𝙉𝙄𝙆𝙀𝙇𝙇𝘼 - Entre Toques...

By allyangellbr

2.8K 935 3.6K

𝙎𝙄𝙉𝙊𝙋𝙎𝙀 Nikella Bianchi é uma jovem de 22 anos, muito romântica e que sonha viver um grande amor, igua... More

Capa
Recadinho
Personagens
SINOPSE
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
É Natal
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34

CAPÍTULO 32

38 8 34
By allyangellbr

𝑁𝐼𝐾𝐸𝐿𝐿𝐴 𝐵𝐼𝐴𝑁𝐶𝐻𝐼

Arregalo os olhos mirando o Riel vindo até mim. Meu coração faltou sair pela boca, meu sangue pareceu  fugiu de minhas veias, minhas pernas ficaram bambas e olhei mais uma vez para o fim da rua, onde o Dilipe tinha ido.

— O que tá fazendo aqui fora, gatinha? — Riel pergunta ao parar na minha frente e me abraçar.

— Nada... Atchimmmm, —estava olhando o movimento da rua. Atchimmm — E você? Eu não disse que sábado a gente se via?

— Sim, mas estava passando pela avenida e desviei para te dar um beijo — diz sorrindo largo, encarando meus olhos de forma intensa que fiquei até com a visão anuivada.

Sorri com o coração agitado e colei os lábios com os dele, me entregando ao beijo.

— Quer entrar? — indago fazendo carinho na barba rala do seu maxilar.

— Claro, meu amor — faço uma vistoria mais uma vez para os lados da rua , não encontrando nenhum vizinho bisbilhoteiro nos observando.

Andamos até a varanda trocando beijos e risadinhas bobas, sentamo-nos na namoradeira curtinho um ao outro uns longos minutos.

Ouvimos o trinco da porta soar e Mama sair arrumada, trajando um vestido branco rodado de mangas curtas e uma faixa abaixo dos seios em renda, sapatilhas e bolsa de mão douradas, cabelos sob os ombros soltos, e maquiagem leve.

Oh, você?! — Mama profere surpresa ao me ver sentada nas pernas do Riel.

— Boa noite, Laila — Estava aqui perto e passei pra ver a Nikella — fala simpático.

— Boa noite, querido! Que bom que está aqui.

— Vai para onde, Mama?

— Para o salão, depois vou jantar com o Pedro.

— Tão romântico! — suspiro encenando cara de apaixonada para Mama.

— Vou indo, amores — levantei abraçando e beijando as faces da Mama. Riel a abraçou de lado deixando um beijo em seus cabelos loiros.

— Bom jantar para vocês — Riel e eu dissemos juntos.

— Obrigada e tchau, crianças — Mama anda rumo ao portão fazendo graça, rimos.

— Estamos sozinhos, não é? — Ri pergunta me tirando do chão pela cintura, enterra a cabeça no meu pescoço, distribuindo beijos e cheirando o local.

— Aham — Pendo a cabeça para o lado com os braços rodeando seu pescoço, adorando suas carícias. — Vamos entrar? Preciso de um banho relaxante — digo.

Nem precisei convidar o Riel para se juntar a mim na ducha, porque ele se intrometeu no box comigo. Ri ao sentir seus braços abarcando meu tronco, gostei do seu atrevimento, pois eu não teria coragem de lhe chamar para me acompanhar.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Dou mais uma olhada no celular antes de colocá-lo na cabeceira para carregar e ir dormir sozinha.

Riel jantou comigo, depois limpamos a cozinha, namoramos na sala de TV  , fizemos sexo duas vezes e depois das 22h, ele foi embora a contra gosto.

Cada pedacinho que passamos juntos, sinto meu coração se encher de sentimentos penetrantes e o medo de amar, distante.

É contraditório os sentimentos que carrego no peito em relação ao Riel e ao Dilipe , pois mesmo confusa , sinto que os dois completam o que falta em mim.

Assim como eu amo o jeito romântico marcante do Riel , o lado safado do Dilipe é estigante, bom; até as conversas que na maior parte é de conteúdo sexual, me acende uma chama de viver , e o loiro , adora uma sacanagem e tem prazer em me provocar.

Respiro fundo, deitando de barriga para cima. Fito o teto branco a meia luz, pensando no rumo que tenho que dá na minha vida.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Hoje me estressei no trabalho por causa de uma das vendedoras. Juliana é o tipo de garota que te inveja nas mínimas coisas.

Aproveitei uma brecha no atendimento para já convidar a Kelly para minha festinha, só que a invejosa ouviu e resolveu meter o bedelho na conversa perguntando qual dos gatos eu ia convidar.

Juro que tentei ignorá-la, só que não consegui quando ela perguntou qual do dois era o chifrudo. Fui para cima dela com fúria , não só nos olhos ,como na mão e ,minha vontade era de meter a mão na sua cara de nojenta.

— Quando você tiver incluída na conversa, eu respondo alguma pergunta tua — dou-lhe as costas. — Ah, só mais uma coisinha: acho melhor você cuidar da sua vidinha desinteresse ,queridinha.

— Kelly, depois conversamos ,tá ? Tem ouvidos demais aqui.

— Tomara que essa festa seja uma merda — Kelly e eu ouvimos Juliana dizer antes de ir atenter um cliente.

— Jogo ao mar tuas pragas, invejosa — falei baixinho.

— Garota escrota — Kelly diz.

— Vamos trabalhar que é melhor, amiga — suspiro arrumando meu rabo de cavalo e caminho até o outro lado da bancada para atender um casal.

Saí dez minutos depois do meu horário de trabalho, indo direto para casa para trocar de roupa e ir logo para a academia. Eu estava ansiosa para "encerrar" essa primeira etapa do "mantendo distância do Dilipe."

A primeira coisa que faço ao adentrar às portas de vidro da academia, é ir até a recepção falar com a Bruna.

— Oi Bru! — ponho a mochila na bancada,sorrindo para ela.

— E aí Nika, belê? — estende seu punho com três anéis nos dedos para mim.

— Belê — toco meu punho no seu fazendo murrinho. — O professor está aqui — pergunto olhando ao redor.

— Sim, chegou a uns quinze minutos, tá na sala do Rodrigo.

— Humm... — fito a porta negra do andar de cima brevemente.

— Alice não vem ?

— Deve tá chegando. Aliás ... Nós vamos encerrar a matrícula, por isso vim hoje.

— Oxe! Por que? — Bruna pergunta chocada e confusa ao mesmo tempo.

— Por causa do Dilipe , quer dizer, por mim. É que tô gostando do Riel, quero ficar com ele,  e com o loiro em meu encalço fica difícil.

— Eu te avisei, que ele é pegajoso.

— É — ouço  risadas e olho na direção do som, ao reconhecer a do Dilipe. Ele e Rodrigo descem a escada. Os acompanho até o último degrau ,onde eles se separam e cada um tomam uma direção distinta.

O loiro vira o rosto, mirando diretamente para onde estou, abre aquele sorriso largo contagiante e, sem nem sentir, estou sorrindo de volta, ele tá vindo para cá.

— Não comenta com ele sobre minha saída, tá? — peço rápido antes dele encostar no balcão.

— Oi Branquinha — me cumprimenta se aproximando.

— Tá doido? — ponho minha mão no seu peito,o empurrando.

— O Rodrigo já sabe da gente — revela me fazendo fechar os olhos, tomando uma grande lufada de ar .

— Tá bom tá bom, agora some que preciso falar com a Bruna em particular.

Dilipe olha para Bruna e depois para mim, com olhos investigativos, e se afasta do balcão de cor chumbo indo até um de seus alunos.

— Bru, daqui a duas semanas vou comemorar meu aniversário na praia e quero que você vá, pode levar alguém — sorrio insinuante.

— Ôpa! Pode contar comigo!

— Não vou convidar o Dilipe e nem quero que ele saiba, conto com sua discrição, tá?

— Pode deixar!

— Depois te mando o endereço.

— Cheguei, pode comemorar — Alice faz gracinha, jogando sua mochila no balcão. — E aí gatas, qual o papo?

— Estava falando da festinha do meu niver .

— Brubru, tu tem que ir, a casa da tia Laila fica bem em frente ao mar. O nascer e o pôr do sol é um espetáculo à parte, tu tem que ver.

— Eu não perco por nada, gata — Bruna reforçou sua presença ainda mais empolgada.

— Sobre aquilo, você já deu basta? — Alice indaga mirando na direção do loiro.

— Sim , Bruna vai cancelar.

— Bom. — Agora, vamos ficar mais gostosas — me chama pondo a mochila rosa no ombro, até daqui a pouco, Brubru — sai na frente requebrando os quadris. Bruna e eu rimos.

— Vou lá, Bru,beijo — dou uma corridinha para alcançar a minha amiga maluquete.

Coloquei todas as minhas coisas do armário da academia na mochila,fechei o zíper e pus no ombro. Alice bateu a porta de aço,a trancando e fez o mesmo que eu, jogando a mochila no ombro.

Fomos até Bruna, estregamos as chaves dos armários e ela entregou a nota fiscal do fechamento da nossa inscrição.

Ao olhar ao redor deu uma nostalgia.

Eu gosto daqui; é um ambiente que me sinto bem, que as pessoas não me olham com inferioridade e os personal trainers são ótimos profissionais. E ainda tem um certo alguém que deixou tudo mais excitante.

Me bato mentalmente pela falta de vergonha na cara.

— Que carinha é essa? — Bruna me pergunta.

— Vou sentir saudades — digo com a voz embargada e olhos marejados.

— Fica assim não bicha, vai ser bom pra ti — Alice me abraça pelos ombros.

— Isso aí, e quando quiser, é só voltar — Bruna diz.

— Obrigada, lindas. — Bora, meu grudinho?— chamo Alice , rindo, já com a vibe restaurada.

— Quem não conhece até acredita que a grude sou eu. — Tchau Brubru — Alice se despede.

— Beijo Bru, falo com você depois — faço gesto de um telefone com a mão.

— Tchau, beijos meninas.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Marquei do Dilipe vir me pegar às dez. São dez e treze e ele ainda não chegou,nem enviou mensagem.

Hoje na academia ,ele ficou somente uns minutos instruindo alguns novos exercícios para mim, pois tinha uns alunos novatos e ele precisou dar atenção para eles. Senti um alívio, pois estava sem jeito, na minha cabeça ele iria descobrir que era meu último dia ali.

Meu celular toca, é chamada de vídeo do Riel. Deixo chamar até desligar para ligar de volta. Faço a chamada de voz,que é atendida no segundo toque.

— Oi ,meu bem — cumprimento sorrindo.

— Oi, meu amor ! Você tá bem?

— Estou sim e você ?

— Bem e com vontade de te beijar, minha gatinha.

— Eu também — falo suavemente, mordendo a pontinha da unha. — Tá aonde?

— Em casa, deitado , cansado e pensando em você... Queria você aqui, amor. —Está deitada?

— Sim... Atchimmm!

— Saúde!

— Obrigada — finjo um bocejo.

O celular da sinal de outra chamada, olho vendo o nome do loiro.

— Meu bem, o celular tá dando bateria fraca vai descarregar... Conversamos depois? Vem me busca amanhã?

— Claro amor, boa noite.

— Boa , sonha comigo, beijo na boca.

— Hum, delícia! Beijo em cada parte desse corpo gostoso, amor.

Suspiro , fechando os olhos , sentindo seus toques em pensamento.

Desligo a ligação e entro no aplicativo de mensagens respondendo o Dilipe, guardo o aparelho na bolsa saindo do meu quarto. Desço, passo na sala de TV onde Mama e Pedro estão , aviso que estou de saída.

O loiro está apoiado na lateral do automóvel estacionado no meio fio mexendo no celular.

— Já estava pra desistir, que demora!— fui logo reclamando ao me aproximar dele , cruzando os braços abaixo dos seios.

— Desculpa minha Branquinha. Tive que ir em casa quando saí da academia pegar o carro, só que meus pais estavam usando e tive que esperar eles chegarem — vem até mim descruzando meus braços e os levando a sua cintura. Enlaço meus dedos um nos outros fechando ao seu redor e suas mãos vem para minha face levantando meu queixo para beijar meus lábios.

— Hum... Vamos sair daqui — chamo pausando o beijo, com medo de que, de repente o Riel surja de surpresa aqui e eu tenha um treco mortal, não posso vacilar!

𝐷𝐼𝐿𝐼𝑃𝐸 𝑅𝐴𝑅𝐼𝑁

Abri a porta do automóvel para a Branquinha, tomei meu lugar e dei partida.

Hoje , eu só queria me trancar no quarto com minha Branquinha e amar cada parte dela minuciosamente, me marcar em sua pele, só que mais cedo , Marcos falou da festa de aniversário de uma das ficantes dele na boate mais chique da cidade, onde só frequentam riquinhos , não pretendia ir , porém
na academia, senti Nikella dispersa e até triste e, achei que seria bom trazê-la para se distrair. 

Branquinha oscila muito no comportamento e emoções , não sei o que acontece com ela, porque uma hora , parece que ela me quer, outra, me dá gelo.

Isso martela muito na minha cabeça , me enlouquecendo , mas vou descobrir o motivo dela agir assim , não vai ser nada fácil , mas não custa tentar.

Saí atrasado, enfrentei o trânsito infernal, mas cheguei, quarenta minutos depois do combinado. Nem ousei ligar antes avisando para não dá brecha  dela desistir.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Dei meu nome na entrada para pegar a pulseira VIP. O rapaz colocou uma pulseira verde neon em mim e a rosa na Branquinha, antes de nos deixar passar pela roleta.

Coloquei Nikella na minha frente , evitando os marmanjos de tocarem nela  e seguimos até a escada para a área VIP.

— Por que estamos indo para aí?— Nikella grita perto do meu ouvido em meio a barulheira que está aqui.

— O niver é na parte superior, vem — o segurança permite nossa subida.

A área VIP estava lotada, foi difícil transitar entre as pessoas sem dá ou receber empurrões. Fiz o máximo para proteger minha garota de ser atingida pelo caminho, enquanto procurava pelo Marcos.

Segui direto para o bar, é mais fácil encontrá-lo daqui.

— QUER BEBER O QUE , AMOR —vociferei.

— UMA CAIPIRINHA.

Peço a bebida da Branquinha e uma água com limão ao bartender. Vasculho ao redor para vê se vejo o galinha do Marcos e nada. Volto meus olhos para a Nikella vislumbrando seu corpo bonito dançando discretamente a música eletrônica. Ela usa um vestido desses de tecidos de veludo na cor azul Royal , curto e ainda com uma fenda na perna esquerda, as alças em tiras finas vão cruzando para trás deixando suas costas praticamente nuas , está de encher os olhos, só que não são só os meus.

O bartender põe o copo no balcão com duas fatias de limão dentro , despeja a água e arrasta para perto de mim, em seguida chacoalha a coqueteira e serve a bebida da Branquinha em uma taça com canudinho, arreganhando os dentes para ela, tá doido pra ficar banguelo.

Ela agradece sorrindo e encaro o cara de pau, que sai para atender outras pessoas. Sento na banqueta desocupada e trago a Branquinha para o meio das minhas pernas.

— Tá gostosa!

— Tá sim , está muito boa — responde colocando o canudo na boca e suga.

Viro ela de frente para mim, tirando a  taça de sua mão, capturo sua boca em um beijo urgente, cheio de posse.

— Você que está gostosa, sua delícia —   digo no ouvido dela , contornando seu maxilar com a boca até encontrar a sua novamente. Branquinha agarra minha nuca com uma mão e a outra nos meus cabelos, com o braço esquerdo espremo sua cintura ao meu corpo e desço meu braço direito apalpando sua bunda durinha.

— Hum-hum — ouço o pigarreio atrás de mim, parando lentamente o beijo que estava tão bom. Fito Nikella ainda de olhos fechados, a boca entreaberta , a respiração ofegante e sorrio satisfeito por deixar ela assim.

Viro na direção do som sabendo exatamente de quem era. João está sorrindo sacana, o filho de uma égua sabe que atrapalhou o momento.

— Demorou hein,cara! Achei que não fosse vir — Oi Nikella — João alargar o sorriso para minha Branquinha.

— Oi querido — suspendo a sobrancelha olhando para Nikella indo no rumo do meu amigo,o abraçando toda alegrinha. — Que bom te vê de novo — ela diz.

— Bom te ver também,linda!

— Dá pra parar essa melação na minha frente? — reclamo trazendo a Branquinha para junto de mim.

— Hahahahah! Nunca te vi tão ciumento assim, cara!

— Vai te lascar, sonso! — exclamo de cara amarrada. — Cadê o puto do Marcos?

Nikella ri do nosso papo, bebendo o restante da sua bebida.

— Tá por aí com a aniversariante — João responde e pede um coquetel sem álcool.

— Traz outra capirinha para mim — Nikella pede ao mesmo bartender que nos serviu e outra vez ele ficou de sorrisinho para ela.

Com certeza hoje não era pra eu ter trazido a Branquinha para balada. Bufo tomando o restante da água. Nikella conversa com João como se,se falassem com frequência,ela está solta, e mal ingeriu álcool.

Fico ouvindo o João falando do trabalho , mesmo a música alta consigo escutar pois estou agarrada na cintura da Branquinha,e com a cabeça em seu ombro, onde cheiro de  vez enquanto.

Faz mais de quinze minutos que estamos aqui e nada do Marcos aparecer, já mandei mensagem, liguei e nada.

A Nikella terminou sua segunda rodada de caipirinha e está alterada.

— Vamos dançar, professor? — sussurra no meu ouvido, mordendo minha orelha ao terminar o pedido.

— Daqui a pouco, amor — eu não queria ir dançar pra ninguém ficar secando minha garota. O vestido nem é o tipo que deixa o corpo exposto, porém é provocante, deixa a Branquinha sensual no conjunto todo e com as luzes coloridas refletindo em todos os lugares dá um efeito que chama a atenção.

— Vou com o João então — ela vira para onde o meu amigo estava e não o encontra. — Oxe, cadê o Jô? — indaga fazendo um bico triste.

— Deve ter ido atrás de mulher.

— Poxa!

Beijo o bico dela , sorrido. Quando estou com a Nikella não consigo ficar sem tocá-la e minha boca quer sempre está grudada na dela.

— Fala putão!

— Que droga, caralho! Berro recebendo o tapa no ombro, mas não foi isso que me irritou. Mais uma vez interromperam eu e a Nikella.

— E aí, prostituto de uma merda! Chama a gente pra tuas farras e some!?

— Estava dando atenção a minha garota. — Oi gatinha — estende a mão para a Branquinha e quando ela retribui o gesto,ele a puxa, fazendo ela ir para frente , pega na mão dela a girando — Uauuu! Tá linda hein!

— Larga, não é para seu bico!

— Obrigada! — Nikella cora e sorri sem graça. —Loiro, preciso usar o banheiro — Branquinha me comunica.

— Vou com você. — Onde fica o banheiro, safado? — pergunto ao Marcos.

— No corredor, depois daquele painel de LED vermelha — aponta, eu e a Branquinha olhamos na direção vendo o nome festa VIP, seguida da palavra parabéns Raquel.

— Não precisa, volto logo — ela se solta de mim e sai ligeiro. Ainda levanto pra ir atrás, mas Marcos me impede, aff.

— Dá pra parar de encher meu saco? — rosno sentando novamente,sem tirar os olhos de onde ela foi.

— Não sei como, mas a Rayane está aqui — João diz ao aparecer novamente.

— Já ia avisar — Marcos confirma.

— Não vejo problema, não tenho nada com ela.

— Só estamos avisando — João retruca.

— Obrigado!

— Vou ali trazer a aniversariante pra você conhecer — Marcos informa e sai por entre os corpos dançantes.

— E você João, tá acompanhado? — sondo.

— Não, mas não estou só — ri e o acompanho empurrando seu ombro com um murro fraco.

Já ia reclamar que Nikella estava demorando quando ela chega sorrindo.

— Demorei um tiquinho porque estava movimentado — mostra o polegar e o indicador quase colado. — Podemos dançar agora?

— Marcos foi buscar a aniversariante pra nos apresentar, depois vamos — fechou a cara virando-se para o João.

— Seu amigo é chatão — ela diz olhando para o povo dançando.

Marcos chega com a moça de cabelos vermelhos abaixo dos ombros,corpo magro,alta,seu rosto triangular com bochechas marcantes,nariz reto,boca de lábios desproporcionais pintados de vermelho escuro e olhos pretos cílios carregados que tenho certeza que são postiços; ela tá usando um vestido vermelho brilhoso tomara que caia , tá parecendo a personagem Jessica Rabbit.

Prendi o riso, principalmente quando olhei para o Marcos e ele levantou a sobrancelha interrogativa me encarando, fiz o mesmo e levantei da banqueta quando o puto apresentou a  garota para mim e depois para a Branquinha.

Comentei que a festa tava boa,mesmo que não estivesse nada de diferente das baladas.

Raquel é animada e simpática. Logo pegou a Branquinha e carregou para junto das pessoas dançando. Antes de sair, Nikella zoou , me dizendo: bombeou, dançou ,e saiu rindo.

Os dois cretinos ficaram tirando sarro de mim enquanto eu seguia olhando as duas. Elas ficaram onde podíamos vê-las de onde estávamos, eu não tirava minha vista da minha gata.

Depois de minutos dançando Nikella disse algo no ouvido da Raquel e ambas rumaram para onde estamos. De repente Rayane estava na minha frente, desprevenido fui surpreendido com ela laçando meu pescoço e tomando minha boca; toquei em seu ombro para afastá-la , mas antes de que eu a empurrasse sua cabeça foi puxada para trás.

— O que pensa que tá fazendo, piranha — a Branquinha esbravejou com ira nos olhos e a cara vermelha.

— Ainnn! Me solta sua louca — Rayane gritou jogando os braços para trás agarrando a mão da Nikella, girou o corpo tentando soltar as mãos da Branquinha dos seus cabelos.

— Porra Rayane, que droga bebeu para chegar assim me beijando? — berro pegando a Branquinha pela cintura enquanto o João afasta a Rayane.

— Agora preciso pedir permissão? — indaga debochada, me fitando e depois a Nikella.

— Me solta Dilipe, quero ir embora!

— Vaza Rayane! Como já viu, não estou só. — acalma amor, já vamos.

João desaparece com a Rayane de nossas vistas e peço uma água para o bartender.

— Gostei do tranco no cabelo, Branquinha — Marcos comenta gargalhando, fazendo Raquel também rir.

Nikella não falou nada, quando o rapaz me entregou a garrafa de água , paguei,abri e dei para ela, que tomou metade do líquido.

— Vamos deixar vocês conversarem...  Vamos Marcos — Raquel avisa.

— Desculpa pelo acontecido, Raquel, não queria estragar sua comemoração — a Branquinha pede tímida. Eu já estou indo... Feliz aniversário, tudo de bom e foi um prazer te conhecer — as duas se abraçam, beijando a bochecha uma da outra.

— Avisa o João que fomos embora, Marcos?

— Pode deixar, brother! — Tchau Branquinha, tchau babaca e juízo vocês dois — Marcos dá um aperto no meu ombro e se embrenha na multidão acompanhado da Raquel.

— Vamos, amor — ando na frente, abrindo caminho para passar com a Branquinha até saída.

⊱♡⊰

Obrigada a você que chegou até aqui e marcou presença,  agradeço de coração ♡ 

 
16 de dezembro 2022
𝐴𝑙𝑙𝑦 𝐴𝑛𝑔𝑒𝑙𝑙

Continue Reading

You'll Also Like

92.2K 6.5K 38
𝗖𝗥𝗜𝗔𝗥 uma criança não é um assunto fácil ainda, mas quando os dois melhores pilotos da atualidade são os pais. "Eu passei nove meses com ela na...
28.3K 3.4K 25
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
1M 110K 154
Paola. Personalidade forte, instinto feroz e um olhar devastador. Dona de um belo sorriso e uma boa lábia. Forte, intocável e verdadeiramente sensata...
6.6K 285 1
Alex Fox tem 17 anos e é filha de um mafioso perdedor que acha que sua filha e irmãos devem a ele, Ele acha que eles tem que apanhar se acaso algo es...