Ana Bonny e o Reino de Phelíd...

Oleh NilceCostta

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Após uma tentativa de acabar com a rainha dos mares do Caribe, um grupo de piratas inimigos acabam incendiand... Lebih Banyak

Capítulo 1: Cumprimento de Um Acordo.
Capítulo 2: Quem comanda os Mares
Capítulo 3: O Perigo à Espreita
Capítulo 4: Naufrágio e uma ilha misteriosa
Capítulo 5: A humana de cabelos vermelhos
Capítulo 6: As intenções de Zyan
Capítulo 7: Surge Castiel
Capítulo 9: O reencontro dos amigos
Capítulo 10: O príncipe e o filho do comandante

Capítulo 8: Honra de príncipe

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Oleh NilceCostta

Reino de Phelídia, vilarejo de Eclin, 12 de outubro

Na manhã seguinte, todos os cidadãos do reino estavam levando suas vidas cotidianas normalmente, então de repente, na entrada do vilarejo de Eclin, na capital real, um soldado surgiu todo ensanguentado e gravemente ferido, ao chegar na entrada do vilarejo ele caiu e desmaiou.

— Ah, meu Deus! Alguém o ajude! — Uma cheeta gritou apavorada.

— Ei, o que será que aconteceu com ele? — Outro perguntou.

— Será que foi o Castiel? Essa não estamos em perigo! Temos que contatar a guarda real imediatamente! — Outro falou ainda mais apavorado.

— Antes disso temos que levá-lo para uma enfermaria. Alguém ajuda aqui! — Uma sábia pessoa falou e logo eles conseguiram erguer o homem e o levar para a enfermaria mais próxima.

Enquanto isso, no palácio, no quarto de Ana, a mesma havia acordado bem cedo, ficara pensativa devido à conversa que teve na noite passada com a rainha, encarava o teto enquanto tinha um flashback do momento.

Batidas foram ouvidas na porta do quarto, enquanto Linx escovava o cabelo de Ana.

— Quem será uma hora dessas? — Linx perguntou e logo foi atender a porta, tendo uma grande surpresa ao se deparar com a rainha. — Ah! Majestade, seja muito bem-vinda! — Linx falou agitada.

— Muito obrigada! — Disse a rainha com um sorriso gentil. — Será que eu posso conversar a sós com a Ana?

— Claro! Eu vou me retirar! — Linx fez uma reverência para ambas e logo saiu do quarto.

A rainha andou até diante Ana com a postura ereta, vestia um vestido lilás e um belo colar com uma pedra verde-esmeralda, em sua cabeça tinha uma coroa feita de ouro puro e com detalhes de pedras esmeraldas. A rainha carregava consigo uma caixa de papelão.

— Olá, eu me chamo Agnes, sou mãe do Zyan e rainha de Phelídia, é um prazer conhecer você. — A rainha se apresentou com um sorriso genuíno.

— Então você é a rainha? — Ana perguntou sem muito interesse.

— Hum, parece que você não gosta muito de mim, mas eu não me importo com isso, é praticamente impossível melhores amigos serem amigos desde o início, no começo eles sempre se odeiam, é do ódio que surgem as melhores amizades. — A rainha filosofou.

— O que você quer comigo, hein? Por acaso está aqui para me convencer de participar do plano do seu filho? Olha só, não me leve a mal, mas eu já disse para ele que eu não sou uma boa pessoa e que não tem como eu o ajudar com aquele plano maluco, eu não quero sair por aí sendo amiguinha de todo mundo.

— Eu não tenho nada a ver com o plano dele, eu juro. — A rainha disse ao cruzar os dedos e mostrar para ela em forma de seu juramento.

— Então para quê veio? — Ela perguntou.

— Eu vim conhecer você e te dar esse presente. — A rainha falou com um largo sorriso e logo estendeu a caixa para ela.

— Não é estranho uma rainha ficar presenteando uma criminosa? Além disso, por que deixaram você vir me ver sozinha? Esses guardas não sentem medo da rainha deles se machucar? — Ana perguntou ao pegar a caixa, não gostaria de aceitar o presente por ser de uma pessoa suspeita, mas não seria indelicada ao ponto de negar um presente de uma rainha.

— Primeiro, você não é uma criminosa, é só uma humana, nunca nos fez nada de mal, então mesmo sendo pirata e sendo procurada no mundo exterior, aqui nesse reino, você é apenas uma humana comum. — Agnes respondeu sincera, o que deixou Ana surpresa por ela dizer as mesmas palavras de Zyan. — Segundo, eu não sou uma gatinha indefesa, se por acaso as rainhas que você conhece são fracas, delicadas e precisam de mil guardas na cola delas, eu sou totalmente diferente. — Ela falou imponente, um vento entrou pela janela aberta, fazendo os pelos da rainha voarem, dando a ela uma aparência esplêndida. — Leoas vivem com o instinto de independência, somos fortes, bravas e corajosas, somos guerreiras! — Ana a olhou com admiração, lógico que ela sempre pensou da mesma forma, mas ao encontrar alguém que nutre os mesmos ideais que ela, lhe despertou um sentimento de respeito e apreciação.

— Entendi. — Ana falou virando o rosto para a rainha não perceber os seus sentimentos, que na verdade, é totalmente em vão.

A rainha Agnes é conhecida por ser observadora, e ela usa essas observações para convencer alguém de algo que ela deseja, ela é a mestra em convenção.

— O que tem aqui dentro? — Ana perguntou curiosa ao olhar para a caixa.

— Abra e verá. — A rainha falou sorridente.

Logo Ana abriu a caixa e se surpreendeu com o que tinha dentro, uma tiara de testa com detalhes de gotas cristalinas azuis, bem parecida com uma que o príncipe Zyan usa.

— Wow, isso deve valer uma fortuna! — Ana falou ambiciosa.

"Quando finalmente puder sair dessa ilha, eu vou poder trocar isso por dinheiro, e com certeza vou ficar rica!", pensou com um sorriso maldoso.

— Essa tiara faz par com a tiara que o Zyan usa todo dia. — A rainha contou ao encarar o céu pela janela. — Ele ama aquela tiara por ser presente do avô dele, ele amava o avô tanto quanto ama comer coelhos. — A rainha contou com um sorriso feliz.

— O avô dele é o tal do Sócrates da história da minha mãe, né? — Ana perguntou.

— Sua mãe? — A rainha perguntou chocada.

— É, a Linx estava me contando que eu parecia uma humana de um livro de história, ela me contou toda a história e me mostrou um desenho da humana de cabelos vermelhos. — Ana contou ao pegar seu chapéu de pirata em cima do criado mudo. — Hanna Bonny, é minha mãe. Eu fiquei surpresa quando soube, mas agora que eu sei disso, é como se o quebra cabeça fosse montado, o motivo que levou a minha mãe a deixar a pirataria e as histórias malucas que o meu avô contava quando eu era pequena sobre ter encontrado a minha mãe em uma ilha com leões e tigres. Ela infelizmente já faleceu e por isso não voltou como prometido. — Ana mordeu os lábios com certa frustração.

A rainha se aproximou dela e a puxou para um abraço quentinho e aconchegante.

— Ela não voltou, mas você está aqui, isso é mais do que suficiente, o destino te trouxe aqui por algum motivo, eu não sei o porquê, mas eu sinto que logo descobriremos, enquanto isso, eu farei de tudo para que você viva bem. — A rainha se distanciou um pouco para olhar o rosto dela que escorria algumas poucas lágrimas. Então ela limpou o rosto de Ana, pegou a tiara e sorriu. — Porque agora você não é mais a capitã pirata, você é somente a Ana Bonny. — Falou ao pôr a tiara na cabeça dela.

— Obrigada, rainha. — Ana disse ao dar um sorriso.

— Me chame apenas de Agnes, tudo bem?

— Tá bom.

A rainha levantou, foi até a janela e a fechou.

— Bom, já está tarde, é melhor eu deixar você descansar. — Agnes falou ao dar um tchauzinho e logo caminhou para a porta.

— Ah, Agnes! — Ana chamou antes dela sair, a mesma virou para ela. — Por que você me trouxe justo uma tiara que faz par com a do Zyan? — Ela perguntou.

— É porque... — A rainha pensou: "Bom, é porque parece que está na genética dessa família se apaixonar por uma humana, eu pensei que o Zyan também pudesse se apaixonar por ela, será que eu me enganei? Ou está cedo de mais para dizer isso?" — Não tem nenhum motivo especial, eu apenas acho que azul combina com você.

— Entendi. — Ana falou simplesmente, não se conformando com a resposta, mas não iria perguntar novamente.

Após isso a rainha deu um boa noite e saiu do quarto cantarolando uma música.

Agora, no presente momento, Ana olhava a tiara em suas mãos e pensava no motivo da rainha ter lhe dado de presente justamente ela.

— Por que eles me tratam tão bem mesmo eu sendo inimiga deles? — Ela se perguntou e sem ter resposta suspirou.

Enquanto isso, um guarda entrou de imediato na sala do trono, estava ofegante, agitado e nervoso.

— Majestade! — Ele chamou ao entrar e logo se fez presente diante os reis.

— Qual o motivo dessa agitação logo cedo? — O rei perguntou ao guarda.

— Majestade, encontraram um de nossos guerreiros muito machucado na entrada do vilarejo nesta manhã, os cidadãos o levaram para uma enfermaria e ele não corre risco de morte, mas o seu estado é grave, não sabemos quando ele irá acordar, e além disso não conseguimos entrar em contato com os nossos soldados no acampamento real. — O guarda apressou-se em contar tudo.

— Isso é impossível! A próxima batalha estava marcada somente para próxima semana! Será que o Castiel quebrou os termos e atacou covardemente o nosso exército? — O rei perguntou preocupado.

— Provavelmente majestade. — O guarda falou.

O rei rosnou irritado.

— Aquele traidor traiçoeiro! Como ele pôde? — Falou frustrado.

Agnes o olhou com preocupação, não sabia o que dizer para acalmá-lo nesse momento, seria melhor permanecer calada.

— Reúna um esquipe de investigação, rápido! — O rei ordenou.

— Sim, senhor! — O guarda falou, fez uma reverência e logo se levantou para sair, mas alguém entrou na sala do trono chamando sua atenção e a do rei.

— E se eu for como líder da equipe de investigação? — O príncipe Zyan perguntou.

— Nem invente, Zyan! — O rei negou de imediato.

— Ah, você nunca me deixa fazer nada! Eu não sou mais um filhote, sabia? Que tipo de príncipe eu sou, se não faço nada pelo meu povo enquanto milhares de soldados estão dando suas vidas pela paz do nosso reino? O senhor acha certo nós da realeza ficarmos sentados enquanto o nosso povo morre no nosso lugar, meu pai? — Zyan perguntou chateado. O rei nada respondeu. — Por favor, me deixe pôr um fim nessa guerra sem sentido! Me deixe lutar pela minha honra de príncipe!

— Mas é muito perigoso! Uma guerra não é algo para você se meter Zyan! — O rei esbravejou.

— Então quer que eu me torne um rei covarde que manda seu próprio povo para a morte? É isso que você quer que eu me torne?! — O príncipe falou com o tom de voz alto.

— Não fale desse...

— Ryan! — Interveio a rainha, que chamou a atenção dos dois. — Eu sei que Zyan é muito teimoso e sempre se mete em confusão, mas dessa vez, ele tem razão e eu sugiro que o esculte e lhe dê a permissão.

Diante as palavras da rainha, o rei cedeu ao dar um longo suspiro.

— Muito bem, eu deixo você liderar a equipe de investigação...

— Êbaa! — Zyan comemorou. — Quer dizer, muito obrigado, meu pai e minha mãe. — Falou comportado.

— Mas lembre-se que isso é apenas uma investigação, quero que você descubra o que aconteceu com o nosso exército, de maneira alguma entre em conflito com o exército do Castiel, estamos entendidos?

— Sim, majestade. — Concordou.

— Certo, o Obiru irá montar uma equipe para você. — O rei falou ao apontar para o guarda que antes falava com ele.

— Se o senhor me permite, eu mesmo quero montar a minha equipe. — Zyan contou.

— Faça como quiser, mas é melhor escolher bem, não olhe para as aparências e sim para as habilidades. — O rei aconselhou.

— Muito obrigado, meu rei. — Zyan falou dando um sorriso satisfeito e logo saiu da sala do trono muito feliz.

— Obiru, eu quero que você fique cuidando do soltado ferido, caso ele acorde quero que me informe imediatamente. — Falou Ryan para o guarda.

— Sim, majestade. — O guarda falou, fez uma reverência e logo saiu.

— Parece que o nosso filhote está amadurecendo. — Agnes falou sorridente.

— É, eu só espero que ele não faça nenhuma bobagem. — O rei falou pensativo. — Ah, propósito, você falou com ele sobre quando a humana irá embora da ilha? Tenho certeza de que se pedissem um navio por meio de um pássaro mensageiro ela já teria ido embora.

— Ah, por que você está tão incomodado com ela? Deixe-a ficar por mais um tempo, ela nem é perigosa.

— Você sabe que ela não pode ficar aqui, é melhor ela ir embora quanto antes, assim ela terá mais chances de sobrevivência, se ele não mandá-la embora, eu vou! — O rei falou seriamente.

A rainha apenas suspirou, talvez nada do que ela dissesse mudaria o que ele pensa nesse momento, então ela guardaria sua carta na manga para a hora certa.

Nesse mesmo instante, Zyan saiu do castelo saltitante.

— Caraca, eu estou louco para reencontrar com aqueles malucos! Como será que eles estão? Faz tanto tempo que não nos vemos! — Ele disse com um largo sorriso e logo chegou na estrada para o vilarejo.

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