What you did in the Dark

By slytcruz

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"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Fifteen: Yule.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Five: Court
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-One: My Blood
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.4: Long time no see
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.19: Preview
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

2.11: Second Task

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By slytcruz

"Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas sim o que fazer a respeito"

Fevereiro de 1995

Seus pés doíam de tanto dançar. Harry pensava que poderia se encostar em uma escada qualquer e simplesmente ficar sentado lá, sem fazer nada até que andar não doesse mais, mas quando Draco o chamou para fora do castelo, ele não pode fazer nada se não aceitar.

A noite estava linda e terrivelmente fria, embora não nevasse. A grama, de qualquer forma, estava úmida, e brilhava sob a luz das estrelas e da lua cheia, fazendo-o sentir que pisava no espaço, mergulhando fundo nele a cada vez que avançavam pelos jardins.

Eles chegaram perto das estufas, e conseguiram entrar na mais distante, que se encontrava vazia. Diferente do exterior, ela estava quente por dentro, poucas flores trazendo cor ao local. Harry se sentou em uma bancada, suspirando com o alivio do próprio peso nos pés, e sorriu para o loiro.

- Então, o que estamos fazendo aqui?

Draco o olhou do jeito que, Harry sabia, só ele o olhava, com seus olhos prateados brilhantes que o fazem fazer de tudo para vê-los brilhar ainda mais.

- Você me deve uma dança, se lembra?

Era um pedido, mas sua voz não era retraída ou envergonhada, diferente do que já foi. Draco o olhou nos olhos, confiante, recostado na bancada na sua frente como se fosse dono do lugar, e Harry não pode se impedir de se apaixonar ainda mais.

Riu, pulando no chão, mesmo que seus pés doessem.

- Já não dancei muito com você hoje? - brincou. O loiro o olhou de cima abaixo, arrepiando-o de uma forma que nunca tinha acontecido.

- Não o suficiente.

Quando Harry chegou perto o suficiente, se reclinou sobre o seu corpo, colocando suas mãos ao lado de onde seu quadril estava apoiado. Olhou-o nos olhos, e não pôde impedir seu olhar de ir para os seus lábios.

- Não temos musica.

- Entao dançamos no nosso próprio ritmo.

Draco pegou sua mão, olhando no fundo dos seus olhos, e colocou-a na sua cintura. Aquela sua mão subiu e se posicionou no seu ombro, enquanto a outra agarrava a de Harry, se posicionando. O moreno o segurou mais perto, então se moveu.

1, 2, 3. 1, 2, 3. Foi assim que Dora o ensinou, e era assim que ele conduzia Draco, contando seus passos silenciosamente, rodando seu loiro de um lado para o outro, seus olhos sempre conectados, sempre dizendo tudo aquilo que seus lábios não conseguiam dizer, e aquilo que seus corações não podiam mesurar em palavras.

Harry o rodou nos seus braços, se afastando um pouco e então puxando-o para perto novamente, seu peito colado nas costas do mais baixo, que respirava pesadamente. Ele abaixou sua cabeça, sua respiração escapando quente pelos seus lábios quando eles se conectaram com o pescoço pálido, deixando um beijo singelo. As mãos que seguravam as suas se apertaram, e Harry mal pode raciocinar quando se viu sendo empurrado contra a bancada, um peito colado no seu, um beijo sendo roubado.

Draco o segurava pelo quadril, sua outra mão enroscada nos seus cabelos, guiando o rosto de Harry conforme o beijo se aprofundava. As mãos do moreno subiram para o seu pescoço, seus dedos acariciando a bochecha pálida, antes de descerem e se enrolarem na cintura do loiro, virando-os rapidamente e colocando-o sentado na bancada.

Harry sentiu pernas rodeando o seu quadril, puxando-o para mais perto se fosse possível, e um suspiro foi arrancado de ambos quando as portas da estufa se abriram de supetão.

- Isso é serio? - veio uma voz incrédula a alguns metros de distancia.

- Não, é Draco - o loiro revirou os olhos, virando para o intruso. - O que foi, padrinho?

- O que foi é que vocês deveriam estar no salão comunal, e não aqui fazendo... o que quer que estivessem fazendo - Severus disse, olhando-os com uma careta.

- Beijando. Você pode dizer a palavra. Não é como se você não fizesse isso também - Harry resolveu provocar, se unindo a Draco.

- Vocês são impossíveis. Vão para o seu dormitório. Continuem o que quer que estivessem fazendo em algum lugar mais privado. Já pensaram que poderia ser o diretor, e não eu?

- Ele não atrapalharia - resmungou Draco, se desenroscando de Harry e pulando no chão. - Aproveitou a noite, padrinho?

- Agora ele quer ser educado - bufou Severus, virando e fazendo sua capa bater dramaticamente antes de seguir em direção ao castelo.

Harry e Draco se olharam por alguns segundos antes de caírem na gargalhada, ajeitando seus cabelos antes de saírem da estufa. O moreno puxou o loiro para perto, deixando um beijo rápido nos seus lábios.

- Você acha que fomos rápido demais?

- Aparentemente, não fomos rápidos o suficiente, já que fomos pegos - ambos riram um pouco mais, já seguindo de volta para a escola.

- Estou falando sério.

- Eu também estou - Draco parou na frente de Harry, segurando suas mãos. - Somos companheiros Harry. Nos gostamos há um tempo, temos uma relação ótima, além de termos passado por muita coisa como uma dupla e como um grupo. Quem dita a velocidade somos nós, e acho que ambos estávamos bem confortáveis com o que fazíamos.

- Eu só quero fazer tudo certo - o moreno disse, sorrindo levemente. Draco olhou ao redor rapidamente antes de deixar um selinho nos seus lábios.

- Com você, nada é errado. Fique tranquilo, nós vamos conversar, não vamos nos adiantar. Enquanto os dois estiverem confortáveis, está tudo certo, e eu te afirmo, eu estava muuuito confortável.

Harry riu, passando um braço pelos ombros de Draco e direcionando-os ao castelo, encerrando a noite de maneira maravilhosa.

[...]

Depois do Yule, o ano novo veio e se foi muito rapidamente, e eles deram boas vindas a 1995.

Os dias pareciam passar ainda mais rápido com a proximidade da segunda tarefa, principalmente depois de escutar a dica do ovo dourado.

Um dia antes das aulas voltarem, Harry resolveu deixar de adiar o inevitável e seguir o conselho de Tom para obter o restante das informações para a tarefa. Por isso, com ajuda de Cedric, e depois de contar a dica a Fleur e Viktor, eles foram para o banheiro dos monitores para usar a enorme banheira que tinha lá.

Eles levaram roupas para trocar, pergaminho, pena e tinteiro para anotar as informações, deixando seus amigos esperando. Quando ele e Cedric mergulharam, submersos na água, e abriram o ovo, Harry sentiu todo o seu fôlego ir embora:

Procure onde nossas vozes parecem estar,
Não podemos cantar na superfície,
E, enquanto nos procura, pense bem:
Levamos o que lhe fará muita falta,
Uma hora inteira você deverá buscar,
Para recuperar o que lhe tiramos,
Mas passada a hora -- adeus, esperança de achar.
Tarde demais, foi-se, ele jamais voltará.

Ele não precisou ouvir mais que uma vez para decorar. Sua mente fez o favor de repetir os versos incessantemente enquanto ele os copiava no pergaminho, já correndo para fora da água e se secando para encontrar os amigos.

Harry sabia o que faria muita falta, quem mais doeria ao ir embora.

Conforme se vestia, ele pensava no que fazer. Conforme corria pelos corredores de Hogwarts até a alcova onde eles esconderam seu malão, Harry tentava achar uma solução que não envolvesse Draco em perigo por sua culpa.

Cedric o seguia de perto quando ele entrou correndo na biblioteca, encontrando o grupo todo reunido, menos os dois outros campeões e Aaron. Daphne e Draco se levantaram ao vê-los alarmados.

- O que foi? - perguntou a Princesa, se aproximando do namorado e puxando-o para uma poltrona. - O que ouviram?

- Pelo visto, quando Tom disse "mergulhar atrás daqueles que são mais importantes" ele quis dizer literalmente - Harry disse, puxando os cabelos. - Que tipo de tarefa é essa? Não devíamos ser só nós em perigo?

- Teremos uma hora para resgatar quem quer que seja levado para o lago negro - explicou Cedric, abraçando Daphne. - Uma hora embaixo da água — é o que temos que resolver.

- Eles devem ficar na colônia dos sereianos. "Não podemos cantar na superfície". Tem que ser sereianos. Se pudermos rastrear a colônia deles no lago...

- Isso é praticamente impossível - disse Terry, franzindo o cenho. - Eles vivem escondidos, não sei como concordaram em participar do torneio se expondo assim, mas se chegarmos tentando nos comunicar com eles, alguém pode ficar gravemente ferido, além de não sabermos falar o seu idioma.

- Como eles vão escolher quem é mais importante para nós? - Cedric perguntou.

- Deve ser escolhido pelos juízes, ou pelos diretores das escolas.

- Então nós podemos manipular quem será escolhido? - Harry olhou para Draco, um plano formando em sua mente. O menino balançou a cabeça negativamente.

- Acho lindo que eu seja a pessoa que você considera mais importante, mas não vai colocar nenhum dos nossos amigos em perigo só para me poupar disso.

- Entao você quer mesmo ir parar no fundo do lago negro? - surpreendente, a pergunta irônica veio de Hermione. O garoto empalideceu levemente. - Foi o que eu pensei. Eu vou.

- Você ficou maluca?! - exclamou Pansy, olhando-a com os olhos arregalados.

- Depois de Draco, sou uma das que mais passa tempo com Harry, sou boa nadadora, não tenho medo do lago negro, e sou a mais velha, então estou dizendo que eu vou. Não vou deixar que nenhum dos dois seja prejudicado por causa do veela sentindo o perigo, além do que aconteceu no primeiro ano, que eu sei que causou pesadelos por um tempo.

- Seu pai não vai deixar - apontou a sonserina fracamente.

- Ele vai porque é a minha escolha.

Todos ficaram em silêncio, contemplando, até que Harry suspirou e disse com a voz baixa:

- Eu não quero correr o risco de perder você também.

- Você não vai, porque eu sei que vai me resgatar. Eu confio em você, Harry.

O moreno suspirou, derrotado, e olhou para Draco, que sorriu levemente, não um sorriso feliz, mas como quem diz que está tudo bem. Entao olhou para Cedric e Daphne, que estavam sérios.

- Não vou me esconder - a garota disse, um olhar raivoso no seu rosto -, e não vou esconder meu relacionamento depois de tanto tempo. Cedric vai me salvar.

O lufano parecia nervoso, mas assentiu solenemente. Harry se sentiu relaxar.

Há um tempo tinha contado a eles sobre a sua vida, e sobre trazer Tom de volta e, depois de alguns dias de insegurança e debate, eles tinham decidido apoia-lo no que precisasse, e isso incluía as tarefas. Ele não poderia estar mais contente por ter contado a eles, porque, com certeza, seriam ferozes contra Dumbledore.

Depois disso, eles passaram a pesquisar métodos para permitir que ficassem embaixo d'agua por uma hora ou mais enquanto Harry e Hermione passavam tanto tempo quanto possível juntos aos olhos de todos, torcendo para que enganassem quem quer que fosse escolher as vítimas.

Os dias e semanas se passaram rapidamente entre aulas, pesquisas e preparação, melhorando o repertorio de feitiços não verbais para a tarefa, até que a véspera do dia finalmente chegasse. A noite, eles resolveram se reunir na biblioteca, para que soubessem quem estava sendo levado. Viktor e Aaron estavam no navio de Durmstrang, enquanto Fleur estava na carruagem de Beauxbatons — ela pensava que sua irmã seria a escolhida.

Eram quase dez horas quando Fred Weasley apareceu procurando por Hermione, seguido pouco tempo depois por Severus, chamando Daphne para a sua sala. Eles se despediram das meninas, e logo se dispersaram para os próprios aposentos. Harry tremia levemente quando se sentou na sua cama, já pronto para dormir, encarando o guelricho que usaria para nadar no lago sem preocupações depois de um teste. Draco o puxou para um abraço que o fez ter certeza de que deixa-lo ser levado não era a decisão certa e nunca seria.

- Vai dar tudo certo - ele garantiu, e Harry acreditou nisso, deitando naquele abraço e caindo no sono depois de alguns minutos.

Eles acordaram quando o relógio bateu oito horas, já se vestindo para a prova. Sob as vestes quentes, Harry usava um short de banho que não o atrapalharia e nem incomodaria as guelras que nasceriam no seu corpo. No salão comunal, encontraram com seus amigos, a falta da princesa da casa sendo marcante pela falta dos seus bom dias e simpatia de uma pessoa matutina, o que causava confusão em todos.

No salão principal, eles encontraram com Cedric, Hannah e Susan na mesa dos Hufflepuffs, cumprimentando-os brevemente antes de se sentarem na mesa da sonserina. Do outro lado do salão, Ginny e Neville comiam na mesa da Grifinória, preocupados, acompanhados por Terry e Luna. Quando o relógio marcou nove horas, eles saíram em direção aos jardins.

Ao redor do lago, havia uma estrutura semelhante a da tarefa anterior, porem mais aberta e já se apinhando de gente pegando os melhores lugares para assistir a competição. Os juízes já se encontravam na mesa coberta por tecido dourado na margem oposta do lago, até onde eles deveriam ir. Mais cedo do que queriam, Harry e Cedric se despediram dos amigos para irem em direção aos juízes esperar o inicio da tarefa.

Poucos minutos depois, Fleur e Viktor se uniram a eles, e eles aguardaram até o relógio marcar nove e meia. Foi quando Ludo Bagman se levantou:

- Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa, que começará quando eu apitar. Eles tem exatamente uma hora para recuperar o que foi tirado deles. Então quando eu contar três. Um... dois... três!

Harry, que já tinha descartado suas roupas há alguns minutos, tirou o guelricho do bolso do calção quando o apito soou, mastigando-o rapidamente, focando somente no que ele precisava fazer. Quando sentiu uma queimação pelo seu corpo, seguido por uma tremedeira e uma dificuldade de respirar, ele pulou.

A água era gelada como ele se lembrava, como se milhares de agulhas o espetassem repetidamente; porém, como da outra vez, ele tinha um objetivo.

Tinha que encontrar Hermione.

A primeira lufada de água foi estranha, mas como um sopro de vida. Ele olhou suas mãos, que pareciam verdes fantasmagóricas e que tinham membranas entre os dedos, assim como os seus pés, que estavam alongados como o pé de pato dos trouxas. Além disso, podia sentir as nadadeiras pelo seu corpo — no seu dorso, e que seriam atrapalhadas pela camiseta.

Depois de alguns segundos, a água se tornou agradável, até, e ele começou a sua busca. Experimentou nadar novamente, se habituando com a velocidade e a facilidade que essa forma o dava. Em alguns instantes, nadou tão profundamente e para o meio do lago que deixou de ver suas margens.

O silêncio era ensurdecedor. Não conseguia ver nada além de três metros, por isso que, a medida que se deslocava, novos cenários pareciam surgir repentinamente da escuridão à sua frente. Ele nadava cada vez mais ao centro e para o fundo do lago, os olhos abertos, espiando, através da misteriosa claridade cinzenta que iluminava as águas, rumando para as sombras além, em que as águas se tornavam opacas.

Pequenos peixes passavam velozes por ele como flechas prateadas. Uma ou duas vezes ele viu um vulto maior nadando adiante, que imaginou serem os outros campeões, mas eram só grandes troncos enegrecidos ou uma grande moita densa de plantas. Nenhum sinal dos seus amigos ou de Hermione ou dos sereianos.

Ele começou a nadar mais rápido, ignorando ao máximo as novidades ao seu redor, focado no que precisava fazer até que sentiu seu tornozelo sendo agarrado por um grindylow. Lançou-o para longe com um aceno da sua varinha e começou a nadar mais rápido, evitando os seus companheiros o máximo que podia e chutando um ou outro até que acertou um bem no chifre, o que o deixou vesgo, e fez seus companheiros desistirem de atingi-lo, lançando punhos para ele.

Harry sabia que tinha que se adiantar, então usou um feitiço me oriente que apontou para o lado contrario do que ele seguia. Chutando a água rapidamente, ele nadou freneticamente, seguindo a direção que sua varinha apontava, rezando para que encontrasse quem procurava. Ele já estava ficando desesperado, sem achar nada, quando escutou, o som cada vez mais alto conforme avançava:

Uma hora inteira você deverá buscar,
Para recuperar o que lhe tiramos...

Harry nadou, se possível, mais rápido até ver um grande penhasco emergindo na agua lodosa à frente. Nele havia pinturas de sereianos: carregavam lanças e caçavam algo que parecia a lula gigante. Ele deixou-o para trás, seguindo a musica dos sereianos:

... já se passou meia hora, por isso não tarde
ou o que você busca apodrecerá aqui...

Um punhado de casas toscas de pedra, manchadas de algas, tomou forma de repente no lusco-fusco que rodeava o garoto. Aqui e ali, às janelas escuras, Harry viu rostos feios de pele cinzenta e longos cabelos desgrenhados e verdes, olhos amarelos como seus dentes quebrados e grossas cordas de seixos ao redor dos pescoços. Quando um ou dois saíram da toca para examina-lo melhor, ele viu seus fortes rabos de peixe prateados que golpeavam a água com força, lanças na mão.

Harry continuou nadando, apressadamente, conforme as casas se tornavam mais numerosas. Sereianos apareciam por todos os lados agora, observando-o ansiosos, apontando para suas mãos palmadas e guelras, falando entre si, com a mão encobrindo a boca. Harry virou um canto e se deparou com uma cena estranha e aliviadora.

Um grande número de sereianos flutuava diante de casas enfileiradas que pareciam uma versão local de uma praça de povoado. Um coro cantava no centro, chamando os campeões e, por trás, erguia-se uma estatua tosca; um gigantesco sereianos esculpido em um pedregulho. Quatro pessoas estavam firmemente amarradas à cauda da estátua.

Hermione estava amarrada entre Aaron e Daphne, que era ladeada por uma garotinha que Harry tinha sido apresentado somente uma vez, irmã de Fleur, que, se ele se lembrava corretamente — o que ele sempre fazia — se chamava Gabriela. Os quatro pareciam profundamente adormecidos. Suas cabeças balançavam molemente sobre os ombros e um fluxo continuo de pequenas bolhas saía de suas bocas.

Harry correu em direção aos reféns, sem ser impedido por nenhum sereianos. As cordas que os atavam eram grossas, viscosas e muito fortes. Sem confiar no seu diffindo não verbal, Harry pegou o canivete que ganhara de Sirius de Natal e que tinha colocado no bolso e cortou as amarras de Hermione, segurando-a firmemente quando começou a flutuar.

Ele quis subir rapidamente, mas não pode parar a preocupação com os outros. Onde estavam Cedric, Fleur e Viktor? Harry não queria ir embora, mas não podia arriscar Hermione, por isso começou a sua jornada para a superfície.

O peso extra o atrasava, e isso o irritava. Harry nadava com muita força, tentando ir mais rápido, mas seguia mais lento do que queria. Não foi até ver Cedric disparar ao seu lado, Daphne a reboque, que ele pensou no feitiço.

- Ascendio! - ele disse na sua mente, jogando o poder do feitiço para a sua mão com a varinha apontada para cima, disparando em direção a superfície.

Quando ele rompeu a água, foram ouvidos vários vivas. Hermione abriu os olhos imediatamente, respirando fundo, mas o moreno não pode fazer o mesmo. A segurava pela cintura, ajudando a ir em direção a margem, mas não conseguia respirar o ar puro. Ouviu uma agitação quando pegaram Hermione, enrolando-a em diversas toalhas, então levantou a cabeça. Draco o esperava, toalha em mãos, sabendo que não poderia ajudar até que o tempo acabasse, por isso Harry se concentrou em fazer o feitiço não verbal com muita calma até que sentiu seus dedos normais novamente, assim como seus pés, e então respirar na água era impossível. Quando respirou o ar novamente, foi como uma lufada de vida em seus pulmões.

Correndo para a margem, sentindo o frio domina-lo, Harry logo se viu envolto por muitas toalhas e um abraço muito quente de Draco, que esfregava os seus braços para que se esquentasse mais rápido. Olhando envolta, viu Daphne abraçada pela irmã, e Cedric ao redor das duas, se certificando de que estavam bem. Mione era paparicada por Pansy e Hannah, que não a largavam.

Naquele momento, Fleur alcançou a superfície com sua irmãzinha nos seus braços, e Harry se adiantou para ajuda-las, enrolando a pequena em toalhas que ele secava, vendo que Draco fazia o mesmo com Fleur. Poucos segundos antes do relógio marcar uma hora de prova, Viktor rompeu a água com Aaron nos braços, e eles nadaram rapidamente para a margem, acolhidos pelos seus colegas de Durmstrang e alguns dos seus amigos que se distribuíram para ajuda-los.

Madame Pomfrey passava entre todos, se certificando de que estavam bem, enquanto os juízes debatiam. Eles tinham ido melhor do que imaginavam, sem passar do tempo, de alguma forma. Receberam poções estimulantes e aguardaram o veredito final.

De repente, a voz magicamente ampliada de Ludo Bagman se fez presente:

- Senhoras e senhores, já chegamos a uma decisão. A chefe dos sereianos, Murcus, nos contou o que aconteceu no fundo do lago e, portanto, em um máximo de cinquenta, decidimos atribuir aos campeões as seguintes notas...

"A Srta. Fleur Delacour fez uma impressionante demonstração do Feitiço Cabeça-de-bolha, conseguiu lidar com os grindylows e resgatar a sua refém antes do prazo final, sendo a terceira a encontrar a praça dos sereianos. Por isso, recebeu quarenta e três pontos."

Muitos aplausos de Beauxbatons.

- O Sr. Cedric Diggory, que também usou o Feitiço Cabeça-de-bolha, foi o primeiro a voltar com a refém seis minutos antes do fim do prazo, tendo enfrentado os grindylows com maestria e sido o segundo a encontrar a praça dos sereianos, Recebeu, por isso, quarenta e sete pontos.

Os alunos vestidos em amarelo e preto foram a loucura, gritando em plenos pulmões para quem trazia honra a sua casa, assim como os alunos da Sonserina, embora da maneira mais civilizada, por ter resgatado a sua Princesa.

- O Sr. Viktor Krum usou uma forma de transfiguração incompleta, mas ainda assim eficiente, e foi o último a voltar com a refém, ainda dentro do prazo. Desse modo, recebe quarenta pontos.

Karkarroff bateu palmas com entusiasmo, embora tivesse uma leve careta.

- O Sr. Harry Potter usou o guelricho com grande eficácia - continuou Bagman. - Ele voltou em segundo, embora tenha sido o primeiro a chegar na praça dos sereianos. Chegando ainda faltando cinco minutos mesmo após ter enfrentado grindylows em seu caminho, o Sr. Potter se viu merecedor de... quarenta e cinco pontos.

Harry olhou chocado para Cedric, fazendo a matemática rápida em sua cabeça. Estavam empatados em primeiro lugar, assim como Fleur e Viktor estavam em segundo. Eles sorriram — isso seria interessante. Bagman prosseguiu:

- A terceira tarefa será realizada ao anoitecer do dia vinte e quatro de junho. Os campeões serão informados do que os espera exatamente um mês antes. Agradecemos a todos o apoio dado aos campeões.

Pegando discretamente a mão de Draco, Harry suspirou aliviado. Teria um pouco de paz, pelo menos, até os preparativos para o que aconteceria na noite da última tarefa começarem. Até então, ele pensou, puxando seu loiro da fila de alunos que seguia para o castelo, iria aproveitar um pouco.

Oie! Tudo bem?

Ultimo capitulo do ano, e que ano maravilhoso foi esse? 

Muito obrigado a quem está aqui desde o começo, que apoiou essa história nos momentos em que eu postava e quando não, e que me ajudou a bater essas incríveis quase 84 mil visualizações, 8 mil curtidas, e a todos os 3,5 mil comentários que engajam essa história cada vez mais (wattpad). 

Espero que o ano que vem seja regado de planejamento kkkkkkkkkk para que eu possa postar com mais frequência. Já é algo que eu trabalhei, e que tenho mais alguns capítulos a frente planejados, embora não escritos ainda. 

Que todos tenham um ano novo maravilhoso e cheio de felicidade! Espero que tenham gostado da história até aqui, e que gostem por muito mais tempo <3

Curtam, comentem, me sigam e compartilhem! 

Até o próximo capitulo e o próximo ano,

~Bia+

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