Perfeita Para Ele: Irmãos Man...

Da autora_mapneves

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Com a volta de Bella Brandão para o Brasil, ela terá a árdua missão de comandar o escritório de seu pai, pois... Altro

Prólogo - Bella Brandão
Capítulo 02 - Ravi Toledo

Capítulo 01 - Bella Brandão

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Da autora_mapneves


Fico pensando em tudo o que aconteceu na minha vida no último ano, durante o voo de volta para São Paulo e penso que foi muito necessário o tempo que eu passei aqui nos EUA.

Minha volta para o Brasil, depois do meu ano sabático, seria mês que vem, porém depois da ligação que eu recebi da minha mãe, dizendo que meu pai havia enfartado, não pensei duas vezes antes de comprar uma passagem e voltar para o Brasil.

Claro que minha mãe me disse que ele já estava bem e que eu não precisava voltar, mas não tem como eu ficar nos Estados Unidos, sabendo que o meu pai, o homem da minha vida, podia ter morrido.

Quando eu decidi tirar o ano sabático foi por conta do término do meu noivado. O Guilherme estava me traindo enquanto eu achava que ele estava trabalhando até mais tarde. Até que um dia eu cheguei de surpresa e peguei ele com a secretária, transando em cima da mesa.

Muitas teriam surtado, batido na secretária e no Guilherme, porém fiz algo muito pior, deixei a surra para o meu querido irmão Samuel. Tirei foto dos dois, obviamente com flash, para eles saberem que foram flagrados e encaminhei para os convidados, dizendo que não haveria casamento, pois o motivo era bem óbvio.

Podem até acharem que eu sou maluca, porém eu sou filha de Eduarda Brandão, neta de Dandara Mancini e sobrinha de Victória Mancini, você esperam o que de mim? Calmaria que não será, muito menos engolir sapo.

Vocês devem estar pensando: Bella, nenhum homem fica trabalhando sempre até tarde. Concordo com vocês que eu tinha que desconfiar, porém eu tenho ótimos exemplos na minha família, como por exemplo, meu pai, meu tio Mat, meu tio Pietro e meu tio Dante que nunca olharam para outras mulheres, quem dirá trair.

Desde que eu apresentei o Guilherme para o meu pai em um jantar, anos atrás, meu pai disse que não havia gostado dele e eu pensei que era implicância do Senhor Rafael Mancini. Pois bem, ele estava certo e eu fiquei com a maior cara de palhaça na frente do meu pai.

Após o término do noivado, me encontrei apenas uma vez com o Guilherme para decidirmos se iríamos vender ou dividir o que ganhamos de casamento, porém foi meio catastrófico, pois ele teve a audácia de dizer que a culpa foi minha.

Eu juro que quando eu escutei que a culpa foi minha, a minha vontade era de matar o cidadão mas consegui tirar paciência e perguntar qual o motivo. Quando ele soltou a pérola que me traiu porque eu estava estudando e trabalhando muito e que homem tem necessidades, ele conheceu a força da minha mão.

Tudo tem um limite nessa vida e o Guilherme ultrapassou todos eles. Claro que depois disso nunca mais nos vimos porque eu vim para os EUA passar um ano sabático.

Minha prima Alicia me pediu para ficar no Brasil inúmeras vezes, porém quando eu disse que eu precisa me reconectar e ficar longe de todo o estresse que eu passei com o término do noivado, cancelamento de buffet, salão de festas e tudo mais, ela imediatamente me apoiou.

Agora voltando no motivo da minha volta para o Brasil. Meu pai enfartou e eu não vou ficar um minuto sequer longe dele. Isso é porque ele é teimoso como uma mula.

Minha mãe já havia dito que ele estava trabalhando muito, principalmente em relação aos casos que o escritório auxilia o Ministério Público. Rafael Mancini ignorou os pedidos de minha mãe para diminuir o ritmo de trabalho, porém não a escutou e deu no que deu.

Agora, meu querido pai, Rafael Mancini, não terá que lidar apenas com a minha mãe e meus irmãos, terá que lidar comigo também, que para seu desespero, tem o mesmo gênio dele.

É engraçado que mesmo não sendo pai e filha de sangue, nos parecemos muito mais do que muitos filhos de sangue. Eu e meu pai temos o mesmo gênio, o mesmo gosto pela profissão, aliás me especializei em criminal por conta dele e somos mandões iguais.

Rafael Mancini que se prepare, pois não tirarei os olhos dele.

──────♡──────

— Bellaaaaaa! – Escuto o grito da Alicia, assim que passo pelas portas automáticas e acabo rindo.

— Liii! – Largo a minha mala e vou correndo até ela. — Estava morrendo de saudades.

— Eu também, Bella. Não tem noção do quanto senti sua falta.

— Não mais do que eu. – Falo e estranho o namorado dela, Marcos, não estar junto. — Li, cadê o Marcos? – Pergunto e ela desvia o olhar. — Alicia Romero Mancini...

— Não estamos mais juntos. – Fala, pegando uma das minhas malas.

— Você fala que não estão mais juntos e sai andando com a minha mala? Pode me esperar, mocinha.

— Bella, não comece a dar uma de advogada. Pelo amor de Deus! – Pede, rindo.

— Não, Li. Aqui quem está é a sua prima e não a advogada.

— No carro eu conto.

──────♡──────

— Já estamos no carro. Pode começar a falar. – Falo à Alicia.

— Não tem muito o que falar. O Marcos disse o que ele queria, eu não posso dar e terminou comigo. – Fala, tentando se fazer de indiferente mas é nítido que está sofrendo.

— Que porra é essa?

— Ele disse que quer aproveitar a vida e que eu sou certinha demais para o que ele quer. Agora, vida que segue.

— Li, por que você não me disse?

— Foi semana passada. Eu precisava de um tempo para processar o que aconteceu e de qualquer modo, daqui um mês você estaria de volta.

— Eu não acredito que o Marcos fez isso.

— Acho que não temos muita sorte no amor. – Fala, dando um sorriso de lado.

— Na verdade, Li, nós somos mulheres fodas e eles não souberam valorizar. Isso quer dizer que eles não eram as pessoas certas.

— Queria ver desse jeito.

— Agora você não conseguirá, porém com o passar do tempo, você vai ver que foi um livramento o término.

— Bella, esquece isso e vamos focar em você. O que me conta de novo?

— Além do que já conversamos toda semana? – Pergunto, rindo. — Tive uma noite sensacional com um espanhol no final de semana que não esquecerei tão cedo, nem meu corpo. – Falo, mordendo o lábio.

— Você transou com ele? – A Alicia pergunta.

— Alicia, minha prima querida, transar foi pouco. Nós fodemos gostoso. – Falo e dou risada da sua cara.

— Sua vaca maldosa. – Me xinga, rindo. — Me deixa na vontade mesmo. Eu preciso de experiências assim, Bella. Não aquela coisa monótona que eu tinha com o Marcos. Será que foi por isso que ele me deixou?

— Pode ir parando por aí. Ele te deixou porque é um babaca. Agora, se você quer essas experiências, deixa eu me organizar em relação ao meu pai e começaremos com as nossas noitadas.

— São Paulo que se prepare. – A Alicia fala.

— É assim que se fala!

──────♡──────

Chegamos na casa dos meus pais e só agora consigo perceber a saudade que eu estava de vir para a casa dos meus pais, ficar com eles, porém não esperava ter que voltar pela quase morte do meu pai.

Como a casa dos meus pais fica no mesmo condomínio do meu tio Pietro, a Alicia entrou direto, apenas fez a parada na casa dos meus pais para me deixar e seguiu para a casa do tio Pi e da tia Lila.

Deixo as malas na porta de casa e entro. Assim que o Samuel e a Liz percebem a minha presença, os dois vêm correndo na minha direção, quase me derrubando ao me abraçarem.

— Bella! Por que não avisou que estava voltando? – A Liz pergunta.

— Quando você chegou? – O Samuca pergunta, beijando o meu rosto.

— Eu não avisei porque a mamãe insistiu que o papai estava bem e ela tentaria me convencer a ficar nos EUA.

— Não nega ser filha de Rafael Mancini. – A Liz diz, rindo.

— E respondendo a sua pergunta, Samuca, eu cheguei hoje pela manhã e a Alicia foi me buscar no aeroporto.

— Ela não falou nada. Safada! – O Samuca diz, me fazendo rir.

— Você soube do Marcos, né? – A Liz pergunta e eu faço que sim. — Quis falar poucas e boas para ele, porém a mamãe não deixou. Claro que o Túlio não deixou barato.

— Liz, o que o Túlio fez?

— Nada demais. Apenas ensinou o Marcos a ser homem e não magoar a nossa prima. – A Liz fala, dando de ombros.

— Bom, depois conversamos mais. Agora a minha conversa é com um certo teimoso.

— Boa sorte. – Os dois falam ao mesmo tempo.

Deixo minha bolsa no sofá e subo para o quarto dos meus pais. Penso se devo bater na porta ou não, porém vejo a porta aberta e apenas fico na porta, esperando que eles percebam a minha presença.

— Rafael Mancini, não teste a minha paciência! – Minha mãe fala e eu seguro o riso.

— Larga de ser atrevida, Duda. Eu preciso fazer as minhas coisas. – Meu pai tenta se justificar.

— Não tem que fazer nada. Qual parte você não entendeu que você enfartou e poderia ter morrido?

— Eu não ia morrer, mulher. Não fala essas coisas.

— Larga de ser teimoso, pai. – Falo e os dois olham em minha direção.

— Você voltou mesmo? – O meu pai pergunta, desacreditado.

— Claro que voltei.

— Eduarda Brandão, você avisou a nossa filha sobre o que aconteceu? – Meu pai pergunta, bravo e antes mesmo da minha mãe responder, eu me intrometo.

— Ligou sim e fez certo. Você é o meu pai e eu tenho o direito de saber se o senhor está bem ou não. Então, Dr. Rafael Mancini, eu voltei para estar ao seu lado. – Falo, me sentando em sua cama e o abraço. — Senti tanto medo de te perder. – Deixo minha armadura cair e começo a chorar.

— Minha pequena, não chore. Estou bem. Você acha que eu deixaria minha família para trás? Nem fodendo.

— Eu vou te ajudar no escritório. – Falo, determinada e a minha mãe me abraça por trás.

— Filha...

— Pai, eu vou estar diante dos casos mais complicados e você fica com os mais simples ou apenas descansa.

— Filha, você tem o sonho de ser promotora. Estude para conseguir o seu sonho. Eu consigo me virar. Posso até mesmo contratar alguém.

— Sabe, pai, nesse ano fora, eu percebi que as coisas nem sempre são como queremos e que muitas vezes o que queríamos, não era o certo para nós.

— Quando a nossa filha cresceu?

— Faz tempo, meu amor. Você apenas não quis enxergar. – Minha mãe fala, sorrindo.

— Eu irei conversar com os seus tios para ver o que faremos e então comunico você. Enquanto não decidimos o que faremos, você pode trabalhar comigo.

— Você já enfartou e os próximos serão o Mat e o Pi. Que caralhos de trabalhar mais do que podem. – Minha mãe fala, irritada. — Esquece o trabalho. Finge que ele não existe.

— Exatamente, mãe. Sem pensar em trabalho, pai. Quero curtir você e a mamãe. E saiba que se der problema, você não terá que aguentar a mamãe e sim eu. – Falo e ele arregala os olhos.

— Você não seria uma carrasca com o seu velho. – Meu pai fala e eu seguro o riso.

— Você não perde por esperar, Dr. Rafael Mancini.

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