Podcast: Sage of Love!

By shim_s

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Sage Of Love é um dos podcast sobre dicas amorosas mais bem conhecido entre grandes titãs, tendo como dono um... More

PODCAST: O não você já tem, leve um beijo também!
PODCAST: Me chame de Amor!
PODCAST: Rinha de Galos?!
PODCAST: Nossa Conexão é a Elite!
PODCAST: Capitão Hétero de Taubaté?!
PODCAST: Sunoo o Gay Emocionado.
PODCAST: Harry do meu Draco, para Sempre!
PODCAST: Segure minha Mão!
PODCAST: Encontro de Velas!
PODCAST: A Regra dos Dois N.
PODCAST: Do Quinto Ano para o Amor!
PODCAST: Talvez Eles sejam Feitos um para o Outro.
PODCAST: Fim da Era Hétero.
PODCAST: Começo da Nossa Era!
PODCAST: Sobre estar em Casa com Você!
PODCAST: A Nuance do Amor chamada Dor.

PODCAST: Hábitos Héteros em Situações nada Hétero!

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By shim_s

.🏹,, Bom dia, boa tarde, noite e madrugada! Tudo bem?
.🏹,, Pra comemorar a vitória do nosso país, vamos de atualização!
.🏹,, Eu tô muito feliz com o crescimento dessa fic, tá gigante, muito obrigada mesmo!
.🏹,, Não tenho muitos comentários hoje, então bora pro capítulo!

I hate your voice, I hate your lips
I hate how much I want to steal a kiss from you
Not Another Song About Love ── Hollywood Ending

Estar sentado perto da bancada observando sua avó fazer suas sessões de yoga tinha se tornado algo curiosamente muito prazeroso, Sunoo apenas não conseguia como aquilo poderia lhe proporcionar tanto conforto, ou talvez qualquer coisa que distraísse sua mente por alguns segundos que fossem já era válido. A verdade era que o Kim tinha batido a cabeça na porta do quarto quando o Park lhe enviou uma foto dele treinando na academia, explicando que se atrasaria alguns minutos porque teria de voltar para casa e se banhar antes de ir gravar com o outro. Uma foto normal de um amigo, contudo os músculos banhados por uma fina camada de suor tinham o deixado zonzo, e ele não aceitava as respostas mais lógicas para aquele ocorrido como: você parece estar interessado demais no corpo do seu amigo, não acha isso estranho? Você só fazia isso ao olhar as fotos de Heeseung, e lembra o que ele era seu? Mas Sunoo jamais aceitaria responder tais questões, ele ainda tinha orgulho de quem era e não baixaria o nível para ficar petrificado em suas paranóias sem sentido algum.

Voltou para o planeta Terra quando ouviu uma risadinha de sua avó, seus olhos foram até o rosto da mesma e ela parecia muito concentrada em sua televisão e as explicações da mulher, porém não era de hoje que a senhora com seu maravilhoso dom de fofoca tinha descoberto formas de captar até mesmo o mais baixo dos suspiros e o que cada um significava, ela deveria estar fazendo anotações mentais sobre a vida do neto e aquilo estava o deixando de cabelo em pé, ele não queria ser tão fácil de ler para outros mas para si mesmo um tremendo pesadelo. Levantou e caminhou sem pressa para sentar no sofá atrás da senhora, seus olhos focados nos movimentos muito bem executados da Kim mais velha, foi impossível também não lembrar de como o avô chegava da rua e a encarava com os olhos apaixonados, a enlaçava pela cintura e a girava de um lado para o outro em uma dança que apenas os dois conheciam o ritmo perfeito de seus corpos, o garoto sempre se questionou se um dia estaria assim com Heeseung, mas a verdade é que agora ele queria saber se algum dia ele teria alguém como seu avô? Será que ele era merecedor desse amor? Sentiu um carinho em seu rosto e arrumou os óculos encarando melhor a senhora que bebia sua água com calma, lhe estendendo a mão em sua frente.

── O quê? ── O garoto a olhou confuso.

── Vamos dançar. ── Foi inevitável uma risada constrangida. ── Venha vou te ensinar, não precisa ter vergonha.

── Aí vovó, não vai ser igual o vovô. ── Ele se pôs de pé com receio, sentindo está guiar as suas mãos para se posicionar corretamente a fim de dançarem.

── Eu sei, igual meu canarinho nunca irá existir outro. ── A senhora começou os passos, o empurrando levemente para se mover.

── É verdade… ── Seu olhar baixou um pouco, e ele ouviu outra risadinha. ── Por que está rindo?

── Meu pequeno Kim Sunoo cresceu, agora é um garoto descobrindo o mundo. ── Aquelas palavras foram ditas em um tom doce em níveis surreais.

── Se quebrando no mundo. ── Murmurou fazendo biquinho.

── Você sabia que seu avô foi meu primeiro amor, não é? ── Tinha ouvido aquela história dezenas de vezes, pelos dois pontos de vista, e sempre foi muito romântica.

── Sim, o primeiro, o único e o último. ── Repetiu o que já vinha ouvindo há anos.

── Exatamente, mas ele não foi minha primeira paixão. ── Sunoo olhou para a mulher no mesmo instante, os olhos arregalados enquanto ela o fazia girar.

── Como…? ── Estava desacreditado.

── Eu me apaixonei por um rapaz um tempo antes de conhecer seu avô, ele era incrível, eu podia jurar a todos que me casaria e teria uma família com ele era só esperar o tempo certo. ── Um lindo sorriso adornou o rosto da senhora, uma sensação de nostalgia.

── E por quê não deu certo? ── Ele estava tão absorto naquela conversa que nada mais ao seu redor importava.

── Porque não era para ser. ── Simplista como sempre, mas desta vez ela continuou. ── Bem, ele conheceu uma moça no nosso bairro e se apaixonou perdidamente por ela, não demorou mais de um ano e eles estavam casados e muito felizes.

── Mas… E o vovô? ── Sunoo parou de dançar, sentando prontamente para ouvir aquilo com toda sua atenção.

── Ele estava no exército, vi ele no casamento dessa moça, mal sabia eu que um ano depois quando ele fosse dispensado iria aparecer para me incomodar. ── A senhora deu risada e se sentou também. ── Ele era muito chato, ficou bravo porque me ouviu dizer que ele tinha ficado ridículo no casamento com aquele cabelo raspado.

── Você também era terrível, vovó. ── Aquela história estava trazendo uma sensação muito estranha de déjà vu.

── Eu era mesmo, mas foi só uma opinião, terrível mesmo eu fiquei depois quando começamos a competir pra ver quem comprava as maçãs mais vermelhas da mercearia, no fim ele me tirou do meu estado de tristeza porque agora eu tinha um motivo mesmo que bobo para levantar todos os dias. ── Olhava para os porta retratos em cima do display.

── Tá mas por quê com o vovô foi diferente? Por que ele não foi só uma paixão como o outro. ── O garoto arrumou a postura, a olhando nos olhos, aquela resposta poderia ser um ponto de ignição para ele tentar responder algumas questões internas mais tarde.

── Porque seu avô fez acontecer. Ele fez a paixão virar amor, foi diferente. ── Olhou para suas mãos enrugadas. ── Enquanto o outro me deixou lutar por tudo sozinha, seu avô lutou comigo, nós completamos e se brigávamos, mas era um rapaz apontar o dedo para mim que ele torcia o dedo do rapaz até quase quebrar. Ninguém ousava me enfrentar com ele por perto. Seu avô dedicava tempo para mim, podia ser às três da madrugada se eu o chamasse para caminhar ele poderia ter compromisso cedo no outro dia, ele iria levantar e me acompanhar.

O Kim apertou os lábios, Heeseung nunca faria isso por ele.

── Sunoo, meu amor. Quando você achar seu amor será assim, homens não são difíceis de compreender quando amam. Sabe por quê? Porque se eles estão interessados eles arranjam tempo com o diabo para dedicar a quem amam, não existe esse assunto de: Não estou pronto para um relacionamento agora, vamos só curtir. ── Ela apertou a mão do neto. ── Quando um homem ama ele quer logo, então ele não vai se arriscar de te perder para ficar esperando, ele simplesmente vai se confessar, ele vai arranjar um jeito de ficar com você.

O rapaz não sabia o que responder, só conseguia lembrar de como Heeseung havia sido rápido em se dedicar totalmente a Jungwon.

── Depois de um tempo nos casamos, minha antiga paixão estava lá com sua esposa, nossos padrinhos. ── A senhora deu uma risada gostosa.

── Você realmente superou ele. ── Queria chegar nesse nível urgentemente.

── Óbvio, se não nunca teria aceitado casar com seu avô. ── Moveu os ombros com desdém. ── E também não tinha como fugir dele, porque agora a esposa dele era minha cunhada.

Aquela informação congelou Sunoo por completo.

── Você já foi apaixonada pelo titio? ── O garoto estava a ponto de infartar.

── Loucura não acha? Mas é verdade, agradeço muito ele ter se apaixonado por sua atual esposa e me convidado para o casamento, caso contrário nunca teria casado com seu avô. ── A senhora sorria orgulhosa.

── Mas ele não veio morar no seu bairro? ── Sua cabeça estava a ponto de explodir.

── Veio por causa do que ouviu eu falar na festa, caso contrário ele simplesmente teria continuado no exército, ele aceitou a dispensa e voltou para se "vingar" e se vingou com muito gosto. ── Ela já estava sentindo dores na barriga de tanto rir da expressão do neto. ── Oh, ele chegou! 

── Hm? ── Sunoo girou o pescoço na direção da porta, encontrando um Sunghoon parado com um sorrisinho amarelo. ── Ah… Você chegou.

── Para né! Você tá fingindo que não tá feliz com a minha ilustre presença. ── O Park mostou a língua, entrando mais na casa. ── Bora, não deixou pra arrumar tudo de última hora né?

── O podcast é de quem? ── Sunoo voltou ao normal, rabugento como sempre.

── Seus ouvintes pedem pela participação de quem? ── Se encararam com fogo nos olhos, e após um belo soco no estômago de Sunghoon que se apoiou tossindo, Sunoo seguiu escada a cima. ── Soltaram a fera? Credo!

O silêncio durou pouco tempo, Heeseung estava realizando sua refeição quando ouviu a porta de entrada ser aberta com força, o som foi alto o suficiente para fazer a empregada que trabalhava ali derrubar um dos pratos e quebrar, o desespero foi evidente em seu rosto e o Lee apenas suspirou. Erguendo seu corpo e dando batidinhas em seu ombro para ela se retirar do local, não queria que sobrasse para ela ser o bode espiatório de seu pai, já bastava ele ter de aguentar dia após dia as reclamações sobre seu desempenho e em como ele estava perdendo a paciência com a demora para o garoto se colocar à disposição como um dos modelos da empresa, um corpo e rosto como aquele iriam gerar muito lucro e atrair mais pessoas interessadas ainda se candidatarem para modelarem profissionalmente ali também, era uma coisa que puxava outra, e ele não queria perder de maneira alguma para qualquer outra empresa de modelos que tentasse se erguer mais do que a dele naquele mercado corrupto.

── Ainda achando que o dinheiro cai do céu? ── O homem pagou na porta da cozinha vendo o filho juntar os cacos, um sorriso em seu rosto era o que o mantinha indestrutível.

── Não sabia que seu bolso se chamava céu, que bonitinho, você dá apelidos para esse tipo de coisa? ── O Lee podia ouvir o ranger dos dentes do homem.

── Quando vai começar a trabalhar? ── Respirou fundo, tentando ignorar as piadinhas afrontosas do filho.

── Quando eu quiser. ── Colocou tudo enrolado em um papel diretamente no lixo.

── Se não aceitar logo essa proposta, irei parar de pagar suas brincadeiras. ── Ameaçou, fazendo o garoto passar a mão pelo cabelo sem ânimo algum.

── Então pare de pagar, foda-se, não seria novidade vindo de você. ── Se virou o encarando. ── Nunca pedi para você me bancar, até porque se eu estou aqui hoje a culpa é sua.

── Você me respeite, seu ingrato! ── O homem bateu com força na madeira.

── Ingrato? Me alimentar, pagar meus estudos, viagens e recriação é sua responsabilidade perante a lei então não tenho que ficar te agradecendo toda hora pelo mínimo. ── Deu uma risada sem humor. ── Se você botou um filho no mundo para achar que fazer o mínimo como pai é motivo para uma premiação anual, então não tivesse me botado!

── Sim, eu deveria ter feito sua mãe te abortar antes de nascer um insolente inútil! ── Aquela frase mexeu com algo dentro de Heeseung. ── Um filho da puta que só sabe se meter em boatos de estar se relacionando com outro garoto, só que falta eu ter a porra de um viadinho em casa!

── Cala boca! Você não fala da minha mãe! ── Heeseung caminhou furioso até o outro. ── O único erro dela foi ter casado com você, nunca vou julgar ela por ter ido embora!

── Você não negou ser um viadinho. ── Os olhos do homem em sua frente estavam irreconhecíveis. ── Quem é o putinho? Está pagando ele com o meu dinheiro também?

O Lee mais novo perdeu todo o controle e acertou um soco com tudo na boca do homem.

── Você lave sua boca para falar de pessoas que são diferentes de você, se não quiser que eu limpe você com seu próprio sangue. ── Sentiu o homem agarrar sua gola e o empurrar com tudo contra a mesa.

── Não fiz o que tinha que ser feito no passado, então vou fazer agora seu cachorro imundo! ── O prato que estava na mesa caiu se partindo ao meio conforme uma briga crescia no ambiente. ── Você não merece ser herdeiro da família Lee!

── Eu e meus quantos irmãos por aí fora? ── O garoto o bateu com tudo contra a parede. ── Fala da minha mãe, mas o único cachorro no cio aqui é você!

Provavelmente aquilo teria sido muito pior, mas a força como o garoto foi arremessado contra o armário não era algo normal, Heeseung teve os fios de cabelo agarrados com muita força e a cabeça jogada com ódio contra o vidro da cozinha. O som dos vídeos do armário se estilhaçando foi mais que audível em toda a casa, a empregada não aguentava mais ouvir tudo aquilo e voltou correndo para o cômodo encontrando o rapaz escorregando até o chão com as mãos na cabeça, banhadas em sangue o que fez o coração da mulher quase parar. O homem por sua vez apenas se retirou para seu escritório, provavelmente iria se trancar e beber até perder a consciência de seus atos repulsivos. A mulher ajudou o garoto a se levantar, fazendo a pergunta mais óbvia naquele momento, que era se ele tinha como chamar um carro para levar eles ao hospital, era o certo, era a única opção para cuidar daquele ferimento que nem podia ser medido no momento atual. Contudo Heeseung conhecia muito bem seu pai, sua raiva iria virar contra a mulher por ter o encaminhado ao hospital onde facilmente aquilo viraria manchete em pouco mais de uma hora, justiça para si implicava em arriscar outras pessoas, e ele jamais faria isso.

── Vou subir e tomar um banho, enfaixo a cabeça e vou descansar, só me traga um remédio para a dor, por favor. ── Se virou, apoiando a mão na parede, manchando a tinta branca com suas digitais ensanguentadas.

── Senhor, você precisa ir ao hospital, não sabemos o tamanho do corte e a gravidade do machucado! ── A mulher tentou protestar, mas notou quando o outro a ignorou que seria algo totalmente em vão. ── Tudo bem… Vou levar o remédio em breve…

── Obrigado. ── Subiu o primeiro degrau fechando os olhos para afastar a tontura, seria um longo caminho mas chegaria lá em cima ou não se chamava Lee Heeseung.

Foi direto para o chuveiro, deixando a água atingir seu corpo e apoiando o rosto contra o braço para tentar fugir da sensação ruim que tomava conta de si cada vez que a dor vinha lhe dar um cumprimento. Não sabia dizer porque estava chorando, mas o mais provável era definitivamente seu medo de que o progenitor descobrisse sobre Jungwon e tentasse lhe fazer mal, ele nunca se perdoaria por deixar seu pai destruir a única pessoa que depois de Sunoo e sua mãe tinha o feito lhe sentir vivo, com vontade de ser ele mesmo. Deixou o corpo escorrer até estar ajoelhado embaixo do chuveiro, tinha que evitar naquela semana falar com seu melhor amigo e namorado, não queria botar ambos em risco caso seu pai decidesse verificar o que estava fazendo e com quem estava interagindo, fazia muito tempo que não se sentia assim em anos, mas pela primeira vez estava assumindo abertamente para si mesmo o quanto estava desejando o colo de sua mãe, um carinho nos cabelos, um beijo na testa e uma promessa de que tudo iria melhorar.

Só que Heeseung não conseguia acreditar nisso. Não mais!

Estava se preparando para dar um soco no nariz do platinado se de tanto ele girar em sua cadeira acabasse quebrando a mesma, ele não podia ficar cinco minutos arrumando as coisas após o podcast que aquela criatura inventava alguma moda para azucrinar sua vida, parecia uma criança inquieta. E a confirmação de tal fato veio no momento em que virou o rosto para o lado e vou o sorrisinho de menino atentado embelezando os lábios do mais velho, céus! Devia ser sua punição divina, acertou um tapa na nuca do outro e observou este levantar na hora, foi instantâneo tentar correr mas não houve tempo de fugir porque o mais velho o agarrou pela cintura e o jogou com tudo na cama. Sunoo só conseguia rir alto daquela situação, nunca imaginou que estaria com o Park em cima de si lhe fazendo um ataque de cócegas após fingirem ser namorados durante uma horinha. Sua amizade com Sunghoon tinha evoluído tanto que já não era mais possível imaginar um dia sem brigar com ele, o provocar e trocar sessões de risadas como aquela. Ter feito colaboração com ele foi uma boa ideia.

Quando o mais velho parou o ataque seus olhos se encontraram diretamente com os umedecidos do Kim, um silêncio tomou conta do ambiente, suas respirações estavam mais aceleradas mas pareciam estar conectadas já que os peitos levantavam no mesmo ritmo. Somente as luzes de led para iluminar o quarto estavam trazendo uma vibe diferente, Sunghoon podia jurar por tudo que era mais sagrado em sua vida que ele estava muito perto de cometer uma das maiores loucuras em sua existência pacata de vinte e um verões. Contudo a porta foi aberta bruscamente e o mais velho se jogou para o lado caindo com tudo no chão, como não havia quebrado o braço? Só um milagre da natureza mesmo para explicar tamanho enigma. Sunoo se arrumou na cama, ajeitando o óculos que estava escorregando em seu nariz enquanto fitava a irmã com um olhar indecifrável, porque não dava para concluir se ele estava agradecido ou furioso com o fato dela ter atrapalhado algo que ele nunca saberia o que teria sido, já que foi cortado bruscamente. Haerin e sua maldita maneira de entrar sem bater!

── Eu vou ir no shopping e hoje é noite de bingo da vovó, ela pediu pra vocês descerem. ── Ia fechar a porta quando voltou, um sorrisinho sapeca. ── Ou vocês preferem que eu diga que estão brincando de encarar?

── Cala Boca, Haerin! ── Arremessou um travesseiro na garota que fechou a porta rindo. ── Ela é terrível, vamos.

── Ela é a nossa maior fã. ── Sunghoon levantou massageando o braço, seus olhos correram pelo short que o outro estava usando e por muito pouco não acertou um tapa com muita força no rosto para deixar de ficar com essas estranhezas para o lado do amigo. ── Ouvi que a senhora tem bingo hoje, vai ganhar?

── Se não for pra ganhar eu nem vou. ── Ambos riram alto. ── Sunoo vai ficar sozinho em casa, comprei pizza, refrigerante e tem sorvete no refrigerador. Você não gostaria de ficar com ele até eu voltar? Não gosto muito de o deixar aqui sem ninguém junto.

── Vovó! Eu não sou mais criança. ── Resmungou o neto.

── Claro senhora, se isso puder ajudar a senhora ficar mais calma jogando fora eu fico aqui junto. ── Mostrou o sorriso pega sogra, nunca faltava. ── E é falta de educação rejeitar pizza e sorvete, então ficarei. Você que me aguente!

── Idiota! ── Sunoo mostrou a língua para o outro, quando estavam juntos era tão fácil esquecer o que ou quem estava ao redor deles. Parecia um passe de mágica!

── Então eu vou indo lá, volto mais tarde, meninos. Se cuidem! ── A senhora pegou seu casaco e bolsa, saindo de casa com o coração muito mais leve.

── Noite de filmes! ── O Park estalou os dedos, indo ligar a televisão.

── A gente vai assistir o quê? ── Sunoo foi pegar as pizzas em cima da mesa para levar a mesinha de centro da sala.

── Passa seu celular desbloqueado pra cá. ── Sunghoon esticou a mão, esperando o outro soltar as caixas.

── Pra que? ── O Kim lhe encarou desconfiado.

── Só passa logo. ── Pegou o celular do outro, entrando no twitter da página Podcast: Sage of Love e perguntando o que eles deveriam maratonar naquele final da noite. ── Vamos deixar que seus ouvintes decidam.

── Você não presta, arruma aí que eu vou pegar o resto das coisas. ── Foi o tempo certo deles organizarem tudo, para chegar o resultado dos comentários.

── Maratona de filmes de terror, clássico. ── O Park devolveu o celular para o mais novo, procurando a pasta só com filmes de terror.

── Bora então. ── Não era seu gênero favorito, mas quebrava bem o galho.

A sala inteiramente escura com apenas a luz da televisão era o cenário perfeito para os sustos que viriam a afligir aquela dupla, cada móvel que decidia se esticar do nada era um micro infarto na hora. Sunghoon tinha as melhores reações, um pulo e um xingão, Sunoo estava congelado na mesma posição, ao menos tinham terminado de comer antes das partes que realmente estavam deixando eles de cabelo em pé. Era meados das onze horas quando o Park decidiu mover o corpo, era como se duas vozes em sua cabeça gritassem coisas diferentes, mas a que mais se sobressaiu disse que era normal esticar o braço sobre o encosto das costas do mais novo, ele apenas estaria sendo um bom amigo e lhe proporcionando um lugar confortável para ele se apoiar caso sentisse medo, somente isto, nada mais. Quando tocou o braço do outro sentiu como este estava gelado, e Sunoo prontamente se acomodou mais perto, aquela sensação não podia ser nomeada, pela primeira vez naquela noite o filme perdeu totalmente a graça e o único interesse do Park era a maneira como o Kim estava quase lhe abraçando pela cintura, raios! Nem suas namoradas deixavam seu coração tão acelerado, ou isso seria só adrenalina do filme?

Foram trinta minutos assim, aos poucos o calor do corpo do platinado esquentou o corpo do menor, que com alguns bocejos não segurou seus olhos e caiu no mundo dos sonhos deixando Sunghoon para trás. Não que o mais velho visse isso como algo ruim, na verdade ele segurou o rosto alheio e o apoiou melhor em seu ombro, fazendo um carinho em suas bochechas enquanto observava como a boquinha levemente esmagada do garoto, formando um biquinho adorável parecia ser um convite dos mais bonitos para ele fazer o que tinha sido impedido mais cedo, porém não o fez, apenas passou os dedos pelos fios do outro os tirando para longe de seu rosto enquanto deixava o óculos deste na mesinha de centro, os cílios compridos do mais novo eram espetaculares. Ele só podia estar delirando, seu cérebro estava quase pifando com a proximidade dos rostos, as festas juntas, a respiração baixinha se enroscando. Ele queria tanto, mas nunca faria algo com uma pessoa vulnerável, jamais! Tinha sido ensinado o respeito, e o Kim merecia todo. Ele merecia… Tudo.

── Desculpa o atraso. ── A voz baixinha da mulher se fez presente, e Sunghoon ergueu o rosto com as bochechas muito vermelhas. ── Ele dormiu! Que fofo, muito obrigada por ficar com ele.

── E-Eu vou o levar para a cama. ── O Park pegou o outro por baixo das coxas, o erguendo do sofá com todo o cuidado do mundo, subindo degrau por degrau sem pressa para não acordar o mais novo. Seus dedos coçavam mais que no dia do show quando o segurou pelas coxas, porque agora estava tocando na pele do outro e as sensações de seu corpo o faziam querer mais, muito mais que aquilo. ── Boa noite, Harry Sunoo Potter.

── Dirija em segurança, querido! ── A senhora estava limpando as coisas quando o platinado desceu.

── É… A senhora poderia não contar nada para ele? ── Esfregou a mão atrás da nuca. ── Eu iria preferir assim pelo menos.

── Claro meu amor, minha boca é um túmulo. ── Aquilo foi um alívio. ── Mas eu escovo meus dentes ok? Ela não é fedida, por favor não me entenda mal.

── Nunca! ── Exclamou exasperado. ── Eu vou indo, muito obrigado pela hospitalidade. Até uma próxima!

── Até, querido. ── Sunghoon correu para dentro do seu carro, algo estava fora dos eixos e ele não estava conseguindo se explicar.

A única coisa que ele sabia sobre essa confusão de sentimentos é que ele estava gostando de se sentir assim.

.🏹,, Obrigada por chegar até aqui.
.🏹,, Sabiam que hoje saiu a capa do spirit da sunjay? Tá no twitter se quiserem conferir.
.🏹,, Eu estou amando os comentários e interações de vocês, está sendo incrível.
.🏹,, Até a próxima!

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