— Allyson, vamos sair?
Kevin me chama assim que saio do meu quarto do hotel em que estamos hospedados.
— Eu vou jantar e voltar para o quarto.
— Sério? Allyson, estamos na Alemanha, tá cheio de mulheres gostosas circulando por aí e você quer ficar no quarto?
— Eu não estou afim, Kevin.
— O que tá acontecendo com você?
— Eu estou bem, só cansado da viagem e amanhã embarcamos cedo de volta para Nova York, e eu acho que você também não deveria estar saindo agora à noite, eu preciso de você amanhã.
— Amanhã, eu estarei inteiro, não se preocupe.
— Mas, estará de ressaca.
— Relaxa, Allyson, você anda muito estressado.
Ignoro o que ele falou e pedimos nosso jantar. Após o jantar, eu subi para o meu quarto e peguei meu celular pra ligar para a Mel.
No dia seguinte após ela dormir no meu apartamento, eu viajei a tarde a trabalho, mas tivemos uma manhã maravilhosa antes de deixá-la em casa.
Ligação On:
— Oi.
— Oi, Mel, como você está?
— Estou bem, comandante, e você, onde está?
— Bem, estou na Alemanha, amanhã estarei de volta.
— Entendi, eu estava escrevendo, agora estou fazendo comida.
— Você sabe cozinhar?
— Não, minha mãe tá me ajudando, eu quase coloco fogo na cozinha.
Dou uma risada e ouço alguém lhe chamar ao fundo — Eu tenho que ir, minha mãe está me chamando.
— Tudo bem, posso te ligar depois?
— Claro, comandante.
— Depois te ligo, beijos, Mel.
— Beijos, Aly.
Ligação Off.
Depois que me despedi da Mel, coloquei meu celular pra carregar e fui dormir.
(…)
Cheguei em Nova York na tarde do dia seguinte, passei na casa dos meus avós e passei a tarde com eles, agora estou indo jantar com minha irmã.
— Oi, Ju.
Dou um beijo em cada lado de seu rosto.
— Oi, Aly, estava com saudades.
— Eu também, está sozinha em casa?
— Estou sim, por quê?
— Quero conversar com você, mas tem que ser a sós.
— Ótimo, o Breno ainda não chegou.
Me sento no sofá e ela senta ao meu lado.
— Cadê o Bruno?
— Tá na casa da Selena, o Breno ficou de passar lá e pegar ele, mas me conta, sobre o que quer falar?
— Então… eu, é..
— Você…
— Estou apaixonado.
Confesso de uma vez e a Júlia arregala os olhos antes de abrir um sorriso e me abraçar.
— Eu não acredito, quem é a felizarda?
— Melody.
— Espera, Melody, é a mesma Melody que foi na ONG, aquela que você se encontrou, que esqueceu o notebook no seu jatinho?
— Sim, ela mesmo.
— Vocês já estavam ficando quando ela foi à ONG?
— Não, estava apenas conhecendo ela, não tinha rolado nada, na verdade tinha rolado só um beijo, mas depois que viajei para o Akasca, eu a encontrei lá e acabamos ficando e desde então, estamos conversando. Já nos encontramos aqui em Nova York, e eu confesso que desde o dia em que nos beijamos pela primeira vez, eu não fiquei com mais ninguém, sabe, é como se fosse ela tivesse um imã que me atrai. Desde a primeira vez que a vi, eu não consigo parar de pensar nela, aquele jeitinho maluco dela é o que mais me atrai, eu gosto de conversar com ela, e principalmente, eu gosto de estar com ela, como é possível você se encantar tanto por uma pessoa desde a primeira vez que a viu?
— Uau, estou surpresa. Sabe Aly, você é igual ao papai, uma pessoa romântica, eu não diria que você é emocionado, porque pelo que você falou, a Melody te prende de uma tal forma… E ao que parece, vocês tiveram um vínculo antes de rolar algo, e o amor é assim, inexplicável, ele surge de uma forma tão natural, que quando percebemos já estamos encantados e presos naquela pessoa. Pelo pouco que conheci da Mel, ela é uma pessoa incrível e se você acha que ela é a pessoa certa pra você, eu te aconselho que não a deixe escapar.
— Eu tenho certeza disso. Sabe, eu não me importo nenhum pouco quando nela esquece meu nome, se bem que ela não tem feito mais isso. Não me importo com o fato dela esquecer coisas tão simples, eu não me importo com as crises de ansiedade que eu sei que em algum momento ela terá, eu quero estar ao lado dela para a ajudar com isso. A Mel conseguiu superar todos os preconceitos e se tornou uma escritora maravilhosa, e o que eu mais quero é construir com ela a nossa própria história, é como se eu fosse a ajudar a escrever mais uma história, mas dessa vez é conosco sendo os protagonistas, eu não me importo com os que as pessoas vão falar, eu só quero ela ao meu lado.
— Estou emocionada, essa garota tem muita sorte em ter o privilégio de estar sendo amada por você, vá atrás dela e diga o que está sentindo, eu tenho certeza que ela deve sentir o mesmo por você e eu sempre estarei torcendo pra que você seja feliz.
— Obrigado, Ju, mas eu é quem tenho sorte de ter encontrado ela.
Minha irmã dá um sorriso e me abraça.
— Mas me conta o que pretende fazer?
— Vou pedi-la em namoro.
— Quer ajuda com o pedido?
— Não, eu já sei exatamente o que fazer, obrigado.
Ficamos conversando sobre a ideia que eu tive até o meu cunhado chegar com o meu sobrinho.
— Você chegou de viagem hoje?
— Sim, estava pensando em marcar uma partida de futebol com vocês no clube, o que acha?
Pergunto ao meu cunhado.
— Claro, eu não vou trabalhar na sexta, pode ser?
— Claro, no domingo temos o jantar na casa do vovô.
— Toda família reunida, que maravilha.
Minha irmã diz.
— Já vamos nos preparar para as “brigas”.
Meu cunhado diz fazendo aspas com os dedos.
— O que já é algo normal na nossa família, um almoço ou jantar, sem essas implicâncias não existe.
— Principalmente quando se junta o tio Heitor e o vovô. Acredita que o papai disse que o tio ainda está zoando com a cara deles por ter ganhado a partida de tênis?
— Acredito, o tio Heitor é demais.
Após o jantar, eu fiquei mais um pouco com minha irmã, depois fui pra casa, tomei banho e como estava muito cansado já que não tinha descansado nada, eu agarrei no sono assim que deitei.
Irei marcar meu jantar com a Mel para o próximo sábado.
Oii meus amores!
Mais um capítulo disponível pra vocês!
Agora sim, o Allyson confessou estar apaixonado, apesar de já sabermos que ele estava, né?!
Votem e comentem, por favor!
Até ❤