• J U L I A N A •
📍 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 sábado, 3 de Dezembro
— amor? — eu escutei o Lennon me chamar enquanto entrava no quarto — minha mãe tá querendo saber se... — ele se interrompeu e parou de falar e eu desviei o olha do espelho para o mesmo
Eu estava me olhando no espelho tinha uns 15 minutos. Eu coloquei um biquíni pra poder ir na praia com o Lennon, e por algum motivo eu estou sentindo o meu corpo muito diferente.
Pensei que era o biquíni, então eu o troquei só que eu continuei achando que algo em mim tinha mudado.
— vem aqui. — eu chamei ele para se aproximar antes de voltar a atenção para o espelho — amor, fala a verdade, meu corpo tá diferente, não ta? — eu perguntei pra ele que me olhou dos pés a cabeça algumas vezes
— eu não acho. — ele disse se aproximando e ficando do meu lado no espelho
— tá sim. — eu insisti olhando no espelho — meu peitos não eram desse tamanho. Tirando que eu estou me sentindo um pouco inchada. — eu disse virando o corpo de lado e vendo uma leve elevação na minha barriga
— o que tu quer que eu fale pra você se sentir melhor? — ele perguntou e eu olhei para o mesmo
— o que voce acha né. — eu disse
— tu tá muito gostosa nesse biquíni. — ele disse segurando a minha cintura e logo me puxando para perto
— você não ajudou em nada, sabia? — eu perguntei e ele soltou uma risada fraca
— eu disse o que eu achava. — ele disse juntando os nossos corpos ainda mais
— a gente ainda vai na praia? Porque se eu ficar mais um pouquinho aqui olhando no espelho, eu nao saio de casa pra ficar de biquíni. — Eu disse e ele me soltou
— já era pra gente ter saído né. — Ele disse se afastando e eu o olhei com os olhos cemirrados fazendo o mesmo rir anteddr sair do quarto
[...]
Depois que a gente voltou da praia, viemos para a casa do Lennon, e por algum motivo ele tá com a cara fechada desde que eu sai do banho.
E pra falar a verdade, isso tá começando a me irritar, porque eu perguntou o que aconteceu e ele não me responde, eu falo com ele e o mesmo ou me ignora ou me responde de uma forma super seca.
Estou bem irritada ultimamente e só de pensar que aquele mal estar de vômito, que tinha cessado por um tempo, voltou. Não está tão ruim igual antes, só que ainda me dá náuseas as vezes.
— vai ficar com essa cara até quando? — eu perguntei para ele que estava deitado no sofá da sala mexendo no celular. Ele não me respondeu e muito menos me olhou apenas continuou no celular — em, Lennon? — eu perguntei com o tom um pouco mais alto e ele ainda não teve nenhuma reação além de ficar no celular
Respirei fundo antes de tirar o celular da mão dele, fazendo com que o mesmo finalmente me olhasse.
— me devolve, Juliana. — ele pediu com cara de desdém
— me responde então. — eu disse sentindo no sofá de gente para ele e o mesmo cruzou os braços na frente do corpo — o que aconteceu? Tá com essa cara por que? — eu perguntei
— eu não sei. Aquele teu amiguinho deve saber, né. — ele disse e eu franzi o ceno confusa
— quem?
— aquele que tu tá conversando pelo Instagram. — ele disse no tom de ironia e eu soube de quem ele tava falando
— tá vendo meu Instagram agora? — eu perguntei arqueando a sobrancelha
— não era? — ele devolveu a pergunta — eu pensei que "a gente contava tudo um para o outro" — ele me disse em ironia as mesmas palavras que eu falei a alguns dias atrás
— estou surpresa, porque nesse mesmo dia você disse que gosta de privacidade, que confia em mim e não precisa ficar vendo as minhas mensagens. — eu disse
— eu não tenho culpa se teu Instagram tá no meu celular e bem na hora que eu estava postando storys, ele te mandou mensagem. — ele disse e eu revirei os olhos — tu tá conversando com ele?
— você leu mesmo? — eu perguntei — porque se tivesse lido direito antes de ficar assim, saberia que em nenhuma da mensagens eu o respondi.
— ele é teu ex memo? — ele continuou perguntando
— pra que isso agora? — eu perguntei fazendo cara de tédio
— pra saber.
— ele é meu ex sim. — eu assumi e ele respirou fundo lentamente — mudou o que pra você? — eu perguntei
— tu já viu os comentários escrotos que ele comenta nas tuas fotos? — ele perguntou
Ah pronto.
— já. Eu não tenho nada a fazer a respeito. — eu dei de ombros e ele arqueou a sobrancelha
— claro que tem, Juliana. Ele comenta aqueles bagulhos porque tu deixa.
Agora a culpa é minha.
— eu deixo? — eu perguntei — cê quer que eu faça o que? — eu coloquei a mão na cintura
— bloqueia ele. — ele disse
— você fala como se não tivesse um monte de mulher que vive te mandando mensagem né?
— eu não vejo nenhuma das mensagens delas, cê sabe. — ele disse
— e os comentários nas suas fotos? — eu perguntei já jogando na cara mesmo — vai me falar que não vê também?
— eu sou figura pública, não tem como eu falar como elas podem comentar na minha foto.
— e eu tenho? Você é famoso, eu sei. E seu também que tem como escolher quem pode comentar nas suas fotos. E eu não estou falando pra você fazer isso, não. — eu neguei com a cabeça
— por que então? — ele perguntou
— porque tu tá todo bravinho comigo por uma coisa que você faz igual. — eu disse — faz igual e eu não fico brava com isso. Posso até ficar, nas não fico te tratando mal por isso.
— uma coisa não tem nada a ver com a outra. — ele negou com a cabeça
— me diz o que é diferente. — eu pedi olhando para ele
— tudo é diferente, Juliana. Olha o tanto de seguidores que eu tenho, comentários é engajamento. — ele disse — eu nunca reclamei dos comentários nas tuas fotos, mas do teu ex não dá né. Fica feio.
— e você pode? — eu perguntei — é só isso que eu quero saber. — eu disse e ele não me respondeu ficando um silêncio no ambiente e eu levantei do sofá
— não é questão de poder ou não. É questão de senso, apenas. — ele disse e enquanto eu saía de perto do sofá na intenção de pegar as minhas coisas para ir embora
— digo o mesmo pra você. — eu disse pegando meu celular que estava no balcão e a minha bolsa que eu vim
Não queria ficar mais lá. Até porque se eu ficasse eu saberia que iria continuar em briga, e como eu disse eu não estou me sentindo muito bem. Não estou com pique nem pra continuar a discussão.
Tenho carro? Não. Mas tenho uber.
— pra onde tu vai? — ele perguntou enquanto eu pegava as minhas coisas e colocava em baixo do braço
— pra casa. — eu avisei e o vi levantar do sofá para me acompanhar com o olhar
— tá tarde pra pegar uber, Juliana. — ele disse e eu desviei o olhar
— melhor do que ficar aqui discutindo com você né. — eu disse abrindo a porta da casa dele
Ele não disse mais nada apenas me acompanhou até a porta e até o elevador em silêncio.
Tô muito puta, e o melhor é ficar quieta e ir embora, pra não falar algo que machuque muito.
Entrei no elevador e até fiquei esperando ele falar alguma coisa, mas nada. Então eu apenas apertei o botão para o o primeiro andar e as portas se fecharam. Me fazendo soltar um ar de como eu estivesse segurando a anos.
[...]
Já se passaram uns 15 minutos que eu saí da casa do Lennon e adivinha? Eu ainda estou aqui na portaria já que todos os ubers estão cancelando a porra da corrida. E o quanto eu estou irritada com isso, não está escrito.
Já estou até começando a cogitar em ir de ônibus.
Esse é o último que eu vou pedir. Se cancelar de novo eu choro e depois vejo o que faço.
Tava marcando que ele estava na rua de cima então eu pedi e fiquei esperando sem nem dar tanta expectativa. Quando eu vi que ele estava na rua eu fiquei um pouquinho mais aliviada, mas só tive a certeza mesmo quando o carro parou em frente da portaria.
Dei graças a Deus mentalmente e me despedi do porteiro, seu João, que estava me fazendo companhia e fui até o carro.
Já estava pronta para xingar a uber para o motorista quando eu entrasse no carro, só quando eu entrei, eu só consegui encostar a cabeça no vidro do carro e chorar silenciosamente.
— tá tudo bem, moça? — o motorista perguntou
— tá tudo péssimo. — eu disse fungando e eu vi de relance ele me olhar pelo retrovisor
— quer desabafar? — ele perguntou e eu limpei as lágrimas
— nada dá certo na minha vida. — eu disse — acabei de brigar com o meu namorado. E eu não estou chorando por isso. Estou chorando porque realmente tudo de ruim acontece comigo. Meu namorado está envolvido em milhares de problemas com a ex e eu estou me sentindo um terceiro da relação. Por mais que ele se esforça o máximo pra estar ali comigo, não é do mesmo jeito. E toda hora eu tenho que fingir que esta tudo bem, pra ele, pra minha família, amigos, e isso acaba comigo. A gente brigou por uma coisa tão besta. Minha amiga disse que eu estava ficando trouxa namorando ele. — eu disse soltando um risada fraca enquanto limpava as lágrimas que escorriam — e eu estava mesmo. Estava porque eu nunca amei alguém igual eu amo ele, sabe? E ele me faz bem, muito bem. Mas veio essa vagabunda, da ex dele, e deixou tudo meio estranho. — eu disse
— tu já trocou ideia com ele? Falando como tu se sente com essa história?
— essa conversa é delicada. Eu acho que ele sabe como eu me sinto com isso, mas não tem como mudar. Ela tá grávida, moço. — eu senti as lágrimas escorrerrem sem parar — ele tem que estar com ela nesses momentos. E eu não sei como lidar com isso, moço. — eu comecei a chorar de soluçar
— se eu te contar que eu já passei por coisa parecia, tu acredita? — ele perguntou e eu murmurrei em negação tentando parar o máximo de chorar — a minha mulher ficou grávida do ex, também.
— voces ainda estão juntos? — eu perguntei e ele concordou — o que você fez em relação a isso? Você não se sentia um substituto?
— claro que sim pô. No começo era estranhão pra gente. Eu fiquei maluco com essa história. A gente vivia brigando e até se separamos durante a gravidez, eu me sentia exatamente assim com tu se sente. Mas com o tempo, paciência e amor passa. Se o destino de vocês já está escrito, não tem como mudar. — ele disse e eu vi que já estava perto de casa, faltando 1 minutos
— é complicado. Porque meu sonho smepre foi ser mãe, e no ano passado eu disse que queria uma criança minha, que viesse de mim. E eu disse para mim mesma que com alguém ou não eu teria um filho, na minha média dos 26 ou 27 anos. Agora eu tô com 26 e acho que agora é o momento certo pra isso. E quando eu finalmente achei alguém que aparenta gostar de mim e que também queria uma criança. Já vai realizar esse sonho.
— vocês ainda podem ter. É só dar tempo ao tempo, moça. — ele disse e eu tirei a atenção da rua para frente — vou falar de novo, se o destino de vocês já está escrito, não tem como mudar.
[...]
Cheguei em casa toda mal. Só que me sentindo um pouco melhor de ter conversado com o uber, que era muito simpático.
Ainda estou mal com tudo isso que está acontecendo na minha vida e ainda mais com o que está passando na minha mente.
N O T A S F I N A I S
Oieee
Gente eu não sei se tem muitos erros, se tiver peço desculpas. Escrevi tudo de última hora por estar muito atrasada com o cronograma da fanfic.
Por mais que eu esteja muito enrolada, eu tô postando hoje e pretendo postar amanhã.
Votem e comentem pata me ajudar pfv. Foi uma luta pra postar, bora me ajudar.