𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻 - Spin-of...

By MarceReis909

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Raffael Parker passou por bullying e por conta disso sofreu muito durante sua infância e adolescência. Passou... More

AVISOS
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 25

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By MarceReis909


QUANDO CHEGUEI ao andar da presidência, a Margareth me disse que eu poderia entrar, pois o Peter me aguardava.

Dei dois toques na porta e entrei.

— Bom dia, loirinho. E então, o que tá rolando de estranho com a Tower?

— Nada - sentei-me e coloquei o tubo apoiado no chão ao lado da cadeira.

— Como nada?

— Não vim aqui para falar da Tower, até porque tá tudo bem com a obra. Vim aqui para conversar com você sobre minha vontade de pedir a Gabrielly em casamento.

— Ooooh finalmente!

— Não vem não, nós temos cerca de dois anos de relacionamento, você demorou muito mais que isso.

— Ok, quais são os seus planos?

— Bem, eu... quero levar ela para jantar e fazer o pedido.

— Raffa, melhora o romantismo aí. Tá muito clichê e simples demais.

— O que você quer que eu faça? Solte balões, arrume um avião para passar com uma faixa escrito "case comigo"?

— Até que não tá tão ruim assim...

— Peter, fala sério.

— Ok, avião e faixa foi demais, mas pense um pouco melhor, só um jantar tá simples demais.

— Pra ser honesto, realmente pensei que era pouco, mas... - desviei meu olhar para fora — Acho que tive uma ideia.

— Não envolve avião, faixa, jantar, não né?

— Mais ou menos - olhei para ele novamente — Preciso que você fique com a Melissa por um fim de semana. Será que eu conseguiria alugar um chalé até esse fim de semana? - disse mais pra mim que para ele.

— Ok, Tinkerbell ficará lá em casa com o JJ e quanto a um chalé... - ele colocou a mão no queixo fazendo cara de pensativo, mas eu já conheço a pessoa, sei muito bem que aquilo era pra fazer suspense — Posso te emprestar o chalé da minha família, ninguém vai lá tem um tempinho, então, topa? Mas por que tem que ser nesse final de semana?

— Topo, claro. Porque será o nosso aniversário de namoro.

— Ok, eu tenho que dar alguns telefonemas... preciso pedir a alguém para ir lá dar uma ajeitada antes do fim de semana.

— Obrigado, também tenho que fazer umas chamadas, preciso ajeitar tudo e ainda tenho que comprar uma aliança.

— Você sabe que no Brasil a tradição diz que os dois usam aliança, não só a noiva.

— Preciso conseguir a numeração dela e ainda ir a uma joalheria.

— Liguei para a Joane.

— Joane a dona daquela joalheria chique? - ele apontou o dedo para mim como confirmando — Tá maluco Peter? Não que a Gabrielly não mereça, mas pense comigo, eu ainda tenho que comprar dois pares de aliança, isso é o valor do meu rim e fígado juntos, não sou rico como você não.

Peter deu uma sonora gargalhada.

— Raffa, diga que fui eu quem mandei você lá, ela vai te fazer um desconto.

— Mesmo que ela faça um ótimo desconto, ainda gosto do meu rim.

— Eu te dou as alianças de presente.

— O QUÊ? Não, de jeito nenhum!

— Raffa...

— Sem essa, é meu noivado, eu quero comprar as alianças.

— Ok, teimoso, você compra as alianças de noivado e eu lhe dou as de casamento, ok?

— Não.

— Mas é teimoso...

— Não quero que você me dê um presente tão caro e significativo.

— Ao menos sendo caro, você pensará dez vezes, caso queira perder ela ou se divorciar.

— Vira essa boca pra lá.

Ele deu nova gargalhada.

— Raffa, só ligue para ela e talvez ela tenha algo que seja do seu agrado, ou quem sabe, ela lhe indique outra joalheria para comprar suas alianças.

— Ok, farei isso ainda hoje, preciso manter a Gaby entretida pra ela não desconfiar de nada.

— Posso fazer isso.

— Como?

— Vou dispensar a Margareth por dois dias e peço para ela vir ficar aqui. Quanto a você, direi que você precisará fazer uma viagem, assim você terá tempo para organizar tudo.

— Viagem...

— Você pode ficar na minha antiga casa, você não precisa sair daqui e nem ir para algum hotel, fica lá e organiza tudo.

— Tá certo, obrigado, Peter.

Levantei, apanhei o tubo no chão e caminhei para a porta.

— Ahh, Raffa, não tô fazendo isso tudo de graça não.

— Oi? - me virei para ele.

— Você sabe que a sua primeira noite tem que ser comigo. Não abro mão de ser o seu primeiro.

— Idiota! - saí de lá rindo e deixando o Peter fazendo o mesmo.

Quando cheguei ao meu andar, disse a Gaby que precisaria viajar para dar uma olhada na obra da Tower pessoalmente.

À noite, quando já estávamos em casa, Peter ligou para a Gabrielly perguntando se ela não poderia ficar no lugar da Margareth por dois dias e alegou que uma filha da mesma iniciou o trabalho de parto e por isso ela teve que ir dar assistência de última hora.

— Mas e o Raffa, quem vai auxiliá-lo?... Ah, ok, ok... Tá certo. Beijos.

No outro dia, preparei uma mala, tudo tinha que parecer sério, peguei um táxi até a antiga casa do Peter, deixando meu carro para uso da Gaby. Quando cheguei à casa, da qual eu ainda tinha a chave, entrei e coloquei a mala no quarto de hóspedes, mesmo sabendo que o Peter não usa mais a casa, não me sentiria bem usando o quarto principal.

Me sentei no sofá e liguei para a Joane. Conversei com ela, disse do que se tratava, ela me disse que para saber a numeração da Gaby, bastava eu conseguir medir o dedo dela ou ter um anel que ela usasse.

Esperei um tempo, liguei para o Peter para saber se a Gaby já estava na empresa e quando ele confirmou, peguei um táxi até o meu prédio e fui até o nosso quarto, vasculhando as coisas dela, deixo claro aqui, que não costumo fazer isso e acho totalmente errado.

Apanhei um anel dela e peguei novo táxi, indo até a joalheria da Joane. Lá, ela também me explicou que eu não precisaria comprar 2 pares de alianças, bastava um e que esse também serviria como aliança de casamento, menos mal. Gaby, eu te amo, porém quero te dar um lar e não ter que andar pelado por um bom tempo até conseguir pagar a fortuna que seria essas alianças, mas só soube a pouquíssimo tempo, que o Peter havia ligado para a Joane e dito a ela para cobrar um preço mais acessível para mim e o restante colocasse na conta dele.

Peter, eu amo você seu filho da mãe!

Então comprei o par de alianças que achei perfeito para nós, era simples e delicado como ela e cheio de significado, como meu amor por ela.

Liguei para uma empresa para terminar de organizar o pedido, como também para um restaurante que fica na localidade onde se encontra o chalé da família Johnson.

Gaby me ligou à noite e conversamos como se eu realmente estivesse fora da cidade, era muito ruim mentir para ela, mas era necessário. Ela me disse que estava com saudade, lhe disse que eu também. Falou que a Mel perguntou por mim e que disse que o Peter a chamou para passar o fim de semana na casa dele com o JJ, e que a Mel adorou a ideia.

— Já que a Mel vai ficar na casa do Peter no fim de semana e é nosso aniversário de namoro, que acha de fazermos uma pequena viagem?

— Viagem para onde?

— Ainda não sei, mas aceita vai?!

— Não sei, e se acontecer algo com a Mel?

— Não vai acontecer nada, fora que o Peter sabe se virar muito bem, é só um fim de semana.

Bom, só relembrando, o julgamento do Caio aconteceu, ele foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, foi mandado para um prisão de segurança máxima, deixando a Gabrielly muito mais tranquila e o Peter mega feliz. Segundo ele, "Seria bom ele perder as pregas na prisão para aprender a como se agride uma mulher, filho da puta. É uma pena que ele não será abusado diariamente. Pagaria pra ver isso".

— Só pense com carinho, amor. Vamos tirar esse fim de semana para nós dois?

— Está bem.

— Vou pensar em um local para irmos.

Ela não sabia, mas já estava tudo certo. Voltei para casa no final do outro dia, ela me recebeu com um beijo caloroso e claro, fizemos um sexo muito... como diria... selvagem!

Olha que eu não sou santo, mas também não sou o tipo de cara que faz sexo bruto, porém a coisa foi tão envolvente que só percebemos como foi quente, quando terminamos e eu estava com marcas de unhas pelas costas toda e ela com um... como se diz... chupão no pescoço, mas isso só notamos no dia seguinte quando acordamos e fomos nos ajeitar para o trabalho, minhas marcas eu cobri com a camisa, já ela teve que disfarçar com maquiagem. Mesmo os dois estando marcados, estávamos felizes, segundo a Gaby, aquilo era só um marco de reivindicação do meu corpo para ela e o dela para mim.

Passei o dia todo com um sorriso bobo na cara e não me importava se parecia que eu tinha 12 anos e ela era minha primeira namorada, eu estava feliz.

Na sexta-feira à noite, o Peter apareceu na minha casa para buscar a Melissa e já estávamos com uma mala pronta para o fim de semana. Gaby ainda tentou mudar de ideia, disse que não viajava sem a Melissa, mas daí o Peter a convenceu e eu também, dizendo que já havia alugado o lugar para nós.

Viajamos no sábado cedo e quando chegamos ao chalé, os olhos dela brilharam. Devo dizer que era muito mais que o esperado, eu já tinha visto fotos do chalé, mas nunca tinha ido lá. Porém é o chalé dos Johnsons, o senhor Jacob é um empresário no ramo de arquitetura, engenharia e administração, não poderia ser qualquer lugar.

Coloquei nossa mala em um dos quartos, não era o principal, mas era tão elegante e confortável quanto. Passamos a tarde passeando pela propriedade, o lugar era incrível, com muitas árvores, um lago, duas belas montanhas ao redor, o Peter disse que no inverno neva e é linda a paisagem.

Liguei para o restaurante e avisei que já estava no chalé, dei as coordenadas e organizei tudo para que eles pudessem chegar de maneira fácil.

Quando voltamos para o chalé, desci do carro, abri a porta para minha mulher, ela desceu, acionei as travas e estendi minha mão para ela que sorrindo segurou e caminhamos para minha primeira surpresa. Quando abri a porta, a sala estava toda iluminada com velas e havia uma linda mesa pronta para nós. Ela olhou para mim admirada e com os olhos brilhando.

Puxei a cadeira para que ela se sentasse, o que ela fez, sentei-me de frente para ela e segurei sua mão que estava sobre a mesa.

— Raffa, tá tudo tão lindo!

— Espero que você goste de tudo que preparei para nós essa noite e para esse fim de semana.

— Tenho certeza que vou gostar.

Logo, apareceu um garçom, nos trazendo a comida e nos serviram de vinho. Comemos, bebemos, conversamos e logo um cara se aproximou de mim, me avisando que estava já tudo pronto.

— Gaby, vamos para outro lugar, eu quero te mostrar uma coisa.

— Preciso ir ao banheiro antes.

— Vá, eu te aguardo do lado de fora, está bem?

Ela confirmou com a cabeça, agradeci ao pessoal do restaurante e deixei eles se organizando para irem embora. Naquela hora foi que comecei a realmente ficar nervoso, passei a mão no bolso diversas vezes para ver se a caixinha estava lá, já imaginaram eu perder as alianças?

Logo, a Gaby voltou e se aproximou de mim, peguei em sua mão e caminhei com ela por uma trilha montada com pequenas tochas, trilha essa que levava até o lago.

Perto do lago, havia um círculo grande com pequenas lanternas marroquinas, uma tenda montada e...

— Ai meu Deus, Raffael... é um balão!

— Sim, e vamos andar de balão, agora.

A noite estava perfeita, como um bom nerd, eu pesquisei como estaria o tempo naquele dia e não haveria sinal de chuva, nem nuvens no céu, ele estava límpido e com muitos pontos luminosos o que tornava a noite esplêndida, fora aquela magnífica lua imensa no céu. Estava previsto que o astro estaria mais próximo da terra, tornando tudo perfeito para aquela noite e aquele pedido, que eu esperava que fosse aceito.

— Vamos?

Ajudei ela a entrar no balão, entrei em seguida e o rapaz o pôs a flutuar por cima do lago, que funcionava como um espelho, refletindo o céu acima de nossas cabeças.

— A lua está linda!

— Não tanto quanto você, mas acho que está faltando algo em você para torná-la tão magnífica quanto essa noite.

— Falta? - ela me olhou curiosa — Raffa, está tudo perfeito. Olha essa noite, olha essa vista - ela olhou para o outro lado e eu me ajoelhei.

— Falta você usar essa aliança, e formar o conjunto perfeito nesse céu e na minha vida. Ser minha mulher de corpo, alma, coração e de papel passado. Casa comigo, Gabrielly?

Ela se virou, colocando a mão na boca e a outra no peito.

— Quero te fazer a mulher mais feliz do universo, quero ser o motivo de você sorrir, chorar, sentir saudades, ciúmes, desejos... quero ter minha família com você, oficialmente, pois você já é minha mulher e a Mel é minha filha. Deixa eu ser o seu homem, seu porto seguro, seu amor e ser seu único... Casa comigo, amor?

— Ai meu Deus, é sério? Jesus... Raffa, eu... é CLAROO, AÍ MEU DEUS, EU VOU CASAR? Meu amor você não sabe o quanto eu sonhei com isso, em construir uma família com você, parecia ser algo tão distante, que agora eu não acredito que é real, SIMM, CLARO, EU ACEITO. Meu Deus, não tenho nem palavras, eu te amo, Senhor, eu vou casar.

— Sim, meu amor - fiquei de pé e retirei aliança colocando em seu dedo direito, pois pesquisei e sei que não é na mão esquerda, ao menos no Brasil é diferente... e também porque foi a mão que ela me estendeu — Pode colocar a aliança no meu dedo também, amor?

— Claro, aí meu Senhor ainda não acredito que é real, tá tudo tão perfeito.

— Você merece só o melhor, minha linda - eu sorria como um bobo, vendo ela tão feliz — Não faz ideia de como meu coração está acelerado e como tô lutando para minhas pernas me manterem de pé.

— Eu também meu amor, eu prometo que serei a melhor esposa e farei de tudo pra te fazer feliz, todos os dias, todos os minutos e todos os segundos, meu senhor, eu vou casar!

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