A caçadora do Alfa

By mihfranklim

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Dominic Baroncello, é o novo Alfa da matilha do Sul, e está aproveitando como nunca à posse da sua liderança... More

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Prólogo

Capítulo Um

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By mihfranklim

Cansamos de tanto lutar, estamos exaustos de tentar acreditar que um mundo melhor possa existir, um futuro que nunca chegará, não há como negar que isso é uma enganação que todos insistem em acreditar.

Mih Franklim

Um arfar longo foi o suficiente para regularizar sua respiração, por um instante, ficou imersa na raiva. Damarys lembrou-se que estudou sobre os deuses antigos da Grécia.

Então, à idade pesou sua mente, sentiu-se amaldiçoada por nascer como uma Mancini, era assim em todos os seus aniversários, embora não acreditasse em Deus, gostava de devanear pensando que se Deus existe, esse ser celestial não seria capaz de ter misericórdia da sua alma.

Talvez no seu acerto de contas, seu corpo fosse lavado por todo o sangue que ela já derramou, mas sendo sincera, isso pouco lhe importa, se fosse o caso de precisar da sua misericórdia, Damarys prefere ser torturada a pedir por misericórdia. — tudo bem, ser sozinha nessas circunstâncias é o melhor.

27 anos.

27 anos, parece muito, entretanto não é exatamente assim. A crise existencial dos 20, poderia facilmente se acarretar até os 30, ou 40. Onde você não sabe exatamente o que quer, ou como quer, mas é uma situação que você é obrigado a escolher o seu destino final.

Que diabos, quem diria que eu completaria 27 anos, sempre achei que não passaria dos 13, o pessimismo tornou-se contínuo na minha pré adolescência.

Lembrar que hoje é seu aniversário, a deixa com o estômago embrulhado como se tivesse comido algo estragado, verdadeiramente com repulsa, Damarys não acredita que chegou aos 27 anos. A cada segundo, minuto, o ódio torna-se mais forte que a circulação do sangue nas suas veias.

— Odeio meu pai, odeio o rei, e às vezes, quase sempre, eu me odeio mais que todos. — Murmurou desviando dos galhos das árvores.

Ela agachou-se, e deixou o frio da Floresta Velile, lhe causar arrepios tenebrosos que foram bem vindo ao seu corpo. O ambiente gélido, as árvores cobertas pela neve, o silêncio a deixou com calma, com a respiração suave e regulada.

Esse é o auge do auto-controle, do conhecimento do seu próprio corpo, manter a calma e filtrar o ar que entra para os seus pulmões, enquanto sua cabeça está em guerra como uma bomba nuclear prestes a explodir.

Rys, como era chamada pelos amigos mais íntimos ao qual poderia facilmente caber em uma mão, continuou andando agachada, apontando sua TX22 carregada com a munição de bala de prata banhada a ouro branco, ela havia feito sua lição de casa, e trouxe seu material de trabalho mesmo que seja sua folga. A arma era pequena, com suas iniciais gravadas DM, em ouro, pelo fácil manuseio, por isso optou pela TX22.

A jovem é uma sobrevivente, uma mulher que está longe de casa, na cidade de Atrevellee, contra a sua vontade. — para a sua sorte, a Floresta Velile, fica por perto, e se Damarys tivesse mais sorte, encontraria algum vampiro pela floresta.

Ela está perto da divisão do primeiro estado, com o segundo, encontrar um vampiro em território humano lidaria a liberdade de arrancar a sua cabeça — talvez comece pelos dedos, atiraria nas pernas, e depois usaria a adaga pequena feita de prata escondida no seu coturno, para torturar.

O sorriso malicioso que Damarys deu, era de causar arrepios em qualquer um que se aproximasse dela.

A floresta ficou em silêncio, o subir e descer dos seus ombros, controlado pela sua respiração filtrada, Rys ouviu um barulho distante, provavelmente algum animal correndo sobre a neve fina que cobre a grama da floresta.

Atrevellee, sempre está oscilando entre dias chuvosos cheio de lodo e musgo, e neve árdua, o frio nessa região é esperado, embora ela seja acostumada com o calor da capital de Graka, o frio era bom.

Sem pensar duas vezes ela seguiu seu instinto, apressou seus passos e continuou agachada, apoiou-se em uma árvore e torceu para ser um vampiro quebrando as regras territoriais, esse seria seu momento de diversão.

Para sua tristeza e total decepção, a escuridão e a neblina atrapalharam a sua caçada, a neve a deixa com movimentos mais lentos limitando-a. Para um caçador que não é treinado, esse lugar seria uma cilada perfeita, esse não é o seu caso.

Ela prendeu o ar, e moveu-se rapidamente abaixando, curvou-se o seu corpo sobre o tronco quebrado no caminho, virou-se com rapidez desencarrilhando a arma, o barulho da pistola a fez se posicionar sem exitância. Suas duas mãos segurando a arma, o olhar frio e concentrado na sua presa.

O ruivo paralisado pelo pânico na sua frente, a ponta gelada do metal encostou na testa do homem, alguns segundos, e ele finalmente gritou aterrorizado em pânico escandalosamente, soltando o ar preso em seus pulmões.

— PORRAAA!!!! — A voz falha a fez grunhir e abaixar a arma saindo da sua posição de ataque. — DESGRAÇADA, PUTA QUE PARIU! — O homem continuou desesperado com a mão sobre o peito.

Quanto drama, pensou a caçadora revirando os olhos, embora se contenha para esboçar um sorriso de humor.

— Diabos, eu disse para não me seguir. — Chutou o tronco da árvore coberto de neve. — Mas você tinha que dar com as línguas nos dentes, infeliz!

— QUERIA ME MATAR? — Ela o olhou colocando a arma por dentro do casaco, na parte detrás do cós da sua calça. Desistindo de caçar, por hora.

— E perder uma bala com você? — Disse com desdém indo na direção contrária que pretendia, para a trilha. — Prefiro levar uma facada, e ter todas as minhas entranhas arrancadas para fora com vida.

— Porra Mancini, porque diabos você tem uma arma?

Rys o olhou com uma expressão fria, e voltou a caminhar pela trilha deixando que o ruivo fizesse barulho ao correr atrás dela na neve.

Nesse momento, desejou novamente encontrar um vampiro no caminho, e que esse vampiro atacasse o homem tagarelando ao seu lado, para depois, somente depois, ela matar o vampiro. Seria tão prazeroso, duas tacadas em uma única oportunidade. Ao menos sonhar não é proibido.

— Porque eu não teria uma arma?! — Resmungou de longe vendo faróis acessos, ela olhou para o homem que a seguia e sorriu maldosamente. — Deveria estourar seus miolos, você não faria falta.

— Escutar aqui sua aberraçãozinha, eu não tenho medo de você. — Damarys sorriu pela primeira vez na noite, com vontade. — Saiba, que vou informar ao rei que está armada.

Levi Viturino, soou tão ridiculamente que a fez gargalhar diante da sua feição de enraivecido. Damarys o acha patético, e o julgou como um idiota nesse momento. Esse é o padrão dos bocós que trabalham com o rei.

— Jura? Poderia afirmar que você quase cagou nas calças, agora a pouco. — O provocou enquanto caminhavam para o carro. — Idiota, eu sou uma caçadora, o rei ficaria surpreso, se eu não tivesse uma arma, cabeça de merda.

O homem ruivo de 33 anos suspirou, Levi sabia que Damarys estava certa, e por mais que ele odeia a jovem mulher, o rei sempre daria razão para ela, visando que precisa dos seus serviços. A senhorita Mancini, é a arma mais poderosa da realeza, e aparentemente vossa majestade não se preocupava em esconder esse fator.

— Deveria ter mais respeito, sou o consultor real. — Levi tentou argumentar, afinal, terá que aguentar a jovem durante toda essa bendita viagem.

— Um lacaio!

— Consultor real. — grunhiu enraivecido, observando-a rir.

— Um lacaio. — Ela afirmou o vendo negar de raiva.

— Não seja insolente, a senhorita não é mais uma moça. Comporte-se como uma mulher, e assuma suas responsabilidades, sou um consultor real, específico do rei que a senhorita, você mesmo sua bomba nuclear me deve respeito.

Damarys fez um falsa referência em deboche.

— Nada do que você falou, tira o fator de que você é um lacaio. Um homem amargurado que deve obediência para o seu rei, e mesmo sendo leal, — Rys o olhou com a expressão séria — se cometer um erro, seja ele minúsculo perderá a porra da cabeça e a vida, então o título "conselheiro" que considera tanto, vai mostrar o que realmente significa. Nada.

Os dois pararam em frente a BMW-X1 fosca preta. Rys bateu no vidro escuro do carro, do lado do motorista, e esperou que o mesmo fosse abaixado, foi inevitável para ela não sorrir, quando o barulho do som alto tocando a música, November Rain – Guns N' Roses ecoou para fora do veículo.

O príncipe inclinou a cabeça para a sua direção, e embora ele estivesse de óculos escuros a noite, ela poderia jurar que seus olhos estão ardendo com um leve toque de diversão.

— Alguém chamou à cavalaria? — Uma voz divertida e fina saltou de dentro do carro.

Ela observou a jovem e dócil morena Jenny Werneck, a terceira, a caçula, filha do Duque de Werneck IV, inclina-se para frente com um sorriso forçado.

Damarys deu meia volta para entrar no carro ao lado do motorista enquanto o príncipe tirou os óculos escuros e acenou para Levi com uma expressão séria disfarçado por uma ordem para ele se afastar do carro e ir até os guardas reais.

Damarys abriu a porta, e entrou no carro suspirando contra gosto. De longe observou Levi se afastar e ir para a estrada pela janela, o ruivo parece reclamar resmungando, isso a fez sorrir observando-o, não existe dúvidas que há realmente uma cavalaria real os seguindo.

— Alteza, não precisava vir ao meu encontro, apenas sair para espairecer. — Sua voz carregada de ironia fez o príncipe rir antes de ligar o carro, e da partida indo para à estrada.

— Rys, não deveria sair à noite, é perigoso. — Ele soou gentil a fazendo revirar os olhos. — A floresta não é a festa ideal para o aniversário da minha amiga.

— Qual é, eu tenho escolha?

Damarys olhou para o sorriso malicioso do príncipe, bufou e se virou para trás observando quem iria acompanhá-la nessa noite.

Não precisaria ser um gênio para saber que está cercada pela realeza, é um incômodo, e nesse instante, ter a presença do príncipe ao seu lado dirigindo o carro, a filha do duque de Werneck, da cidade de Atrevelle, e a companhia de dois nobres amigos do príncipe a deixou incomodada. A deixou irada para falar a verdade, Robert Mancini, filho da puta, ele ia pagar por isso.

Pensou a caçadora semicerrando os olhos azuis para os três convidados da realeza sentados no banco detrás.

William Timberg, filho do Visconde de Graka, e Ethan Sanches, filho de um Barão, amigo leal a família real. Ela os conhecia, mas não se sentia bem para comemorar o aniversário dela com eles, droga, certamente era um ordem real, — uma ordem que não poderia imaginar descumprir.

A presença da jovem Jenny é a que mais lhe incomoda, já que Jenny Werneck só está aqui, para honrar sua família na presença do príncipe em sua cidade, a moça é uma intrusa.

Damarys não gosta de conhecer pessoas novas, ainda mais com títulos reais.

Era muita realeza dentro de um automóvel, muitas pessoas com títulos que ela sempre desprezou, e embora Damarys veja o príncipe Philips como seu amigo, ela odeia o fato de ter quer comemorar seu aniversário de 27 anos, rodeada de pessoas da alta sociedade.

Afinal, que merda Robert Mancini, tem na cabeça quando concedeu à sua presença, para viajar até Atrevellee, e comemorar o seu aniversário com os amigos do príncipe?!

Ele está caducando, certamente é isso.

Para início de conversa, ela nunca comemorou seu aniversário. Porque faria isso agora? Damarys sentiu vontade de empurrar o pai do segundo andar jogando sua cadeira de rodas junto com ele, hum, difícil saber quem não sentiu vontade de fazer o mesmo. Pensar que ela realizaria o sonho de muitos a deixou com um sorriso vitorioso nos lábios.

— A onde vamos? — Perguntou derrotada, livra-se dos guardas e da presença do príncipe é impossível.

— Você vai gostar. — Philips limitou-se em dizer mantendo o foco na estrada deserta e escura, saindo da floresta e voltando para à cidade.

Os outros carros reais os seguiam, uma distância segura, mas não o bastante para passarem batidos, são quatros BMW pretas, ao menos essa é à quantidade que ela conseguiu contar olhando pela janela. Céus, Damarys Mancini não precisa de proteção, essa escolta de merda a deixa levemente ofendida.

— Desembucha logo caralho, que porra... — Ela parou diante do silêncio e do olhar discreto do seu amigo sobre ela. — Quero dizer, alteza, não gosto de surpresas.

Seu bom amigo notou seu tom desprezível e zombeteiro na sua voz, isso o fez segurar a risada e manter o foco na estrada.

Damarys conseguia ser ela mesma quando estava sozinha com Philips, mas não poderia fazer isso tendo Jenny, William e Ethan com eles. Diante da sociedade, ela deve respeito a família real, mesmo que ambos sejam íntimos quando estão sozinhos.

Mas uma coisa que ela odeia.

— Podemos ir há um clube de rock. — A voz doce de Jenny soou como uma espada cortante no ambiente. — Atrevellee é composto por muitos clubes de rock alternativos.

— Claro, mas vocês não estão apropriados, senhorita Werneck! — Ironizou a loira olhando para a filha do Duque.

É nítido que entre os quatro, ela é a única que não se encaixa, mas para Damarys, essa é situação que à faz querer rir.

Os três homens estão trajados formalmente, com camisas sociais de tons pretos, excerto o príncipe que usa uma camisa social azul escura, ambos com calças arrochadas, sapatos caros e com cintos de fivelas de ouro, e a jovem Jenny com um vestido justo verde curto, uma meia calça da cor de sua pele, com um salto Scarpin com strass, uma peça rara de Christian Louboutin. Sem mencionar o casaco de lã combinando com o salto. E claro, os cabelos pretos e lisos, brilhando sobre os ombros, cortados em Chanel, balançando como se fosse uma peruca, à maquiagem da jovem de classe alta não fica para trás.

Olhe para Damarys, ela é o peixinho fora da água dentro dessa BMW. Calças jeans pretas arrochadas, um coturno velho com adagas escondidas dentro de suas meias brancas. Uma blusa branca de manga longa de tecido fino colada ao seu corpo, a arma dentro do cós da calça nas suas costas, de uma maneira que ninguém possa notar, dois cartuchos na lingerie, perto dos bojos do sutiã, o casaco preto em cashmere com abotoamento duplo, que vai até o meio da sua coxa, serve para esconder as curvas do seu corpo, e consegue da um pouco de classe em meio a tanto desleixo. Mas seus cabelos e a sua maquiagem trazem o ar de caçadora de volta.

Ela é uma predadora, e qualquer um poderia admitir isso.

Os olhos carregados pela maquiagem preta, um delineado forte e à sombra pesada, destaca mais o azul claro dos seus olhos. As poucas sardas do seu rosto são cobertas pelas bochechas rosadas pelo frio, os lábios ressecados sem batom consegue deixá-la com um ar selvagem. Há sim, os cabelos são escondidos pelas tranças pesadas feitas com lã preta e azul, escondendo a raiz loira e o cumprimento longo do seu cabelo verdadeiro.

Qualquer traço delicado está escondido, qualquer traço que possa a lembrar do angelical rosto da sua falecida mãe. Tudo isso para se camuflar, Damarys não usa jóias e não pinta as unhas, ela gosta de se basear no estilo dos vikings, tudo para demonstrar força e resiliência, o que de fato fez durante sua vida inteira.

A música foi abaixada por William que se pôs à frente esticando a mão, tirando todos do silêncio que se formou.

— Então, vamos encher a cara? — o homem atraente perguntou.

— Por favor! — A caçadora sussurrou de olhos fechados, desejando que essa noite acabasse logo.

— Hum, não sei se é adequado me verem bebendo com três homens. — Jenny sussurrou inocente fazendo Damarys sentir repulsa. — Digo, podemos escolher um local mais apto para sermos vistos pela sociedade?

— Com todo respeito senhorita Werneck, quantos anos você tem?

— 26. Porque?

— A maior idade é 16, e sem ofender todos aqui provavelmente começaram a ingerir álcool antes disso! — Damarys a olhou com um sorriso debochado. — Pare de agir como uma adolescente, você já é uma mulher, caralho.

— Nossa Rys está de volta! — Ethan murmurou rindo.

Ela ergueu o braço para trás, e deu um tapa na cabeça do filho do barão o fazendo rir juntamente com William.

— Você não pode me chamar assim.

— Apelido exclusivo para o príncipe? — Debochou Ethan.

— Certamente, vossa alteza é quem paga o meu salário. — Sorriu com malícia fazendo os rapazes rirem.

Jenny ficou surpresa com a atitude da loira diante dos rapazes.

Era à primeira vez que ela está saindo com o príncipe, seus amigos e à caçadora, esse tipo de atitude é considerado desrespeitoso para ela, embora ela se sinta surpresa observando o quão íntimos Damarys é do príncipe e dos seus amigos.

Jenny se questionou, não podia imaginar que uma Mancini fosse tão humana. Jenny cresceu em uma família rica, com dois irmãos mais velhos que vão assumir os negócios e o título do pai.

Quando parava para pensar que durante toda a sua vida, ela não passaria da sombra dos seus irmãos, que para todos, ela é à filha caçula do duque, a filha que não vai herdar a sua fortuna. A raiva lhe consome por imaginar que seu pai já está buscando um pretendente para que ela possa se casar.

Claro, o duque jamais entregaria a mão da sua filha para qualquer homem da sociedade, ele teria que escolher o pretendente da filha a dedo, não só para garantir que ela fosse permanecer no luxo, mas para garantir que Jenny fosse capaz de gerar herdeiros. E para isso, o duque permitia que sua filha pudesse sonhar, seu pai ficaria feliz se Jenny casasse por amor.

Crescer em Atrevellee foi de fato uma vida privilegiada.

As histórias de terror que Jenny Werneck escutava durante a sua infância era sobre Robert Mancini, e hoje ironicamente ela está na companhia da filha do monstro que atormentava seus sonhos durante sua infância, e para sua total surpresa, não sentiu medo. Embora assuma que Damarys deixa seus sentidos aguçados em alerta, Jenny não consegue enxergar Robert em Damarys.

— Rys, assuma que você ama quando eu te chamo assim, — Philips entrou na brincadeira, — não, melhor, Rys prefere quando a chamo de gostosa na cama.

O barulho do tapa no ombro do príncipe ecoou no carro, fazendo todos rirem, menos a jovem Jenny que ficou em silêncio olhando para a cena, seu coração acelerado e a respiração ofegante, entregou que a jovem se assustou.

— Por Deus, quando vocês dois vão assumir esse compromisso e se casarem? — Ethan riu explodindo.

— Casamento? — Damarys riu como se tivessem lhe contado uma piada. — Meu nobre, pensei que me conhecesse o suficiente para saber que não vou me casar. — Parou, e pensou antes de continuar falando. — Embora tenho um apresso pelo príncipe, não faço o seu tipo, provavelmente Jenny se casará com ele.

— Eu-u? — A morena ficou nervosa com o rosto corado.

— Senhorita, estamos em Atrevellee, o rei planejou essa viagem, e foi o seu pai que concedeu a sua mão para nos mostrar a cidade, — Rys deu de ombros. — não seja tola, pense um pouco.

O sorriso no seu rosto à entregou, Damarys está se sentindo bem na presença de tanta gente da realeza, algo raro de acontecer.

Talvez comemorar seu aniversário com seu amigo o príncipe Philips, Ethan e William não tenha sido uma ideia ruim, diria que que foi o melhor presente que já ganhou do seu pai durante toda a sua vida. Pensou relaxando os ombros.

— Damarys. — Philips chamou sua atenção, após suspirar sem graça. — Não de ouvidos, vamos, me diga um bom clube de rock? — Perguntou sem graça, porém o silêncio prevaleceu.

— Claro alteza. — Jenny concordou, com as bochechas coradas, inclinou-se e digitou o endereço no GPS do carro.

— Você será a amante? — William perguntou para Damarys a fazendo rir juntamente com Ethan, enquanto deixou Jenny e Philips sem graça.

— William! — O príncipe chamou sua atenção com o rosto vermelho.

— Não se preocupe senhorita Werneck, não tenho interesses em manter um caso com vossa majestade. — Damarys sorriu se virando para a jovem no banco traseiro. — O príncipe é o homem que paga meu salário, dormir com o seu chefe, nunca deu certo na vida real.

Jenny sorriu pela primeira vez com sinceridade, gostando do rumo dessa conversa, a jovem curiosa. Cheia de adrenalina pensou no que poderia acontecer durante essa noite.

Sentiu-se com sorte, Jenny Werneck nunca teve uma vida agitada, ser filha de um Duque sempre a colocou em segurança máxima, e agora, ela tem a oportunidade de viver arriscadamente ao menos uma vez, afinal, era uma ordem do rei. Pensou com um sorriso malicioso.

— Então tenho chances? — Ethan falou com Damarys atraindo a atenção da morena ao seu lado.

— Você é mais novo que eu! — Disse rindo. — Só se eu lhe pegasse para criar meu querido.

— Qual é, eu tenho 25 anos. São apenas dois anos, Rys! — Resmungou.

— Nesse caso eu tenho mais chances. — William se debruçou no banco inclinando seu corpo para frente.

— Claro, claro, nos casaremos e viveremos em uma mansão sub urbana, com 7 filhos, e mais um a caminho. — Damarys brincou desmanchando o penteado de cabelo do William.

— Não se esqueça que ela será minha amante, alguns filhos serão bastardos nesse casamento. — Philips comentou fazendo todos rirem.

— Estamos lhe assustando? — A voz rouca e divertida de Ethan soou no ouvido de Jenny, todos esperaram sua resposta, mas ela negou sorrindo deixando Damarys com um grande ponto de interrogação na testa.

— Nem um pouco, estou me divertindo. — Confessou atraindo atenção. — Hum, diria que a aniversariante deveria ter o seu dia de princesa.

— Jura? — Isso fez Damarys revirar os olhos apoiando sua cabeça na poltrona.

— Mancini, — Jenny a chamou não recebendo muito sua atenção. — Sabia que nunca vi uma caçadora em ação? — O peito da loira inflou-se, ela se virou para trás com um sorriso no rosto. — Estamos perto da divisa com o segundo estado... Godon, não fica a mais de uma hora e meia.

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