Eternos Amantes

Door _jusx_

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"Lua cheia no morro, invictos no jogo não fugimos da guerra. Mais cedo ou mais tarde, exigindo liberdade, o o... Meer

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Door _jusx_

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Carmem;

Observei a lista dos fornecedores anotados no bloco de notas do meu celular. Marquei o último e sorri, finalmente terminei. Eu decidi a alguns dias que vou montar uma loja de roupas e acessórios, de confecção própria.

Um dos meus sonhos de criança era ser estilistas, ter uma marca de roupas e ver as pessoas usarem o que eu criei. Por muito tempo eu deixei isso pra lá, o Brown nunca me permitiria fazer tudo isso e então eu acabei deixando o tempo apagar esse sonho. Mas agora tudo o que eu quero é fazer acontecer. Eu preciso de algo para chamar de meu, algo que me dê o meu próprio sustento e que venha do meu esforço, e essa é a oportunidade incrivelmente perfeita para isso. Vou ter a minha loja e a minha marca.

Carmem: Dispensado. - Falei cansada me aproximando do Vargas, encostado na BMW azul que ele roubo no dia que o Jorge nasceu. - Por hoje é só. Depois que me deixar em casa pode fazer o que quiser daí, tarde livre.

Vargas: Abençoada seja a Carminha. - Respondeu saindo de perto do carro e mexendo no celular, me olhou e balançou a cabeça. - Valeu. Tô mermo precisando de um descanso dessa vida, pô. Vou dormir pra caralho.

Carmem: Dormir? Tô surpresa. - Ri parando perto dele e bloqueando meu celular. - Podemos ir?

Ele concordou calado e clicou em algo na tela do celular, franzindo a testa e aí me olhando. Sorri de leve e ele clicou na tela fazendo careta.

Vargas: Mundo pequeno. - Comentou e eu balancei a cabeça sem entender. - A Larissa, pô, não sabia que tu conhecia ela.

Carmem: Ah. E quem é Larissa mesmo? - Perguntei confusa e dando uma risada de leve. Ele me olhou confuso também e bloqueou o celular. - Juro, não faço ideia de quem seja ou se conheço mesmo.

Vargas: Não, pô, esquece isso. Viajei maneiro aqui. - Disse mudando de assunto e eu estranhei. - Já da pra ir?

Tá nítido que ele tá escondendo algo e que me disse algo que não devia ter dito. E sinceramente eu tô muito curiosa, porque ele soltou isso muito do nada e agora eu quero saber o porquê. E também quem é essa tal Larissa.

Carmem: Não. - Respondi cruzando os meus braços. - Quem é Larissa? Agora tu vai falar, anda Vargas.

Ele bufou e ergueu o celular, olhei o status de uma mulher ruiva. Bonita, corpão, muito linda mesmo. A foto logo passou e ele puxou o celular rapidamente, mas ainda assim eu consegui ver a próxima foto onde ela tá com um bebê no colo.

Carmem: Pera aí. É o Jorge?! - Perguntei no mesmo instante tentando pegar o celular de volta. - Vargas!

Vargas: Que? Como assim, Jorge? - Negou sério. - Tem Jorge nenhum aqui não, pô, onde tu viu isso?

Carmem: Vai se foder! Eu conheço meu filho em qualquer lugar. - Falei já estressada, ficando puta mesmo. - Porque caralhos essa mulher tá com o meu filho?! Postando foto com ele? Me manda print disso agora, Vargas, agora.

Perguntei mais para mim mesma, pegando meu celular rapidamente desbloqueando. O Pedaço pegou o Jorge hoje cedo para passar o dia com ele e mais sei lá o que, e eu quero muito uma explicação do porque o meu filho tá nas mãos de uma qualquer. Ah! Que ódio! Eu vou matar esse homem.

Vargas: Caralho.. tu vai me meter em encrenca. - Avisou e eu mostrei o dedo pra ele. - Não é melhor tu chegar lá não? Conversar diretamente com o Pedaço, pô, se tu ligar e fazer escândalo com ele por telefone vai dar b.o.. Na moral mermo, Carminha.

Carmem: Ótima ideia! - Falei passando por ele pisando fundo, em direção ao carro. Não pensei duas vezes antes de entrar e sentar no banco do motorista. - Anda Vargas!

Ele veio correndo até a janela e parou abrindo os braços.

Vargas: Tá maluca? Tu sabe dirigir? - Perguntou parecendo desesperado e eu tenho certeza que o único motivo é o carro. - Pô, desce aí e deixa eu dirigir. Tu tá agindo no impulso..

Carmem: Ou tu entra no carro, ou, eu te deixo aqui mesmo. - Avisei girando a chave que ele tinha deixado aqui, encaixada e pronta pra ser usada. - E eu não tô brincando.

Ele lutou um pouco mas desistiu assim que eu pisei no acelerador fazendo o motor roncar. Em segundos ele deu a volta e entrou no carro, assim que ele fechou a porta eu mudei a marcha e acelerei. O Vargas se apoiou no painel do carro e me olhou assustado, dei risada girando o volante e ele se arrumou no banco.

Vargas: Devagar, pô, devagar.. - Avisou e eu ignorei. - Carminha, pelo amor de Deus.

Carmem: Quem caralhos é aquela mulher em, da onde tu conhece ela? - Perguntei virando na esquerda e saindo do estacionamento, já acelerando mais pelo caminho que eu decorei para voltar. - Eu vou matar o Anderson, juro, eu vou passar em cima dele com esse carro!

Vargas: Deixa o carro fora disso, pô. - Falou mais calmo e eu bufei. - Essa maluca faz algumas presenças.. digamos assim, pô. Mas juro pra tu que nunca vi ela com o Pedaço, na moral mermo patroa. Então acho que tu pode ficar calma.

Carmem: Que se foda o Pedaço! Eu quero saber é o porque o meu filho tá na mão de gente que eu nem conheço! - Falei mais alto e revoltada. - Essa mulher colocou até legenda fofa, pelo amor de Deus. Sério, eu tô indignada com o filho da puta do Pedaço..

E

u não tô acreditando que ele fez o maior auê pra pegar o Jorge mais cedo, enchendo a porra do meu saco porque queria ficar mais tempo com ele e agora simplesmente o meu filho tá jogado com uma qualquer! Eu avisei milhões de vezes que eu não queria o Jorge perto dessas mulheres que ele pega por aí, ou nas festas que ele vai, eu avisei tanto.. Eu quero matar ele!

Dirigi por quase vinte minutos na força do ódio, ouvindo o Vargas reclamar e mandar eu ir devagar. Coisa que eu ignorei totalmente. Apenas foquei em chegar logo na maldita boca que o Pedaço vive enfiado. Virei a última esquina feito uma louca, já vendo um pequeno movimento e música não tão alta. Alguns dos soldados do Russo pararam para observar, pisei no freio parando o carro de qualquer jeito na frente deles e saí. Olhei em volta procurando o cabelo verde alface e nada, bufei com raiva largando a porta do carro aberta e seguindo mais para frente.

Ouvi o Vargas fechar as portas e vir andando atrás de mim. A galera toda olhando pra mim como se eu fosse uma louca, bando de filhos da puta. Encontrei o olhar do Gateu, ele encostado em um muro entregou o baseado para uma mulher loira e arregalou os olhos. Ele me lançou um olhar que dizia claramente "calma" e sinceramente eu quase tentei ficar calma, até olhar mais para o lado direito dele.

Meu sangue ferveu com a cena. Simplesmente o meu filho nos braços da maldita ruiva, sorrindo igual uma maluca e fazendo poses enquanto uma outra mulher morena tira as fotos. Inacreditável.

Acelerei meus passos em direção a ela, que me deu uma breve olhada mas logo voltou a atenção para as fotos. Trombei com um cara e nem pensei em pedir licença, continuei andando até ver o Gateu aparecer na minha frente e segurar meu braço. Olhei pra ele com raiva e ele tentou me puxar.

Carmem: Tira a mão de mim agora! - Falei alto atraindo os olhares das poucas pessoas por perto. - Anda caralho!

Gateu: Não, tá maluca? Tu vai arrumar confusão. - Me puxou um pouco mais e eu tentei empurrar a mão dele. - Carmem, calma pô.

Olhei pra trás não só vendo o Vargas mas também o Sabiá, que tomou a frente do Vargas vindo na nossa direção. Ótimo. Ele é meu segurança e sabe o que tem que fazer, sabe o que o Thor faria nessa situação..

Carmem: Sabiá! - Chamei e ele colocou a mão por cima da cintura, onde provavelmente fica a arma.

Sabiá: Solta a Carmem, Gateu. Agora. - Mandou e o Gateu me olhou, encarei ele sustentando o olhar sem piscar. - Gateu! Porra, eu tô mandando tu soltar a Carmem caralho, agora pô. Anda.

O Sabiá disse mais alto e então ele me soltou. No mesmo instante eu me virei encarando a ruiva, que observava a situação entre mim e o Gateu.

Carmem: Você! Tira a mão do meu filho! - Mandei e ela olhou pro Jorge, depois pra mim e arregalou os olhos recuando.

Andei até ela prestes a cuspir fogo. Assim que cheguei perto ela estendeu os braços e eu peguei o Jorge, ela continuou com um dos sapatinhos dele em mãos e não fez questão alguma de me dar. Dessa vez ela me olhou de cima a baixo e desviou o olhar para a amiga. Ignorei me afastando delas, balançando meu filho eu fui até o Gateu e estendi os braços.. Ele me olhou curioso mas pegou o Jorge, então eu dei meia volta.

Imediatamente encontrei o olhar da ruiva novamente. Ela viu eu me aproximando e recuou um passo curto.

Carmem: Apaga a foto que tu postou com o meu filho, agora. - Falei séria e mandona. - Eu juro por Deus que se tu não apagar por bem, então vai ter que apagar por mal. Apaga logo essa merda.

Larissa: É só uma foto, nada demais. - Respondeu balançando o sapatinho do Jorge, me provocando. - O pai dele deixou, disse que não tinha problema então não tem porque tu fazer confusão não, mana.

Filha da puta.

Em questão de segundos eu voei no pescoço dela. Segurei no pescoço branco e empurrei ela até a parede, segurando com força e vendo ela me olhar assustada. Soltei o pescoço dela e segurei o rosto, apertando e vendo minhas unhas machucarem um pouco.

Carmem: Foda-se! Eu tô mandando você apagar a foto. - Falei ríspida contra o rosto dela. Os olhos dela desviaram dos meus, procurando ajuda. - Olha pra mim sua puta, eu tô falando contigo caralho! O que foi em piranha? Tu não se garante? Ninguém vai te ajudar! Cadê o teu deboche agora? A tua marra toda? Hum?

Larissa: Vou apagar, porra! - Falou alto tentando se afastar e eu ri baixo. - Agora.

Carmem: Ótimo. - Respondi mas continuei segurando ela. - Tu vai ficar bem longe do meu filho, ouviu bem? Se eu te ver ou souber que tu teve perto dele outra vez, eu vou te deixar na porra de um hospital. Tá ouvindo bem?! - Ela concordou e eu apertei mais o rosto dela. - Então fala, porra, fala que tu entendeu!

Larissa: Entendi.. - Respondeu fazendo uma careta e aí sim eu sonhei ela. - Porra!

Ela xingou reclamando e passando a mão no rosto, ignorei puxando o sapatinho do Jorge da mão dela e me virei. A amiga dela que tirava as fotos me olhou apreensiva e estendeu o celular, soltei uma risada baixa e debochada, mas peguei o celular. Desbloqueado e aberto na galeria.. Olhei por cima as várias fotos com o meu filho e respirei fundo, eu tenho que manter a calma, eu preciso manter a calma.

Carmem: Sabiá? - Chamei e joguei o celular pra ele. - Faz isso aqui virar pó.

Ele apenas concordou e deixou o celular cair, pisando em cima logo em seguida. Ignorei todos os olhares em cima de mim e apenas fui até o Gateu, peguei o meu filho e saí de volta para o carro. A porra da sorte do Pedaço em não estar aqui agora é grande, ou talvez só piore a merda da situação dele.

Eu só sei que eu tô com tanto ódio dele, tanta raiva.. Ele é um completo filho da puta do caralho.

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