PRINCESS OF CHAOS

By lavhzx

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FANFIC DE HOUSE OF THE DRAGON โ”โ” ๐‘จ๐‘ณ๐’€๐‘บ๐‘บ๐‘จ ๐‘ฝ๐‘ฌ๐‘ณ๐‘จ๐‘น๐’€๐‘ถ๐‘ต teria sido muito mais feliz se tivesse nas... More

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By lavhzx

❝  EM POLÍTICA, OS aliados de
hoje são os inimigos de amanhã. ❞

MAQUIAVEL —

       AS FLECHAS ATINGEM o alvo com tanta facilidade que Alyssa revirou os olhos com tédio.

Ela pegou uma flecha, inclinou o corpo e disparou. Imediatamente, o centro do alvo foi preenchido.

Depois, ela apanhou outra flecha. Quando disparou, a madeira da primeira flecha partiu ao meio para dar espaço para a segunda.

Sucessivamente, isso aconteceu mais algumas vezes.

Alyssa estava sem dúvidas entediada.

Ela já dominava o arco com perfeição. A princesa também sabia como utilizar uma adaga com maestria. Não havia nada para fazer naquele maldito castelo.

Alyssa não tinha interesse em aprender a arte das espadas. Aquilo não lhe traria diversão, apenas calos nas mãos e dores em todo seu corpo. Fora que, ela já sabia o básico naquilo. Sabia como cortar, e movê-la com naturalidade.

Quando o tédio atingia a princesa em Pedra do Dragão, Alyssa saia em uma de suas missões, que apesar de serem um pouco complexas, podiam ser divertidas às vezes.

Por exemplo, quando ela conheceu Hakor, na cidade de Lagoa da Donzela.

A Lagoa da Donzela fica nas Terras Fluviais. É uma cidade portuária, e por isso, tinha muitas pousadas, tabernas, barraquinhas e tudo mais. Passavam pessoas por lá todos os dias, e por isso, ninguém notava uma garota de cabelos platinados e olhos roxos.

Isso fez com que Alyssa gostasse muito de lá. Era divertido, ninguém se importava com ela e a pequena princesa podia fazer o que bem entendesse.

Ela ainda era pequena, havia roubado um saco de moedas de Daemon e saiu para gastar em Lagoa da Donzela.

Naquela época, Alyssa apenas queria explorar o mundo, ainda nem tinha começado a recrutar pessoas para uma possível guerra, havia acabado de perder Roslin e queria apenas se divertir e conhecer lugares novos.

Ela havia entrado em uma taberna pela primeira vez, com onze anos. Apanhou um capuz dos irmãos, jogou sobre os cabelos e disfarçadamente pediu um quarto ao dono de uma pousada. Planejava ficar lá por apenas dois dias, vendo os homens e mulheres que chegavam dos portos se divertir.

Entretanto, uma garotinha, por mais inteligente que seja, ainda não sabia se defender sozinha.

O dono da pousada viu Alyssa como um alvo fácil para ser assaltada. Ela se disfarçava de garoto, mas mesmo assim era uma criança com um saco de moedas recheado.

Ela a colocou em um bom quarto, assim como ela havia pedido. E durante a noite, Alyssa se sentou nas escadas da pousada e viu a taberna funcionar. Ela estava encantada com a diversão que todos ali pareciam sentir.

Exceto um homem, que se escondia nos cantos do lugar. Ele mantinha o olhar baixo enquanto comia uma torta de maçã. Escondia-se sob um capuz, assim como Alyssa, mas deixava uma espada muito bonita exposta.

Ela ia se aproximar dele, perguntar se ele não queria lhe vender a bela espada que ele guardava sob a bainha.

Mas quando ela desceu as escadas, um grupo de mercenários a parou e a puxou para fora da pousada. Lhe deram um murro no estômago, a chamaram de moleque e tentaram arrancar seu capuz incansavelmente.

Alyssa resistiu como pode, ela estava prestes a desistir quando o misterioso homem apareceu para salvá-la.

Ele era forte, ágil e com golpes muito bons. Os mercenários, que pareciam ser bons guerreiros, sequer conseguiram chegar perto dele. O homem desviou dos ataques, ele os derrubou usando um pedaço de pau, não utilizou sua espada em nenhum momento.

Quando ele removeu o capuz, a princesa ficou surpresa com os cabelos brancos e os olhos dourados.

— Ei garoto! — o homem a chamou, ainda pensando que ela era um menino.

Mas Alyssa permaneceu no chão, envergonhada de ter caído tão facilmente em uma armadilha.

— Não volte a roubar novamente, está ouvindo?! — o homem gritou — Foi por isso que esses mercenários estavam te batendo, certo? Você roubou deles?

Alyssa permaneceu calada, ajoelhada no chão, olhando para baixo.

O homem, entretanto, se virou e ameaçou sair do beco em que eles estavam, quando a princesa finalmente tomou coragem.

— O que um valiriano faz nas Terras Fluviais? — a princesa questionou

— Não sou um valiriano, garoto — ele respondeu, se virando novamente para Alyssa.

A princesa se levanta com dor, mas não demonstra sofrimento. Ela então, coloca as mãos sobre o capuz e o puxa para baixo.

— E eu não sou um garoto.

O homem então, se aproxima.

— Nem muito inteligente, pode-se perceber — ele retrucou, sarcástico.

— Se você não é um valiriano, o que você é? — Alyssa ignorou o comentário sarcástico dele.

O homem cruza os braços, ajeitando sua postura.

— Eu sou um servo do Deus Bakkalon.

— O Deus da Morte e dos Soldados, a criança pálida — Alyssa fala, demonstrando saber de quem o homem se refere — Um Deus adorado em Essos, nas cidades livres. O que um servo dele faz aqui?

O homem pareceu finalmente interessado em algo que Alyssa havia dito, ele se aproximou dela.

— Não importa o que eu faço aqui, o que importa é por que uma garotinha de um metro e meio sabe tanto quanto você sabe? — o homem disse, receoso.

— Eu não sei tanto quanto aparento saber — Alyssa respondeu, caminhando até o homem — O seu deus permite que você sirva outras pessoas além dele?

Confuso, o homem cruza os braços.

—  Eu oro ao meu Deus e o peço aventuras honradas, faço a vontade dele se assim me for ordenado — explicou o homem — Há alguém que possa precisar dos meus serviços neste lado do continente?

— Há sim, eu.

O homem gargalhou, como se aquele fosse a coisa mais engraçada que ele já ouvira em sua vida.

— Eu preciso de um líder que me leve para muitas batalhas, garotinha — o homem respondeu, rindo — Sou Hakor, preciso de objetivos concretos.

— E eu sou Alyssa, pode tornar os meus objetivos como seus — Alyssa respondeu firme, ignorando a dor que ela sentia no estômago.

— Então, pequena Alyssa, quais são seus objetivos? — Hakor perguntou, sorridente.

Alyssa pensa na melhor combinação de palavras possível, para convencer aquele homem a servi-la. Ele lutava bem, ela pode perceber. Talvez, lutasse melhor que muitos cavalheiros da guarda do rei.

— Você soube da divisão que ocorre dentro da casa Targaryen? — Alyssa perguntou, olhando no fundo dos olhos do grande Hakor.

— Não sou daqui, tudo o que soube é que a Dinastia dos Dragões está dividida em dois lados — Hakor respondeu, confuso — De um lado a rainha, e do outro lado, a princesa.

A princesa não se atreveu a perguntar de qual lado Hakor torceria, ou de qual ele considera mais forte. A resposta dele provavelmente a assustaria.

— Se você jurar lealdade a mim, eu o levarei até Dorne — Alyssa falou, ela tinha uma boa estratégia em mente — Os dorneses são conhecidos por suas habilidades de luta, então você recrutaria o máximo de pessoas possíveis com boas habilidades que estiverem afim de me servir com lealdade.

Hakor ficou bem intrigado com a maneira de pensar da pequena garota a sua frente, ele a lançou um olhar  com receio, não era comum crianças falando aquelas coisas. Pelo menos, não daquele lado do continente.

— Para quê você quer isso, garota? — questionou.

— Para ter um exército — a princesa respondeu.

— Para quê você quer um exército?

Alyssa sorriu, de maneira vitoriosa.

— Para colocar a princesa Rhaenyra no trono de ferro — ela respondeu, ainda sorrindo — Vencer a divisão que ocorre dentro da família Targaryen, como você disse.

— E o que você ganha com isso? — perguntou Hakor.

Ela mal podia acreditar que ele estava considerando ouvi-la. Alyssa cruza os braços, ajeita a postura e levanta a cabeça com orgulho.

— Porque quando minha mãe se sentar no Trono de Ferro, eu serei a próxima na linha de sucessão — a princesa respondeu — E então, Hakor, irá oferecer seus serviços a mim?

Hakor a apresentou a Holder, irmão mais novo de Hakor. A diferença de idade era mínima, enquanto Hakor tinha os seus vinte anos, Holder possuía dezoito. 

Holder era diferente do irmão, ele servia as artes da noite como um espião. Tinha contatos em todo o mundo.

Foi mais difícil convencê-lo a jurar lealdade a Alyssa, diferente do irmão.

Enquanto Hakor se juntou a Alyssa porque sabia que teria seu trabalho valorizado por ela, com base no que ouviu a menina dizer, Holder teve que ser cuidadosamente convencido. 

Mas o que importa é que no final da noite eles comeram, dançaram, e se divertiram à beça. Na manhã seguinte, Alyssa montou em Meraxes e levou os dois irmãos até Dorne, onde eles começaram a formar aliados em nome da princesa.

Hakor, havia conseguido a lealdade de uma idosa, chamada Lysia. Ela era dona de muitas terras em Dorne, não possuía um herdeiro e não sabia o que fazer com o resto de vida que lhe sobrava.

Hakor deu a ideia de colocar os aliados sem lar da princesa em Dorne, que ficava dentro do continente e poderia ser muito útil como base de operações.

Já Holder, montou uma linha minuciosa de espiões dentro e fora do continente para Alyssa.

E sempre que ela se entediava em Pedra do Dragão, ela ia até Dorne e via como as coisas estavam saindo. Aos poucos, ela começou a sair em mais missões e recrutou mais pessoas como Hakor e Holder.

Por isso que o tédio era mais difícil de lidar em Porto Real, já que Alyssa não pode simplesmente desaparecer de lá como fazia em Pedra do Dragão.

Ela então larga o arco e flecha, decide ir tomar um banho após o treino e depois decidirá o que fazer.

Alyssa se veste com roupas simples, que poderiam ser facilmente confundidas com as de uma camponesa. Era um vestido acinzentado que alcançava até metade de suas coxas, ela colocou um espartilho simples na cintura e vestiu calças de montaria junto com um par de botas surradas.

Ela apanha um corante amarelo, despeja-o em seu cabelo e faz ele aparentar ser dourado ao invés de prateado. Aquilo a ajudava a passar despercebida sempre que ela tinha que sair de dia, onde o capuz chamaria mais atenção que seu cabelo.

A princesa empurra o fundo de seu guarda roupa, lhe dando acesso a passagem secreta que a tirava de seu quarto quando ela era criança.

A baixada das pulgas tinha um cheiro horrível, mas era lá onde os mais diversos objetos eram vendidos pelos mais diversos preços.

Alyssa deveria ter chamado Alec para acompanhá-la, com certeza aquele lugar era perigoso para a princesa. Mas ela não queria estar acompanhada e receber os olhares de atenção do escudeiro como se aquilo fosse mais uma de suas missões.

Ela aproveitou sua tarde na Rua da Farinha, experimentou alguns bolinhos, comprou algumas bugigangas em barraquinhas e seguiu seu caminho até a Rua da Seda.

Como esperado, Alec fazia vigia na porta, ele abriu passagem para a princesa imediatamente e a permitiu entrar no bordel sem quaisquer dificuldades.

Lá dentro, estava tendo um ensaio de uma pequena apresentação, algumas mulheres dançavam sensualmente sob o palco do hub de entrada, outras se movimentavam sensualmente por todo o bordel.

— Como você mandou, abriremos o bordel a todos esta noite — uma prostituta se aproximou de Alyssa — Uma vez por semana, para quem quiser pagar três moedas de prata.

— Ótimo, Ross. Se começasse a sair o boato sobre um bordel que nunca abre chamaria muita atenção pela Rua da Seda — explicou Alyssa, para a prostituta — Abra apenas aos sábados, para que os homens criem uma imagem de exclusividade.

— Sim, princesa.

— E lembre-se: se perguntarem, o bordel pertence a você — terminou Alyssa.

A prostituta assentiu, guiando Alyssa até os quartos privativos do bordel. Era lá onde as pessoas que não trabalhavam necessariamente no lugar ficavam.

— A garota que você mandou observar a princesa Helaena já tem informações para a senhora — Ross disse, empurrando os tecidos coloridos para que Alyssa pudesse passar.

Ela levou Alyssa até o quarto de uma jovem garota, que já devia ter seus vinte anos de idade. A garota vestia roupas das servas da Fortaleza Vermelha, e aparentava estar bem cansada.

— Princesa Alyssa... — a serva se curvou — Obrigada por ter confiado uma de suas missões a mim.

— Eu que agradeço aos seus serviços, qual o seu nome? — Alyssa perguntou, se aproximando da moça — Você já pode ir, Ross. Obrigada.

A prostituta saiu, deixando Alyssa e a serva para trás conversando sozinhas.

— Eu me chamo Merida, princesa — a serviçal diz.

— Há algo que queria me contar primeiro, Merida? Está tudo bem com a minha tia? — Alyssa pergunta.

Merida olha para os lados, se certificando que não há ninguém ouvindo. Alyssa então, tira de sua pequena bolsa de moedas três esferas douradas.

— Talvez isso te ajude a refrescar sua memória — ela fala, dando as moedas para a serviçal.

— Assim como a senhora mandou, eu batizei o vinho do príncipe Aegon sempre que ele tentava alguma coisa mais... agressiva com a princesa Helaena — Merida falou, apanhando as moedas de Alyssa.

— Certo, quantas vezes? — Alyssa perguntou.

— Quatro, princesa — respondeu Merida.

Alyssa suspira, ela sempre soube que Aegon era podre, mas não sabia que isso seria a tal nível até mesmo com a mãe de seus filhos.

— Estou com medo, princesa — Merida confessou — O príncipe começou a desconfiar dos desmaios que o anestésico lhe causou.

Da bolsa de moedas, Alyssa retira mais quatro.

— Você não precisa mais ir, Merida — Alyssa deu as moedas para a serviçal — Eu acharei alguém mais qualificado para esse trabalho. Alguém que vá saber lutar caso entre em confronto com Aegon.

— Não! Eu desejo continuar com esse trabalho, princesa — Merida exclamou.

Alyssa a encarou confusa.

— Você pode continuar sendo meus olhos e meus ouvidos no castelo, Merida — disse a princesa — Mas como você disse, o príncipe pode desconfiar. 

— É mais do que isso, princesa — Merida falou, com a voz baixa — A rainha... ela sabe.

— Sabe do que? — Alyssa pergunta, ela entendeu um pouco do que Merida disso, mas não quer acreditar que seja verdade.

— Ela sabe dos... gostos do filho — Merida explicou, receosa — Sabe do que ele faz com a esposa.

Imediatamente, Alyssa põe as mãos sob a testa, na tentativa de conter o choque.

— Eu quero continuar lá, ajudando a princesa Helaena dele — Merida fala, como se implorasse pela permissão de Alyssa — Permita-me.

— Eu não posso decidir o que você faz, Merida — Alyssa respondeu, calma — Mas se você quiser continuar lá, eu vou te ajudar no que puder.

Tem uma pergunta presa na língua de Alyssa, algo que ela tem medo da resposta.

— O príncipe Aemond... — ela começa, escolhendo suas palavras — Ele sabe o que a irmã sofre?

— Não. — Merida respondeu rápido — O príncipe não tomou conhecimento dos atos do irmão. Ele é bem próximo da irmã, pelo que pude perceber.

— Certo — Alyssa apenas confirmou, sem querer dar continuidade no assunto.

— O príncipe Aemond costuma passar todas as horas do seu dia treinando. Às vezes, ele some e ninguém o encontra — Merida continuou, explicando toda a rotina de Aemond — Ele não frequenta bordéis como o irmão, é um bom príncipe.

Alyssa finge que sequer ouviu todos aqueles elogios para Aemond. Ela preferia acreditar que ele era um merda como o irmão.

— Certo, entendi — Alyssa apanha mais algumas moedas, mas percebe que deveria manter uma boa espiã como Merida bem paga, então, lhe entrega a bolsa cheia — Eu estou indo, se precisar de algo, procure a Ross, tudo bem?

A serviçal acena, e Alyssa sai do bordel.

Ela precisava pensar em dar um jeito em Aegon, ou Helaena nunca iria estar totalmente segura para criar os seus filhos.

[ ɢᴇɴᴛᴇ, ᴇᴜ ᴘʟᴀɴᴇᴊᴏ ᴄᴏɴᴛᴀʀ ᴘᴀʀᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂s ᴛᴏᴅᴀ ᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ ᴅᴏs ᴜ́ʟᴛɪᴍᴏs ᴀɴᴏs ᴅᴀ Aʟʏssᴀ ᴅᴇssᴀ ᴍᴇsᴍᴀ ғᴏʀᴍᴀ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ғɪᴢ ɴᴇssᴇ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ. Esᴛᴀ́ ʙᴏᴍ? Vᴏᴄᴇ̂s ᴄᴏɴsᴇɢᴜᴇᴍ ᴇɴᴛᴇɴᴅᴇʀ?

[ Nᴏ ᴜɴɪᴠᴇʀsᴏ ᴅᴇ HOTD ᴇ GOT, ɴᴀ̃ᴏ sᴇ ғᴀʟᴀ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴅᴏ Dᴇᴜs Bᴀᴋᴋᴀʟᴏɴ, ᴛᴜᴅᴏ ᴏ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴀᴄʜᴇɪ ғᴏɪ sᴏʙʀᴇ ᴇʟᴇ sᴇʀ ʙᴇᴍ sɪᴍɪʟᴀʀ ᴀᴏ "Esᴛʀᴀɴʜᴏ" ᴅᴏs sᴇᴛᴇ ᴅᴇᴜsᴇs. Eɴᴛᴀ̃ᴏ ᴀʟᴛᴇʀᴇɪ ᴜᴍ ᴘᴏᴜǫᴜɪɴʜᴏ ᴄᴏʟᴏᴄᴀɴᴅᴏ ᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴠᴇʀsᴀ̃ᴏ, ᴍᴀs sᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂s ᴘᴇsǫᴜɪsᴀʀᴇᴍ, ᴇssᴇ ᴅᴇᴜs ʀᴇᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴇxɪsᴛᴇ ɴᴏ ᴜɴɪᴠᴇʀsᴏ.

[ SPOILER: ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴀ Aʟʏssᴀ ᴀᴄʜᴀʀ ᴜᴍᴀ sᴏʟᴜᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴘᴀʀᴀ ᴏ ᴘʀᴏʙʟᴇᴍᴀ ᴅᴀ Hᴇʟᴀᴇɴᴀ ᴇ ᴅᴏ Aᴇɢᴏɴ, sᴇʀᴀ́ ɴᴇssᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ ᴇᴍ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴀʀᴇɪ ᴀ ᴅᴇsᴇɴᴠᴏʟᴠᴇʀ REAL ᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ ᴅᴇʟᴀ ᴇ ᴅᴏ Aᴇᴍᴏɴᴅ. Eɴᴛᴀ̃ᴏ, ғɪǫᴜᴇᴍ sᴀʙᴇɴᴅᴏ: ʟᴏɢᴏ, ʟᴏɢᴏ, ᴇᴜ ᴠᴏᴜ ғᴀᴢᴇʀ ᴠᴀ́ʀɪᴀs ᴄᴇɴᴀs ᴅᴇsᴛᴇ ᴄᴀsᴀʟ.

𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗳𝗼𝗶 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗱𝗶𝗮 𝟭𝟴 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮
𝗽𝗼𝘀𝘀𝘂𝗶 𝗮𝗽𝗿𝗼𝘅𝗶𝗺𝗮𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝟮𝟲𝟬𝟬 𝗰𝗮𝗿𝗮𝗰𝘁𝗲𝗿𝗲𝘀
𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗻𝗮𝗼 𝗳𝗼𝗶 𝗿𝗲𝘃𝗶𝘀𝗮𝗱𝗼 𝗼𝗳𝗶𝗰𝗶𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲
𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗶𝗮⌇ 18/11/22

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