Heart Broken | Addizzie

Oleh -addizzie

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Com qual olhar você encararia a vida se perdesse sua esposa e filha em um acidente de carro? Addison Montgome... Lebih Banyak

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12

Capítulo 5

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Oleh -addizzie

“Temos que lidar com as decepções dia a dia já que não controlamos nossos pensamentos...”

A D D I S O N

Há quanto tempo eu não pego uma mulher em casa e levo em qualquer lugar que seja?

Anos!

Não sabia nem ao menos se isso havia ficado ultrapassado, ou se as mulheres modernas gostam de pessoas que fazem algo assim, só que eu já havia feito a merda de convidá-la, então...

Sim, eu repensei em casa, e percebi que não foi uma boa ideia, já que ela conversa demais. A questão agora é outra. Quando a vi saindo de sua casa, com aquele vestido marinho...

Eu não consigo explicar como é o vestido, porque para mim é um vestido azul escuro, simples assim, só que no corpo de Izzie ele ficava perfeito. Sei que se especialistas fossem falar dele, diriam algo sobre o decote bem cortado, o tecido, malha, comprimento, textura, entre outras coisas. Eu imaginava além, queria saber a todo custo o que esse vestido cobria.

— Por que está me olhando assim?

— Defina “assim”— falei, mas entendi bem o seu questionamento.

— Ah, sei lá, diferente. Você entendeu... — falou baixinho, e percebi instantaneamente vergonha em seu rosto.

— É coisa da sua cabeça.

Não era...

— Tudo bem.

O silêncio permaneceu por alguns minutos, e vi que ela não estava à vontade em minha presença. Posso dizer o mesmo, já que não sou a melhor anfitriã para nada, na verdade sou o pior possível.

Quando Isobel está trabalhando, tanto eu quanto ela nos evitamos, e por enquanto tudo está indo bem, só que ter de encará-la desse jeito está dando um nó em minha cabeça, já que esse vestidinho...

— Por quanto tempo ficaremos neste lugar? — Me tirou dos meus pensamentos sobre o seu corpo, e pude olhar para ela com mais liberdade. Ainda não sabia se observá-la com mais afinco seria bom para o meu psicológico.

— O menor tempo possível — disse firme e ela soltou uma risadinha abafada. — O que foi?! — grunhi.

— Não é nada. Pensei que fosse necessário “fazer uma moral”, e...

— Não preciso disso! — a cortei, irritada. — Eu tenho confiança no meu trabalho, e as pessoas que me contratam também. Sou simples e prático. Estou indo por uma pressão desnecessária.

— Eu só disse que...

— Não diga! — a cortei novamente. — Só faça o que eu lhe pedi. Seja uma boa companhia, e não me dê trabalho.

Percebi quando Izzie me fuzilou com seus olhos castanhos claros. Ela não tinha culpa de eu ser uma mulher tão grossa e amargurada, mas não consigo voltar ao
passado e ser aquele Addison.

Não mais...

I Z Z I E

A cada segundo que eu passava no carro dessa mulher mais eu tinha vontade de
sumir.

Pensei que conseguiria conversar normalmente com ela. A burra aqui achou
que ela poderia ser uma mulher fria, insensível e grossa somente em sua mansão, só que me enganei. Ela é um idiota em todos os sentidos possíveis...

— Babaca! — falei baixinho.

— Como é?!

Não me atentei que havia sibilado essas palavras. Pensei que tinha xingado Addison
mentalmente, mas pelo jeito a raiva é tanta que escapuliu sem querer esse xingamento que considero leve para uma pessoa que nem ela.

— Nada. Pensei alto.

— Parecia estar se referindo a mim.

Será que ela sabia ou estava considerando? Ah, não estou preocupada com isso, não estou em meu horário de trabalho, então sou livre para fazer o que eu bem entender.

— Imagina! Por que eu diria algo assim? — soei dissimulada. Eu precisava colocar meu emprego em primeiro lugar, e não ser demitida em um dia que nem preciso trabalhar. — Estou com muitos assuntos para resolver em minha cabeça, só isso.

A ruiva não falou nada, e fiquei aliviada. Prefiro ela calada, porque quando a mulher abre a boca...

— Chegamos.

O local que havíamos chegado era grande... não, enorme. A mansão de Addison parecia uma pequena miniatura em relação a essa, e fiquei surpresa ao repará-lo melhor.

O jardim era enorme, havia uma enorme piscina bem na entrada. Notei também que na área externa havia acomodações para convidados e ainda uma cozinha à céu aberto.

— Meu Deus... esse lugar é maravilhoso.

Addison me analisou, só que nem deu importância para o que falei. Continuei a
reparar a mansão e vi um grande oásis no jardim, com uma jacuzzi e uma piscina com cachoeiras artificiais. Como estamos de noite, tudo isso só deixava mais bonita a mansão.

— Que tal andar um pouco mais rápido?

Vi que havia ficado para trás reparando em tudo, e logo pedi desculpas.

— O que exatamente preciso fazer? — a questionei enquanto caminhávamos.

— Nada. Só fique plantada ao meu lado. O foco será em mim, não se preocupe em tentar agradar.

O foco será em mim. Ela nem se acha.

Que mulher insuportável! Grossa, insensível, gostosa, sexy...

Retesei por alguns segundos. Por qual motivo atribuí qualidades a ela se o estava xingando mentalmente?

Que merda, estou precisando de uma boa transa, senão vou surtar...

***

Addison estava certa no fim das contas. O foco no momento era exclusivamente nela. Eu praticamente vim aqui para sorrir para as pessoas que se aproximavam de nós duas.  Quando perguntavam da nossa relação, ela dizia sem titubear que éramos amigas. Mal sabem as pessoas que nenhuma de nós considerava ser amiga uma da outra. Muito pelo contrário, nos odiávamos...

Não, ódio é uma palavra muito forte, pelo menos para mim. Agora em relação a ela não posso afirmar nada, já que parece viver com ódio do mundo e das pessoas ao seu redor.

Addison cansou rápido de falar sobre o seu trabalho, e fomos para um pequeno sofá no local externo da mansão. Havia vários deles, só que ela resolveu se sentar em um que cabia somente duas pessoas. Já sabem porque...

— Você conversa quando é conveniente — falei.

— É — respondeu, seco, sem ao menos olhar para mim.

— E até sabe dialogar com as pessoas ao seu redor — o alfinetei, só que Addison não recebeu muito bem minhas palavras.

— Sabe, com esse tanto de pessoas conversando comigo dá até vontade de ouvi-la falar. O pessoal é extremamente chato...

Que babaca!

— É uma pena que não estou com vontade de conversar então.

— Sério?! Vindo de você é um milagre, já que conversa mais que a boca.

É surreal o quanto essa mulher me irrita. Só de ouvir a sua voz eu já fico possessa, e isso porque não completei um mês de trabalho em sua mansão. Eu não sabia que o emprego era tão difícil. Apesar de uma ogra, a ruiva é gostosa, não há como negar. Alta, olhar azul chamativo, lábios bem desenhados...

— Por que está olhando para o meu rosto sem ao menos piscar?

Merda, fui pega no flagra!

— É somente impressão sua. — Desviei minhas íris, embaraçada por ter sido pega em flagrante. O que Addison possui que não consigo disfarçar quando a observo?

— Sei...

Para minha sorte, um senhor veio caminhando em nossa direção, e rapidamente Addison levantou, não antes de me dizer algo:

— Não fale nenhuma bobeira, ele é o dono da mansão e o motivo para vir nessa chatice que ele chama de festa.

Não disse nada, somente fiquei de pé, como ela.

—Vejo que tem bom gosto, Addison. — Fixou o olhar em mim. — Você é linda, criança. Deixe-me apresentar, sou James Sullivan, o anfitrião de vocês. Qual o seu nome?

— Isobel Stevens.

— Não temos nada uma com a outra —Falou quase no mesmo instante que nos apresentamos.

— Que azar, filha. Mas eu também acho ela bonita demais para você.

Bem feito, Addison.

— Que seja... então, podemos falar de negócios?

— Claro.

— Irei deixá-los à vontade. — Dei um passo para frente, só que James tocou meu braço.

— Por favor, fique. Não quero que se sinta deslocada.

Olhei de soslaio para Addison, que assentiu com a cabeça notoriamente irritada. É
claro que ela não iria querer uma mulher tagarela que nem eu por perto, só que ela não parece ter escolha dessa vez...

— Certo.

Ambos começaram a conversa com assuntos triviais enquanto percorriam a mansão. Addison estava atenta ao que James dizia, e eu prestava atenção em ambos, mas não abria a boca para nada. Ela havia sido bem claro, e dei essa liberdade para os dois.

Em partes...

— Sabe, quero algo diferente. Me cansei dessa mansão, o arquiteto dela não é do tipo... famosa.

Addison sorriu discretamente.

— Entendo. Pelo visto quer algo maior e mais chamativo.

— Sim. Duas vezes maior, no mínimo, com mais ambientes, mais áreas de lazer... mais tudo.

— Bem, acho que podemos fazer algo parecido com...

— Me desculpe, sr. Sullivan. Isso é sério?

Me dei conta que interrompi Addison quando ela se preparava para argumentar com James. Nem preciso dizer como ela me olhou quando isso aconteceu, mas a burrada já havia sido feita.

— Por favor, não me chame de senhor. Não quero me sentir mais velho que o normal. — Sorriu.

— Certo. Então, James, eu achei a sua mansão linda, e realmente não sei se Addison conseguiria fazer um trabalho melhor do que esse.

Os dois olharam para mim com certa surpresa estampada nos olhos. Se Addison estava nervosa comigo, não quero imaginar como ela está por dentro após isso, só que ela merece por ter me tratado mal desde que chegamos.

Eu tenho uma boca grande...

— Entenda... eu não sei quem projetou essa mansão, e... sei que Addison é muito boa, eu só quis dizer que eu... sei lá, gostei muito daqui e não vejo como ter uma mansão
mais bonita, e... mil desculpas por ter interrompido a conversa — disse baixinho
a última frase.

— O que acha disso, Addison?

Novamente ela pousou os olhos em mim, só que não identifiquei raiva em um primeiro momento.

— Ela pode estar certa.

— Eu só quis dizer que a pessoa que projetou essa mansão é muito... foda.

Lá vai eu falando xingamentos ao lado de pessoas importantes. Percebi Addison fechando seus olhos e fazendo movimento de negação com a cabeça.

— Gostei de você, filha. — James gargalhou e me deu um abraço de lado. — Agora me diz: por que achou aqui tão especial?

— Ah, não sei ao certo. A maneira como tudo foi alocado, a iluminação, como tudo
foi disposto interna e externamente. Tudo está bem encaixado, além de que não reparei em nenhuma falha aparente. Me apaixonei pelo salão principal, e pelo formato das escadas, enfim... eu poderia ficar aqui a noite inteira falando o quanto amei a sua mansão.

James me olhou com curiosidade, e logo depois perguntou:

— Você gosta de observar as mansões em geral ou se interessa pelo trabalho de um arquiteto?

— Eu quero ser uma arquiteta famosa em alguns anos. Não tive oportunidade de
fazer o curso, mas em breve tenho certeza de que conseguirei seguir o meu sonho de adolescente.

— Então, se fosse aluna desse arquiteto que projetou essa mansão ficaria muito feliz?

— James... — Addison disse seu nome, mas foi ignorada, já que James estava focado em mim.

— Claro! Olha isso! Essa mansão é linda!

Sim, eu estava apaixonada.

Novamente James caiu na gargalhada me observando.

— Filha... você acha mesmo que eu colocaria meu dinheiro nas mãos de duas pessoas diferentes?

— Não entendi bem o que isso quer dizer — falei pausadamente.

— Diga a ela, Addison. Acho que sabe muito bem do que estou falando.

Depois de inspirar profundamente, Addison focou em meu rosto.

— Eu projetei todas as 3 mansões de James. Essa mansão que você foi categórica em afirmar que eu não faria melhor foi projetada por mim.

— Oh, merda. Me desculpem! Eu não sabia!

Addison não brigou comigo, mas fiquei sem graça até o momento que nos preparávamos para ir embora...

***

Fui ao banheiro após a ogra falar que estávamos indo embora. Ao voltar, ela me esperava perto do saguão, sem pessoa alguma aos arredores.

— Você me odeia, não é? — falou do nada, me pegando completamente desprevenida.

Não entendi a utilidade da pergunta, já que era bem claro a resposta, mas tratei de responder de acordo.

— Sou paga para trabalhar, e não para conversar. Ou ser sincera, claro. — Uma
risadinha maliciosa desabrochou em minha face. Não podia deixar de cutucar a mulher.

— Não me importo se me odeia. É indiferente para mim.

— Me deixe adivinhar: isso é porque basicamente todas as pessoas te odeiam?

Ok, isso foi pesado. Addison é a minha chefe, e algumas taças de champanhe não me
fizeram bem, já que fiquei mais desbocada que o normal.

— Quem sabe. — Se estava sem graça, não transpareceu. — É melhor irmos embora.

— Logo agora que estava me divertindo? — provoquei.

— Quer dizer que sua maneira de se divertir é jogar na minha cara que as pessoas me odeiam?

— Ah, não. Aquele homem ali está me olhando desde quando cheguei, e... estou
com vontade de beijá-lo.

Eu não sei se essa frase foi algo bom a se dizer, já que o rosto de Addison se configurou para algo... negro. Isso porque era uma brincadeira inofensiva.

— É melhor você começar a tomar bastante cuidado com as palavras que fala perto de mim. — Enorme nervosismo estampou sua face e fiquei curiosa com o que poderia vir em seguida.

— Não entendi. Qual o problema de eu querer beijar alguém? Não é porque você
não faz mais esse tipo de coisa que eu não posso.

Só me dei conta do que havia dito depois das minhas últimas palavras. Se o seu rosto estava nervoso alguns segundos atrás, agora não sei nem como explicar como estava configurado.

— Olha aqui... — Chegou mais perto, e segurou meu braço de um jeito firme, mas não com força. — É melhor você se preocupar consigo mesma e me deixar
quieta!

Não sabia o que falar, já que essa proximidade me fez desejá-la. Vê-la tão perto de mim, sentir seu cheiro, apreciar seu rosto tão bravo, mas tão sexy...

Fiz justamente o oposto do normal, já que continuei a provocar a ruiva.

— A verdade dói, eu sei. A falta de algo a mais em nossas vidas nos deixa assim... — fiz uma pequena pausa e olhei para os lados. — Não sabemos mais como sequer beijar as pessoas, muito menos como nos portar quando elas querem algo a mais.

Os olhos azuis de Addison ficaram mais escuros, se é que isso fosse possível, e em um pequeno movimento ela botou as minhas costas na parede, ficando a centímetros da minha boca.

— Está dizendo que não consigo mais beijar, é? — sussurrou, e fechei meus olhos.

Me beije e prove o contrário...

— Talvez. Nunca se sabe.

Addison começou a gargalhar, mas em seguida segurou meu queixo, a mulher iria
me beijar...

— Pelo visto uma certa mulher está doida para ser tomada por mim. Pela minha
boca, língua...

Arrepiei por causa de seu toque, e já estava quase desabando em seus braços. Não sei se por causa da bebida, da vontade de beijá-la, da culpa que sentia por tudo...

— Sim, Addison.

— Diga que precisa que minha boca cole na sua, que necessita que minhas mãos envolvam seu corpo...

— Eu preciso disso... — falei gemendo essas palavras enquanto abria meus olhos vagarosamente.

Foi claro para mim quando Addison parou a milímetros do meu rosto. Eu realmente achei que ela me beijaria, e por isso abri minha boca, só que ela... recuou!

A filha da mãe recuou...

— Eu sei. — Se fez de indiferente. — Mas você não me atrai, então, não vai rolar.

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