jogar xadrez? — Me pergunta, já que eu estava a um tempo observando o jogo deles.

— Sei! Meu vô me ensinou quando era pequena.

— Ótimo, podemos jogar algum dia. — Logan sorri, e não era difícil não reparar em seus dentes totalmente alinhados e bonitos.

   Eu sabia que todos os irmãos eram adotados, porém bendita genética dessas pessoas. Estava curiosa para saber como era o resto, gostaria de ver se minha teoria de que essa família só tem gente bonita, é verdadeira.

   Depois de alguns minutos, o comandante anunciou que vamos pousar, me sento na poltrona novamente e continuo a ler o livro no Kindle que Lilah me emprestou.

   Vejo Derek passar pela porta se sentando na poltrona em frente a minha, eu o comprimento com um pequeno sorriso, que ele retribui e acena com a cabeça. Logo em seguida, Damon atravessa a porta, com uma cara amassada, olhos inchados, e os cachos de seu cabelo estavam um pouco bagunçados, mas de um modo bem fofo. Ele claramente tinha acabado de acordar.

   Ele passa reto, sem parecer querer falar com alguém. E todos decidem ignorar, parece que o humor dele está instável.

   Assim que o avião aterrissou, todos,  inclusive eu, respiramos fundo e começamos a levantar indo em direção a porta, que estava se abrindo. Descemos e o sol estava começando a aparecer aos poucos, mas a brisa gelada vem com tudo, me fazendo estremecer um pouco.

   Dois carros estavam estacionados em frente ao avião, um de cor cinza escuro e outro preto. Essa família claramente gosta de carros e automóveis pretos.

— Bom, cada um vai para a sua casa agora, sei que vocês precisam descansar. — Derek fala, colocando as mãos no bolso do seu blazer preto, que parecia bem quentinho.

— Daphne, querida, você virá comigo, vamos para o meu apartamento. — Delilah me olha, e sorri se aproximando de mim.

   Apesar de ter concordado, eu penso que não tinha parado para pensar onde eu ficaria quando fosse pra cá. Mas não havia outras alternativas, então eu ficaria com Lilah.

   Delilah começa a se despedir de seus irmãos, e eu aproveito o tempo para me aproximar de Damon que apenas observava ainda calado.

— Está tudo bem? — Pergunto.

— Estou com sono, e de ressaca. Tirando isso estou bem. — Ele falava, com a mesma cara de sono de pouco tempo atrás, e com a voz lenta, apenas dou risada.

— Nós vamos nos ver, não é?

— Vamos, eu moro a alguns minutos do apartamento de Delilah, fique tranquila, você não vai se livrar de mim tão cedo. — Sorrio com a sua resposta, e ouço Delilah me chamar. — Vai lá, você vai amar o apartamento dela.

— Tchau, Damon.

   E, então, me afasto dele, que apenas me olhava.

— Tchau gente. — Aceno com as mãos para Derek, Logan e Davon.

— Até mais, angel.

   Me aproximo do carro cinza escuro, e um homem abre a porta para eu e Lilah entrarmos.

— Pedi para as minhas irmãs prepararem um quarto para você. — Fala digitando algo em seu celular, e o carro começa a andar.

— Não precisava se incomodar, Lilah.

— Não é incômodo nenhum. Darcy e Bella moram no mesmo prédio que eu, mas em andares diferentes, e também,  Bella amou a ideia de poder decorar seu quarto, mas eu disse que achava mais plausível você fazer isso. — Ela fala sorrindo, e eu fico com um pouco de vergonha, elas estavam fazendo tanto por mim, e eu nem as conhecia. — Daph, fique tranquila, você não está sendo um estorvo nem um incômodo para nós, elas estão muito ansiosas para te conhecer.

— Eu sei que já te disse muitas vezes obrigada, mas eu sou tão agradecida por ter conhecido você e Damon. — Abraço ela, bem apertado, eu nunca irei me cansar de dizer que eu amo o calor delicioso que é o abraço de Lilah.

— Eu também sou muito grata por ter te conhecido, e sei que Damon também sente o mesmo. — Me afasta, e passa a mão pelo meu rosto, fazendo um carinho, sorrimos e eu volto a me aconchegar nela.

   A estrada estava um pouco mais movimentada, mas não tinha trânsito, então chegamos em segurança no prédio de Lilah.

   Assim que saio do carro, fico encantada com a beleza desse edifício gigantesco, tanto de largura quanto de altura. Florença era realmente uma cidade repleta de lugares e obras renascentistas. Maravilhosos.  E eu estava torcendo para que o andar de Lilah fosse o último, porque parecia ser o que tinha a vista mais bonita.

— Gostou? — Lili coloca o braço em volta dos meus ombros.

— É lindo. Quantos andares tem? — Olho para ela sorrindo e começamos a andar em direção a portaria.

— Tem quinze andares, eu e Darcy somos vizinhas, moramos no último andar e nossos apartamentos são de frente a outra, Bella mora no décimo terceiro andar.

   Meu sorriso se alarga, e Lilah chega perto do portão, onde tinha um scanner de impressão digital, ela coloca e rapidamente o portão se abre.

— Depois temos que cadastrar a sua digital.

   Assenti e entramos, tinha um pequeno jardim nas laterais do caminho até o lado de dentro, onde era uma sala de espera, e tinha um elevador logo a frente, Lilah não perde tempo em chamá-lo, mas como estava no térreo, abriu rapidamente.

   Começamos a subir, e finalmente chegamos ao último andar, assim que o elevador se abre, eu vejo duas portas grandes, uma preta com o número 30 e outra branca com o número 29, em frente ao elevador tinha um espelho, com luz de led na parte de cima.

— A porta preta é a casa de Darcy, a minha é a branca. — Fala e caminhamos até a porta branca, e Lilah a destranca rapidamente, abrindo e me dando espaço para entrar.

   A sala de estar era gigante e bem ampla, ao lado da porta uma mesa onde tinha coisas aleatórias, dois sofás e duas poltronas brancas em frente a uma TV — que eu não me ousaria a dizer quantas polegadas tinha — com uma mesa de centro no meio delas, uma escada larga levava até o andar de cima, e que quem subia poderia notar de perto o quadro que tinha a foto de Delilah sorrindo no meio de duas cópias exata dela, uma de cabelo curto, e uma de cabelo médio. E por último, mas não menos importante, a grande janela com cortinas em uma cor bem clara, que vinha do chão até o teto, deixando o espaço bem iluminado.

Oh, mon dieu, vocês finalmente chegaram! — Ouço uma voz doce, vindo de algum lugar, me viro em direção, e encontro a mesma mulher de cabelos curtos da foto usando um vestido solto rosa claro, e ao seu lado a mesma cópia, só que com o cabelo preso em um rabo de cavalo perfeito vestindo um conjunto de calça e blazer, ambos vermelhos.

— Estávamos achando que o avião tinha se atrasado.

— Darcy, Bella, que saudades.

   Lilah rapidamente desce os três degraus que eu não havia reparado que tinha depois da porta, e vai ao encontro das irmãs, as abraçando fortemente.

— Estávamos ficando doidas sem você conosco, eu reclamo dos seus sermões, mas senti falta deles.

— É muito bom saber disso, Darcy. — Me mantenho quieta, e anoto mentalmente que Darcy era a de cabelos médio e olhar profundo e sensual, sobrando Bella que tinha cabelos curtos e uma voz doce. — Meninas, antes de tudo, quero apresentar a vocês, a Daphne.

   Com um aceno de mão de Lilah, pedindo para eu me aproximar, vou em sua direção e sorri para as meninas da minha frente que me olhavam.

— Olá, Daphne. Delilah falou muito sobre você, estávamos ansiosa para te conhecer, sou a Bella. — Estende a mão para que eu a cumprimentasse e eu faço.

— Oi, Bella, Lilah também falou muito sobre vocês. — Sorrio, e admiro sua beleza dócil.

— Olá, chéri, sou Darcy. — Agora eu me viro para a outra mulher, e ela me abraça, retribuí um pouco surpresa. — Você é ainda mais linda do que eu imaginei, Delilah ela parece um anjo!

   Rio de sua empolgação enquanto ela batia palmas.

— Obrigada, Darcy. Você é encantadora também.

— Querida, no começo você pode se confundir um pouco nós três, é normal com todos que conhecem a gente. — Lilah fala dando risada, e eu concordo.

— Tudo bem, ainda temos tempo para conversar, preparamos um café da manhã divino para vocês, então que tal tomar um banho para descansar e depois poderemos conversar um pouco? — Bella propõe, nos olhando.

— Lili, o quarto da Daph, é o segundo ao lado do seu. — Darcy comenta e me olha. — Ainda não decoramos o seu quarto, decidimos deixar essa parte para você, mas tomamos a liberdade de comprar algumas roupas que Lilah diz parecer ser um pouco seu estilo.

   Sorrio, realmente agradecida com aquilo.

— Obrigada, de verdade.

— Nós vamos fazer compras com ela ainda, mas agora eu irei levá-la para o quarto, e eu também vou para o meu, para podermos tomar banho. Nos vemos daqui a alguns minutos. — Lilah fala, e me puxa pela mão indo em direção a escada, me levando para o quarto.

   Eu mal podia acreditar, que tudo estava indo tão bem.

   Meu recomeço estava finalmente acontecendo, e estava sendo maravilhoso. Eu irei voltar a ser feliz.

   E a partir de agora eu só tenho a agradecer a essa família.

                              ...🥀

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