Perigo.
Tínhamos conseguido sair da vista do helicóptero da polícia, th estava certo a estrada de barro era contornada por árvores, a polícia não conseguia nos ver ali.
Th tinha passado pelo rádio que ele e o caminhão já estavam se aproximando, tínhamos estacionado pra esperar eles chegarem.
Aproveito que ainda temos alguns minutos e pego meu celular no bolso, disco o número da Yasmin, quero saber se matteo está bem.
Ela demora um pouco pra atender, mais logo atende.
Yasmin: Alô? - A voz dela soa rouca, como se estivesse acabado de acordar. - quem que é? - ela pergunta.
Perigo: É o Pedro. - Falo. - queria saber do matteo, ele está melhor? - perguntei.
Yasmin: Pedro? Mais que Pedro? - ela pergunta confusa.
Perigo: é o perigo, Yasmin. - Falo.
Yasmin: há sim, Pedro?- ela pergunta com lentidão. - Pedro?
Perigo: É Yasmin, é o Pedro. Você fumou alguma coisa mano?
Yasmin: a grosso. - Ela fala bufando.
Perigo: e você gosta, até sentou com vontade. - falo pra irritar ela que bufa do outro lado da ligação.
Yasmin: O matteo está bem, a febre abaixou e agora ele está dormindo. - Ela fala mudando de assunto. - era só isso?
Perigo: você vai ficar ai em casa? - Pergunto curioso.
Vai saber porque que eu quero que ela fique, na verdade eu sei sim, mais eu adoro complicar as coisas.
Yasmin: Sim, está tarde e eu acabei dormindo agarrada ao matteo. Quando ele melhorar eu volto pra minha casa.
Perigo: beleza, tchau. - Falei.
Yasmin: ok, cuidado perigo. - Ela falou e eu encerrei a ligação com o coração batendo forte, sorrio disfarçadamente enquanto guardo o celular.
Estou fudido, sei que sinto alguma coisa por ela, que gosto de como ela se preocupa com meu filho, sei que gosto dela, mais não sei se é o certo trazê-la pra minha vida.
Seria uma pessoa mais para se preocupar, e o que fiz com ela não tem nenhum tipo de perdão e eu sei disso.