DRAGONSTONE -
O fogo correu pelo o lugar, as casas sendo destruídas e pessoas de Reinos desconhecidos entrando e cometendo atrocidades.
- O que tá acontecendo? - perguntou Alec, correndo até Daemon.
- Estão invadindo, algo não está certo - respondeu apressadamente.
Tinham chegado a Dragonstone pela a manhã, e durante a noite um barulho absurdamente alto aconteceu.
Era um bombardeio.
- Onde está a minha mãe? E os meus irmãos? - perguntou o cacheado, tentando se manter racional.
- Estão no quarto, precisam ficar seguros - disse e andou até os portões do castelo. - Sabe o que fazer, garoto.
E saiu.
Alecsander não perdeu tempo, subiu as escadas o mais rápido que conseguia, indo direto para o quarto dos irmãos.
- Joffrey, Viserys e Aegon, onde estão? - perguntou, notando que apenas Luke e Jace estavam nos aposentos.
- Devem estar com a mamãe! - respondeu Lucerys, exasperado pelo o barulho.
- Ótimo! Venham - saíram para o corredor, logo encontrando um homem com um machado. - Merda! - xingou, quando a arma foi arremessada para eles, o mais velho puxou os dois irmãos para baixo. Interrompendo o ataque. - Jace! Luke! Esquerda, agora.
Eles fizeram.
Alec ergueu o arco, atirando uma flecha bem no meio da garganta do homem, o levando ao chão.
Os três correram pelos os corredores, desviando e fugindo dos guerreiros desconhecidos.
Jace abriu a porta, deixando que os outros dois entrassem primeiro.
- Alec! Jace! Luke! - Rhaenyra andou até eles, os agarrando em um abraço. - Meus filhos, estão todos bem?
- Sim! - responderam juntos.
Alecsander olhou ao redor, encontrando algumas criadas com Joffrey, Aegon e Viserys nos braços. Os acalmando para que não chorassem alto demais.
- O que está fazendo, Alecsander? - perguntou a platinado, notando o filho ir até a porta.
- Eu vou lutar - respondeu, e antes que alguém ousasse interromper, ele continuou. - Estarei com Drake, mãe. Precisaremos de tudo que temos.
Ela suspirou, os olhos suplicantes e marejados.
- Mãe! - tentou Jacaerys, não queria perder o irmão. Luke estava atrás, as mãos balançando freneticamente. Ele estava em pânico. Todos estavam.
- Mostre a eles - foi apenas o que a mulher disse, e Alec assentiu antes de seguir caminho.
Passando pelos os portões, ele correu até seu dragão mais velho, assobiando para acalmá-lo da confusão.
- Likirī! (Calma) - exclamou para Drake, subindo em sua cela. Era a hora do contra-ataque.
[...]
Daemon estava sobre Caraxes quando viu o vulto absurdamente rápido sobrevoar sobre eles, sendo ainda maior que seu próprio dragão.
O terror sombrio bateu as asas, criando uma onda de vento com os guerreiros nos muros.
- Drake, Dracarys! - mandou, e o dragão o fez. Queimando metade dos homens que os atacavam.
Flechas foram disparadas contra eles, e a besta sombria rodopiou no ar, desviando.
Alec usou o raciocínio lógico, indo em direção ao mar e queimando os navios de embarque. Se eles queriam fugir, não iriam conseguir.
Drake pousou no muro, sua força fazendo buracos nas pedras. Ele rugiu, e Daemon sorriu para o que vinha a seguir.
- Dracarys! - disse o Targaryen cacheado, e o fogo consumiu o local.
Gritos de dor e horror foram ouvidos, os corpos em chamas tentando se libertar da agonia.
Era uma visão dos sete infernos.
A besta pousou no chão, tremendo a terra em que estavam. Alec desceu de sua cela, erguendo o arco e flecha e apontando para o homem caído no chão.
- Diga o que veio fazer, e eu prometo que deixarei você sair daqui - segurou o homem pelo a gola. - Agora!
- Alecsander Targaryen - comentou abismado.
O cacheado soltou sua gola, pondo a bota em seu pescoço. O prendendo no chão.
- Por que estão aqui? - sua voz saiu como uma ordem, e o outro tossiu pela a falta de ar.
- Sangue será pago com sangue, meu mestre me mataria se soubesse que contei algo aos inimigos - disse com dificuldade.
- Seu mestre é a menor das suas preocupações no momento - pisou ainda mais, fazendo o guerreiro ficar vermelho. Alec cedeu o pé, dando espaço para o oxigênio. - Quem é o seu mestre?
O homem tinha medo no olhar, o terror se expandindo por ele. O Targaryen pegou a adaga em suas roupas e estendeu para sua jugular.
- Eadrick de Martell, meu rei! - gruniu o desconhecido.
Meu rei? - pensou o garoto em confusão, ele não tinha um reinado. E todos sabiam disso, então de onde veio essa ideia absurda?
- Traidores não merecem viver - respondeu o cacheado, levantando a adaga.
- Você... você prometeu! - gritou em desespero. - Você disse que eu-
- Eu disse que você sairia daqui, não que sairia vivo - em um movimento rápido, ele cortou sua garganta. Sujando suas vestes e sua pele com o carmesim.
O guerreiro agonizou antes de finalmente morrer, seus olhos esbugalhados e sua boca aberta.
Alecsander se virou para seu dragão, a expressão neutra e o corpo coberto de sangue que não era dele.
- Vamos buscar seus irmãos, é hora do jantar - um sorrisinho ladino apareceu, e a besta mostrou os dentes, querendo seguir o sorriso do pai.
[...]
O sol se pôs, o amanhecer junto a luz. Tudo parecia um caos em Dragonstone, e ninguém havia mandando um corvo ao rei.
Para alertá-lo do ataque contra sua família.
Alec deixou os dragões, seguindo para o castelo e encontrando com mais mortos nos corredores.
Era tenebroso.
- Alec... - ouve-se a voz de Luke.
O cacheado virou, e os olhos do garoto se arregalaram. O sangue cobrindo seu irmão, e qualquer um que o visse, se perguntaria se é o mesmo Alec.
A resposta era "não".
- Meu garoto - Rhaenyra apareceu, correndo até ele. Não se importando com o sangue que manchou seu belo vestido. - Se machucou? - ela tocou em seu rosto.
- Não... - ele respondeu, retirando as mãos dela para que pudesse observá-los. Todos estavam bem. - Não é meu - se referiu ao sangue.
Jacaerys abaixou a cabeça inconscientemente, não querendo olhar para tudo aquilo.
Alec entendia.
- Ale..c... - sussurrou uma voz.
E o cacheado se virou de uma vez, notando ser seu irmão - Joffrey.
- Hey, Joffrey... - tentou parecer natural, mas o garoto o olhava interrogativo. Todo o sangue o deixando enjoado.
O cacheado deu um passo a frente, e Joffrey deu dois para trás.
Medo.
Trinta segundos, é tudo o que você precisa para esquecer tudo que sabe sobre alguém. Trinta segundos.
Rhaenyra seguiu até o mais novo, o pegando nos braços e acenando para Alec antes de entrar no quarto com Joffrey.
Alecsander se virou para os outros dois irmãos, Jace finalmente levantando a cabeça.
- Precisa de um banho, e se trocar. Aegon e Viserys não podem te ver assim - disse, tocando cautelosamente no ombro do irmão mais velho antes de fazer o mesmo percurso que sua mãe.
- Lucerys... - tentou, mas foi surpreendido por um abraço apertado.
- Você voltou - sussurrou o garoto, não se importando com o sangue.
- Nunca se deixa família para trás, lembra? - comentou, o abraçando cuidadosamente, como se estivesse com medo de o quebrar.
- Você os matou? - perguntou Luke.
- Sim.
- Entendo, você fez o que teve que fazer - o soltou, o sorriso em seus lábios. - O importante é que você está bem, apenas isso.
Alec sorriu, sentindo-se acolhido. Ser diferente não significava ser ruim.
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Hey! :)
Joguem suas teorias aqui! Eu vou adorar ler e ver se alguém chegou perto do resultado final.
O Joffrey com medo do Alec, tadinho dos dois!
Relaxem, próximo capítulo teremos mais de Alecmon - Aemond e Alec.
Boa leitura!