𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻 - Spin-of...

By MarceReis909

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Raffael Parker passou por bullying e por conta disso sofreu muito durante sua infância e adolescência. Passou... More

AVISOS
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 18

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By MarceReis909


O ANIVERSÁRIO do Peter seria em poucos dias e eu fiquei imaginando o que dar de presente para aquele tarado, eu poderia tentar fazer a ponte entre ele e a Jéssica, mas sei que não resolveria, até porque ela ainda estava namorando o James e eu não sou o tipo de cara que incentiva traições.

Não passei a semana só pensando em o que comprar para ele, também fiquei imaginando como estava minha vida, mesmo não planejado, estava dividindo o apartamento com três mulheres e nenhuma delas tinha ligação comigo. Era pra ser somente um dia, mas esse dia, transformou-se em semana, depois semanas e agora já estamos em mais de um mês.

O Peter tinha saído para passear com a Melissa e eu resolvi ir até o meu quarto, que agora é quase meu e da Gabrielly, tomar um banho. Quando terminei o banho e saí do banheiro, ouvi a voz dele e decidi ir até a sala, encontrando ele despojado no meu sofá como se fosse o dono do mundo, ele realmente é muito folgado!

— Oi, loirinho, trouxe a pequena Tinkerbell em completa segurança, a Gabrielly está colocando a Melissa na cama, pois ela retornou dormindo. Ela se divertiu bastante e está bem cansada, e você... - ele olhou para mim que estava vestido com somente uma calça de moletom, pois deixei a camiseta em cima da cama, eu não costumava dormir completamente vestido, na verdade, eu só vestia uma calça do pijama ou de moletom e sem nada por baixo, me sentia um pouco mais à vontade. Mas com a Gabrielly, Melissa e Fabrícia em casa, eu não vou constranger elas e a mim. Peter ficou olhando o meu corpo e começou a rir — Tá gostosinho, hein Raffa. Eu te pegaria de jeito, me dê mole pra você ver! Você sabe que eu tô na seca, né? Não desfila esse corpo gostoso na minha frente não ou não me responsabilizo se você amanhecer dolorido amanhã - ele sorriu e piscou pra mim.

Mostrei meu dedo do meio pra ele e logo a Gabrielly chegou à sala, agradeceu ao Peter, ele despediu-se de nós e foi embora. Voltei para o quarto, apanhei a camiseta, vesti e me sentei na cama. Peguei o meu celular e comecei a olhar alguns e-mails, enquanto a Gabrielly entrou no banheiro para tomar banho. Eu poderia dormir logo de uma vez, seria melhor para minha sanidade mental, mas não conseguia achar sono. Na verdade, acho que eu queria vê-la sair do banho vestida naquela camisola vermelha que me deixava completamente fora de órbita.

De repente ouvi a tranca da porta ser aberta e meus desejos foram saciados, porém ela não estava com a camisola vermelha, estava com uma branca, comprida e não na altura do meio de suas coxas como a outra. As costas eram praticamente toda nua, seus cabelos estavam jogados soltos em cascatas, o que fazia dela a visão mais que perfeita. Eu não conseguia me concentrar no que olhava no celular, meus olhos varriam o corpo dela, com as atitudes e os gestos dela, comecei a pensar que ela estava me provocando de alguma maneira. Ela começou a escovar os cabelos e os jogava de um lado para o outro e eu olhando a dança que eles faziam que chegava a ser sexy além de linda.

Ela terminou a escovação, foi ao banheiro colocar a escova lá, prendeu o cabelo num rabo de cavalo meio frouxo, voltou para o quarto e me sorriu. Veio até a cama, sentou-se e passou hidratante nas mãos e eu só observando tudo. O cheiro do seu perfume, colônia ou talvez fosse o hidratante, invadiu o meu nariz e eu ali, completamente embasbacado.

— Boa noite, Raffa.

— Boa noite - ela não me chamou de Raffael, e eu dei um pequeno sorriso com essa descoberta. Minha resposta foi sussurrada, eu nem sei se ela conseguiu ouvir, coloquei o celular na mesa de apoio ao lado da cama, me deitei, fechei meus olhos e deixei seu cheiro me embriagar, minha pele se arrepiar com os pensamentos a mil em minha cabeça... suas coxas, o desenho que o decote fez em suas costas, a pele exposta...

Eu comecei a notar que estava ficando excitado e como eu não usava nada por baixo da calça de moletom, não poderia deixar ela notar minha situação, levantei rápido da cama e fui para o banheiro. Me fechei lá dentro e acabei não resistindo e me masturbando pensando nela.

Eu poderia dizer a ela que ela estava judiando do meu juízo, dos meus desejos, poderia lhe dizer o quanto eu estava desejando ter uma noite com ela, mas eu não sou assim, nem sabia porque tudo aquilo estava acontecendo. Ela estava ali para que eu a ajudasse, não para ser abusada por mim, ou que eu ficasse flertando com ela, não poderia agir como o Peter. O que estava acontecendo comigo?

Quando terminei, me limpei, lavei minha mão, passei água pelo meu rosto, queria voltar para aquela cama como estava antes, mas estava impossível me manter imparcial, eu sabia que quando abrisse aquela porta, ela estaria me observando, mas também, eu não poderia morar naquele banheiro, nem passar a noite lá.

Foi exatamente o que ocorreu quando abri aquela porta e voltei para o quarto, ela me sorria e eu fiquei pensando, será que ela ouviu? Deitei na cama e ela novamente me sorriu e me desejou "boa noite", e eu querendo beijá-la.

Apaguei a luz e novamente virei de lado e fiquei quieto, tudo o que eu não queria era que ela percebesse o que ocorreu ou como ela mexia comigo. Eu evitei contato visual, mas senti quando algum tempo depois, ela deitou-se, apagou a luz que ficava do seu lado e ouvi também ela suspirar profundamente, parecendo decepcionada.

No outro dia pela manhã eu fui me mexer na cama e senti que um de meus braços estava preso envolvendo algo, abri meus olhos e fiquei pensando, como eu abracei ela e ela não se esquivou, e por que ela ainda está dormindo? Geralmente ela sempre acorda antes de todos, por conta da Mel, mas não era o caso naquela manhã.

O contato estava tão gostoso, estávamos como um só, meus braços a envolviam, sentia a temperatura e a textura de sua pele, seu cheiro, estava lutando para não ficar excitado outra vez, mesmo eu estando já com uma ereção matinal, que Deus me ajude, isso não poderia acontecer!

Ela mexeu-se e eu segurei o ar, não consegui fazer nada, só me restava esperar... ela abriu os olhos e um lindo sorriso. Sua mão que estava apoiada em meu peito, foi descendo por ele até o meu abdômen, deslizou pela minha cintura e parou em minhas costas, onde senti ela subir e descer num carinho muito gostoso, então ela caiu na real do que estava rolando e saiu da cama num susto.

— Me desculpe, senhor Raffael, me desculpe, não foi minha intenção - eu queria que ela voltasse para a cama, para os meus braços, para mim...

— Está tudo bem, Gabrielly - não era verdade, eu queria que aquilo não tivesse acabado, eu desejava ela e cada dia que passava eu a queria ainda mais.

Isso passou a ser mais frequente, quando eu acordava, ela estava deitada junto a mim, ou em algumas vezes, com a cabeça apoiada em meu peito.

Numa noite, quando fui buscar ela na faculdade, ela me disse que estava triste de não estar me dando espaço, que eu sequer saía para curtir o meu fim de semana. Respondi que estava feliz em ter elas em minha casa, já que eu estava longe de minha mãe que era tudo o que me restou de família, e naquela noite parecia se repetir tudo... o banho, a camisola branca, o escovar de seus cabelos, minha excitação... o que mudou foi que, quando voltei para a cama, ela me perguntou se eu estava bem, eu disse que sim, ela pareceu triste e eu perguntei o que era, ela não me respondeu, só deitou-se e virou de lado.

— Gabrielly, você está bem?

— Não quero o constranger, Raffael.

— Por que me constrangeria?

Ela virou-se para mim e me olhou nos olhos, eu também já estava deitado.

— Eu sei que o... eu sei o que você tem feito no banheiro em algumas noites...

— Ah... é... é...

— Raffael, você é um homem lindo e eu devo tá atrapalhando sua vida amorosa.

— Não, não está... - deveria ser o momento certo para dizer como me sentia. Me virei para ficar realmente frente a frente com ela — Gabrielly, você é uma mulher lindíssima e deve saber disso. Eu entendo totalmente que esse cara esteja querendo você de volta. E... sim, eu ando me... eu... estou tendo desejos por você. Já faz um tempo que não namoro ou saio com alguma mulher, e ter você tão perto...

Ela chegou mais perto e me beijou, e eu correspondi. Foi tão gostoso, mas não passamos disso, mesmo eu querendo, não acreditava que era o momento certo, mas o desejo falava mais forte.

No dia do aniversário do Peter, a Gabrielly não quis me acompanhar, mesmo que tenha sido convidada, ela preferiu ficar em casa, até pensei em não ir, mas o Peter ficaria muito chateado, mesmo que a festa estivesse repleta de pessoas, ele sentiria minha falta. Ele já havia reclamado bastante do fato da Gabrielly não ir, se eu não fosse ele me mataria na primeira oportunidade.

Quando cheguei à festa, estava como imaginei, com gente a perder de vista. Me sentia um pouco deslocado sem companhia e sabia que o Peter não poderia dar atenção a tantas pessoas.

Entreguei o presente a ele, um belo par de abotoaduras, ele me recebeu todo feliz e sorridente, mas logo teve que se afastar para cumprimentar outros convidados que estavam chegando. Fiquei fazendo companhia para o Phillipe e depois dei uma circulada pela festa.

Após um tempo, eu fui até a mesa onde estava a família Johnson e chamei a Olga para dançar comigo. Estava tudo bem, ela começou a me perguntar como estava minha relação com a Gabrielly, eu acabei falando demais e disse que sentia desejos por ela.

Olga sorriu e perguntou:

— Por que não fala pra ela?

— A moça tá cheia de problemas, acho que tudo o que ela não quer agora é pensar em sexo.

— Acha que é só sexo o que você quer? Você não é assim, Raffa.

— Não sei, mas com certeza eu preciso transar - aquela frase saiu tão rápido de minha boca, eu até tentei me desculpar, mas a Olga desatou a rir — Não faça isso, não pense que sou um pervertido.

— Raffa, você é humano, homem, sente desejos, é normal. Não fique sem jeito, somos adultos - ela me deu um selinho, algo que passou a ser comum depois de nossa conversa em Paris e quando separou os lábios dos meus, havia um homem ao nosso lado, que eu deduzi ser um segurança, e logo atrás dele estava Gabrielly. Ela saiu correndo — Vai atrás dela.

Me desculpei com a Olga e fui atrás da Gabrielly.

— Gabrielly, espere! - ela entrou em um táxi, até consegui me aproximar, mas antes que pudesse detê-la, ela fechou a porta com força e o táxi partiu.

Pedi p meu carro ao manobrista que foi contratado para trabalhar na festa e o mesmo não demorou a me devolver. Entrei no carro e com certeza absoluta, ganhei ao menos umas duas multas de trânsito por ultrapassar o limite de velocidade. Quando cheguei ao prédio onde morava, o táxi estava estacionando, desci correndo do carro e fui até ela, chamando sua atenção.

— Gabrielly, espere! - a alcancei e segurei seu braço, quando ela desceu e pagou ao taxista.

— Senhor Parker, não deveria ter vindo atrás de mim. Deveria ter ficado lá, paquerando descaradamente a noiva do Peter.

— Gabrielly, pelo amor de Deus - ela puxou o braço e saiu em direção ao prédio — Eu não tenho nada com a Olga, somos amigos.

E assim, entramos no prédio, fomos para o elevador, eu tentando fazer aquela teimosa entender que eu e Olga não tínhamos nada que não fosse amizade.

Entramos no apartamento com ela muito irritada e no fundo eu não imaginava o porquê da reação dela.

Ela foi para o quarto, apanhou uma de suas malas e começou a colocar suas coisas.

— Gabrielly, me ouça... eu nem sei porque estamos tendo essa discussão. Por que você tá tão irritada?

— Porque sinto que estou atrapalhando a sua vida, imagino que vocês já tenham um caso há anos, você deve trazê-la pra cá e fazer... - ela bufou — Agora que estamos aqui, você não pode mais ter o seu... enfim, vamos sair para que você possa continuar com sua safadeza com aquela...

— Meu Deus, Gabrielly, pare com isso! Eu não tenho nada com a Olga. Será que dá pra você me ouvir?

— Não se preocupe, senhor Parker, amanhã mesmo o seu apartamento estará livre para o senhor usá-lo para transar à vontade com a noiva do Peter ou qualquer outra.

— Pela milésima vez, Gabrielly, eu não tenho nada com a Olga! - aquilo já estava ficando chato e irritante.

Ela parecia não me ouvir e continuava a procurar suas coisas para colocar na mala. Fabrícia apareceu na porta do quarto e olhou pra mim, eu estava com as mãos na cintura, sem saber mais o que falar ou fazer.

— Gaby, ao menos para pra escutar o que ele tem a falar...

— Não quero ouvir nada! - ela olhou pra mim e apontou um dedo em riste — Eu vi, ninguém me contou, eu vi!

— Gabrielly... escuta! - tentei novamente.

— Não, eu não quero escutar nada! Pra quê, pra você tentar mentir?

— Gaby, para com isso! O que está acontecendo com você? - perguntou Fabrícia totalmente perdida com o que estava acontecendo.

— Fa, vá arrumar suas coisas que assim que eu terminar aqui vou pegar as coisas da Mel.

— Olha o que você tá falando, pra onde você vai? - perguntei.

— Pra qualquer lugar, até para debaixo da ponte! Mas eu não vou ficar aqui. Aliás, nós não vamos ficar aqui e atrapalhar o senhor, senhor Parker!

— Meu Deus, Gabrielly, deixa de ter cabeça dura e pare de me julgar de modo errado sem me escutar.

— Já disse, eu não preciso ouvir suas desculpas esfarrapadas... eu vi, com meus olhos!

— Esfarrapadas? Isso não é uma roupa rasgada?

Fabrícia desatou a rir e Gabrielly jogou um dos sapatos que estava em sua mão, em direção a amiga e olhou para ela com cara feia fazendo um gesto com as mãos mandando a Fabrícia sair do quarto e cumprir com o que ela havia mandado. A amiga então, saiu derrotada indo para a sala. Não vi alternativa a não ser atrasar ela e comecei a retirar tudo que ela colocava na mala. Ela colocava e eu retirava.

— Porra! Pare com isso!

Seu rosto tão lindo, estava tão frio e irritado, os lindos olhos amendoados estavam negros de raiva, mas eu só queria que ela parasse um pouco para que pudéssemos conversar.

— Gabrielly, estou lhe pedindo, por favor, me escute - já imaginam se ela vai mesmo embora e acontece algo, eu nunca iria me perdoar, fora que o Peter arrancaria minhas bolas.

— Já disse, não perca o seu tempo.

— Me dê ao menos um minuto e eu... - ouvimos a campainha tocar insistentemente e a Fabrícia foi atender enquanto eu ainda tentava em vão fazer a Gabrielly parar e me ouvir.

— Saia daqui, me deixe ao menos fazer minha mala em paz...

— Raffa... - olhei para a porta do quarto e vi a Olga parada — é ela, a Gabrielly?

Gabrielly travou o maxilar, olhou incrédula de mim para a Olga e vice-versa. Eu estava tão surpreso quanto ela, não imaginava que a Olga deixaria a festa do Peter para vir até minha casa.

— Raffa, você pode me deixar sozinha com ela? - era arriscado pelo modo como a Gabrielly estava irritada, no fundo eu imaginei que pudesse ser ciúmes, tentei me colocar no lugar dela e lembrei de como fiquei irritado e tirei conclusões precipitadas quando achei que ela estava tentando reatar com o ex. Errei, então poderia ser exatamente o que estava ocorrendo naquele momento.

— Eu não quero ficar sozinha com a senhorita! Acaso vocês pensam nos sentimentos das pessoas? - foi ali que tive certeza que era ciúmes — Coitado do senhor Johnson... sendo traído pela noiva e seu melhor amigo.

— Pela milésima e uma vez... eu não tenho nada com a Olga, somos somente amigos!

— Amigos que se beijam na boca?

Suspirei frustrado, não sabia mais como fazer ela se acalmar e tentar me entender.

— Gabrielly, eu beijei o Raffa, sempre fiz isso - tá, não era 100% verdade, mas creio que ela estava tentando amenizar a situação, fazendo a Gabrielly acreditar que era algo comum, o que não era — Faço inclusive na frente do Peter. O que você viu foi um beijo sem... nada demais. Se quer saber, nem língua rola, foi só um selinho mais demorado. Até o Pee já tentou dar selinhos no Raffa, mas o Raffa não deixa.

Ela me olhou assustada, mas não parecia acreditar muito no que a Olga dizia, porém ela já tinha visto o Peter de sacanagem comigo, dizendo que queria me pegar...

— Olha, pensa comigo... é aniversário do meu noivo, a família dele inteira tá lá, eu não seria tão burra em beijar o melhor amigo dele e ser pega, se esse beijo não fosse algo sem... importância sentimental - finalmente ela parou de colocar roupas na mala e pareceu tentar refletir no que a Olga falava e no fundo fazia total sentido. E como a Olga é esperta e convive muito com o bom de lábia do Peter, viu que a Gabrielly estava tentando ser sensata, Olga segurou as mãos da Gabrielly e olhou nos olhos dela — Olha, o Raffa é maravilhoso, e ele me falou sobre você, Vocês estão se envolvendo, não é?

Ninguém sabia além de mim e da Gabrielly, que nós estávamos nos envolvendo aos poucos. Nem saberia dizer se era um envolvimento, já que nos beijamos uma ou duas vezes. Mas pela reação da Gabrielly e meu desespero de ela ir embora, a Olga deve ter percebido algo.

— V-vocês não estão juntos? - Gabrielly perguntou colocando a peça que estava em sua mão, sobre a cama.

— É claro que não! O Raffa é lindo, mas eu adoro aquele moreno - disse Olga.

— Viu, Gabrielly? - me aproximei e ela ainda olhava nós dois. Olga disse que esperaria na sala, saiu e fechou a porta. Segurei as mãos da Gabrielly e olhei no fundo dos olhos dela para que ela soubesse que eu não mentia — Não sabia que você era tão brava - ela deu um sorrisinho e eu aproveitei o momento a puxando pra mim e envolvi sua cintura com meus braços — Posso pensar que isso foi um ciumezinho?

Ela sorriu de canto e ficou vermelha. Beijei aqueles lindos olhos e todo seu rosto, coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e selei nossos lábios.

— Olha, eu quero muito que isso seja duradouro e se formos continuar juntos, você terá que confiar em mim.

— Tem muito tempo que não me envolvo com ninguém, e mesmo gostando de você eu quero ir com calma. Não posso me machucar, tenho que pensar na Melissa também.

— Eu entendo, mas como você vai explicar tudo isso para a Fabrícia e a Melissa?

— Eu dou um jeito.

— Agora me diz, o que você foi fazer lá? - ela ainda estava envolvida em meus braços.

— O Caio conseguiu o meu número, não sei como, mas ligou e disse que sabe onde a Mel tá estudando. Disse também que sabe que você é o meu chefe e que vai ficar no seu encalço. Fiquei com medo dele ir atrás de você na festa.

— E você se arriscou, deixando a Mel sozinha para ir me avisar?

— Eu te liguei, mas imaginei que havia muito barulho e você poderia não ouvir o celular tocando. Quanto a Mel, a Fa está em casa.

— Tudo bem, preciso colocar esse celular para vibrar e vou falar com o Peter para aumentar a segurança na JJohnson e vou contratar alguém para ficar perto de vocês quando eu não estiver.

— Você também tem que ter alguém contigo... ele vai querer tirar de mim toda a proteção que eu tiver, ou seja, você e o Peter.

— Fique calma, vou falar com o Peter.

— Você vai voltar para a festa?

— Você se importa?

— É aniversário dele, você não deveria ter vindo, nem a senhorita Olga...

— E correr o risco de chegar aqui e você não estar mais? - dei outro beijo nela, soltei sua cintura e no exato momento a Melissa entrou no quarto.

— Mamãe, tô com sono, o que vocês estavam fazendo e por que a mamãe tava gritando?

— Oh, amor! Vem aqui que vou te colocar na cama - Gabrielly pegou a Melissa no colo e foi saindo e tentando explicar — A mamãe tava ajeitando a gravata do senhor Parker e fiquei brava porque ele é um homem grandinho e foi para um festa com a gravata torta, acredita? - a menina deu um sorrisinho e apoiou a cabecinha no ombro da mãe.

Voltei pra sala e chamei a Olga pra retornarmos para a festa. Mas antes de sair disse a Fabrícia que se acaso a Gabrielly resolvesse sair do apartamento, que ela deveria me ligar. Disse que havia um cartão de visitas meu, preso na porta da geladeira.

Voltamos pra festa e quando adentramos estava terminando os parabéns.

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