Agora foram quatro

By koralreis

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Quando Nina volta para sua cidade natal ela sabe que está indo de encontro a antigos demônios, o que ela não... More

Notas da autora
A quarta vez - Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo onze
Capítulo doze

Capítulo dez

69 6 4
By koralreis

Tudo a encanta e admira.

Nina brilha e quando ela me olha outra vez, é melhor que quando eu tinha seis anos e achava que seus olhos eram mágicos.

Porque aos seis anos Nina me olhava como se tentasse se desculpar e agora ela me olha como se quisesse me agradecer.

Eu sinto como se não coubesse dentro de mim mesmo. Ciente de que isso não determina nada sobre nós ou sobre nosso futuro. Nina ainda tem a vida dela em outra cidade, ainda tem seu passado e traumas. Muita coisa mudou e não é uma noite em um bar que vai nos fazer continuar de onde paramos. Não a partir do banco da praça, mas a partir dos nossos 18 anos, quando eu engoli um "eu te amo" e cuspi um "boa sorte". Eu assisti Nina subir em um ônibus sem passagem de volta e sem espaço para mim em sua vida. Sem coragem de prometer que impediria seus pais de se aproximarem dela outra vez caso ela decidisse ficar.

Mas aos 18 eu não tinha nada para oferecer à Nina, nada além do meu amor. Parecia irreal confiná-la aqui.

Para ser honesto ainda parece.

Mas me sinto mais leve só de colocar isso para fora, de permitir que ela saiba que por muito tempo ela foi tudo o que eu quis, mesmo quando ela passou a ser uma parte do meu passado sem perspectiva nenhuma de presente ou futuro.

O que eu disse foi real. Por tempo demais o mantra de minha mãe, que hoje creio que tenha sido em grande parte seu desejo, me consumiu de dentro para fora, germinou sem que eu percebesse e nenhuma mulher parecia boa o bastante.

Nenhuma mulher pisou nessa casa, ou dormiu em minha cama, ou sentou no balanço.

Eu sentia como se qualquer uma pudesse manchar a imagem que eu tinha de Nina ali, como se eu a desrespeitasse de alguma maneira.

É o que digo a ela quando me pergunta se Kelly frequentava minha casa durante o nosso namoro.

— É tão linda por dentro, Benhur. Tu fez um ótimo trabalho — ela elogia, deslumbrada. — Eu devia ter aparecido aqui antes.

— Não fica se lamentando, não te trouxe aqui pra se arrepender de nada — digo me referindo ao passado e ao futuro.

— Eu sei — ela sopra em minha direção e se estica para me beijar.

Por um instante parece que vou flutuar. Nina está aqui, está em minha casa e me beija a boca. Quero ser romântico, juro que quero, mas ela pressiona o quadril contra o meu e não há romantismo quando meu pau endurece.

Agarro suas coxas a puxando para meu colo, a carregando para meu quarto, deixando só um abajur aceso, porque é um desperdício ter Nina se eu não puder vê-la corando e sorrindo quando eu a fizer gozar de novo.

A deito sobre a cama e deslizo sobre ela, ela puxa minha camiseta e deixa as mãos desbravarem todo meu peito e costas. Se demora em cada músculo, em cada curva e eu não vejo a hora de retribuir o gesto. Tiro a calça irritado com a maneira que meu pau se contorce espremido contra o jeans, arranco a cueca junto, impaciente.

Nina ri, mas me admira e devora com os olhos. Meu pau endurece mais só pela maneira como ela lambe os lábios para ele.

Tiro a saia e a calcinha de Nina, ansioso para tê-la em minha boca. Deslizo a mão pela lateral do seu corpo, arrastando o tecido de sua blusa, tirando tudo do caminho. Massageio seus seios empinados em minha direção, quando tiro também seu sutiã e chupo seu mamilo com vontade, ela enverga as costas. Automaticamente meu braço encontra o espaço entre sua lombar e o colchão, mas a textura que meus dedos sentem em sua pele me desperta.

— Não surta — ela pede, me abraçando com braços e pernas, tentando me manter no lugar.

— O que é isso? — pergunto já surtando.

— Só me beija — ela pede tentando me alcançar com os lábios.

— Me deixa ver, Nina. Por favor — peço. Sei que meu tom é duro, nada condizente com o clima do momento.

Ela suspira e solta meu corpo, girando no próprio eixo, comigo suspenso sobre seu corpo esguio. Ela fica de bruços para mim e amo a visão de seu pescoço, suas omoplatas trabalhando sob a pele, sua coluna serpenteando abaixo guiando meus olhos até as cicatrizes.

Odeio as cicatrizes.

Fazem meu coração falhar, minha respiração ficar presa na garganta e meus dentes trincam dentro da boca.

O filho da puta bateu nela com o cinto, tal qual seu pai fazia. Mas usou a fivela. Algumas marcas são mais profundas que outras e tornam a textura de sua pele irregular.

Sinto cada uma delas com a ponta dos dedos, depois com os lábios.

Beijo todas as cicatrizes de Nina, porque apesar de odiar que isso tenha acontecido com ela, estou aliviado pra caralho que ela tenha escapado das estatísticas.

Só a cicatriz no olho já era o suficiente para contar essa história.

— Eu vou descobrir quem ele é, onde ele tá e vou matar ele — murmuro contra sua pele.

Nina me surpreende rindo.

— Não vai nada, eu não quero ter que te visitar na cadeia.

— Só vou preso se for pego — provoco.

— Esquece isso, tá no passado — Nina diz e inclina a bunda em minha direção. — Nós temos assuntos mais urgentes e muito tempo perdido pra compensar.

Sou obrigado a concordar. Me encaixando entre suas pernas e enchendo as mãos com sua bunda. Ela se ergue mais um pouquinho e tenho certeza que sei o que ela quer, porque eu também quero.

Afasto a carne macia e deposito primeiro um beijo, depois minha língua.

Nina geme baixinho e se contorce. Intensifico a investida e vai ficando cada vez mais difícil manter minha boca no lugar com a maneira que ela foge de mim.

Mordo a carne farta lhe arrancando um grito agudo. Então viro Nina de barriga para cima e ela já tem os lábios presos entre os dentes.

— Estamos em casa — digo puxando seu lábio para fora de sua mordida. — Agora eu quero te ouvir gritar.

Desço vagaroso por seu corpo, pescoço, seios, barriga, virilha, coxas. Ela choraminga. Não espera que eu pergunte o que ela quer, afasta os joelhos e me dá a visão privilegiada de sua boceta que já brilha com sua lubrificação.

É a vez do meu pau se contorcer. Mas ele vai ter que esperar mais um pouco.

Passo a língua devagar, feito um gato preguiçoso, uma, duas, três vezes. Na quarta a perna de Nina sofre um espasmo. Sugo seu clitóris, sucções curtas, mas ritmadas e encontro a receita para ouvir meu nome gemido daquele jeito delicioso. Vogais longas, como se implorasse por mais, por mim.

Ela expressou querer tudo o que eu pudesse dar e eu sonho com o dia que darei tudo e mais um pouco.

Enfio dois dedos outra vez, já familiarizado com o espaço apertado e molhado entre suas pernas.

Deliciosa.

— Eu vou gozar na tua boca — ela me alerta, me tirando da órbita. Seu anúncio faz meu pau recuar involuntariamente, como se quisesse me punir por deixá-lo de fora da festa. Mas a boceta de Nina é a mais gostosa que já provei e não vou sair daqui sem bebê-la.

A cada mudança de movimento me afasto o suficiente para admirar sua boceta. Vermelha e inchada pelo estímulo. Molhada e pulsante.

Reconheço pelos gemidos os movimentos que ela mais gosta e invisto neles, a levando ao orgasmo outra vez.

Quando me ergo e rastejo sobre seu corpo, Nina me envolve com braços e pernas e preciso fazer um esforço hercúleo para me desvencilhar de seu corpo para pegar a camisinha.

Quando estou pronto meu coração acelera, desgovernado dentro do peito. Ela se senta em expectativa e eu me deito ao seu lado.

— Sou todo teu. Pode fazer o que quiser.

Os olhos de Nina brilham, divertidos. E ela imediatamente senta sobre minhas coxas, minhas mãos disparam prontas para agarrar seus seios, mas ela me impede.

— Fica quietinho — ela pede, tímida.

— Eu tô quietinho — digo, descarado. Ela ri.

— Não me toque, até eu dizer que pode.

Reviro os olhos, no mais absoluto tesão e desespero. Mas concordo com sua condição e obedeço. Ela segura meus pulsos e os coloca sobre minha cabeça, se inclinando sobre meu tronco, comprimindo minha ereção.

Respiro fundo em seu pescoço, reprimindo o impulso de tocá-la. Ela passeia com o nariz pelo meu maxilar e volta a se sentar. Segura meu pau pela base, rente a sua boceta, e me masturba como se eu fosse parte dela, como se sempre tivesse sido.

Sua mão sobe e desse em um ritmo alucinante, fazendo meu pau esbarrar em seu clitóris de propósito.

Respiro fundo, com dificuldade.

O nome de Nina deixa meus lábios em um gemido espontâneo. Ela me lê como se pudesse me desvendar. E senta me enterrando até o talo.

Gememos em sincronia, minhas mãos se mexem inquietas e Nina tem um sobressalto quando as tiro do lugar, mas agarro o lençol da cama, ao lado de seus joelhos e projeto o quadril tentando me enfiar um pouco mais nela.

Não é nem como se realmente tivesse para onde ir, mas Nina é deliciosa, e sua boceta me envolve tão confortavelmente que não me resta outra coisa além de gemer.

Ela quica no próprio ritmo, e ele é mais do que suficiente para me enlouquecer. Seus peitos pulam pesados, o suor escorre pelo meu pescoço e as articulações dos meus dedos rangem diante da força com quem me impeço de tocar Nina.

Ela rebola, levanta e abaixa e eu já não sei mais quem sou.

— Posso tocar agora? — peço entredentes.

— Ainda não — ela diz, esfregando o clitóris em mim, com a boceta se contraindo ao redor do meu pau.

Solto um grunhido torturado. Desesperado. E até meus dedos dos pés se contraem diante do estímulo e da privação que Nina me impõe.

Então acontece.

É na risada de Nina que me apaixono por ela pela quarta vez.

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