Laços Que Nos Unem

By JenniferRossatto

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Uma família. Três vidas afetadas de formas intensas e dramáticas. Três mulheres. Três escolhas. E um segred... More

Avisos!!
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
EPÍLOGO

Capítulo 08

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By JenniferRossatto

SEM REVISÃO

— Vocês estão bem? — O encanto foi quebrado ao ouvirem vozes vindo do auto falante.

O casal se afastou de modo brusco e cada um foi para um lado tentando assimilar tudo.

Camila tentava acalmar seu coração descompassado, afinal quase beijara um desconhecido dentro do elevador parado. Tudo bem que a situação era um tanto exótica a alguns olhos. Ela própria não gostava de ficar em lugares pequenos e no escuro. No momento que sentiu o solavanco sentiu seu corpo tremer de medo, mas no momento que ele tocou em seu rosto, por Deus, que homem era aquele!?

Parecia que estava dentro de um de seus romances de banca, onde o casal de mocinhos se encontrava e apaixonava, mas ali era a vida real, jamais iria chamar a atenção de um homem como aquele. Mas no momento que quase se beijaram se viu entregue a algo que sempre lera e jamais se viu sentindo aquilo tudo.

Por mais que tivesse ficado com alguns garotos, nunca passara dos beijos. Mas aquele homem parecia uma tempestade chegando e arrancando tudo do lugar dentro de seu peito. Até mesmo seu medo que quase tomou conta de seu corpo fora esquecido e agora estava ali, ao lado de um homem desconhecido que quase a beijaria, e o agravante era que a deixou desejando sentir tudo o que era permitido sentir entre um homem e a uma mulher.

Ainda tentava assimilar o que havia acabado de acontecer ali. Tentava controlar sua respiração, mas seus olhos foram atraídos e observou o homem que estava preso com ela. Usava uma camisa branca que realçava o peitoral enorme e forte. Os bíceps quase estavam rasgando o coitado do tecido. Em seu pulso esquerdo estava um relógio caro e que de certa forma contrastava com a elegância e imponência do dono.

O tecido preto da calça era algo que deveria ser considerado atentado ao pudor. Afinal agarrava de forma tão indecente as coxas, sentiu seu rosto esquentar no momento que seus olhos pararam na parte da frente que estava marcada pela excitação do momento.

— Sim, estamos bem. — Camila permaneceu de cabeça baixa enquanto o homem tomava a frente da situação.

— Certo. Os funcionários responsáveis já foram chamados e logo resolverão esse inconveniente. Peço desculpas pelo transtorno causado ao casal.

— Só garanta que eles trabalhem e nos tirem em segurança daqui.

Camila sentiu seu corpo se arrepiar ao ouvir a voz potente.

— Os bombeiros de plantão irão ajudar os funcionários, tudo será feito com a devida segurança a todos, senhor. Logo iremos entrar em contato novamente.

— Tudo bem, afinal só nos resta esperar mesmo.

Fabio encerrou a conversa com o funcionário e esfregou o rosto. Precisava colocar a mente em ordem, afinal quase havia cometido uma loucura. Se aproximou da parede metálica mantendo distância da garota que estava encolhida do outro lado, fechou os olhos por alguns instantes, encostou a cabeça na parede metálica enquanto acalmava seu corpo.

Por mais que o cheiro de morango dos cabelos ruivos tivesse infiltrado seu sistema, precisava se controlar, não queria olhar para ela, mas seus olhos traidores não seguiram o comando e a encaravam.

A jovem estava de ombros caídos e cabeça baixa. Viu o momento que a mão esquerda limpava algo do rosto. Até tentou se manter longe, mas precisava saber algo sobre ela.

— Me desculpa, pelo ocorrido. — murmurou.

— Tu-tudo bem. — ouviu a voz baixinha e chorosa.

— Me chamo Fabio.

Tentou continuar a puxando assunto, mas percebeu a jovem em relutância em querer falar novamente com ele. Deu um suspiro baixo, cruzou os braços e olhou para o chão.

— Camila. — sussurrou.

Fabio ao ouvir a voz baixinha, voltou os olhos para jovem que mantinha a cabeça ainda baixa.

— Prefiro o que havia escolhido. — comentou assim ganhando sua atenção.

— E qual seria?

— Merida.

— A princesa da Disney? — fez uma careta.

— Respeita minha criança interior. — fingiu indignação.

— Ok, Carlton Banks. — o provocou.

— Como é?? — a encarou confuso.

— Sim, você é a versão... — parou de falar, passeou os olhos pelo corpo enorme a sua frente e sorriu de modo travesso — alta e grande do Carlton Banks.

— Sinto lhe informar, mas estou mais para o Will.

— Não acho. E bem... eu tinha uma quedinha pelo Carlton.

Fabio arqueou a sobrancelha por alguns segundos enquanto olhava para jovem que ficava com o rosto vermelho de vergonha. Virou seu corpo em direção a ela, deu alguns passos e parou a sua frente. Camila ergueu o rosto e o encarou um pouco ansiosa. Fabio tocou com cuidado em um dos cachos rebeldes, puxou e sorriu com o efeito mola que fazia. Voltou a atenção aos ansiosos olhos castanhos que o admiravam.

— Essa jovem princesa Valente, aceita uma aventura com um riquinho vindo direto de Bel-Air?

Camila ao ouvir aquelas palavras acabou rindo, mas sua risada foi revertida a um gemido baixo ao sentir as mãos puxando sua cintura para mais perto daquele peitoral. Descansou as mãos sobre o tecido fino e rico da camiseta e o encarou.

— Assim que saímos daqui, podemos ir para minha suíte, se preferir. — sorriu ao vê-la concordar com a cabeça — assim teremos privacidade.

Fabio se afastou um pouco estendeu a mão a Camila que sem precisar pensar duas vezes se jogou naquele sentimento inédito que sentia vibrar dentro de seu peito. Iria seguir o disseres de sua irmã e iria viver aquele momento.


Fabio estava deitado com o corpo de lado, apoiava o cotovelo sobre a cama, as pernas estendidas e cruzadas na altura do tornozelos. Admirava o modo como Camila falava sobre as competições de ginastica. O brilho em seu olhar, o sorriso contagiante. Ali naquele momento parecia que a conhecia por toda sua vida.

Se sentia no lugar exato onde deveria estar. Era quase como se ali entre eles fosse a morada perfeita para seu coração. Esse mesmo coração que parecia bater em um novo ritmo. Um ritmo jamais sentindo ou experimentando antes. Apenas acenou com a cabeça no momento que Camila avisou que iria ao banheiro.

Deixou seu corpo cair contra o colchão macio e fechou os olhos. Respirou fundo em busca de ar para seu peito que se apertava a cada momento ali com Camila e sua razão gritava para que contasse sobre seu casamento. Porque simplesmente Duda não podia ser como sua Merida. Alegre, independente, corajosa.

Se levantou da cama, se encaminhou em direção a janelas e observou o dia lá fora. Estava ensolarado, o céu azul sem nuvem alguma. Era quase uma piada cósmica consigo. Afinal ao chegar ao hotel estava se sentindo deprimido e sem coragem, mas o pouco de contato com Camila, tudo mudara em questões de segundos.

Era assustador se sentir daquele modo com aquela garota, mas ao mesmo tempo era como se tivesse sido liberto de algo que nem mesmo ele conseguia enxerga, quase como uma prisão invisível. Ao ouvir a voz da Camila, girou seu corpo em sua direção e a observou se aproximar lentamente.

Camila não podia negar, ficar perto de Fabio trazia uma sensação de paz e proteção que jamais pensou sentir. Claro que havia seu pai, que a protegia de todas as ofensas que sua mãe lhe dirigia. Tudo piorara depois da saída de Duda de casa.

Fora uma alegria para todos, ainda mais ao saber que ela conseguira uma excelente faculdade pública. Se sentira triste, afinal estava acostumada a chegar em casa depois da escola e contar todos os acontecimentos a irmã e melhor amiga. Jamais pensou que fosse chorar tanto ao se despedir de sua irmã.

Por um momento chegou a cogitar que talvez assim sua mãe pudesse lhe olhar com outros olhos, mas ledo engano. Estavam ali para o casamento de sua irmã, esse qual ainda não tivera a oportunidade em conhecer seu futuro cunhado pessoalmente. Sua irmã sempre falava bem de seu noivo. Todos as oportunidades que Duda tivera em trazer o namorado para casa, precisara viajar para as competições de ginástica.

Não podia negar que quando sua irmã mandara a foto dela abraçada ao namorado, sentira um pontada de ciúmes. Não por conta do namorado ser rico ou muito menos por ser um belo homem, mas sim pela forma como os dois se encaravam. A troca de olhares e sorriso cumplice que vira na fotografia sentira um pequena pontada de inveja, afinal queria saber como era se sentir amada e desejada por alguém.

E ali estava. E bem a sua frente estava um homem que a olhava de forma mais desejosa que uma mulher podia sentir. Se aproximou lentamente dele e parou a sua frente. Deu um sorriso tímido no momento que sentiu as mãos tocando sua cintura e a puxando para perto dele. Descansou sua mão sobre o peitoral e ergueu seus olhos na busca pelos dele.

Sabia que era loucura, nem o conhecia, mas sentia que a atração entre eles era algo único e que jamais iria sentir novamente. Ficou na ponta dos pés, tocou com carinho e delicadeza em seu rosto. Sentiu a barba roçar suavemente contra a pele de sua mão. Abriu suavemente seus próprios lábios ao encarar os lábios generosos a sua frente.

Sentia seu corpo agitado, as borboletas em seu estômago davam lugar a uma sensação que precisava consumir seu corpo por inteiro. Queria sentir aqueles mesmo lábios a sua frente em todo seu corpo. Queria saber como era ser beijada em pontos proibidos de seu corpo, queria se sentir mulher pela primeira vez. Não queria pensar no amanhã, queria aquele momento, queria o agora, o ali nos braços de Fabio.

Ele pareceu entender o pedido de seus olhos, ao se inclinar e a pegá-la no colo. Sorriu ao sentir um braço erguendo suas pernas e a mão segurando de modo forte e carinhoso sua cintura. Não conseguia desviar os olhos dele, a beleza daquele homem era algo que jamais vira, uma beleza exótica e sensual.

Ao sentir seu corpo ser colocado contra o colchão. Sentiu um leve tremor de ansiedade percorrer seu corpo pelo momento que se aproximava. Segurou o rosto másculo entre suas mãos e o beijou enquanto em sua mente gritava um único pedido.

Seja meu.

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