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By catratonks

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𝐚𝐫𝐭𝐞. substantivo feminino ? ΰ₯§ 𝐒. produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concret... More

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π˜πŸ’: Quidditch World Cup
π˜πŸ’: The Triwizard Tournament
π˜πŸ’: The Four Champions
π˜πŸ’: Potter Stinks
π˜πŸ’: The First Task
π˜πŸ’: Will You Dance With Me?
π˜πŸ’: Yule Ball
π˜πŸ’: The Golden Egg
π˜πŸ’: The Second Task
π˜πŸ’: Truth Or Dare
π˜πŸ’: The Third Task
π˜πŸ’: Everything Changes
π˜π„π€π‘ π…πˆπ•π„
π˜πŸ“: Grimmauld Place
π˜πŸ“: The Silver Dress
π˜πŸ“: The Prank
π˜πŸ“: Dolores Umbridge
π˜πŸ“: Firefly Conversations
π˜πŸ“: Harry, My Harry
π˜πŸ“: The Astronomy Tower
π˜πŸ“: The High Inquisitor
π˜πŸ“: The Revenge
π˜πŸ“: The Reunion
π˜πŸ“: Midnight Talking
π˜πŸ“: Dumbledore's Army
π˜πŸ“: Weasley Is Our King
π˜πŸ“: Love Potion
π˜πŸ“: Nightmares
π˜πŸ“: Holly Jolly Christmas
π˜πŸ“: Maddie's Birthday Party
π˜πŸ“: Happy New Year!
π˜πŸ“: Fireworks
π˜πŸ“: Draco Malfoy
π˜πŸ“: Honeycomb Butterflies
π˜πŸ“: Expecto Patronum
π˜πŸ“: The New Seeker
π˜πŸ“: Breakdown
π˜πŸ“: A Whole New Perspective
π˜π„π€π‘ π’πˆπ—
π˜πŸ”: Horace Slughorn
π˜πŸ”: The Burrow
π˜πŸ”: Weasley's Wizard Wheezes
π˜πŸ”: August 11th
π˜πŸ”: Back to Hogwarts
π˜πŸ”: Amortentia
π˜πŸ”: The Quidditch Captain
π˜πŸ”: Draco?
π˜πŸ”: Falling Apart
π˜πŸ”: The Bookstore of Mysteries
π˜πŸ”: The Curse
π˜πŸ”: Slug Club
π˜πŸ”: Champagne Problems
π˜πŸ”: Dirty Little Secret
π˜πŸ”: Sign Of The Times
π˜πŸ”: Road Trip
π˜πŸ”: Whispers and Secrets
π˜πŸ”: Shopping Day
π˜πŸ”: Rufus Scrimgeour
π˜πŸ”: The Hunt
π˜πŸ”: Valentine's Day
π˜πŸ”: Quidditch Disaster
π˜πŸ”: Liquid Luck
π˜πŸ”: Sectumsempra
π˜πŸ”: The Cave
π˜πŸ”: What Starts, Ends
π˜π„π€π‘ 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍
π˜πŸ•: The Seven Potter's
π˜πŸ•: The Birthday Party
π˜πŸ•: The Wedding
π˜πŸ•: The Murderer
π˜πŸ•: September 1st
π˜πŸ•: The Sins Of Tragedy
π˜πŸ•: Body and Soul
π˜πŸ•: Slytherin's Locket
π˜πŸ•: The Depths Of Fall
π˜πŸ•: Breaking Hearts
π˜πŸ•: Godric's Hollow
π˜πŸ•: The Sword
π˜πŸ•: The Deathly Hallows
π˜πŸ•: Bellatrix's Vengeance
π˜πŸ•: Highs And Lows
π˜πŸ•: The Talk
π˜πŸ•: The Plan
π˜πŸ•: Knives? Sure!
π˜πŸ•: The Boy Who Lived
π˜πŸ•: When Nightmares Come to Life
π˜πŸ•: Blood And Bone
π˜πŸ•: Voids
π˜πŸ•: Death Comes
π˜πŸ•: Sunflowers
π˜πŸ•: Turning Page
π˜πŸ•: Intertwined Fates
𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐑
I. Surprises
II. Soft Kisses And Bad Dreams
III. Death's Lullaby
IV. WARNING: DANGER!
V. Hunting Season
VI. The Corner Of The Lost Souls
VII. The Letter
VIII. Sex On The Beach

π˜πŸ”: Sixteenth Birthday

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By catratonks

⚠️: conteúdo sensível.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

Semanas se passaram desde nosso desastroso jogo de quadribol, de forma que a primavera desabrochou como uma rosa, colorindo os vastos campos de Hogwarts com flores de todas as cores, cheiros e tipos.

Na manhã do quinto dia de abril, ou seja, meu aniversário, acordei sentindo um calor absurdo. Isso acontecia sempre que eu sonhava com a Morte, mas não era o caso (a frequência com a qual ocorria diminuiu consideravelmente, até quase zero). Não: eu estava suando porque sonhara com Harry e com seus dedos passeando por meu corpo.

Era terça-feira. Pequenos raios de sol iluminaram meu rosto, e um perfume suave flutuou até minhas narinas. Quando abri os olhos, deparei-me com Harry, adormecido. Eu detestava acordá-lo, mas infelizmente tínhamos aulas.

Afastei uns fios de cabelo de seus olhos. Harry aconchegou-se mais a mim.

— Ei — chamei, baixinho. — Precisamos tomar café, meu amor.

Lentamente, ele abriu os olhos, inchados de sono. Deu um sorrisinho.

— Bom dia — cumprimentou.

— Bom dia, Hazz — ri. — Você está especialmente sonolento hoje.

— Não gosto de acordar cedo.

— Nem eu — falei — , mas não é feriado.

— Deveria ser.

— Deveria?

— Sim — disse Harry. — É seu aniversário. Confesso que não tive tempo para comprar um presente elaborado.

— Vou gostar de qualquer coisa que me der, meu bem.

Nos sentamos. Foi quando percebi que o dormitório estava vazio. Sorrindo, ele inclinou-se um pouco, metendo a mão na parte de baixo da cama e pegando uma caixa vermelha envolta por uma fita, que formava um laço.

— Feliz dezesseis anos, amor — desejou.

— Obrigada.

Puxei a ponta da fita e desfiz o laço, abrindo a caixa em seguida. Dentro dela, havia três livros que eu queria muito, vários chocolates, fotografias e cartinhas em envelopes coloridos.

— Ai meu Deus, Harry, você é tão fofo.

Ele sorriu.

— Acho que mereço um beijo por isso, não mereço?

Dei um risinho, colocando o presente de lado e abraçando-o pelo pescoço. Beijei-o. A palma da mão de Harry fez carinho em minha coxa e puxou-me para seu colo, enquanto mordiscava meus lábios.

Não era uma boa ideia que ficássemos na tentação sabendo que tínhamos aulas dali à pouco.

Harry arrastou os lábios por meu pescoço, demorando-se com as mãos por dentro de minha blusa. Eu o queria tão desesperadamente. Ainda mais após aquele sonho que tivera com ele.

— Amor — chamei, engasgando um pouco com os toques. — Temos que ir.

— Podemos faltar — murmurou, afastando-se apenas o suficiente para me encarar. — Podemos passar a manhã inteira na cama, e depois usar uma das passagens secretas para nos esgueirar até Hogsmeade e comemorar seu aniversário. Vamos comer aquele bolo de chocolate que você adora. E depois, quando voltarmos... Ficamos na cama mais um pouquinho.

— Por mais tentador que seja — falei — , você sabe que as passagens secretas estão sendo vigiadas com mais atenção do que antes. E hoje temos duas aulas seguidas de Transfiguração. Não posso tirar mais notas baixas nessa matéria.

— Você tirou "Excede Expectativas" na última prova — argumentou Harry. — Conseguiu recuperar o "D", como eu disse que conseguiria. Não acha que merece um descanso?

— Não antes de conseguir um "O".

Meu namorado suspirou.

— Não vou te convencer tão facilmente, vou?

— Infelizmente não — respondi. — Mas vamos ter nosso jantar, à noite. Na Torre de Astronomia. Que tal?

Harry sorriu contra meu pescoço, deixando um beijo ali.

— Tudo bem.

Aos pés de minha cama, uma pequena pilha de presentes acumulava-se. Decidi que poderia abrir todos rapidamente, com a ajuda de Harry, e em seguida nos arrumamos aos tropeços e pegamos nossos livros escolares, junto à nossas mochilas.

Dezesseis anos era uma data importante, então todos me deram jóias. Até mesmo Maddie, apesar de estar brigada comigo. Sem bilhete, sem nada. Ainda assim, não gostei de nenhum outro como gostei do de Harry.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

A tarde passou rápido e emendou-se com a noite. Combinei com Harry de nos encontrarmos para jantar às nove, no Salão Comunal, e então usaríamos a Capa da Invisibilidade para conseguir passar pelos corredores sem sermos notados, rumo à Torre de Astronomia. Harry concordou e disse que, enquanto eu estudava na biblioteca, cuidaria de preparar o ambiente, a decoração e a comida.

No entanto, decidi retornar ao dormitório um pouco mais cedo que o acordado para me arrumar com calma. Já tinha em mente o vestido que pretendia usar: longo e vermelho-escuro, com um decote em V e uma fenda numa das pernas. Hermione disse que Harry ia pirar, e talvez essa fosse minha intenção. No fim da noite, ele tiraria minha roupa de qualquer maneira.

Sendo assim, recolhi minhas coisas e deixei a biblioteca. Distraída, eu estava no meio do percurso quando Córmaco Mclaggen bloqueou meu caminho.

Estremeci. Eu não confiava nele, especialmente depois de como me olhara, da última vez em que tivemos contato. E o fato de que estávamos sozinhos, em meio à escuridão de um corredor, me assustava.

Eu tinha a faca sobressalente que Maddie me dera, presa à minha coxa, por baixo da saia (andar com ela tornou-se costume), mas Córmaco era bem maior que eu. Se realmente quisesse me machucar, não seria uma faquinha de prata que o deteria.

Mas bem, não foi o tamanho diminuto da arma que me impediu de matar Greyback.

O garoto sorriu, olhando-me com voluptuosidade. Decidi dar meia-volta e tomar um caminho mais longo. No entanto, Córmaco colocou-se em minha frente.

— Aonde está indo, princesa? — perguntou. Seu tom de voz me fez sentir arrepios ruins.

— Não é da sua conta.

Tentei, então, passar por ele, mas não obtive sucesso.

— Deixe-me ir.

— Para quê? — seu sorriso cresceu. — Você não parecia estar apressada quando me deu um soco, amor.

— Não me chame de "amor".

— Chamarei você do que quiser — disse, com rispidez. — Agora, perguntarei de novo: aonde está indo?

— E você acha que vou responder? Boa sorte.

Fiz menção de avançar de novo, mas Córmaco agarrou meus pulsos com agressividade, puxando-me contra si. Nem tive tempo de agarrar o cabo da faca, ou a varinha. Também tentei chutá-lo por baixo, mas o garoto imobilizou meu corpo.

Merda. Onde estavam minhas sombras quando eu mais precisava delas? Naquele momento, eu sentia mais medo do que gostaria de admitir.

— O que diabos você está fazendo?! — perguntei, tentando me soltar. Mas, quanto mais eu lutava, com mais força Córmaco segurava meus braços.

— Você é ingênua se achou que eu te deixaria me humilhar daquele jeito, na frente de Granger, e que não sofreria com as consequências disso.

— Desde quando você se importa com Hermione?

— Não me importo. Mas detesto me sentir humilhado — ele então aproximou a boca de meu ouvido, roçando os lábios em minha orelha. Pânico alastrou-se por meu sistema nervoso. — Ah, S/N. Eu realmente te acho bonita, sabe? Acredito que podemos nos divertir muito, eu e você.

Meu sangue gelou.

— Tenho namorado, Córmaco — minha voz saiu como um fio de seda, estilhaçada em pedaços.

— Não vejo problema nisso — disse. — Vai mudar de ideia a meu respeito, amor. Serei tão bom para você. Tão bom mesmo.

— Por favor, pare. Eu não quero.

Córmaco riu sem humor.

— Não perguntei se queria.

Ele se inclinou para me beijar, colando o corpo no meu. Enojada, afastei-me como pude, debatendo-me e tentando sair de seu aperto. Mas suas mãos eram fortes demais.

— Me solte! — exclamei, desesperada. — Me solte, Córmaco!

O garoto me segurou com mais firmeza, deslizando a mão para apertar minha bunda. Grunhi de ódio, e lágrimas começaram a escorrer por meu rosto. Seus lábios tocaram os meus, e eu chorei um pouco mais, trincando os dentes para impedir que sua língua penetrasse minha boca. Tinha gosto de veneno.

De repente, talvez por um milagre divino, houve um baque surdo, e Córmaco desgrudou-se de mim, sendo empurrado contra a parede. Andei para trás, aos tropeços, cobrindo a boca com a mão para abafar um soluço de alívio.

— Você está louco, porra? — exclamou Harry, revoltado. — Perdeu a porra do seu juízo?!

A expressão confiante no rosto de Córmaco vacilou. Mesmo sendo maior que nós dois, era um covarde.

— Estávamos apenas nos divertindo, Potter. Relaxe.

Nunca vi Harry tão furioso em toda a minha vida, o que provou-se quando avançou sobre Córmaco, desferindo um soco em seu maxilar. O garoto gritou de dor, caindo sobre os dois joelhos. Harry bateu nele de novo, definitivamente quebrando seu nariz, e continuou socando até que o próprio punho estivesse coberto de sangue.

Ao parar, retirou a varinha do bolso e realizou um feitiço para limpar-se. Córmaco permaneceu caído. Harry veio até mim, enxugou minhas lágrimas com cuidado e puxou-me contra seu peito, envolvendo-me num abraço protetor. Ele beijou o topo de minha cabeça e fez carinho na base de minha coluna.

— Está tudo bem, meu amor. Estou aqui com você — murmurou Harry. Eu ainda tremia muito.

Apoiei a testa em sua clavícula, abraçando-o pela cintura. Não pude imaginar o que teria acontecido se Harry não tivesse chegado a tempo; nem queria. Desejava que nunca mais me soltasse.

— Isso parece divertido para você?! — escutei meu namorado vociferar. — Olhe para ela, seu filho da puta, e me diga se você acha que isso é engraçado.

Córmaco não respondeu. Em vez disso, mudou de assunto:

— Não tenho culpa se sua namorada é uma puta desesperada.

Harry preparou-se para avançar novamente. Segurei sua roupa.

Fique comigo, sussurrei, através da mente.

Minha pele estava gelada, e acho que Harry percebeu, porque tirou o próprio suéter e ajudou-me a vesti-lo, em seguida envolvendo meu corpo.

— Você tem sorte, Mclaggen. Eu te quebraria na porrada, se S/N não estivesse aqui.

Córmaco riu.

— Você se acha muito, não é? As matérias do Profeta Diário estão inflando o seu ego — debochou. Harry deve ter lançado um olhar mortal a ele, porque Córmaco acrescentou: — O quê? Realmente acha que é O Eleito?

— Eu não acho, Mclaggen: tenho certeza — o tom de voz dele era de puro ódio, porém firme. — Mas fico feliz que tenha mencionado, porque posso fazer da sua vida um inferno. Já lhe avisei antes que, se encostasse um dedo sequer em minha mulher, eu te mataria. Você não escutou. Vou fazer com que se arrependa.

— O que está acontecendo? — perguntou uma voz, subitamente, surgindo de outro corredor.

— Nada — respondeu Córmaco, encolhendo-se.

Harry avaliou-o. Desde sempre ficara claro que Córmaco temia Draco, e, apesar de seus problemas pessoais com o garoto, meu namorado certamente não se importaria em pedir ajuda, quando o assunto era eu.

— Córmaco quis tocá-la — informou Harry, seco, sem desviar o olhar de Mclaggen. — Estava tentando beijá-la à força.

O garoto caído trincou o maxilar, fazendo o possível para não encolher os ombros. No entanto, a expressão de arrependimento fingido em seu rosto denunciava a própria covardia.

— Entendo — disse Draco. — Achou que iria se safar, não é?

— Não é nada disso — argumentou Córmaco com rapidez. — Eu nunca faria uma coisa dessas, Draco.

— Quanta hipocrisia — vociferou Harry. Ele então encarou o garoto da Sonserina. — Vamos acabar com ele, ou você não aguenta a pressão?

Draco deu um sorrisinho arrogante.

— Proponho veneno — ele se aproximou do outro, enquanto Harry permaneceu comigo. — No entanto, não estou a fim de pegar uma suspensão por tentar assassinar um dos delinquentes desta escola em local público, então não vejo outra saída senão tomarmos medidas drásticas.

— Do q-que está falando?

— Não gagueje, porra. Tem alguma noção do ridículo, ou é burro na mesma proporção que é vagabundo?

Córmaco estremeceu, mas não tentou reagir quando Draco, em suas vestes caras de alfaiataria, agarrou-o pela camisa.

— Levante-se — cuspiu o loiro. Quando não obteve respostas, deu um soco no estômago de Mclaggen. — Eu espancaria você, mas não quero sujar minhas mãos com seu sangue imundo. Agora, levante-se.

Relutante, Córmaco cedeu, erguendo um pouco o queixo ao sentir a ponta da varinha de Malfoy pressionar seu pescoço. O peito dele subia e descia compulsivamente.

Harry, junto a mim, não queria admitir, mas estava adorando observar Draco humilhar meu agressor. Aproveitou cada segundo.

— Vamos ver se você vai continuar de pau duro quando visitar o próprio túmulo. Mortos não fazem essas coisas, sabia disso?

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

Depois que Draco levou Córmaco embora, sabe-se Merlin para onde, Harry e eu retornamos ao dormitório dos garotos, que estava vazio.

Honestamente, eu só queria esquecer da última hora. Cada parte de meu corpo implorava por uma limpeza minuciosa, querendo livrar-se da sensação de ter as mãos de outro percorrendo meu corpo. Entretanto, ao menos me sentia segura com Harry ao meu lado, cuidando de tudo na medida do possível, para que eu ficasse bem.

A pior parte dessa história é que era meu aniversário. O único consolo que me vinha à calhar era que eu ainda sairia para jantar com Harry, portanto a noite não se perdera completamente.

Uma vez em nosso quarto, Harry seguiu comigo até o banheiro e preparou um banho quente para mim, com bolhas, sais coloridos e sabonetes perfumados. Dei-lhe um sorriso quando se afastou.

— Vou te esperar lá fora, tudo bem? Demore o tempo que precisar.

Ele fez menção de sair, mas segurei sua mão.

— Fique aqui — pedi. — Por favor. Tome banho comigo.

— Você precisa de privacidade, meu amor — disse ele, preocupado.

— Não. Preciso de você.

Harry estudou-me por um tempo, mas por fim cedeu. Ajudou-me a despir minhas roupas, fazendo círculos reconfortantes com os dedos em minha coluna, e em seguida observei-o tirar as camadas de tecido que cobriam o próprio corpo.

Sentou-se, a princípio, na borda da banheira, que assemelhava-se a uma borda grossa de piscina. Acomodei-me em seu colo, com uma perna em cada lado e os braços no entorno de seu pescoço. Harry abraçou-me de volta, e gostei de sentir que nada nos separava naquele momento, nem mesmo roupas íntimas.

— Como você está? — perguntou. — Ainda se sente disposta para nosso encontro? Vou entender se não estiver. Podemos deixar para outro dia.

— Claro que estou disposta. Não o perderia por nada no mundo.

Senti-o beijar meu ombro.

Mexi-me um pouco, procurando por uma posição mais confortável. Harry engoliu em seco, mas não disse nada. Afastei-me, apenas o suficiente para olhar em seus olhos, e encostei nossas testas, fechando-os por um instante.

— Te amo — sussurrei, dando-lhe um selinho.

— Eu também te amo.

Comprimi minhas coxas contra seus quadris. Harry deu um suspiro baixo.

— Não faça isso, amor.

Em resposta, beijei-o outra vez, sabendo que estava provocando.

— Meu amor — pediu.

Mexi-me mais uma vez em seu colo. Harry trincou o maxilar, contendo um pequeno grunhido.

— Por favor, S/A. Não quero que se sinta desconfortável. Não depois do que acabou de acontecer.

— E por que eu me sentiria desconfortável?

— Você sabe por quê.

— Não — balancei a cabeça. — Não sei. Eu nunca ficaria desconfortável na sua presença, meu amor.

Beijei-o novamente, sabendo que Harry não resistiria ao contato de meu centro úmido por muito tempo. Suas mãos apoiaram-se entre o início de minhas coxas e meu quadril, os polegares direcionados para perto de onde localizava-se meu ponto mais sensível, e encostou a cabeça em minha clavícula, o nariz ficando exatamente entre meus seios. Harry deu um beijo ali. Depois outro. Ajeitei-me novamente sobre ele, minhas mãos meio desnorteadas ao não saber onde tocá-lo, por fim abraçando seu pescoço. O movimento foi mais intenso que o esperado, levando Harry a deixar escapar um gemido baixo. Ele estava se controlando tanto, e ainda assim eu podia sentir a mudança no comportamento de seu corpo.

Os lábios dele tocaram a elevação de meu seio esquerdo, arrastando-se para umedecer meu mamilo rígido. A ponta da língua de Harry enroscou-se ali, descendo então para beijar cada centímetro. Ele colocou o seio na boca devagar, lambendo cada porção. Mas não cabia por inteiro em sua boca. Apertei-me mais a ele, pressionando meu clitóris em seu pau que pulsava, prestes a endurecer completamente. Era torturante demais.

Eu estava pingando, literalmente pingando umidade desde que acordara daquela porra de sonho erótico.

Harry, então, passou a dar atenção ao outro seio, mordiscando cada centímetro. Seu rosto, afundado em meu peito, parecia comprimido. A língua de Harry umedeceu aquela porção de pele, os dentes roçando em pontos sensíveis conforme meu namorado chupava meus mamilos. Minha única reação foi fechar bem as pernas contra sua cintura, passando os dedos pelos cabelos dele enquanto Harry me fazia ficar mais molhada. Meu namorado puxou meu quadril para mais perto, então. Acabei deixando que um gemido choroso me escapasse.

— Puta merda, meu amor — murmurou Harry, ainda ocupado em chupar meus seios. Ele me puxou para a frente mais uma vez, e meus líquidos em contato com seu pau pulsante fizeram um barulho característico.

Outro gemido manhoso escapou de meus lábios conforme rebolei contra ele, movendo meu quadril em círculos. O pau de Harry ficou rígido como uma rocha na mesma hora, cutucando meu clitóris dolorido. Senti um frio na barriga, e meu namorado começou a me ajudar com os movimentos que eu fazia sobre ele, empurrando meu quadril para que eu continuasse me sentando sobre seu pau duro.

— Sinto muito, eu disse que isso acabaria acontecendo.

— Está tudo bem — movi-me em busca de mais contato. — Eu vejo você, conheço você. Está tudo bem.

Puxei seus cabelos levemente para trás, para que Harry, por fim, me encarasse. Seus olhos estavam quase se fechando, e gotas de suor faziam com que seu cabelo parecesse mais bagunçado, grudando alguns fios à testa.

Apoiei minhas mãos em sua nuca e o beijei, pedindo passagem com a língua, movimentando meu quadril para a frente e para trás. Harry gemeu contra minha boca.

Eu estava no comando, e ele amava isso.

Nossas línguas molharam uma à outra, o barulho de beijos e sons profanos preenchendo o cômodo. Meus seios pressionavam seu peito nu, as mãos dele indo de meu quadril para minha bunda, e depois para meu pescoço, beijando-me desesperadamente enquanto eu não conseguia parar de gemer baixinho, suspirando contra sua boca.

— Ai meu Deus — murmurei entre beijos, sentindo uma de suas mãos descendo por meu tronco, por meus seios, por meu abdômen. Dois dos dedos de Harry afundaram dentro de mim, produzindo um atrito molhado e alto. De olhos fechados, abri a boca num gemido mudo. Harry continuou me beijando, descendo com a outra mão para empurrar meu corpo com suavidade contra seus dedos, fazendo-me sentar repetidas vezes. Dei um gemido mais denso. — Puta que pariu, Harry.

Harry movimentou-os de forma que capturassem o máximo de umidade possível, então retirando-os de meu interior e substituindo os toques por sua outra mão, traçando círculos em meu clitóris necessitado. Ele separou nossos lábios e levou minha própria excitação à minha boca, fazendo-me lamber suas pontas de dedos enquanto olhava em meus olhos. Uma pequena gota de saliva escorreu por meu queixo quando engoli, sentindo o sabor cítrico suave que vinha de mim. Harry limpou-a com a língua, beijando-me novamente e movimentando com os toques, pressionando uma porção de pele que não havia sido estimulada antes.

Meus braços deslizaram por seus ombros conforme envolvi seu pescoço por completo, puxando-o mais para mim. Apertei minhas coxas contra seu quadril, cruzando as pernas em torno de sua bunda. Harry deu um gemido baixo, desconexo.

— Mhm — murmurei contra a boca dele. — Sonhei com você, esta noite.

— É?

Como resposta, esfreguei-me mais contra seus dedos e pau.

— E o que eu estava fazendo? — quis saber Harry.

— Me fodendo — falei, e Harry gemeu quando a cabecinha de seu pau encostou em minha bunda em movimento. — E isso me fez pensar...

— No que está pensando, amor?

— Estou pensando que gosto de rebolar em você — ergui um pouco o quadril, alinhando-o à minha entrada. A cabecinha do pau dele, coberta pelo pré-gozo branco e molhado, esfregou-se contra meus lábios internos. — Estou pensando em você entrando em mim, pedacinho por pedacinho. No meu quadril batendo no seu — comecei a afundar, devagar, inebriada com a sensação de preenchimento. Visualizei a imagem de nossos corpos nus unidos, encaixados, e acabei por enviar o pensamento à mente de Harry, conectada à minha. Ele gemeu. Minhas coxas bateram nas dele, nossos líquidos se misturando. — Puta merda.

Harry agarrou minha bunda, puxando meu quadril para que se chocasse contra sua pélvis diversas vezes. Um barulho ainda mais úmido e carregado ecoou até nossos ouvidos. Gemi, suplicante. Lágrimas de prazer ameaçaram formar-se em meus olhos.

Um ritmo devagar instalou-se, marcado por meus gemidos chorosos, especialmente quando, simultaneamente ao movimento de minhas sentadas, Harry começou a olhar fixamente para o ponto em que nossos corpos conectavam-se, para minha excitação que escorria como água. Ele voltou, então, a lamber meus seios, colocando-os na boca e chupando-os com movimentos lentos. Não pude evitar de tentar aumentar a força com a qual afundava sobre seu pau, como se estivesse cavalgando. Eu poderia facilmente ter um orgasmo só com a boca de Harry mordiscando meus mamilos.

Apoiei meus joelhos na borda da banheira e comecei a aprofundar os movimentos, observando enquanto a extensão do pau de Harry saía e entrava dentro de mim constantemente, e notando que a estrutura rígida estava envolta por uma camada grossa de meus líquidos transparentes. As bolas de Harry, por vezes, eram esmagadas por minha bunda, e nos dois gemíamos com isso. Minhas pernas estavam tremendo. Harry começou a lamber minha clavícula, depois meu pescoço, chupando minha pele com força. Ele foi traçando movimentos com a língua por meu maxilar, próximo ao meu ouvido. Suas mãos saíram de minha bunda e migraram para meus seios, massageando-os, impondo força.

— Eu amo quando você está em cima de mim desse jeito — sussurrou, fazendo-me gemer. — Estou tão duro por você, meu amor. Você está sentindo?

Experienciei um frio na barriga que doeu.

— Olhe só para nós dois. Você fica tão esplendorosamente linda quando está gemendo meu nome, meu amor.

— Ai meu Deus.

— Você gosta de quando converso com você enquanto estamos assim?

Dei um gemido sôfrego.

— Responda à minha pergunta, meu amor.

— G-Gosto.

Harry deu um sorriso, que se perdeu quando comecei a rebolar com mais força.

— Puta que pariu — gemeu. — Eu amo tanto você.

Não consegui responder, não consegui pensar em nada. Nunca tínhamos feito algo tão intenso antes.

Harry voltou a mordiscar meus seios, gemendo um pouco entre eles. Empurrei sua cabeça em direção a meu peito, incentivando-o. Sua mão desceu por meu abdômen, e apenas um dedo começou a trabalhar meu clitóris com movimentos circulares, num ritmo que dessa vez era muito forte e frenético. Não consegui me segurar e dei um gemido alto. Senti o pré-gozo de Harry começar a pingar dentro de mim, prestes a desfazer-se completamente. Ele adicionou outro dedo aos movimentos, pressionando com mais força e com maior velocidade, espalhando parte de minha umidade sobre o ponto mais sensível de meu clitóris, esfregando intensamente conforme eu me sentava constantemente sobre seu pau.

— Puta que pariu, Harry.

Harry impôs ainda mais força. Eu estava quase me desfazendo.

Senti suas bolas em contato frenético comigo, e senti o vapor de água em nosso entorno, e senti minhas paredes internas apertarem seu pau duro, me inebriando tanto que meu cérebro não conseguia mais pensar. Harry gemeu, usando, então, as duas mãos para agarrar minha bunda, fazendo-me bater mais forte contra ele. Arranhei suas costas. Pude sentir seu pau ficando ainda mais duro, quase que explodindo. Suas veias pulsaram em meu interior.

Harry gemeu meu nome, e implorou que eu rebolasse com mais força. Fiz o que foi pedido, e ele apertou meus seios com as duas mãos, fazendo-me quase atingir todos os meus limites. Minhas pernas tremiam muito. Olhei para o pau que entrava e saía de dentro de mim, e quase engasguei de tanto prazer, o barulho alto de nossos líquidos misturando-se, ecoando como uma orquestra de violinos e saxofones.

Dei outro gemido, e como resposta Harry arrastou os dedos por todo meu corpo, exatamente como em meu sonho, apertando minha bunda com força. Uma descarga elétrica tomou conta de mim.

— Eu amo você — sussurrei. — Depois, quero que me prenda contra a parede, ou contra a cuba da pia, e me foda o mais forte que puder.

Harry enterrou as unhas pequenas em minha bunda.

— Porra, S/N.

Senti seu jato de esperma me preenchendo, e quase convulsionei quando gozei ao mesmo tempo que ele.

Harry não parou com os beijos, mesmo comigo gemendo, em seu colo, devido à sensibilidade causada pelo orgasmo recente. Ele me fez continuar rebolando contra seu pau, murmurando atrocidades em meu ouvido enquanto fazíamos isso. Aos poucos, endureceu novamente, dentro de mim, e voltou a mordiscar meus mamilos preguiçosamente, deixando que saliva escorresse por meus seios. Contraí meu abdômen, consequentemente apertando seu pau mais uma vez. Harry suspirou baixinho.

— Não vou conseguir aguentar — gemi, e ele umedeceu meu mamilo esquerdo, fazendo-me rebolar de novo. — H-Harry.

Ele se pôs sobre os dois pés, prensando-me contra a pia, e começou a estocar bem devagar, enterrando o nariz em meu pescoço. Pude ouvir sua respiração. Gemi mais um pouco. Harry aumentou a intensidade dos impactos, mas não a rapidez com a qual fazia isso.

Ajeitei minhas pernas, abraçando-o com elas e fundindo-me a ele. Passei as mãos em torno de seu pescoço. O peito de Harry colou-se ao meu, pressionando meus mamilos. Com uma das palmas, fiz carinho em seus cabelos, puxando-os levemente, e Harry foi me penetrando mais fundo, atingindo meu ponto G repetidas vezes. Movi meus quadris, desesperada por mais contato. Ele arrastou os dedos por minha bunda e delicadamente apertou-a.

— Mais ráp-pido, por favor — pedi, respirando com dificuldade.

Meu namorado ignorou, e continuou se movendo lentamente, fazendo-me contorcer de prazer. Dei um gemido contra seu ouvido, arranhando suas costas outra vez. As pontas de meus dedos dos pés retraíram-se.

Ele aumentou a força com a qual se movimentava, socando dentro de mim, ainda devagar. Harry apertou minha bunda, meus quadris, arrastou as pontas dos dedos por minha cintura, inclinando-se para roçar os lábios contra os meus. Gemi. Senti-o atingir meu ponto mais fundo, e entreabri a boca num ruído mudo. Meu namorado aproveitou a oportunidade para me beijar, empurrando a língua contra a minha, e eu permiti que avançasse, sentindo um friozinho na barriga.

— Você é tão gostosa, meu amor — murmurou Harry. — Quero que fique de quatro para mim. Você pode fazer isso, mhm?

Assenti afirmativamente, impossibilitada de dizer qualquer outra coisa.

Comigo ainda em seus braços, Harry destrancou a porta do banheiro e andou até nossa cama, retirando-se de meu interior com um suspiro sôfrego e ajudando-me a empinar a bunda para ele. A palma de sua mão deslizou por minhas costas, depois por meus seios, depois por minha barriga, parando entre minhas pernas. Harry começou a estimular meu clitóris dolorido com o indicador, e eu mordi o lábio, contendo um gemido. Um de seus joelhos separou os meus quando postou-se atrás de mim, alinhando-se à minha entrada e produzindo um ruído molhado quando me penetrou de uma só vez. Contive um grito.

Sua pélvis chocou-se contra minha bunda repetidas vezes, e sua mão continuou estimulando meu clitóris mesmo assim. Encostei minha testa na cama, contra os lençóis macios. Harry adicionou dois dedos, começando a esfregar intensamente. Dei um gemido muito alto, e meu namorado fechou sua palma livre contra meu pescoço, o que me rendeu um choramingo do fundo da garganta. Tentei unir os joelhos, sentindo que meu segundo orgasmo se aproximava, mas Harry não deixou, e foi isso o que me fez perder a consciência de vez, sentindo-o sair de meu interior quando atingi o clímax, para não forçar meus limites.

Conforme regulava minha respiração, virando-me de frente para ele, não disfarcei ao olhar diretamente para seu pau, muito duro, rosado e coberto por veias, além do líquido branco que pingava da ponta. As pupilas de Harry estavam escuras. Seu abdômen definido contraía-se.

Quando consegui ficar de pé, beijei-o, sentindo a extensão rígida contra meu estômago. Harry enfiou a língua em minha boca, desesperado, e eu sorri, vendo o que fazia com ele.

Fiquei em silêncio conforme meus dedos encostaram em seu pau comprido, descendo até a cabecinha por onde saía o pré-gozo e melando minhas unhas. Harry estremeceu, os lábios entreabertos. Olhei para baixo, espalhando os líquidos por toda a palma de minha mão, fechando-a na base do pau com firmeza e esfregando-o apenas uma vez, de cima para baixo. Harry gemeu.

— Não faça isso, meu amor.

— Por que não?

— Não vou aguentar por muito tempo.

— Nem se eu colocá-lo na boca?

Harry contraiu o abdômen em expectativa, e eu esfreguei-o de novo. As veias contorceram-se.

— Não quer saber o que acontece no restinho do meu sonho? — perguntei.

Desnorteado, Harry observou enquanto eu ficava de joelhos diante dele. Percebi que era ainda mais perturbadoramente lindo visto de baixo, em momentos nos quais fazíamos contato visual.

Comecei arrastando a língua por suas bolas, a parte mais sensível de seu corpo. Harry emitiu um palavrão. Depois, fiz o mesmo com a cabecinha de seu pau, colocando-a na boca por completo. Devagar, fui abocanhando o resto, mas não caberia tudo, nem de longe. Harry era grande, e daquela posição fiquei genuinamente surpresa por toda sua extensão poder encaixar-se.

Harry agarrou meus cabelos, entremeando os dedos em meus fios bagunçados devido ao sexo intenso. Começou a guiar meus movimentos, fazendo-me arrastar os lábios pela pontinha sensível diversas vezes, o que compreendi ser seu ponto de maior prazer. Engasguei um pouco, mas estava gostando demais para parar. Tê-lo na palma de minha mão, gemendo meu nome, era impagável.

Apertei sua bunda, e o pau de Harry contraiu-se, fazendo-me roçar com os dentes, bem de leve. Pré-gozo pingou em minha boca, e eu o engoli, surpresa com o gosto amargo. Mas não era ruim. Harry empurrou um pouco os quadris contra mim, buscando por mais contato. Dei um pequeno gemido, apertando sua bunda de novo. O interior de minhas pernas, percebi, umedeceu gradativamente, e estava desgastado o suficiente para que não durasse.

Chupei-o mais algumas vezes antes de tirá-lo da boca. Harry conteve um gemido, sem forças para raciocinar quando dei-lhe um beijo, mordiscando seus lábios entreabertos.

— Sente na cama — pedi. — Vou sentar em você.

Harry conteve outro gemido, mas não contestou minhas vontades, fazendo o que solicitei.

Passei uma perna em cada lado, apoiando os joelhos no colchão, ocasionalmente beijando-o para provocá-lo. Devagar, encaixei-me a ele, sentando-me com força. Harry gemeu, agarrando minha bunda. Rebolei contra seu pau duro repetidas vezes, os seios colados em seu tronco despido. Meu namorado agarrou meus quadris, minhas unhas traçaram arranhões suaves em suas costas. Levei os lábios até seu ouvido, sabendo que meus gemidos o deixariam ainda mais louco. Murmurei:

— Gosta de quando faço isso? — quis saber. Jogando sujo, era isso o que eu estava: repetindo o que fizera comigo. — Gosta de quando rebolo em você?

Harry gemeu, atônito.

— Responda, meu amor.

A respiração dele tremeu conforme agarrou meus quadris e me fez rebolar com mais força. Meu terceiro orgasmo da noite aproximava-se rapidamente.

— Gostar é pouco.

Meu ponto G foi esmagado com intensidade. Aproveitei aquela posição para continuar a fazê-lo. Mordi o lábio.

— Mhm. Parece que o jogo virou, não é mesmo? — a palma de minha mão fechou-se contra seu pescoço, apertando de leve. Não diminuí a intensidade com a qual realizava os movimentos, e Harry empurrou a si próprio para cima, buscando por mais contato. — Eu estou no comando, e você adora.

Minhas paredes internas contraíram-se. Apesar de estar sentindo uma vontade louca de fechar os olhos, não o fiz. Encarei-o nas íris verde-esmeralda até o fim.

— Porra — gemeu Harry, e me preencheu com seu jato de esperma. Meu orgasmo veio junto, na mesma proporção de força.

Continuei beijando-o depois disso, sem desgrudar nossos corpos, mas ainda precisávamos tomar banho antes de sair. Foi o que fizemos, em seguida.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

Harry usava um elegante terno acinzentado, e eu, o vestido vermelho-escuro que Hermione dissera que faria meu namorado pirar. Como sempre, ela estava certa.

Nos olhamos através do espelho do quarto: Harry, com as mãos em minha cintura, observando meu batom vermelho, os saltos em meus pés e a fenda no comprimento da saia do vestido. Um sorrisinho pintava sua boca.

— Você está parecendo uma deusa grega — comentou, beijando meu pescoço.

— Qual delas? — perguntei.

— Nêmesis.

— Deusa da vingança — murmurei, observando-o assentir. — Por quê?

— Ah, minha querida — disse, envolvendo meu pescoço por trás com a palma da mão e depois deslizando os dedos por minhas costas nuas; por entre as amarras do vestido. — Não tem ideia do que faz comigo, ou tem?

Dei um sorrisinho astuto.

— Quer que testemos sua teoria?

— Como? Não me diga que vai usar sua faca.

— Depende. Você quer que eu coloque uma faca contra seu pescoço?

As pupilas dele dilataram-se, o olhar tornou-se selvagem. Harry me fez ficar de frente para si.

— Estamos atrasados — falei, minha boca perigosamente próxima à sua. Quando estava prestes a me beijar, no entanto, afastei-me, rindo discretamente diante da expressão de frustração e desejo em seu rosto. — Vai ter que esperar um pouco, mon amour.

Meu namorado engoliu em seco.

— Golpe baixo.

— Nada é baixo demais para mim, amor.

Harry passou uma mão pelos cabelos bagunçados.

— Por Deus, mulher. Você me deixa louco.

— Eu sei.

Entrelacei meu braço ao dele, e juntos vestimos a Capa da Invisibilidade, rumando à Torre de Astronomia.

Ao chegarmos lá, notei, com espanto, que havia uma mesinha para dois montada próxima à sacada, banhada pela luz do luar. Sobre ela, duas taças de cristal, dois pratos e dois conjuntos de talheres, além de pequenas velas encantadas. Um sorriso involuntário formou-se em meus lábios.

— Como conseguiu tudo isso?

— Se eu contasse, não seria mais segredo.

Nos sentamos, e eu coloquei o guardanapo, que fora cuidadosamente dobrado sobre meu prato, em meu colo, como de costume. Só então notei que havia um pequeno sino dourado sobre a mesa de toalha branca.

— Para que serve? — perguntei, curiosa.

Harry sorriu.

— Vá em frente. Toque-o.

Fiz o que me foi sugerido, e na mesma hora Ron apareceu. Olhei-o com genuína surpresa.

Apesar de ter sido liberado da enfermaria há algumas semanas, eu não achava que iria vê-lo usando um avental tão cedo.

— Virou cozinheiro? — perguntei, dando uma risada. Harry olhou para mim com adoração, as covinhas aparecendo.

— Apenas por hoje — respondeu o ruivo, sério. — O prato principal ainda está sendo preparado por meus ajudantes, mas posso lhes servir uma dose de vinho enquanto isso.

— Vinho?

— De verdade. E prometo que não está envenenado.

Ele tirou uma garrafa de dentro do bolso do avental, destampou-a e começou a nos servir.

Harry e eu pegamos nossas taças e brindamos. Depois, tomei um gole. E não é que era mesmo vinho, com álcool na composição e tudo?

— Achei que não pudéssemos beber antes dos dezessete.

—  Não faz mal — meu namorado falou. — Não se faz dezesseis anos todos os dias. E não é como se nunca tivéssemos feito antes.

— É, mas nunca desse jeito, como se fosse permitido.

— Não gosta de desafios, minha doce Nêmesis?

— Andou lendo O Príncipe Cruel sem me contar?

— Talvez.

Beberiquei de minha taça.

— Mhm. Nesse caso, gosto, sim.

Momentos depois, quando estávamos entretidos numa conversa sobre livros, Ron pegou o pequeno sino dourado e tocou-o, anunciando que o jantar estava pronto.

Dino e Simas apareceram com travessas de comida fumegantes, e começaram a nos servir. Ambos usavam trajes igualmente extravagantes, como o de Ron.

— Gostei da roupa — falei.

— Sério? — perguntou Dino. — Simas disse que estamos ridículos.

Estamos ridículos — respondeu Simas.

— Não acho — disse Ron.

— Isso é porque você também está horroroso, e quer arrumar uma desculpa para se sentir bonito...

— Ah, cale a boca.

Dei uma risadinha. Harry disse:

— Certo, chega disso. Sem brigas no aniversário de S/A, tudo bem?

Os meninos obedeceram, embora a carranca permanecesse em seus respectivos rostos.

— Tudo bem — murmuraram, de mau humor.

Havia frutos do mar, saladas com brócolis e alface, macarrão e temperos à gosto, como cebolinha cortada em tiras e orégano seco. Meu estômago roncou, e só então fui perceber que sentia fome há horas.

Comemos enquanto conversávamos sobre assuntos banais do cotidiano, e nossos amigos ficaram afastados, falando entre si. Ao fim de nossa refeição, foi servida a sobremesa: cheesecake de frutas vermelhas com castanhas, avelã e canela. Estava divino.

Aqueles nossos pequenos momentos tinham sempre um gosto suave de orvalho, chocolate e primaveras. E achava que nunca superaria o jeito com o qual Harry olhava para mim: queria absorver cada detalhe. Em nossa memória, as boas vivências eram eternas.

Quando a noite chegou ao fim, os meninos retiraram a louça suja da mesa, despediram-se e nos deixaram a sós. Harry, então, puxou a cadeira em que estava sentado para mais perto de mim.

Dei um sorrisinho, observando seu rosto, banhado pela luz das estrelas. Harry tirou meu cabelo de perto dos olhos, segurando minha cabeça com as duas mãos e dando um beijo suave em minha boca. Sorri.

— Obrigada por esta noite especial — falei com sinceridade.

Harry me deu outro beijo.

— É a primeira de muitas. Deveríamos fazer isso em todos os nossos aniversários, não acha?

— Não só em aniversários.

Ele sorriu.

— Como quer terminar seu aniversário? Ainda temos tempo.

— Bem... Estive pensando em uma coisa. É bobo, mas gosto bastante.

— Se gosta, então não é bobo.

Minhas bochechas esquentaram um pouco, mas eu já estava acostumada, então não fiquei com vergonha. Por baixo da mesa, segurei sua mão. Harry apertou-a com carinho, transmitindo segurança e conforto.

— Tudo bem — falei. — Podemos fazer uma noite do pijama? Sei que usar máscaras faciais e contar histórias de arrepiar são coisas que normalmente faço com as meninas, mas parei para pensar que gostaria muito de que fosse com você... Se não se importar.

— Claro que quero tudo isso com você — Harry sorriu. — Além disso, podemos ler um livro e comentar sobre ele. Você ama fazer isso, e confesso que eu também. Qual você sugere?

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Por favor.

— Estou começando a ficar curioso quanto a essa história. Você já leu dez vezes.

— Posso ler uma décima primeira — disse eu. — Como sou relativamente famosa, algum dia vão me pedir para dar uma entrevista a respeito das coisas que gosto de fazer, e vou aparecer na TV. Falarei sobre esse livro, obviamente.

— É?

— Sim. Mas você precisa ter cuidado para não lascar um dente, quando for beijar minha imagem na tela do aparelho de televisão.

— Não vou beijar a TV — Harry riu.

— Vamos ver.

Foi um dos melhores momentos da minha vida. E quando voltamos para a Torre da Grifinória, Harry desfez cada amarração de meu vestido, despiu cada centímetro, beijou cada curva.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

No dia seguinte, ao chegarmos no Salão Comunal para o café da manhã, notei que todos pareciam alvoroçados. Mesmo os professores cochichavam instruções uns aos outros, num canto, inquietos.

— Que está havendo? — perguntei a meus amigos, assim que sentei-me com Harry e Ron à mesa.

Os demais reuniam-se, amontoados, em torno de uma notícia publicada no jornal.

— Você estava falando sério mesmo — disse Hermione para mim, horrorizada.

— A respeito de quê?

— A respeito do assassinato — respondeu, baixinho.

— De Greyback?! — sussurrei, indignada. Não queria que ninguém que não fosse confiável soubesse, e havia pessoas que eu não conhecia por perto. — Achei que soubesse que contei a verdade...

— Não, sua boba — disse Hermione. — Não estou falando desse assassinato.

Então, ela enfiou o Profeta Diário em minha cara, e Harry e Ron espiaram por cima de meu ombro. Quase deixei escapar uma exclamação de descrença quando vi a foto de Córmaco Mclaggen na primeira página, junto à manchete que anunciava sua morte.

— Foi envenenado — revelou Hermione. — Acharam o corpo em Hogsmeade. Por favor, me diga que não foi você. Sei que o ameaçou e tudo mais, só que ainda me recuso a acreditar...

— Não pode ter sido ela, Mione — disse Harry. — Vimos Córmaco pela última vez ontem, e desde então não saímos de perto um do outro.

— Bem, não que eu esteja feliz com a morte dele, até porque seria insensível de minha parte, mas Córmaco não vai fazer a menor falta — comentou Ron.

Hermione ignorou-o.

— Estou me perguntando até quando isso vai durar — disse ela. — Tantas mortes e tentativas de homicídio... Tem algo que não se encaixa. Vocês acham que há inimigos infiltrados na escola?

— Malfoy — disse Ron na mesma hora.

— Bem, mas vocês não podem assumir que ele andou fazendo tudo isso, Malfoy nunca foi um exemplo de inteligência expetacular... Quero dizer, ele é esperto, mas nem tanto...

E, como sempre, os dois embarcaram numa discussão interminável.

No entanto, eu só conseguia pensar que, quando vi Draco pela última vez, o garoto estava conduzindo Córmaco para longe, logo após anunciar que precisaria recorrer ao que chamava de "medidas drásticas". Fosse o que significasse.

——————————————

notas da autora:

oiii gente! o que acharam do capítulo?

estou escrevendo menos esses dias porque voltei a ler meus livros, tinha parado por um tempo. ainda tenho um capítulo pronto para postar, mas falta revisar. quero focar em acumular para poder ir publicando aos poucos.

como estão as leituras de vocês?

comecei "zodiac academy", é um dark romance. também ainda estou tentando acabar "o rei perverso" (sei que vou passar raiva, então estou enrolando), e avancei na leitura de "if he had been with me". estou amando os três.

minha ordem de prioridades de leitura é a seguinte (mudo a lista todo dia):

1- zodiac academy//livros da sarah j. maas.
2- terminar a vida invisível de addie larue (lendo desde maio KKKKKKKK) 😔
3- daisy jones and the six.
4- hunting adeline.
5- vilão.

tenho uma FOFOCA ENORME de família: meu padrinho ficou noivo, sendo que ele não queria. a mulher ameaçou ele, e disse que se ele não casasse com ela em 2023, ela ia quebrar o carro dele e fazer um escândalo no trabalho (nada barraqueira rs).

faltam 4 capítulos para o final do sexto ano de mastepiece... meu deus, não quero estar perto de acabar a fanfic...

bem, é isso! bebam água, leiam "os sete maridos de evelyn hugo" e até próximo capítulo!!

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