• D O K I K •
📍 Laranjeiras, Rio de Janeiro
🗓 sábado, 12 de novembro
É impressionante como, quando tá tudo certo alguma coisa horrível aperece para atrapalhar.
Depois que a Any foi ir conversar com a minha mãe, a Laryssa disse que a Mari tinha pedido pra ela pegar alguma coisa lá no quarto de hóspedes e que como ela não alcançava, ela pediu para que eu pegasse.
Então eu fui né.
Quando a gente entrou no quarto, eu perguntei qual era a coisa que viemos pegar aqui. E adivinha?
Ela assumiu que não tinha nada, e que a Mari não tinha pedido nada. E que ela me chamou para conversar porque estava muito mal e precisava desabafar.
Ela começou a falar uns negócios nada a ver, envolvendo o passado que a gente era muitos amigos e tals e depois começou a perguntar da Anyssa. Tipo, a quanto tempo a gente tava junto e esse bagulhos.
Fiquei confuso e arrumei qualquer desculpa para poder sair dali, só que ela começou a se declarar pra mim.
E daí pra frente foi só pra trás.
Juro que eu não entendi, e não entendi menos ainda quando ela segurou minha nuca e forçou em selar nossos lábios.
Fiquei sem reação por alguns segundos, só que quando eu vi o que realmente estava acontecendo, eu a afastei para longe o mais rápido possível.
- tá ficando maluca? - eu perguntei me afastando ainda mais
- nunaca estive tão sã, amorzinho. - Ela disse se aproximando de mim
- eu namoro, porra. - eu disse dando mais um passo para trás
E parecia que finalmente eu tinha me ligado o que realmente estava acontecendo aqui.
- foi só um beijinho de melhores amigos, Léo. - ela revirou os olhos - e se tu não estivesse com medido, poderia ser mais que um beijinho, né? - ela perguntou se aproximando de novo
- Laryssa, tu tá ouvindo o que tu tá falando? - eu perguntei - a gente é amigos, e eu já tenho alguém. E cê sabe muito bem quem é.
- idai? A vida tá aí pra ser vivida, Léo. E outra, niguem da tua família gosta dela, não sei porque tu fica insistindo no erro. - Ela mudou o semblante para desdém
- eu não vou discutir contigo sobre isso. - eu respirei fundo - eu estou com a Anyssa e a amo, não preciso da opinião da minha família e nem de niguem para escolher com quem eu quero passar a minha vida. - eu disse e ela ficou me olhando - eu não quero que isso se repita mais. Se tu ainda quer continuar a nossa AMIZADE de infância, não faça mais isso. Eu estou comprometido, por favor entenda isso. - eu disse e ela não disse nada apenas desviou o olhar então eu decidi sair do quarto
Estava muito nervoso, e me sentindo culpado por ter deixado ela me beijar assim, 3 segundos? 3 segundos. Mas beijou.
E eu deixei.
Eu só consigo pensar na Any agora.
[...]
Estava me sentindo péssimo com o que tinha acontecido. E agora eu estou me odiando pelo acontecido.
A Anyssa viu exatamente na hora que a Laryssa me beijou. Só que como eu conheço ela, eu tenho certeza que ela focou só nessa parte, e que não viu a hora em que eu me afastei dela e disse que não queria.
E como eu também á conheço sei que agora ela deve estar tirando as próprias conclusões, por isso eu tenho que tentar falar com ela para desmentir o que ela deve estar pensando.
A Mari disse, só depois de eu ter implorando quase, que ela tinha vindo para a casa da avó por parte de mãe. Que eu já conhecia e sabia onde era.
O dificil agora vai ser conseguir deixar ela me ouvir.
Cheguei na casa da avó dela e toquei a campainha torcendo para que a Any atendesse. E graças a Deus foi oque aconteceu.
Logo que ela abriu a porta eu olhei em seu rosto e pude ver os olhos vermelhos e inchados, o que acabou comigo.
Eu odiava ver ela chorando e saber o que eu estou sendo o motivo dela chorar, me machuca de uma forma inexplicável.
- eu acho que tu não perdeu nada aqui. - Ela disse cruzando os braços na frente do corpo ficando na frente da porta
- eu quero conversar contigo. - eu disse e ela negou com a cabeça
- eu não tenho nada pra falar contigo.
- me escuta, então. - eu pedi tentando me aproximar e ela pensou um pouco antes de responder
- cê tem 5 minutos. - Ela disse saindo por inteira da casa e fechando a porta e logo voltando com os braços cruzados
- o que tu viu não foi o que realmente aconteceu. - eu disse e ela arqueia a sobrancelha
Eu tinha que pensar no que iria falar e então ficou um silêncio desconfortável por alguns segundos.
- eu tô loca então? - ela perguntou - sabe qual é o pior? É que ninguém me disse. Eu vi.
- Mas não viu tudo, Anyssa. - eu disse e ela ficou me olhando - depois que cê foi lá conversar com a minha mãe, a Laryssa disse que a Mari pediu para ela pegar um negócio lá no quarto, só que estava alto e ela não alcançava. Entao ela pediu que eu pegasse para a minha irmã.
- e você inocente foi para o quarto sozinho com ela. A mesma que me recebeu super mal e da em cima de ti na minha frente na maior cara de pau. - ela disse e eu senti o tom de ironia e deboche
- ela é minha amiga de infância. Eu nunca pensei que ela faria uma coisa assim sabendo que eu namoro. - eu confessei
- esse é o teu problema. Pra ti todo mundo é inocente. Eu repito, todo mundo. Eu sei que tu sempre espera o melhor dos outros, mas nem todo mundo é assim. - ela disse com a voz toda embargada parecendo que iria chorar
- deixa eu terminar de te explicar. Depois tu pode me xingar, me bater. - eu pedi ela ela respirou fundo - ela que me agarrou e me beijou. Eu não queria, só que na hora eu fiquei sem reação. Eu não retribui nem nada, e logo que eu voltei a consciência eu separei e me afastei. Nao teve nenhuma importância para mim aquilo e eu não senti nada, nem no beijo e muito menos no que ela disse. - eu dei um passo para frente na intenção de pelo menos tocar nela
- O pior é que não é primeira vez, né. - ela disse com um tom um pouco mais baixo
- eu sou um idiota em não ter reação nesses tipos de momento. Eu te peço desculpa por te fazer passar por esses momentos. - eu tentei me aproximar de novo e ela deu um passo para trás encostando na porta
- eu preciso... preciso de um tempo. - Ela disse pausadamente com os olhos cheios de lágrimas
Foi ai que me deu vontade de chorar.
- tempo, é uma forma bonita em dizer que quer terminar. - eu disse sentindo meu coração doer
- se é isso que tu acha. - Ela disse e eu vi uma lágrima escorrer - Eu te amo muito, Léo. Mas eu não sei lidar com uma coisa assim pela segunda vez. Tu é inocente, por isso as pessoas usam e abusam da sua bondade. - ele disse e eu fiquei a olhando - e isso acaba afetando a gente. Afetando o nosso relacionamento.
- isso quer dizer o que? Tu não quer mais? - eu perguntei e ela respirou fundo
- eu preciso de um tempo, pra pensar. - ela disse limpando uma lágrima que escorreu - não quero me machucar ainda mais com coisas desse tipo. Você me conhece e sabe melhor do que ninguém o que eu passei. - Ela desviou o olhar
- eu não quero te magoar. E muito menos te perder. - eu disse com a voz meio falha já e ela voltou a me olhar com os olhos marejados
Me doía muito ver ela assim.
- é preciso para mim. - foi o que ela disse antes de abrir a porta da casa e antes que ela pudesse entrar eu segurei seu pulso
- tem certeza? - eu perguntei sentindo os meus olhos arderem enquanto ela me olhava
- vai ser melhor. Tanto pra mim quanto pra ti. - ela disse e eu neguei com a cabeça
- a gente se afastar é o melhor? - eu perguntei e ela concordou minimamente com a cabeça
- assim ninguém sofre por coisa fútil, que nem precisava ter acontecido. - ela disse e logo soltou minha mão do seu pulso e entrou na casa
Eu não faço nada direito. É impressionante.
Acabei de perder o amor da minha vida por coisa besta. Que como ela disse, nem precisava ter acontecido. E eu idiota deixei acontecer.
📍 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 sábado, 26 de novembro
Já se passaram duas semanas desde de que tudo aconteceu. E já se passaram duas semanas inteirinhas sem falar com a Anyssa.
Agora estou na casa do Lennon com alguns moleques na resenha, só que eu não consigo me animar de jeito nenhum, parece que nada tá bom, e que tá faltando alguma coisa.
- e aí, leozin. - o Matheus sentou do meu lado no sofá - que bad é essa, mané? Tu nunca foi assim.
- ta assim porque não tá bem com a dona. - o pescada disse e eu olhei para ele como se mandasse ele ficar quieto - não tá mais aqui quem disse. - ele disse se afastando para a varanda com um cigarro entre os dedos
- nisso eu não posso te ajudar, leozin. Só tentar te aconselhar. - ele deu um pausa antes de concluir - Se você gosta tanto dela, como aparenta gostar... pede desculpa, corre atrás cara.
- não é fácil assim.
- claro que é. Tu que complica. Se liga no papo aqui: A vida é fácil, é a gente que complica. - ele disse batendo o dedo indicador do lado da sobrancelha e eu não consegui segurar a risada
- profundo. - eu escutei o Lennon falar la da cozinha
- se ligou? - o Matheus perguntou na zoeira já com o Lennon
- me liguei, theuzin. - o Lennon se aproximou rindo também
- o problema é que eu acho que o nosso namoro acabou, porque eu fui um moleque com ela. - eu disse
- corre atrás, mermão' - o Martin disse tirando a atenção do celular
- se tu errou, e sabe que errou, da teu jeito pra se desculpar com ela. - o Lennon disse
- é melhor o Léo comprometido e feliz do que esse Léo solteiro e pra baixo. - o Matheus disse e eu não respondi maus nada
Eles entraram em outro assunto aleatório e eu fiquei pensando no quanto eles estavam certo.
Eu não posso deixar ela ir assim.
N O T A S F I N A I S
Oiiee, semana de Natal e eu estou toda atrapalhada com o cronograma para essa história.
Eu escrevi e reescrevi essa história umas 5 vezes, juro.
Não estava gostando de nada, mas eu acho que agora tá melhorzinha. Pq é como eu disse, estou em fase de aprendizado com o Léo.
Vou tentar me esforçar para fazer o especial de Natal que vocês me pediram lá no insta.
Ainda estou agradecendo pelos 100K que já passou até. E falar que vocês são maravilhosas né. Cada uma.
Obrigado por tudo e até a próxima.