Você Nunca Saiu Verdadeiramen...

By NaylaFernandaBarbosa

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Melinda se tornou uma mulher implacável, não é nem a sobra da jovem insegura que foi. Depois de ter o coração... More

Avatares
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
capítulo 13
Capítulo 14
Capitulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capitulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capitulo 25

Capítulo 9

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By NaylaFernandaBarbosa

Joaquim

O celular vibra sobre a bancada da cozinha e, quando vejo o rosto de Melinda na tela lembro que viajou faz apenas algumas horas para o Brasil. Sem aviso prévio, apenas entrou num avião e quem me deu o recado foi Rafael quando cheguei no escritório, quando lembro disso decido não atender, ainda nutro um pouco de ciúmes da ralação dos dois, mesmo que com o noivado. Vejo o aparelho desligar.

Sei que está na hora de crescer e superar meus demônios. Por mais que não esteja fazendo um trabalho fantástico, não estou tão mal assim. Estou me virando com as armas que tenho. A tela se ascende novamente com uma mensagem dela.

" Oi Quim!
Está tudo bem ? Desculpe não ter avisado que teria que fazer essa viagem. decidi de última hora! Tinha que resolver algumas pendências.
Me liga.
Espero que esteja bem !
Te amo"

Ignoro, não estou sabendo lidar com tudo, achei que se me permitisse tentar com Sloan essa sensação desapareceria do meu peito. Esse incômodo.

Lembro do último olhar que Melinda deu no restaurante italiano quando me viu ali, solto o ar. Eu não sabia o significado da intensidade do seu olhar, parecia faíscas de raiva? Não sabia ao certo o por que da sua raiva. E nos últimos dias ela está constante. Eu havia dado motivos? Na verdade, não. Sempre fomos apenas bons amigos.

Amigos.

Vou até o bar, me servindo uma dose de uísque, volto para a sala levando a garrafa comigo me jogando no sofá, fecho os meus viajando para uma noite que jurei nunca lembrar. A culpa ainda me consumia.

- eu não posso perder você também... - diz fungando, enquanto encaro os carros tão pequenos trafegando lá embaixo parado em pé no parapeito do meu prédio. A chuva fria cai nos banhando. Meu peito está dilacerado, tudo que sinto é um vazio sem fim,eu perdi tudo. - O que eu teria se você também partisse ?

- O Rafael, Nicolas, Liz , seus pais... -  digo engasgando com as lágrimas, ela chora copiosamente acabei de chega do cemitério, enterrar a mulher da minha vida e minha filha foi a coisa mais dolorosa que fez.-  E quanto a mim Melinda ? O que sobrou para mim?

- Você tem a mim, Joaquim! A mim, você sempre vai ter a mim.- Melinda se aproxima cuidadosamente do meu corpo como se sua minha vida dependesse disso. E dependia um deslize e cairíamos vinte dois andares.- Eu não quero perder você também...Não posso perder você... - implora num sussurro com os olhos úmidos vidrados nos meus, nossos lábios próximos desço o olha para sua boca carnuda.

Foi nesse momento que perdi completamente o controle, não sei se foi a nossa dor ou o adolescente que ainda vivia no lugar mais profundo do meu âmago tomo seus lábios num beijo faminto.

Melinda parecia tão faminta por mim quanto estava por ela depois de algum tempo nos afastamos pela falta de ar, Olho para baixo o caos que estava o trânsito. Suspiro sem dizer uma só palavra seguro forte sua mão saindo em direção ao meu apartamento, abro a porta voltando a beija-lá suas pernas entrelaçadas em minha cintura com ela no colo subo as escadas indo até o quarto de hóspedes.

Uma parte ainda consciente do meu cérebro dizia que era errado, mas a dor da perda, a raiva acumulada, o sentimento de impotência.
Trazendo a tona o desejo mais primitivo.

- Você está em casa ? - pergunta Rafael desconfiando me trazendo de volta a realidade.

- Eu moro aqui! - rosno sem paciência. - onde mais poderia estar?

- eu sei só pensei que estaria com seu brinquedinho novo.

- Gabriela foi visitar uma amiga em Boston.

- Certo... humm... - Rafael senta na poltrona abrindo sua cerveja, inquieto.

- o que foi agora ? - questiono indo em direção a cozinha.

- Por que não está retornando as ligações da Mel ? - E o defensor da boazinha está de volta.

- Estive ocupado.

- Não consigo entender vocês, o tesão da para cortar com uma tesoura.

- Não fala merda Rafael. - travei o maxilar. - Melinda é apenas a nossa sócia. Se você acha ela tão incrível casa com ela.

- Eu não sei qual a porra do seu problema Joaquim, eu sei que vocês já tiveram algo no passado. - cuspiu a verdade na minha cara. - Até mesmo a Pamela via como você olhava para Mel, assuma que sempre foi apaixonado por ela.

- CALA A PORRA DA BOCA! - Grito ofegante tacando a garrafa na mesa transformando-a em meros cacos.

- O que está acontecendo com você, irmão?

- Eu não posso... - encaro o teto apertando os lábios em linha reta. - Você não entende, eu não posso ficar com ela.

- Porquê? Vocês são livres.

- No dia que Pamela entro em trabalho de parto, foi culpa minha. - confesso sentindo o gosto amargo do remorso. - Eu fiquei até tarde com a Melinda no escritório trabalhando num caso, ela era uma estagiária, e quando cheguei em casa Pam estava fora de si me acusando de ter um caso com sua melhor amiga...

- Você nunca comentou comigo sobre isso. - disse surpreso.

- Não tinha muito o que dizer er... eu amava minha esposa nunca trairia ela. - digo com a voz embargada.

- Mas ainda nutria sentimentos pela boazinha? - assenti envergonhado.

- A gente discutiu feio naquela noite. - conto ao meu irmão meu segredo.

- Estava com ela? - Pamela pergunta assim que abri a porta.

- Amor ainda está acordada. - tento beija-lá mas ela se afasta, seu rosto está inchado por causa da gravidez, mas ela continua linda com seus longos cabelos castanhos até a altura do quadril. - estava trabalhando.

- Joaquim não minta para mim, você estava com a Melinda. - não era uma pergunta e sim uma afirmação.

- Sim, você sabe que trabalho com ela! - digo ficando irritado com essa insegurança. - Ela é sua melhor amiga por que esse ciúmes sem fundamento.

- Sem fundamento. - repete sorrindo. - Você foi apaixonado por ela desde sempre.

- Pamela você está ficando paranoica, eu amo você! - tento pegar sua mão mais ela se afasta. - Amor para com isso, não faz sentido.

- você ama ela... - sussurra em meio às lágrimas.

- Eu não amo a Melinda. - Nego mais para mim do que para minha esposa. - eu amo você, é com você que tô construindo uma família.

- Joaquim, não sou cega. Eu vejo como você olha para ela, como sempre olhou.

- Você tá louca.

- Não, e não entendo como pude ser tão ingênua a ponto de acreditar que poderia lidar com vocês trabalhando juntos. - Ela segura a barriga fazendo uma careta.

- Você tá grávida, Pamela! - rosno tentando encerrar aquela conversa que não vai acabar bem. - Pensa na nossa filha.

- Eu sabia que isso ia acontecer - nega passando as mãos nos cabelos - Vocês sempre foram lindos juntos, nunca entendi a relação de vocês!

- Ela me enxerga sabe ? - assumo me sentando na poltrona encarando minhas mãos. - De verdade.

-  e eu não ? Estamos junto há quatro anos, Joaquim.

- Eu não deixo você ver. - falo com o rosto molhado sem conseguir encara-la. - Tem uma parte de mim que só surge quando estou com ela.

- Joaquim eu amo você desde que eu te vi, você acha que não te conheço de verdade? - questiona exasperada. - olha eu nunca falei com você sobre isso, sempre achei que era coisa da minha cabeça, afinal você é o meu marido.

- Sim... e a Melinda com o Nicolas...

- Não posso continuar fazendo isso, fingindo que não vejo como o relação de vocês me machuca, casamento se trata de inclusão, se trata de se apoiar no seu parceiro quando as coisas estão complicadas e você sempre que tem um problema busca por ela.

- você está certa! Eu vou tentar melhora eu prometo.

- Você não deveria ter que Tentar Joaquim. - diz serena . - tinha que ser natural. Eu preciso de espaço, sei que na posição que estou é imaturidade dizer isso mais não posso continuar assim...

- Porra Pamela o que mais você quer de mim ? - questiono.

- Eu queria você por inteiro, não as migalhas que sobra do que você dá para ela. Eu mereço mais do que ser a substituta perfeita.

- Você sabe que isso não é verdade, eu amo você Pam. - digo me ajoelhando para ficar da sua altura.

- Eu sei, você sabe... - cola nossas testas. - Nós sabemos que isso não ia dura para sempre, e tá tudo bem!

- Com você eu passei o melhores anos da minha vida. - acaricio sua barriga. - Eu te amo, Pamela Miller e Obrigada por tudo.

- Também te amo. - disse se encolhendo nos meus braços.

- Então porque isso parece uma despedida? - pergunto apertando-a ainda mais contra mim.

- Porque é. - beijo seus cabelos.

- Depois as coisas aconteceram tão rápido, Rafa que eu não consegui chegar a tempo... - sinto meu apertar ao lembrar desse dia. - Se eu não tivesse ido elas estariam aqui.

- Não foi culpa sua elas terem partido, foi uma fatalidade. - disse colocando a mão no meu ombro. - não se culpe, irmão.

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