PRINCESS OF CHAOS

Od lavhzx

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FANFIC DE HOUSE OF THE DRAGON โ”โ” ๐‘จ๐‘ณ๐’€๐‘บ๐‘บ๐‘จ ๐‘ฝ๐‘ฌ๐‘ณ๐‘จ๐‘น๐’€๐‘ถ๐‘ต teria sido muito mais feliz se tivesse nas... Vรญce

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Od lavhzx

A RAZÃO escraviza todas as mentes
que não são suficientemente fortes para a
dominarem. ❞

GEORGE BERNARD SHAW  —



       AEMOND SENTIU O SOL atingir seu rosto, seu corpo estava pesado e parecia ter sido esmagado por um dragão.

O príncipe deslizou suas mãos pelo lençol da cama, sentindo falta de determinada pessoa que deveria estar deitada ali.

Alyssa não estava presente no quarto, isso foi a primeira coisa que ele notou. O espaço vazio no meio da cama era a prova daquilo.

Com o despertar de Aemond, Oldin também pareceu acordar ao mesmo tempo. Os dois se encararam, o príncipe sem quaisquer expressões enquanto observava o rapaz secá-lo com um sorriso nos lábios.

Havia um espaço entre eles, um espaço no meio que devia ter sido preenchido pela princesa.

Aquilo não incomodava Aemond de jeito nenhum. Apesar de já ter tido algumas experiências antes, o príncipe não fazia questão de viver em bordéis como a maioria dos lordes da corte.

Ele se deitou com algumas mulheres anteriormente, mas nenhum homem sequer. Entretanto, não teria sido um problema para ele fazer aquilo se assim lhe interessasse. Os desejos do príncipe nunca foram um mistério para ele, havia características específicas que o atraíam, não importava se quem carregasse essas características fosse homem ou mulher.

Mas Oldin lhe passava uma energia estranha, apesar de ser muitíssimo atraente.

— Ela costuma sumir pela manhã, não é algo que deva te preocupar — Oldin falou, risonho.

— Não estou preocupado.

Imediatamente, Aemond se levantou da cama. Ele desejava continuar lá, seu corpo estava cansado após a noite anterior. Mas o príncipe deveria sair dali antes que a situação ficasse estranha.

As lembranças invadem sua mente e um suspiro sai dos lábios inclinados do príncipe.

Suas calças já estavam de volta ao seu devido lugar, sua camisa estava jogada na cômoda de Alyssa, ele caminhou até lá calmamente para vesti-la.

Um pequeno bilhete estava escrito lá, com a caligrafia impecável da princesa.

NÃO IMPORTA onde eu estou,
quando eu chegar ao meu quarto
novamente, não quero ver nenhum
dos dois paspalhões aí ❞

Bom, Aemond não fez questão de ler aquele bilhete para Oldin. Afinal, diversas vezes o rapaz havia provado que não era tão obediente quanto aparentava.

— O meu nome é Oldin, não nos apresentamos corretamente — disse o rapaz, casualmente ainda deitado na cama.

— Eu sei quem você é, assim como você sabe quem eu sou — respondeu Aemond, levemente entediado — Não precisamos de apresentações.

Oldin sorriu com as palavras do príncipe.

— Eu gosto da forma que você trabalha, Aemond — falou o rapaz, sarcástico — Ontem à noite foi uma boa jogada. Eu admito.

O rosto do príncipe se franziu em dúvida, sem compreender o que o rapaz queria dizer.

— Não se faça de bobo. Essa sua historinha de príncipe do bem, que deseja ajudar a princesa com um ato de heroísmo não funciona comigo — Oldin respondeu, caçoando da situação.

Aemond não responde, ele apenas observa o rapaz rir das próprias palavras.

— Você ouviu minha conversa com Alyssa, correto? — presumiu o príncipe.

O rapaz assentiu, ele se levanta da cama e caminha na direção de Aemond. Um sorriso orgulhoso está em seus lábios, usando roupas amassadas

— Cada detalhe. A porta é fina, assim como minhas intenções — Oldin responde, sarcástico.

Num ato rápido, o príncipe agarrou a gola da camisa de Oldin com brutalidade, que já estava próximo o suficiente dele, mas o sorriso não saiu dos lábios do rapaz. Eles sentiram a respiração um do outro, e Aemond se segurou para não atacá-lo naquele exato momento.

— Então você é um servo que desobedece a sua princesa? — o príncipe perguntou, num sussurro — Me lembro bem de Alyssa lhe mandando esperar lá fora, mas mesmo assim você entrou no quarto.

Oldin mordeu seus lábios.

— Fiz certo, não fiz?

Aemond encarou o rapaz, ele afrouxou o agarre de sua camisa e o encarou sem quaisquer sentimentos aparentes.

— Vamos deixar uma coisa bem clara, Oldin — o príncipe começou — Ontem, não me incomodei em expulsá-lo porque sua presença me parecia interessante.

Oldin não respondeu, sabendo que Aemond pretendia continuar sua fala.

— Mas eu não divido. Então eu irei considerar sua pequena traição uma falha de julgamento, é melhor você se manter longe quando eu estiver com a princesa novamente — finalizou, sem medir suas palavras.

Aemond percebeu imediatamente o que havia falado. Estar com a princesa novamente? Era óbvio que aquilo não aconteceria.

Ele ainda a odiava, porra.

— Pensei que você a odiasse — Oldin respondeu, o sorriso sumiu de sua face — Que ontem foi apenas uma estratégia para conseguir sua confiança.

— Eu a odeio — o príncipe respondeu, quase imediatamente — Mas o único que pode tramar pelas costas de Alyssa Velaryon, sou eu.

O rapaz caminhava pelas ruas de Porto Real, com raiva ele ia até o bordel onde morava.

Talvez ele não devesse ter presumido que Aemond estivesse mesmo usando aquela situação para se aproximar de Alyssa.

Afinal, ele conversou muito com Alyssa nos últimos meses, ouviu as lamentações dela sobre tudo. Ele sabia que Aemond Targaryen estava no topo de todos os seus problemas.

Mas foi um erro imaginar que ele não seria uma pessoa mais complexa. O rapaz apenas imaginou que ele era um príncipe ambicioso e nada mais.

Oldin entrou no bordel com a respiração pesada. Ele observa as mulheres e os homens andarem casualmente pelo local.

Não era um dia de serviço, onde o bordel iria funcionar para não levantar suspeitas, apenas os moradores estavam lá. Mesmo assim, eram muitas pessoas.

Muitos espiões trazidos por Alyssa. Tinha servos do palácio, mulheres, homens, crianças. Todos servindo lealmente ela.

Eles gostavam de se pensar como uma família, pelo menos ali. Exceto nos dias de funcionamento, aquele bordel realmente tinha um ar tranquilo e familiar.

Mas Oldin não gostava dali. Ele preferiria mil vezes que fosse um ambiente como os que ele estava em Lys, antes de se mudar para Porto Real.

Os escravos sexuais sabiam como sobreviver no mundo. Eles não eram soldados ou espiões, eles eram sedutores. Sabiam que no fundo, apenas o desejo movia os seres humanos.

Ele entrou rapidamente em seu pequeno quarto, que era dividido dos demais apenas por três paredes finas e uma cortina de tule que servia como porta.

Não era espaçoso, mas era muitíssimo confortável. Bem iluminado e com certeza, muitos matariam para estar naquele lugar.

Mas novamente, isso apenas irritava o rapaz.

— Hipócritas do caralho — Oldin sussurrou a si mesmo, caminhando em direção a mesinha de medicamentos que havia ali.

O rapaz observa o ambiente com rancor. Irritado em saber de quem pertencia aquele lugar.

Alyssa Velaryon. Que na sua opinião agia como se fosse a heroina de uma vida de escravidão. Ele havia passado por muitas coisas antes de chegar ali, não acreditaria nas palavras da princesa apenas por que elas eram boas demais.

Oldin era órfão. Ele foi criado até seus onze anos por um alquimista e médico muito famoso nas cidades livres. Viveu uma vida de rei, aprendeu a arte da medicina com um gênio.

Tudo o que ele sabia sobre a arte da cura veio dos onze anos de ensinamento. Todos os dias ele se perguntava o quão talentoso ele seria se o seu tutor não tivesse morrido.

Mas os mestres de Lys sabiam ser cruéis, talvez até mais do que os de Westeros. Não havia títulos tão bem explicados quanto naquele continente.

Quando um homem poderoso morria, outra pessoa simplesmente assumia o seu lugar. Não eram como as poderosas casas de Westeros que passavam seu poder de sangue em sangue.

Alec, o escudeiro de Alyssa, era uma rara exessão.

Seu pai era um mestre de soldados imaculados. Quando ele morreu, os soldados ainda eram leais a seu filho. A princesa o ajudou a se estabelecer, a não decair tão facilmente, e em troca, Alec prometeu servi-la até o fim dos seus dias.

Mas Oldin não teve aquela sorte. Ele foi vendido como escravo na primeira oportunidade.

Foi forçado a aprender na raça que todos eram movidos unicamente pelo prazer.

O rapaz era uma criança bonita, e se tornou um adolescente bonito. Muitos homens e mulheres se dispuseram de sua companhia na cama. Muitas promessas de liberdade já lhe foram feitas. Nenhuma jamais cumprida.

Alyssa Velaryon havia dito que ele seria livre assim que curasse o rei. Ela falou que ele só teria que fazer aquilo se quisesse.

Foi como uma piada para ele. Como se ele fosse tolo o suficiente para acreditar que ela o deixaria ir mesmo se ele não curasse o rei.

Todos que magoaram Oldin estavam mortos. Todos os homens e mulheres que não cumpriram suas promessas, ele tinha talento em envenenar as pessoas sem levantar suspeitas.

O mestre da casa de prazeres, que vinha sendo assassinado aos poucos. Ele morreria mesmo se Alyssa não o tivesse ordenado sua morte.

Ele aceitou vir sem relutância porque pensava que seria forçado de qualquer maneira. Pelo menos, iria pelo caminho mais fácil e conseguiria a confiança de Alyssa mais rápido.

A princesa era um dragão na pele de cordeiro. Mas Oldin? Ele era uma serpente na pele de um gato tolo.

— Eu irei me vingar, eu irei me vingar, eu irei me vingar — suas mãos tremiam, e ele recitava aquele manto como um cântico que o motivava a continuar vivo.

A respiração dele fraqueja por um segundo. A tremedeira em suas mãos aumenta e o rapaz aperta os pulsos tentando contê-la.

O alquimista que o criou falava uma frase com muito orgulho: "Quando se há talento para curar a vida como pessoas como nós, não podemos desperdiçá-la jamais."

Oldin sempre pensou que fosse apenas uma besteira de um velho louco. Mas quando os mesmo sintomas começaram a aparecer nele, foi como se um estalo explodisse em sua mente.

Quando o homem que o criou começou a cobrar por consultas, ao invés de curar as pessoas livremente, ele passou a adquirir sintomas físicos.

Tremores nas mãos. Faltas de ar. Cuspir sangue.

Oldin insistia que aquilo era uma doença normal. Mas o alquimista, que era o melhor médico de todos os tempos, não conseguia curar nem a si mesmo, com certeza havia algo de errado.

O rapaz negou. Ele se recusou a acreditar que o simples fato da ganância pelo dinheiro, que impediu o homem de curar milhares de pessoas, havia no fim o matado.

Pelos Deuses, Oldin era um rapaz da ciência. Ele não acreditava naquilo. Mas então ele começou a sentir os mesmos sintomas quando começou a envenenar seus amantes.

Ele havia parado de curar os outros, começou a matar e os mesmos sintomas do alquimista apareceram nele. Era como uma praga.

Uma agulha entrou no braço do rapaz, um dos medicamentos sobre a mesinha. Aquela era uma fórmula criada pelo alquimista que o criou, que não curou sua doença mas permitiu que ele vivesse por mais tempo.

Entretanto, um único dia sem tomá-la e a morte era certa. Aquele era o preço de depender de algo ou algum remédio para ficar vivo.

Aquele era o medicamento que Oldin dava para o rei. Ele nunca fez nenhum tratamento, apenas adiou sua morte com um remédio.

O rei já estaria morto se não fosse por aquilo.

Oldin poderia sim o curar de uma vez, mas ele não daria a Alyssa Velaryon a melhora de Viserys que havia prometido.

Não, assim que uma única brecha surgisse, ele arrumaria um jeito de se vingar da princesa.

O rapaz não acreditava em Alyssa. Ele não acreditava na liberdade que ela dava a ele.

Por mais que a princesa tenha prometido que ele não era obrigado a curar o rei. Oldin não acreditava nela.

Graças a isso, ele a odiava.

Ele havia dado ao rei um remédio que ao mesmo tempo que era a cura, também era a morte.

Então um único dia sem aquela maldita injeção, Viserys iria morrer. Assim como Oldin.

[ ᴘᴏʀ ᴇssᴀs ᴠᴏᴄᴇ̂s ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴘᴇʀᴀᴍ, ɴᴀ̃ᴏ ᴇ́?

[ ᴅᴇsᴄᴜʟᴘᴀ ᴘᴏʀ ᴛᴇʀ ғᴇɪᴛᴏ ᴘᴀʀᴇᴄᴇʀ ǫᴜᴇ ᴇssᴇs ᴛʀᴇ̂s ᴘᴏᴅᴇʀɪᴀᴍ sᴇʀ ᴜᴍ ᴄᴀsᴀʟ, ᴍᴀs ʟᴇᴍʙʀᴇ-sᴇ ǫᴜᴇ sᴇ ᴍᴇ ᴍᴀᴛᴀʀᴇᴍ, ɴᴀ̃ᴏ ᴛᴇʀᴀ́ ᴍᴀɪs ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏs ᴅᴇ Pʀɪɴᴄᴇss ᴏғ Cʜᴀᴏs

𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗳𝗼𝗶 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗱𝗶𝗮 𝟮𝟯 𝗱𝗲 𝗱𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮
𝗽𝗼𝘀𝘀𝘂𝗶 𝗮𝗽𝗿𝗼𝘅𝗶𝗺𝗮𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝟭𝟵𝟬𝟬 𝗰𝗮𝗿𝗮𝗰𝘁𝗲𝗿𝗲𝘀
𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗻𝗮𝗼 𝗳𝗼𝗶 𝗿𝗲𝘃𝗶𝘀𝗮𝗱𝗼 𝗼𝗳𝗶𝗰𝗶𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲
𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗶𝗮 ⌇ 23/12/22

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