Meu doce anjo caído [FAMÍLIA...

By autoranathaliateles

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LIVRO UM [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀 (ESCREVENDO) Até onde a maldade do ser humano é capaz? Daphne se pergunta a m... More

SINOPSE+AVISO🥀
Familia Bellerose🥀
Prólogo🥀
Capitulo Um🥀
Capítulo Dois🥀
Capítulo Três🥀
Capítulo Quatro🥀
Capítulo Cinco🥀
Capítulo Seis🥀
Capítulo Sete🥀
Capítulo Oito🥀
Capítulo Nove🥀
Capítulo Dez🥀
Capítulo Onze🥀
Capitulo Doze🥀
Capítulo Treze🥀
Capitulo Catorze🥀
Capítulo Quinze🥀
Capítulo Dezesseis🥀
Capítulo Dezessete🥀
Capítulo Dezoito🥀
Capítulo Dezenove🥀
Capítulo Vinte e Um🥀
Capítulo Vinte e Dois🥀
Capítulo Vinte e Três 🥀
Capítulo Vinte e Quatro🥀
Capítulo Vinte e Cinco🥀
Capítulo Vinte e seis🥀
Capítulo Vinte e sete🥀
Capítulo Vinte e oito🥀
Capítulo Vinte e nove🥀
Capítulo Trinta🥀
Capítulo Trinta e um🥀

Capítulo Vinte🥀

243 20 45
By autoranathaliateles

⚠️ Alerta de gatilhos ⚠️
Estupro não explícito
Assassinato
Violência

Damon Bellerose ●

Depois de passar algumas horas com Daphne e Delilah no quarto, a realidade veio à tona quando recebi uma mensagem de Derek, dizendo que Trevor tinha acabado de sair do hospital.

Daphne de primeira ficou muito confusa, e parecia estar perdida, mas assim que eu lhe disse que Sunny iria ser vingada, ela entendeu rapidamente.

" - Mate aquele filho da puta, faça ele se arrepender de ter feito aquilo com Sunny. Confio em você. "

Foi o que ela me disse, antes que eu saísse em direção ao meu quarto para poder trocar de roupa. Eu usaria um traje mais discreto e todo preto, uma cor que eu aprecio muito. Preto é uma cor neutra, ninguém presta atenção e as pessoas não dão tanta importância, então roupas com essa cor é perfeito para ocasiões como hoje.

Já vestido, pego minha mochila com todos os itens necessários que eu usaria hoje. Olho para o meu relógio, e eram três da manhã. Horário perfeito. Saio do quarto, e vou em direção às escadas, eu me encontraria com os meus irmãos no estacionamento, e de lá iríamos em direção a rua onde sabíamos que Trevor iria.

- Você demorou. - Derek fala, assim que eu chego no estacionamento. Ele estava como de costume, vestido em um terno cinza escuro perfeitamente alinhado e engomado.

- Vamos logo. - Não perco tempo e entro na parte traseira do carro, e Derek faz o mesmo entrando no lugar do motorista, já que ele iria dirigir.

Ao meu lado estava Davon mexendo no computador, assim que olho para a tela, vejo que ele estava de olho nas poucas câmeras de segurança da rua onde tinha vários bordéis, boates e prostíbulo de péssima qualidade.

Do lado de Derek, estava Logan, que tragava um baseado que já estava na metade.

- Sério que você quer ficar chapado agora? - Pergunto rindo dele que sorri de lado e me passa para que eu pudesse aproveitar também.

- Só para ficar mais relaxado, irmão. - Devolvo para ele, que traga e joga pela janela assim que já tinha acabado.

Saímos do estacionamento, e Derek dirige em direção ao local onde Trevor sempre vai. Olho para Davon, que estava concentrado no computador.

- Trevor acabou de entrar em um bordel. - Disse se virando para mim.

- Vocês já estão cientes de tudo, certo? - Derek diz sem tirar a visão da estrada. - Vamos esperar Trevor sair e ir até a rua, que fica o beco sem saída onde ele compra as drogas. Assim que ele comprar, e o traficante sair, Logan terá que agir rápido para apagá-lo e colocar no carro que já está estacionado em frente.

- Não tem nenhuma câmera nessa rua, então não terá provas, além dos drogados que andam por lá, dificilmente haverá outras testemunhas, mas de qualquer jeito eles não estão em condições de dizer nada para a polícia. - Davon fala, completando Derek.

- Exatamente. O motorista do carro vai ser o Lúcio, que está vigiando o Trevor desde que ele saiu do hospital, e o mesmo já sabe a localização do galpão. - Fala e vira em uma curva, começando a entrar em uma rua que cada vez ficava mais escura, e já dava para ver as propriedades e alguns pontos de prostituição. - Damon, você vai precisar andar até o carro, lembre de usar máscara e luvas, não seja burro.

- Tudo bem, irmão.

Davon me entrega uma escuta com microfone para que eu pudesse me comunicar com ele, coloco a máscara descartável preta, e prendo o cabelo colocando na touca que eu tinha trago na mochila, envolvi minhas mãos nas luvas de couro, e olho de novo a mochila para ver se estava tudo certo.

- Não posso avançar mais, a partir daqui você vai ter que prosseguir sozinho. - Derek fala, assim que para perto de uma calçada, que incrivelmente era uma parte que ainda tinha um pouco de iluminação. - Não percam a linha. Fiquem de cabeça fria para não fazerem besteira, mesmo que ele teste a paciência de vocês, mantenham a calma. - Disse olhando especialmente para Logan, que concorda sem questionar.

Assinto pegando a mochila, e saio do carro, começando a andar sem olhar para trás, indo em direção a esquina que era dois quarteirões depois do bordel que Trevor estava.

Entro na rua escura, que era um pouco iluminada apenas pela luz da lua, e vejo alguns homens totalmente desacordados na calçada, talvez por estarem caindo de bêbados ou mortos, devido à overdose das drogas que consumiram, de qualquer forma, isso não é da minha conta. O cheiro que esse lugar exalava era nojento e desconfortável, mas a máscara me ajudava a respirar um pouco.

Meu olhar vai direto ao carro com as janelas escuras e a placa claramente falsa, que estava estacionado em frente a um beco escuro, e sorrio indo em direção ao mesmo.

Pego a chave extra do carro que estava no bolso da minha jaqueta, e destravo a porta entrando rapidamente na parte traseira.

- Boa noite. - Lúcio fala, sem esboçar surpresa quando eu entrei e bati a porta, ele já estava acostumado com toda essa rotina.

- Boa noite. - Digo sem olhar em seu rosto, e vejo o meu relógio. Era quase três e meia da manhã.

Escuto um ruído na escuta que Davon tinha me dado, e ajeito melhor na orelha para que eu pudesse saber o que meu irmão estava falando.

- Trevor está a caminho da rua, Logan já saiu e está o seguindo também. Fique atento, daqui a dois minutos eles estarão aí.

- Tudo bem. Eles já estão a caminho. - Falo para Lúcio que assente ajeitando a postura.

Me viro para trás do carro, conseguindo enxergar a figura grotesca de Trevor bêbado, indo em direção ao beco onde estava o traficante que eu não conseguia ver o rosto.

Assim que Trevor chega perto do homem, eles trocam algumas palavras e depois o cara entrega um pacote com alguma droga, e Trevor dá o dinheiro para o mesmo, que sai rapidamente do local sem olhar para trás.

Trevor se senta na calçada, abrindo o pacote que tinha um pó branco, depois colocando na palma da mão e cheirando logo em seguida.

O desgraçado estava tão alheio, que não percebeu a presença de Logan chegando atrás dele. Meu irmão age rapidamente atacando ele com um golpe de matar leão, para deixá-lo desacordado, sem matá-lo realmente.

Nos primeiros segundos, Trevor tenta se soltar, mas desmaia logo em seguida, caindo na calçada.

- Pode ir. - Digo para Lúcio, que sai rapidamente do carro, indo ajudar Logan a carregá-lo para o porta malas que já estava aberto.

- Esse lugar é nojento, cheira a maconha e cocaína barata. - Logan entra no carro reclamando, com a feição enojada, mesmo que nós dois estivéssemos de máscaras, conseguimos sentir um pouco o odor da rua. - Vamos embora antes que eu vomite com esse cheiro podre.

Dou risada, e Lúcio liga o carro começando a sair da rua. Trevor já estava trancado no porta malas, e estávamos indo em direção ao galpão abandonado que conseguimos achar perto de um riacho.

Assim que chegamos no galpão, Lúcio e Logan carregaram Trevor para dentro dele, enquanto eu pegava as minhas coisas que também estavam no porta malas.

Observo o local onde eu estava, o ambiente era quase todo fechado por árvores e matas, o grande galpão abandonado, antigamente era usado por uma fábrica de remédios que foi fechada, graças ao uso ilegal de substâncias venenosas.

Dentro do galpão, estava um pouco escuro e fedendo a animais mortos que já deviam estar em estado de decomposição, entro em uma salinha que tinha, e vejo Trevor ser amarrado em uma cadeira de madeira, ainda desacordado. Coloco as coisas em cima da mesa, e começo a arrumar tudo.

Cubro a mesa com um pano preto, e começo a depositar as seringas, e verifico se o isopor que está com os frascos com as substâncias químicas, está entre 2°C e 8°C, e deixo por perto o cateter intravenoso que eu usaria quando Trevor acordasse.

- Pegou tudo? - Logan se aproxima de mim, vendo a mesa onde tinha os instrumentos médicos.

- Eu passei seis meses memorizando e sonhando com cada mínimo detalhe desse momento, se eu esquecesse eu me mataria. - Falo e bato em sua mão, quando vejo que estava preste a abrir o isopor, fazendo ele se afastar e esfregar a mão pela ardência do meu tapa. - Não abra isso.

- O que tem aí dentro?

- Duas substâncias legais para um caralho, brometo de pancurônio e cloreto de potássio.

- E para que elas servem? - Pergunta interessado.

- Você vai saber assim que o desgraçado ali acordar. - Falo sorrindo de lado, apontando para Trevor, que ainda não tinha acordado.

E como um chamado divino, o miserável começou a resmungar e a começar a tomar consciência.

- Que comece o show. - Fala dando risada, e se apoia na mesa com os braços cruzados.

Olho em direção ao homem, que observava o local com uma expressão confusa, me aproximo dele, que fixa o olhar em mim, estreitando as sobrancelhas. Ele ainda não tinha me reconhecido, graças a máscara e a touca que eu usava.

- Onde que eu estou? Quem é você, seu imbecil. - Resmunga meio embolado, pelo fato de estar bêbado e um pouco drogado.

- Olá, Trevor. - Falo sínico abaixando ficando em seu campo de visão, e ele me olha com atenção parecendo tentar assimilar tudo isso.

- Seja você quem for, vai pagar caro por estar me prendendo nesse lugar. Me solte, agora. - Diz sério, e eu dou risada achando engraçado a fala dele.

- Não, você não vai ser solto, e quem vai pagar caro vai ser você por tudo que fez. - Nego com a cabeça, e ele mais uma vez me analisa, agora olhando com mais intensidade.

- Damon. - Diz com nojo na voz.

- Finalmente! Pensei que você não iria reconhecer seu paciente favorito. - Jogo as mãos para cima, como sinal de comemoração.

- O que você está fazendo solto? E por que está me prendendo aqui? Seu filho da puta. - Tenta se soltar, mas Lúcio tinha o amarrado muito bem. - Me solte! - Grita.

- Não adianta gritar, Trevor. Ninguém vai te ouvir. - Falo me levantando, fazendo ele levantar o olhar. - Engraçado, é isso que você costuma falar para as pessoas que você abusava, não é?

Seu olhar passa de confuso para raivoso assim que eu falo isso, enquanto eu estava me divertindo horrores.

- Do que você está falando? - Ralha entre dentes.

- Vou te dizer alguns nomes, e vamos ver se refresca sua memória. - Ando em direção a mesa, e pego o caderno onde tinha as informações das pessoas que ele fez mal. - Verônica, quinze anos; Amber, dezesseis anos; Phoebe, dezoito anos; Violet Smith, dezessete anos; Sunny, dezenove anos.

Assim que termino de citar os nomes de algumas vítimas, entre elas minha ex melhor amiga, Violet, e minha eterna estrelinha, Sunny, o olhar do homem se transforma em pânico.

- O que tem esses nomes? Eu nunca fiz nada com nenhuma dessas meninas.

- Trevor, você já está em uma situação complicada, não piore mentindo para mim. Mas como você não quer colaborar e falar a verdade, eu vou ter que fazer isso por você. - Pego uma cadeira, e me sento de frente para ele, o olhando sério ainda com a máscara. - Trevor Sebastian Ferraz, cinquenta e cinco anos, formado a mais de vinte anos em fisioterapia e medicina, com especialização em psiquiatria, trabalhou como fisioterapeuta particular durante sete anos, assim fazendo a maioria das suas vítimas, mas depois foi para a área psiquiátrica começando a trabalhar no hospital Franco Basaglia. - Falo devagar cada detalhe sobre ele que eu decorei durante todos esses cinco anos.

- Como... como você sabe tudo isso sobre mim? - Engole seco, assustado.

- Enquanto você ainda trabalhava como fisioterapeuta, a família Smith te contratou para ajudar na fisioterapia da filha deles, Violet Smith, de dezessete anos, que acabou torcendo os tornozelos graças a um acidente durante os treinos de balé.

- Eu nunca... - Me interrompe, mas eu lhe dou um soco fazendo-o se calar.

- Durante as sessões na casa da menina, você a forçou a ter relações sexuais, e como ela não conseguia fugir por não ter condições de andar, você abusou dela e foi embora, deixando a garota em estado de choque.

- Isso é mentira! Eu nunca fiz isso. - Mais um soco, e seu lábio estava sangrando.

- Passaram-se dias, e os pais da garota estranharam a inquietação e o isolamento da mesma, que só ficava em seu quarto, sem querer comer ou fazer qualquer outra coisa. - Digo e paro para respirar, lembrando de tudo. - Devido ao trauma que você causou, Violet se suicidou, mas antes disso, ela conseguiu escrever uma carta explicando e contando cada mínimo detalhe do pior dia da vida dela. Os pais dela a encontraram morta no banheiro de seu quarto com um corte profundo no pulso.

Minha respiração falha, me lembro do momento em que os pais da minha melhor amiga me contaram que ela tinha morrido, e logo depois me entregaram a carta que ela tinha escrito diretamente para mim.

Violet e eu tínhamos oito anos quando nos conhecemos no aniversário da mesma. Nossos pais eram amigos a muito tempo, e eles se mudaram para a casa ao lado da nossa.

- Você não sabe de nada. - Desperto dos meus pensamentos com a voz raivosa de Trevor.

- Eu sei de muita coisa, incluindo o que você fez com Sunny naquela suposta sessão de terapia que você inventou.

Sunny. A garota que falou comigo assim que eu cheguei no hospital, a menina tinha um modo de falar engraçado e super fofo, e um astral alegre que me encantou de primeira.

Mesmo que eu não tivesse naquele local para arranjar amizades, Sunny foi a pessoa que eu peguei intimidade e empatia, fazendo eu querer tirá-la daquele lugar desprezível, assim que descobri sobre o seu passado de pura injustiça.

Ouço a risada nojenta do homem, e o olho sem falar nada.

- Tudo bem. Parece que você sabe de tudo mesmo, para que eu vou mentir, não é? - Gargalhava, e eu travo o maxilar, tentando não perder o controle. - Eu fiz exatamente tudo isso com essas meninas, elas eram bonitas, ingênuas, indefesas e completamente gostosas. Violet era a que mais me impressionava, ela tinha um corpo pequeno e muito bonito, foder com ela foi uma sensação dos céus. Eu não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz.

- Damon acaba com ele, antes que eu perca a minha paciência, e o mate com minhas próprias mãos. - Ouço a voz raivosa de Logan começar a se aproximar de nós em passos rápidos.

Me levanto ficando a sua frente, impedindo que ele se aproximasse mais.

Meu irmão estava com as pupilas dilatadas, e suas mãos estavam fechadas, os nós de seus dedos estavam completamente brancos de tanta força que ele fazia, a respiração estava desregulada e ele olhava com ódio para Trevor.

Violet era próxima de todos nós, até de Derek e Dylan. Não é de se estranhar essa reação do meu irmão, todos nós ficamos tristes com a notícia que ela tinha se suicidado.

- Vá se sentar, Logan. - Aperto o rosto dele com uma mão, para que ele foque o olhar em mim. - Lembre-se do que Derek disse.

- Foda-se o que ele disse! - Grita descontrolado, tirando a minha mão do seu rosto brutalmente e tenta chegar perto de Trevor mais uma vez, mas eu o impeço agarrando pelo colarinho da blusa. - Você vai deixar ele falar assim da Violet? Esse desgraçado acabou com a vida dela.

- Eu sei, porra! Eu só preciso que você se sente e me deixe fazer o que eu fui designado. - Solto ele, que ainda soltava faíscas de ódio pelos olhos, mas vai em direção a uma cadeira bufando e se senta.

Me sento novamente na cadeira, ficando na frente de Trevor que ria da situação, enquanto passava os olhos por nós dois.

- Como eu estava falando, eu não me arrependo de nada, agora sobre Sunny... com ela foi diferente, eu estava obcecado pela menina, eu queria torná-la minha e fugir com ela para que só eu tivesse o controle e privilégio de tê-la. - Olha para cima, como se estivesse lembrando de algo, de Sunny provavelmente. - Mas ela não colaborou, nem concordou com as minhas condições, então eu tive que ensiná-la a me obedecer, e realizei meu desejo erótico que eu tinha nela. - Falava sorrindo, como se estivesse contando uma piada. - Assim que tudo acabou, ela falou que você iria me matar, na hora eu ri, mas depois o ódio que eu sinto por você me consumiu, e eu matei a menina com as minhas próprias mãos, mas claro não antes de me satisfazer com o corpo dela.

Minha respiração que antes já estava acelerada, estava começando a ficar cada vez mais rápida. Meu ódio estava começando a ficar claramente visível, e para me controlar eu aperto meus punhos com força. Me levanto devagar, sem tirar os olhos dele, e vou em direção a mesa.

Logan ainda tinha o olhar sobre Trevor, mas agora estava em silêncio apenas observando a cena. Minha expressão estava séria, eu não estava bem, mas iria ficar, assim que eu matasse o filho da puta.

- Sabe, Sunny estava certa. - Comento, pegando o cateter intravenoso e o garrote, que é uma espécie de tira de latex que serve para barrar a circulação sanguínea facilitando a procura das veias. - Eu irei te matar. Mas eu vou fazer de um modo, que você sofra muito, e lentamente.

Me aproximo do homem que tinha uma expressão estranha, apenas passando os olhos pelos objetos que eu carregava.

- Desamarre o braço dele, e segure firmemente. - Olho para Lúcio, que estava do nosso lado, e ele prontamente faz o que eu mandei.

- O que você vai fazer? Damon seu cretino, me solte, e talvez eu não acabe com a sua vida assim que eu sair daqui. - Começa a se mexer, e eu lhe dou um soco fazendo ele parar.

Mesmo com ele se mexendo, coloco o garrote em seu braço, e começo a procurar a veia com os dedos, seguindo cada passo que minha mãe me ensinou de medicina básica e primeiros socorros, não só a mim quanto meus irmãos também aprenderam. Assim que eu acho a veia, perfuro com o cateter, deixando apenas o tubo onde eu iria injetar as substâncias.

- Trevor, pare de espernear e gritar, você vai morrer de qualquer jeito. - Falo rindo, andando em direção a mesa, começando a abrir a embalagem da seringa, para poder começar o procedimento.

- O que você vai injetar em mim? Tire esse cateter do meu braço! - Reviro os olhos com esse drama, enquanto abro o isopor, pegando de primeira o frasco que contém o brometo de pancurônio, pego a seringa, que já está com a agulha e furo o frasco, sugando todo o líquido que tinha dentro.

- Irmão, você não queria saber para quê servia isso? - Digo apontando para a seringa com o líquido, e ando em direção ao Trevor, mas não antes de ver Logan assentir ansioso. - Brometo de pancurônio, usado em relaxantes musculares, mas no passado também usavam como um dos componentes de injeções letais, ou seja, essa paradinha aqui, em uma quantidade letal, vai parar o diafragma e o pulmão do nosso agressor.

Me sento na cadeira, com a seringa em mãos, ouvindo a risada escandalosa de Logan, enquanto vejo o olhar assustado de Trevor.

- Não. Não. Damon me solte! - Começa a tentar se desamarrar da cadeira, e eu dou risada vendo essa cena.

- Me fale, Trevor, quais serão suas últimas palavras, antes que os seus pulmões parem definitivamente de funcionar, e você não consiga mais respirar? Como fez com a Sunny, quando a estrangulou até a morte, fazendo ela morrer por falta de oxigênio. - Falo entre dentes, enquanto injetava em sua veia o líquido.

- Vai para o inferno. - Fala e algumas lágrimas caíam de seus olhos.

- Ah! Eu até vou para o inferno, isso você pode ter certeza, mas antes que eu sente no colo do capeta, você vai ser o lembrete da minha chegada. - Retiro a seringa, assim que eu acabo de colocar tudo em sua veia.

E boto no cronômetro do relógio dez minutos, esperando fazer efeito.

- Você vai pagar muito caro, Damon. - Comenta, rindo e tossindo um pouco. - Você é apenas um órfão, que foi rejeitado pela sua própria família, que te internaram lá.

- Poxa, então eu não te contei? Tudo não passou de um plano para conhecer sua rotina, eu fui internado propositalmente. - Falo sorrindo, mesmo que ele não fosse ver por causa da máscara. - Você pensava que por ser o médico superior estaria por cima, mas você tem que se lembrar que em um jogo de xadrez, o rei até pode ser importante, mas na realidade ele é uma peça fraca e indefesa que apenas consegue se mover uma casa por vez, e até uma torre pode colocá-lo em xeque.

- Vai se foder. - Cospe ofegante, provavelmente estaria fazendo efeito.

- Diga-me, você sempre foi assim? Um drogado, alcoólatra, e viciado em sexo com menores? - Me encosto na cadeira, olhando para ele que ficava cada vez mais ofegante. - Cinco minutos para o seu sistema respiratório parar de vez. Como se sente? Está com dor?

- Você... não... é nada... apenas... um bastardo. - Diz com dificuldade e eu fico olhando para sua cara.

- Me fale mais elogios, eu gosto de te ouvir. - Olho novamente o cronômetro. Três minutos. - Você tem menos de três minutos para aproveitar o ar em seus pulmões.

- Miserável. - Grita, e tosse logo em seguida, me levanto outra vez indo em direção a mesa, descartando a seringa em uma sacola preta.

- Óbvio que eu sou um miserável, eu trabalho sendo contratado para matar pessoas como você. - Me viro para checar como estava a situação do homem, ele parecia um peixe fora d'água.

Olho para Logan que se divertia com a situação e possuía um brilho assustador em seu olhar, mas não falava nada. Dou risada enquanto abro novamente o isopor, pegando desta vez o frasco que contém o cloreto de potássio.

- Agora vamos ver se você realmente é um bom médico, Trevor. Me diga como é a ação do cloreto de potássio quando é aplicado diretamente na veia?

Olho para ele, que estava de boca aberta, tentando inútilmente procurar ar, fazendo assim ele apenas dar alguns resmungos em respostas.

- Hum! Não, resposta incorreta. - Mexo a cabeça em negação. - Essa substância vai fazer com que você sinta o mesmo que Violet sentiu quando se suicidou, ou seja, você vai saber como é doloroso sentir seu coração parar lentamente.

Enfiei a agulha no frasco, sugando o líquido de dentro, preenchendo a seringa. E depois descarto o frasco na sacola preta.

Trevor me olha com os olhos arregalados e cheios de lágrimas, enquanto eu me aproximava dele.

- Não adianta chorar, isso é apenas o retorno de tudo que você fez com outras pessoas, esse sentimento de angústia, dor e desespero, foram o que suas vítimas sentiram, enquanto você estava abusando delas. - Injeto o líquido diretamente na veia, vendo seu olhar de pânico triplicar de tamanho. - Incrível né? Saber que tudo o que você fez e faz, em algum momento tem um retorno, seja ele positivo ou negativo.

De vermelho, Trevor estava começando a ficar roxo, suas veias no pescoço estavam dilatadas, e seu olhar era de puro desespero. Era satisfatório ver isso.

Eu não fazia a mínima ideia de como é sentir o pulmão, o diafragma e o coração parando tudo ao mesmo tempo, estando consciente. Deve doer para um caralho.

- Últimas palavras, Trevor? - Me aproximo do rosto dele, que olha para mim. - Vamos, me diga, suas últimas palavras antes de morrer.

Assim que eu termino de falar, a coloração da boca dele se torna branca, seu rosto fica pálido. Seu corpo dava pequenos espasmos, e agora seu peito não subia mais.

Se passa um minuto, e então para tirar a conclusão final, eu coloco meus dois dedos em sua carótida para ver se eu conseguia achar pulsação. Nada.

Trevor estava morto.

Sunny e Violet estavam finalmente vingadas. Elas poderiam descansar tranquilamente agora.

- Morto.

...🥀


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