Eletric Love | Sadie Sink

By weirdosociopath

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Um desafio fazem você e Sadie se conhecerem numa noite, a amizade de vocês se torna seu principal porto segur... More

seven minutes in heaven
chaos theory
traitor
wish you were here
okay with that
she's not me
my type
lyng
i'm sorry
voltage
confused
tired
fault
explosive feelings
i wish that were me
i like you
eletric
tell me
liar
parallel
truth
pain
be even
let me go

middle of the night

988 129 49
By weirdosociopath

Acordo com o barulho terrível do meu celular vibrando bem debaixo do travesseiro na minha orelha, abro os olhos piscando várias vezes e procuro o celular pegando ele, a claridade irrita meus olhos, mas ainda vejo meio embasado o nome de Sadie na tela.

Me assusto tentando atender logo e derrubo o celular na cama, me atrapalho por inteira, mas consigo atender.

— Alô, Sadie? — Digo rápido.

— Sou eu... — Sua voz baixa do outro lado já acende minha preocupação.

— É, eu sei que é você.

— Desculpa te ligar assim essa hora — A voz dela está tão baixa, tão devagar e triste que eu até me arrumo na cama sentando pra prestar mais atenção.

— Aconteceu alguma coisa? — Minha voz sai rouca demais e eu pigarreio.

— Eu odeio ter que admitir isso... — Ela para de falar e um silêncio se instala por uns segundos enquanto só ouço sua respiração alta do outro lado. — Mas eu sinto sua falta.

Meu coração para por uns segundos ouvindo isso e meus batimentos aumentam, não consigo pensar no que responder, é no meio da noite e ela me liga dizendo isso de repente.

— Ahn... é... — Tento encontrar alguma coisa pra dizer, mas não encontro nada.

Ouço Sadie respirando fundo do outro lado.

— Eu sei que parece estranho.

— Sadie... eu sei que você gosta da nossa amizade, mas-

Sou interrompida por ela murmurando em discordância do outro lado.

— Tá ocupada?

— Eu estava dormindo né — Digo rindo soprado.

— Pode vir aqui?

— Não.

— Por que não?

— Não, Sadie, não posso, olha que horas são — Digo franzindo as sobrancelhas e tiro o celular da orelha olhando rapidamente as horas, 2h05 da manhã.

— Você tem medo de mim?

— Não! que tipo de pergunta é essa? — Falo sorrindo quase rindo dela perguntando essas coisas.

— Parece que você não quer ficar perto de mim — Sua voz afina em um tom de indignação.

— Não é isso — Suspiro fundo me ajeitando na cama.

Ficamos em silêncio por um tempo.

— Você bebeu? — Pergunto.

— Não! — Ela diz rápido e firme.

— Por que está agindo assim?

— Aahh... Ok, eu bebi um pouco — Sua voz se arrasta em cansaço. — Desculpa, de verdade, eu não deveria ter ligado.

— Sa-

Antes que pudesse falar ela desliga e eu fico ali com o celular iluminando minha cara de surpresa. Ligo de volta e fica chamando infinitamente até a ligação cair.

Tento de novo e nada, levanto da cama jogando as cobertas pro lado. Não acredito que vou fazer isso. Era o que eu menos imaginava é ter que sair essa noite de madrugada pra ir atrás da Sadie ver se ela está bem, mas não vou deixar que ela se embebede mais por minha culpa.

Troco de roupa rápido e saio do quarto encontrando minha mãe dormindo no sofá com a tv ligada, desligo a tv e cubro ela com o cobertor, respiro fundo olhando pra ela dormindo muito provavelmente bêbada de novo... pego as chaves do Chevrolet e saio apagando as luzes.

Dirijo o caminho todo tentando ligar pra Sadie, mas agora o celular se quer chama apenas cai direto em caixa postal. Quando paro na frente da casa dela tento pela sei la qual vez ligar de novo.

E novamente caixa postal.

— Caramba Sadie, eu tô na frente da sua casa atende essa merda — Me irrito gravando uma mensagem pra caixa postal dela e jogo o celular no banco do carro.

Saio do carro rápido e vou pra frente da casa olhando em volta e vejo ao lado uma luz acessa em duas janelas. Eu não posso gritar porque se os pais dela estiverem em casa eu vou arrumar uma confusão maior.

Que clichê... mas eu terei que fazer isso, jogar pedrinhas na janela dela.

Mas primeiro pra isso vou ter que cometer um crime e invadir a casa dela, pois a janela fica em um ângulo onde preciso estar dentro do quintal.

Aproveito o ornamento de círculo com pedrinhas pequenas que fizeram em volta da árvore grande que tem em frente da casa e pego algumas. Vou até o portão de madeira que tem ao lado da casa e abro ele cuidadosamente sem fazer barulho e fecho novamente.

Procuro uma boa posição e miro contando com minha falta de habilidade e talvez sorte, jogo uma pedra, mas erro, jogo outra e erro, erro diversas pedras e começo a suar frio de raiva por ser tão ruim em apenas arremessar pedras numa janela de uma garota.

Nem pra seguir um clichê de filmes de romance eu presto.

Tento mais uma vez até que acerto e comemoro em silêncio. Fico olhando pra cima esperando qualquer sinal de Sadie, mas nada dela aparecer. Pego a última pedra que me falta e jogo com toda força acertando a janela fazendo um barulho de pedra no vidro tão alto que arregalo os olhos olhando pros lados.

Sadie aparece na janela com o olhar assustado e olha pra baixo, quando ela me vê franze as sobrancelhas e aperta os olhos numa expressão de repreensão.

Levanto as mãos e os ombros fazendo uma careta e ela balança a mão me mandando pra frente da casa.

Passo pelo portão de madeira de novo e corro pra porta da frente torcendo pra que ninguém tenha chamado a polícia me vendo aqui.

Sadie abre a porta rápido e dou de cara com ela usando um pijama flanelado vinho, um moletom cinza escuro largo e o cabelo preso meio bagunçado.

— Oi... — Torço os lábios falando baixo.

— Entra logo — Ela me puxa pelo braço pra dentro fechando a porta depois.

— Seus pais não estão em casa? — Sussurro enquanto sou arrastada por Sadie até seu quarto na parte de cima.

— Não, não estão, eles estão viajando a trabalho ou sei lá o que — Ela fala alto.

Sadie empurra a porta do quarto com os pés e entra de uma vez, fico na porta e dou passos devagar até entrar.

— O que é isso? — Levanto as mãos apontando pro quarto todo rosa em volta de mim.

Até os móveis são rosas, cômodas lindas esculpidas detalhadamente na madeira pintada de branco com detalhes rosas, um lustre tão bonito que parece de filme, o quarto dela mais parece de uma princesa, além de ser enorme e contar com uma cama de casal o dobro maior que a minha e uma cabeceira de madeira branca esculpida também.

— É meu quarto e não, eu não queria que ele fosse assim, eu queria que ele fosse de qualquer outra cor e simples, mas fui obrigada pelos meus pais a ter essa coisa — Ela explica rindo e jogando os braços mostrando o quarto.

Sorrio de lado levemente olhando pra tudo e pensando o quão imprevisível e engraçado isso é, mas logo paro de sorrir e me lembro o porquê estou aqui.

— Por que me ligou? — Pergunto com a expressão séria e Sadie me olha com vergonha.

— Você não veio aqui só me perguntar isso né? — Desvia o olhar apertando os lábios.

— Eu vim porque você parou de me atender e eu fiquei preocupada — Me aproximo.

— Estou bem — Ela dá de ombros sem me olhar.

— Sadie, não aguento mais isso você precisa me dizer o que está acontecendo — Gesticulo rápido e me aproximo mais dela que mantém uma postura desconfortável.

— Y/n eu sinto sua falta é isso que você quer saber? eu gosto de você... como uma boa amiga — Ela fala a última parte baixo desviando o olhar pro lado.

— Eu tive que me afastar de você porque nossa amizade estava causando muitos problemas entre mim e a Olivia, mas eu tenho que admitir que agimos estranho e eu menti pra ela algumas vezes e quando ela descobriu foi tudo muito pior — Passo as mãos no cabelo respirando fundo em cansaço tentando explicar isso pela décima vez.

— Eu não vou questionar isso — Ela gira os pés e sai andando pegando uma garrafa de vinho em cima de uma das cômodas.

Ela vem até mim e estica a garrafa na minha frente me oferecendo, nego com a cabeça e ela só levanta as sobrancelhas e bebe do vinho.

— Sadie para de beber — Jogo as mãos batendo na perna e vou até ela tentando pegar a garrafa, ela desvia.

Ela me olha com a garrafa na boca e levanta uma das sobrancelhas enquanto gira pelo quarto devagar. Sorrio balançando a cabeça negando, eu senti falta dela mais do que achei que sentiria, mas não posso admitir isso nunca pra ela.

— Sadie é sério — Rio andando atrás dela que continua rodopiando desviando de mim.

Ela esbarra na Alexa que tem no quarto e parece que lembra que ela existe.

— Alexa, toque in the middle of the night pra Y/n — Ela sorri aberto fechado meio de lado pra mim e volta a beber do vinho.

A música começa a tocar alto abafando os passos de Sadie no quarto, ela fica andando em volta de mim fazendo caretas enquanto eu rio sem entender nada, essa cara de bêbada dela me faz rir mais e seu olhar caído assim.

— Sadie você vai cair — Bastou eu falar isso e ela tropeçou, mas não caiu se manteve em pé segurando na porta do quarto.

Ela empurra a porta a fechando batendo e desliga as luzes do quarto deixando só que pouca iluminação da lua entrasse pelas duas janelas.

— Sadie acende as luzes — Olho pros lados esperando meu olho se acostumar com a escuridão.

— Agora você não me vê — Sadie fala de algum lugar e escuto com certa dificuldade pela música alta.

— Óbvio que eu não te vejo, não enxergo no escuro — Começo a rir e sinto um empurrão no ombro.

— Cala a boca — Sua voz fica perto de mim e meu olho se acostuma com a escuridão, mal vejo seu rosto na minha frente, mas vejo seus olhos me encarando.

Sadie agora sem a garrafa que eu nem sei onde ela deixou se aproxima de mim, mal consigo acompanhar seus olhos na escuridão, mas eles passeiam por todo meu rosto. Ela se aproxima mais encostando nossos corpos ficando perigosamente perto do meu rosto.

Começo a respirar rápido pela aceleração descompassada que atinge meu coração, paro de ouvir tudo além da música que toca estralando meus órgãos como se estivesse vindo de dentro de mim.

Observo seu rosto zonzo da bebedeira e seus olhos de um lado pro outro tentando encarar os meus, sua boca semiaberta me chama. Eu deveria... eu só deveria ir embora, mas eu sei que não consigo.

Não agora, nem antes, eu acho que eu nunca quis conseguir.

Sadie me empurra levemente com seu corpo e se aproxima mais, seus olhos se movem fitando minha boca e eu tento seguir eles com os meus, ela aproxima sua boca da minha devagar parando algumas vezes pra ter certeza que eu não recuaria até seus lábios gelados tocarem os meus e eu me afasto assustada com a boca entreaberta, ela me olha com seus olhos baixos apenas encarando minha boca e sobe seu olhar me olhando tão dessa forma inexplicável, eu não vou conseguir.

Eu sei que desejei isso mais do que deveria... mais do que podia, mais proibido do que queria esse desejo me consumiu por dentro.

Passo os olhos por todo o rosto dela antes de por meus lábios nos seus de novo e dessa vez pra valer, subo minhas mãos a segurando pelo rosto e ela coloca as mãos nas minhas costas. A puxo contra mim aprofundando o beijo numa vontade que foi retraída, sua língua aperta a minha nesse ritmo mais necessitado e acelerado que nos faz querer mais uma da outra do que podemos ter.

Seguro seu rosto com fervor puxando fios do seu cabelo junto nos misturando nesse beijo eletrizante debaixo da escuridão do quarto dela ao som dessa música que me faz querer a beijar mais rápido.

Meu corpo desliga e eu só sei sentir seu toque nas minhas costas puxando com as pontas dos dedos minha blusa, só sei sentir seus lábios passeando tão fervorosamente pelos meus num encaixe tão perfeito que parece indecente.

O quanto eu desejei isso parece irreal e o quanto nos beijamos transparecendo toda essa vontade reprimida até demais.

Diminuímos o ritmo aos poucos até terminamos o beijo permanecendo de olhos fechados e rostos próximos respirando ofegante misturando nossas respirações.

Pode ser a coisa mais errada do mundo, mas eu sinto como se fosse a mais certa agora.













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