𝓛𝓲𝓮𝓫𝓮

By MorangoSenpai01

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Sinopse - Quer ouvir uma história? - o pequeno assentiu, Harry pegou o copo de água ao lado e com singelos m... More

ℭ𝔞𝔪𝔢𝔩𝔦𝔞✔︎
𝔄𝔫𝔧𝔬✔︎
𝔄𝔡𝔢𝔲𝔰 𝔏𝔦𝔩𝔦𝔞𝔫✔︎
𝔙𝔢𝔩𝔬𝔯𝔦𝔬✔︎
𝔐𝔞𝔪𝔞𝔢✔︎
𝔘𝔪 𝔏𝔞𝔯✔︎
𝔓𝔦𝔫𝔤𝔢𝔫𝔱𝔢✔︎
𝔏𝔬𝔟𝔬 𝔇𝔞 𝔙𝔦𝔩𝔞✔︎
𝔒 𝔓𝔞𝔯𝔱𝔬 𝔇𝔢 𝔉𝔩𝔢𝔲𝔯✔︎
𝔈𝔩𝔬 𝔐𝔞𝔱𝔢𝔯𝔫𝔬✔︎
𝔏𝔦𝔢𝔟𝔢𝔰𝔱𝔞𝔤✔︎
ℌ𝔢𝔯𝔪𝔦𝔬𝔫𝔢 𝔊𝔯𝔢𝔫𝔤𝔢𝔯 (Prt1/2)✔︎
ℌ𝔢𝔯𝔪𝔦𝔬𝔫𝔢 𝔊𝔯𝔞𝔫𝔤𝔢𝔯(2/2)✔︎
𝔐𝔞𝔦𝔰 𝔲𝔪𝔞 𝔪𝔢𝔫𝔱𝔦𝔯𝔞✔︎
ℭ𝔩𝔞̃ 𝔐𝔲̈𝔩𝔩𝔢𝔯✔︎
𝔐𝔢𝔰𝔱𝔦𝔷𝔢𝔫-𝔓𝔯𝔦𝔫𝔷 ✔︎
𝔔𝔲𝔢𝔪 ℭ𝔥𝔞𝔪𝔬𝔲 𝔓𝔬𝔯 𝔐𝔦𝔪?✔︎

ℌ𝔞𝔯𝔯𝔶 𝔖𝔢𝔳𝔢𝔯𝔲𝔰 𝔖𝔩𝔶𝔱𝔢𝔯𝔦𝔫 𝔓𝔯𝔦𝔫𝔠𝔢✔︎

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By MorangoSenpai01

Tom olhou a direção que Severus havia ido e já fazia alguns minutos que ele estava o esperando, ele ficou desconfortável com as pessoas olhando para ele parado no meio da rua, ele voltou a andar disposto a esperar por Severus no Beco Diagonal, ele andou mais rápido até que de repente se sentiu paralisar.

Sua magia vibrou em suas veias esquentando seu sangue, ele levou a mão até seu peito sentindo seu coração disparar sem motivo, ele franziu o cenho e avaliou suas barreiras aclumentes e se dando conta que elas estavam intactas, curioso ele se deixou ser guiado por aquela estranha vibração, seus passos eram incertos apesar da curiosidade, ele parou em uma das vielas estreitas da Travessa do Tranco.

Ele olhou para o lado vendo Severus vindo em sua direção, ele voltou a olhar para a viela e viu não muito longe dele uma figura surgir, Tom deixou a cabeça cair de lado levemente enquanto mirava a pessoa.

A pessoa apoiou a mão na parede, algo parecia errado com ela, Tom observou a mesma erguer a cabeça e ele pôde ver seu perfil delicado e pálido, aquelas feições não lhe eram estranhas, a pessoa olhou para ele e nesse momento um som de rachadura ecoou pelos tímpanos de Tom, lentamente o som foi crescendo até que houvesse um desmoronamento, as barreiras aclumentes que ninguém conseguia ultrapassar vieram ao chão em questão de segundos diante daquele olhar.

A certas coisas que jamais seriam esquecidas e mesmo que seu cérebro o faça, seu coração ainda deixaria um sentimento permanente em seu peito, Tom poderia não lembrar claramente das feições do pequeno ser que ele havia um dia gerado, ele podia ter se obrigado a esquecer a tragédia que o acometeu mas não havia nada.

Absolutamente nada que o fizesse esquecer daqueles olhos Avada, o verde intenso, puro e selvagem havia sido gravado no seu coração em ferro quente, não importa o que ele fizesse não podia esquece-lo.

- Filhote... - ele sussurrou não se impedindo de sorrir em direção ao outro ômega que o mirava confuso, o mais novo fez uma expressão de dor e imediatamente se virou começando a andar se apoiando na parede - Não. - Tom ao vê-lo se afastar imediatamente foi em sua direção.

Severus observou seu ômega entrar na viela e curioso se aproximou somente para vê-lo desaparecer no final da mesma.

- Tom? - ele começou a segui-lo e o viu sumir em outra viela só que agora andando mais rápido - Tom?! 

O ômega continuou indo atrás do mais novo tentando alcança-lo entre as vielas estreitas, apesar de não parecer muito bem o mais novo se movia rápido, Tom acabou ignorando as pessoas que entraram na sua frente ao saírem de uma taberna em frente, ele simplesmente as empurrou e seguiu seu caminho ficando mais desesperado ao não ver mais o ômega mais novo, ele correu olhando de um lado para outro e no fim seguindo sua magia até finalmente o encontrar parado na saída da Travessa do Tranco.

Hadrian tentou respirar fundo mas ainda sim não conseguia obter a quantidade de oxigênio que precisava, ele sentia suas veias arderem ao mesmo tempo que sua pele parecia fria, sua visão estava embaçada o que resultava em tudo a sua volta estar desfocado e sem forma.

Em uma tentativa de tentar respirar ele parou e tirou seu casaco o deixando cair no chão e começou a abrir alguns dos botões da sua camisa afim de conseguir qualquer quantidade maior de ar respirável mais não obteve resultado favorável, ele ouviu o barulho de uma confusão atrás dele e se virou para tentar olhar mas não conseguia ver nada com clareza, ele voltou a andar mas logo parou ao sentir uma forte cólica abdominal, tendo uma provável noção do que talvez estava acontecendo, Hadrian fechou as mãos em punhos, olhando para a mão que ele sabia aonde estava a sua pulseira mesmo que totalmente desfocada.

- Casa... E_eu quero ir pra... pra casa. - ele disse entre difíceis goladas de ar mas logo aparatando ouvindo não muito longe um grito.

- Harry!...

Quando ele abriu os olhos se viu caindo sobre a escada da sua varanda, ele começou a engatinhar na direção da casa enquanto tentava não gritar por conta das cólicas, ele conseguiu entrar e subir as escadas até seu quarto, ele já tinha as coisas que precisaria para aquele momento, Hadrian conseguiu se medicar e se deitar.

Tom estava prestes a segurar seu filhote quando seu braço foi puxado.

- Quem você pensa que é? Não ouse ir embora sem me pedir perdão! - Tom olhou a mulher por cima do ombro antes de puxar seu braço e seguir seu caminho mas sendo outra vez impedido

- Sai da minha frente. - ele empurrou a mulher outra vez mas seu caminho foi obstruído outra vez

- Seu insolente. - a alfa rosnou e puxou a varinha na direção do ômega mas nem teve tempo de dizer ou fazer nada antes de ser arremessada e presa na parede contraria.

- Eu mandei sair da minha frente! - Tom abaixou a mão deixando a mulher cair e voltou a correr - Harry! - mas infelizmente ele não conseguiu mais achar nada, sua magia também havia parado de vibrar e guia-lo - Não... - ele girou no lugar levando as mãos na cabeça em pânico - Não! Não! Não! - ele fechou os olhos e deixou sua decepção se tornar ira, ele voltou para onde a mulher ainda tentava se levantar e segurou pelo colarinho - Você vai pagar por isso!

Severus que já estava ofegante quando finalmente encontrou o ômega mas a situação estava fora do controle.

- Tom! - ele correu até o ômega o afastando do corpo inerte e sangrento em frente, havia pessoas em volta que nem tentaram separar pois estavam assustados com todo o sangue e violência, Severus não pensou muito antes de puxar o esposo e aparatar no Castelo Slyterin - Tom olha pra mim, me explica o que aconteceu? Por que fez aquilo? - o ômega o olhou com olhos marejados - Tom? O que está acontecendo? - o ômega começou a chorar de forma dolorosa antes de abraçar Severus, o alfa o abraçou de volta tentando conforta-lo mesmo sem saber o motivo de toda aquela dor - Meu amor, por favor se acalme, eu preciso que me diga o que está acontecendo.

- Ela me impediu de alcança-lo Sev... - ele sussurrou depois de um tempo - Ele estava quase nos meus braços outra vez, só mais um pouco e o teríamos aqui. - Severus franziu suas sobrancelhas e o afastou.

- Amor, de quem está falando?

- Do nosso filhote, Harry, eu quase o alcancei. - a expressão confusa de Severus se desfez e ele se afastou de vez do ômega - Talvez se voltarmos lá ainda dê para encontra-lo.

- Não faz isso Tom, por favor não faz isso. - Severus implorou de olhos fechados sentindo as lágrimas voltarem.

- Eu vi Severus, eu o vi. - ele sorriu - Ele é... Severus? - o ômega o viu sair andando e se levantou o seguindo - Severus eu sei que parece loucura mas eu vi, eu juro que vi nosso filhote! - ele continuou seguindo o alfa - Ele é um pouco mais baixo que eu agora e seus cabelos são longos como os seus, e_ele se parece mais comigo na adolescência mas é muito mais bonito e... - ao chegarem no quarto Severus foi até a sua pequena cômoda ao lado da cama e abriu a gaveta - Ele é tão lindo, um filhote tão lindo. - Severus se aproximou e estendeu para o ômega os vários pergaminhos - O que?...

- Abra, eu quero que abra um a um e dessa vez sem barreiras ou tentativas de fugas, eu te proíbo ômega. - Tom o mirou confuso com o tom de voz que demandava autoridade e não deixava espaço para que ele recuasse, o ômega abriu um dos pergaminhos tomando cuidado para não derrubar os outros

- Isso é um teste de herança? - ele leu o nome do titular e ficou mais confuso

◇◇◇

Nome: Severus Tobias Prince Snape.

Gênero: Masculino. (Alfa)

Filiação: Eillen Elisabeth Prince. (Ômega) ✝️

Tobias Mason Snape. (Alfa) ✝️

Estado civil: Casado (ligação de soulmate)

Cônjuge: Tom Salazar Slyterin Prince. (Ômega)

Herdeiros: Harry Severus Slyterin Prince. (Ômega) ✝️

◇◇◇

Seus olhos pararam de ler no símbolo roxo ao lado dos nomes dos parentes falecidos do marido, mais precisamente no símbolo ao lado do nome do seu filho, ele negou abrindo outro pergaminho, ele fez isso uma e outra vez até que caísse de joelhos voltando a chorar compulsivamente.

- Faço esses testes todos os anos desde do primeiro aniversário sem ele, eu faço isso porque eu também sinto essa dor Tom, sinto diariamente como se tivesse engolido a maldição Cruciatos em forma líquida mas apesar da dor eu ainda sinto essa esperança no fundo do meu peito, esperança de acordar de um pesadelo mas eu nunca acordo.

- Não... - Tom já soluçava dolorosamente - Eu vi... eu...

- O motivo de eu nunca acordar é porque isso não é um pesadelo, não é um pesadelo e nós dois precisamos aceitar isso! - ele também se ajoelhou em frente ao menor - A dor me prega esse tipo de peça as vezes, perdi as contas de quantas vezes imaginei sua risada ecoando pelas paredes do castelo, quantas vezes revivi aquela noite e apesar de saber a verdade eu ainda preciso repetir essa tortura todos os anos. - ele apontou para os testes espalhados pelo chão - Mas agora chega, pra nois dois, vamos aceitar de vez isso por mais torturante que seja. - Tom negou afastando os pergaminhos de si como se estivessem amaldiçoados - Dessa vez você não vai usar barreiras ou coisas do tipo, foi um erro permitir que fizesse isso, dessa vez vamos aceitar e ponto final.

- Não, Severus por favor não... - o homem o puxou para os seus braços o apertando por mais que o ômega lutasse entre lágrimas - Eu não posso fazer isso! Severus eu não quero sentir isso!

- Eu também não quero que sinta isso amor, mas eu sei que você precisa, eu te proíbo de fugir de novo ômega. - ele fechou os olhos ouvindo o ômega gritar em agonia dentro dos seus braços enquanto parava de lutar e se agarrava a ele, Tom queria voltar para as suas barreiras mas seu ômega não permitia pois seu alfa o havia proibido de fugir então ele teve que mergulhar naquela agonia sem nem tentar nadar para alguma ilha ou se salvar...

Hermione chegou em casa com seus sobrinhos e ficou curiosa ao encontrar algumas bolsas de compra jogadas na varanda.

- Mama está em casa! - Camélia e Liam correram pra dentro a procura do ômega, Hermione recolheu as bolsas e entrou estranhando o irmão ter voltado tão cedo, ela entrou e subiu as escadas encontrado as crianças na porta do quarto do ômega, Hermione notou o cheiro mais forte e arregalou os olhos correndo até a porta.

- Hadrian?! Hadrian você está bem? - o ômega não respondeu e hermione foi atrás da chave reserva.

- A mama está dodói? - Camélia perguntou a Liam, o pequeno alfa tentou abrir a porta outra vez e ficou bravo por não conseguir

- Esperem um pouco. - Hermione veio com a chave e abriu a porta - Esperem aqui. - ela entrou rápido não dando tempo para que eles a contrariacem - Hadrian? - ela se aproximou da cama e tocou o ombro do ômega o vendo abrir os olhos minimamente - Você está bem? O seu cheiro está forte.

- Reat... - ele sussurrou se aconchegando mas na cama e abraçando seu travesseiro

- O que posso fazer pra te ajudar?

- Me traga um alfa. - Hermione arregalou os olhos mas logo ficou tranquila ao vê-lo sorrir.

- Ótimo, agora suas piadas ganharam esse tipo de conotação? - Hadrian moveu os ombros

- Minha mente só consegue pensar nisso por mais que eu não queira e ache nojento. - ele voltou a fechar os olhos - Ligue para Robert e o avise, o idiota ficará preucupado. - ela assentiu e se levantou

- Você não parece bem, suas veias parecem muito ressaltadas.

- Não se preocupe, eu só preciso descansar. - ele se cobriu mais

- Os filhotes...

- Não os deixe entrar ainda. - ela assentiu e saiu do quarto...

Robert ficou bem surpreso e preocupado com a ligação de Hermione, ele imediatamente aparatou de volta para a Vila assim que recuperou as coisas de Hadrian mas ficou mais tranquilo ao receber notícia que nenhum incidente havia acontecido com o menor.

Ele estava na sua taberna quando Lupin entrou curioso e caminhou até ele.

- Voltaram mais cedo.

- Pois é, imprevistos. - Robert respondeu não dando muito detalhes por achar íntimo demais

- Ao menos conseguiram ver o tal escritor?

- Infelizmente não, Martizen-Prinz continua aversso ao seu público - ele lamentou - Mas Hadrian conseguiu um exemplar escrito a mão da pequena caçada ao tesouro que fizeram na livraria.

- Isso deve tê-lo deixado feliz, Hadrian idólatra o homem. - Remus riu e Robert o acompanhou

- O humor de ambos e bem parecido. - ele se sentou em frente ao balcão.

- Uma conversa entre eles provavelmente geraria queimaduras graves por conta do número de palavras ácidas. - Lupin riu alto e concordou, não era segredo pra ninguém o humor complicado de Hadrian, apesar de todos na Vila estarem acostumados - Por falar em Hadrian, ele comentou outro dia que viu pessoas estranhas na Vila.

- Oh, ele deve ter se encontrado com alguma alcateia de passagem que têm família na Vila.

- Sabe como ele é com estranhos. - Lupin assentiu levemente.

- Eles não ficaram muito tempo, nunca ficam. - ele moveu os ombros despreocupado

- Se você diz...

- Pronto? - Lucius perguntou ao filhote ômega sentado em cima da penteadeira.

- Sim... - o pequeno respondeu sonolento coçando os olhinhos, Lucius sorriu deixando as escova de cabelo de lado e pegando o filhote no colo.

- Vamos dormir então. - ele só precisou balançar o pequeno algumas vezes para que ele se rendesse ao mundo dos sonhos, o Alpha deixou o pequeno na pequena cama no quarto ligado ao seu e em seguida voltou para o seu próprio quarto mas não para dormir e sim para  vestir uma roupa e ir até o Castelo Slyterin, ele pegou seu colete azul e prata sobre a cama e o vestiu outra vez, usando trajes típicos vitorianos, uma camisa de linho branco com pequenos babados no peito e uma calça social azul escuro

Ele aparatou da mansão tranquilo por saber que a magia ancestral manteria Draco seguro, ao chegar no castelo ele conseguiu sentir os cheiro de tristeza e agonia, se impedindo de torcer o nariz ele foi até o escritório encontrando Severus sentado no chão ao lado da mesa mirando a janela aberta, o ambiente era escuro sendo a lua refletindo do lado de fora da janela a única fonte de luz presente.

- Desculpe tê-lo feito vir até aqui... - o moreno sussurrou de forma audível.

- Não à necessidade, me diga o que aconteceu, por que Tom atacou aquela alfa tão levianamente? - ele se sentou ao lado do moreno afastando das mãos do mesmo um garrafa de whisky pela metade.

- A culpa é minha, eu não devia tê-lo deixado recorrer a reclusão mágica. - Lucius o olhou após deixar a garrafa sobre a mesa.

- A barreira aclumente cedeu... - ele suspirou - Isso era esperado.

- Ele diz que o viu, que viu Harry andando pela Travessa do Tranco. - Lucius franziu levemente as sobrancelhas.

- Como assim andando? O que ele viu foi uma miragem, ele não deveria ver um bebê? - Severus o olhou - Desculpe.

- Eu também me prendi a esse detalhe por alguns segundos, fiquei tentando imaginar a pessoa que ele descreveu. - ele sorriu de forma amarga - Me peguei imaginando Lucius, isso já é um absurdo!

- É compreensível Severus. - o moreno negou.

- Se passaram 14 anos! Era pra ao menos ter amenizado mas ainda dói  como se fosse naquela noite! - Lucius tocou seu ombro e deixou seus feromonios passíveis para tranquilizar o pocionista - Eu só queria fazer parar.

- Esse tipo de dor não é daquelas que ameniza, é daquelas que você tem aprender a conviver.

- Eu não consigo, eu queria não sofrer tanto porque isso afeta o Tom mas eu não consigo. - ele limpou suas lágrimas e se levantou rapidamente - Tom! - Lucius o seguiu confuso.

- O que aconteceu?

- Ele saiu do castelo. - ele pegou sua capa sobre o sofá mas foi impedido por Lucius.

- Me deixe ir, você não está em condição de sair, nenhum dos dois esta.   - Severus concordou cansado

- Ele provavelmente voltou ao lugar aonde teria visto Harry.

- Não se preocupe, o trarei em segurança.

Severus o viu ir e quase rastejando subiu para o seu quarto, ao chegar lá ele encontrou a penseira brilhando no canto do quarto, ao se aproximar ele viu a imagem de um belo rosto reluzir...

Tom deixou que seu Patrono o cercasse enquanto ele andava até a sela de lord Crouch Sênior, ele atordoou os guardas e se colocou de frente a sela.

- Hora vejam só, não imaginei que voltaria a vê-lo algum dia. - disse o homem acorrentado e esfarrapado em frente.

- Eu também não pretendia vê-lo, na verdade meu plano consiste em apenas saber que você vai definhar aqui sozinho e maltrapilho, sonhando com o rosto de Bartô.

- Cale a boca! Não fala do meu filho seu verme asqueroso! - o ômega apontou a varinha para a fechadura e se afastou explodindo a mesma.

- Eu não vim aqui pra discutir com você, é insignificante. - ele adentrou a sela e se aproximou do beta que se arrastou mais em direção a parede rochosa - Estremecendo diante de um ômega Crouch? Quem diria. - ele esticou a mão e puxou alguns tufos de cabelo do homem o fazendo gritar, ele apontou a sua varinha entre os olhos do beta -  Se passaram 14 anos e eu engoli esse pergunta por temer que o momento em que o visse, lhe mataria imediatamente o que atrapalharia meu plano  de castiga-lo pelo que me fez.

- Não seja estúpido! - ele cuspiu - Você começou isso, você me tirou...

- Você matou Bartô porque ele queria viver independe de você, não aceitou que seu herdeiro Alpha preferiu servir um ômega mestiço do que aceitar as regras estúpidas impostas por seu papai puro sangue.

- Foi um acidente! Você... - ele tentou empurrar o ômega mas levou um tapa do mesmo logo voltando a ser segurado com mais brutalidade.

- Você o fez! Fez por despeito, preconceito e machismo e movido a isso você pensou que se me fizesse fazer o mesmo diminuiria a sua culpa. - Crouch riu historicamente.

- E eu consegui, me diga, como ômega deve ser difícil conviver com o que fez, matar a sua própria cria tão friamente. - Tom sorriu voltando a apontar a sua varinha entre os olhos do prisioneiro

- Eu vou perguntar só uma vez antes de mata-lo. - ele puxou mais o seu cabelo - Você teve algum tempo antes que meus comensais o achassem, aonde deixou meu filho? - o beta franziu o cenho confuso - Responda Crouch, vou tornar sua morte mais piedosa.

- Seu pedacinho de lixo está morto, virou cinzas no berço, você estava lá, a memoria está falhando? - Tom negou levemente

- Resposta errada Crouch, resposta errada...

Severus caiu ao deixar a penseira, as lágrimas voltando a manchar seu rosto enquanto sua respiração era descompensada, ele segurou ambos os lado da sua cabeça tentando recobrar seus sentidos e regular sua respiração, ao conseguir se tranquilizar minimamente ele se levantou com pressa e saiu do quarto correndo mesmo que suas pernas ainda estivessem bambas, ele parou em frente a parede, ele afastou a mesinha com um jarro de flores e tocou a parede, os pequenos blocos começaram a se mover até que revelassem completamente a porta.

Severus olhou a maçaneta por alguns minutos antes de respirar fundo e abrir a porta e foi preciso mais uma respiração profunda antes de entrar no quarto, as luzes acenderam de imediato  iluminando detalhadamente o local que à  mais de 14 anos era inabitável, feitiços de preservação garantiram que cada móvel, cortina e coberta ficassem intactos através do tempo.

Severus sentia seu coração batendo acelerado e dolorido, ele deu alguns passos vacilantes até o gaveteiro não muito longe do berço, o abrindo com cuidado ele estendeu a mão e pegou um casaquinho de algodão, acariciando o tecido com um olhar emotivo, ele aproximou a pequena peça do rosto sentindo o cheiro ainda presente ali, era um aroma infantil, cheirava a talco de bebê mas também havia um aroma mais doce, o cheiro de um filhote ômega, ele fechou os olhos abraçando a pequena peça por alguns segundos antes de guardar a roupinha no lugar e e deixar o quarto, Severus olhou o local uma última vez antes de fechar a porta com cuidado.

Segundos depois ele desaparatou na Travessa do Tranco, seguindo a memória na penseira ele percorreu todo o caminho percorrido por Tom algumas horas antes, ele andou entre as vielas até chegar na saída do bar aonde a alfa que o seu ômega atacou saiu, Severus seguiu o caminho por mais alguns passos até chegar o local aonde Tom tinha visto o filhote pela última vez, ele parou no mesmo lugar e colocou a mão na parede, olhando em volta não encontrou nada que pudesse ajudá-lo até que seus olhos fitaram seus pés, caído ao lado da seu pé havia um tecido de lã marrom.

O pocionista se abaixou e pegou descobrindo ser um casaco, ele não precisou de muito esforço pra sentir o cheiro doce presente na peça, eram feromonios de um ômega mas o cheiro era familiar apesar de estar mais forte e concentrado.

- Filhote... - Severus se sentou no chão repousando as costas na parede, ele apertou a peça contra o seu peito e mordeu os lábios fortemente tentando não gritar sua dor e surpresa, ele não podia acreditar, tudo aquilo não fazia sentido, Testes de Herança não mentiam, um herdeiro mesmo bastardo não podia ser escondido da magia de ligação - Como? Como isso está acontecendo? - ele limpou sua lágrimas antes de se levantar e continuar o caminho mas dessa vez ele seguiu para o Beco Diagonal, ele procurou por alguns minutos antes de finalmente encontrar a o logotipo que queria no topo de uma placa da livraria.

- Boa noite, já estamos fechando. - a senhorita atrás do balcão disse e em seguida ficou surpresa ao reconhecer Severus - Primeiro Cavalheiro, em que posso servi-lo meu lorde? - Severus se aproximou do balcão

- Você está aqui desde que horas? - a senhorita franziu o cenho confusa.

- Eu? Bem... desde as 6 da manhã.

- Vocês tem o costume de reter informações pessoas de seus clientes certo? - ela assentiu

- Clientes com assinatura.

- Eu quero informação de um cliente.

- Senhor isso... - Severus tirou do bolso um minúsculo frasco e colocou sobre o balcão antes de apontar sua varinha para a mulher

- Beba. - a mulher ficou assustada ao ver a ponta da varinha brilhando, sabendo que não podia vencer o homem em um duelo ela pegou o frasco o bebendo - É apenas Veritaserum, quando eu conseguir o que quero ouvir de você lhe dou o antídoto. - ele apontou a varinha para as vitrines fechando as persianas e virando a placa de Aberto para Fechado - O cliente que eu quero informação é um ômega, ele esteve aqui mais cedo, provavelmente no período entre a manhã quase de tarde, ele têm 15 anos, branco, essa altura... - ele indicou com a mão - Cabelos negros e longos mas estava usando uma trança lateral, olhos verdes, usava esse casaco e uma saía com desenhos de cogumelos. - ele colocou o casaco sobre o balcão - Você tem as informações dele?

- Não senhor. - Severus fechou as mãos em punhos - Ma_mas! Mas esse ômega esteve aqui! - ela respondeu nervosa.

- Que horas?

- Por volta das 7 da manhã, ele é não da Inglaterra.

- Como sabe? - Severus semicerrou os olhos

- Pelo sotaque dele e também o alfa que estava com ele me disse que estavam ali para comemorar o aniversário do ômega, que vieram somente para comprar um livro de edição limitada.

- De onde ele é?

- Isso eu já não sei, ele não falou muito para que eu conseguisse identificar de onde ele era mas com certeza ele não era inglês, o Alpha que estava com ele era.

- Esse Alpha... podia ser algum familiar?

- Ele disse que eram apenas amigos e que estava servindo de guia para o ômega. - Severus assentiu e ficou em silêncio por alguns segundos

- Mais alguma coisa? - a mulher negou - Pensa bem.  

- Eu juro que não sei mais nada, eu tive muitos clientes hoje, só me lembro mais claramente desse por conta do livro que ele levou, era o único livro escrito a mão e com dedicatória. - Severus fechou os olhos voltando a respirar fundo

- Como era o homem que estava com ele? O alpha?

- Alto, cabelo não muito escuro, olhos castanhos talvez, eu realmente tive um dia ocupado hoje, é difícil me lembrar com clareza mas ele também não é um cliente com assinatura. - Severus deu a volta no balcão ficando em frente a mulher. - Senhor por favor... - ele recuou alguns passos mas foi pega por Severus

- Fique quieta. - ele apontou sua varinha para ela e vasculhou sua mente encontrando o momento com o seu filhote, ele sorriu mais não conseguiu ver com clareza o rosto do outro homem,  a funcionária realmente teve um dia ocupado - Beba, é o antídoto. - a mulher bebeu mesmo com uma dor de cabeça, em seguida Severus apagou sua memória e deixou a livraria...







Continua...

Betado por fuuchner que também é a co-autora dessa história.

Finalmente o Severus acreditou!💃🏽 quem tá feliz?

Antes de me despedir eu quero deixar claro que tudo o que fizer vocês sentirem dor é culpa da fuuchner se dependesse de mim tudo seria um conto de fadas😇😇kkkkk

Comentem e nós digam o que estão achando🥳🥳

Até a próxima ❤🥰❤🥰❤🥺❤🥰❤❤

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